Pov. Edward

Eu só poderia estar ficando louco por ter aqueles pensamentos com a Isabella, mas ela era tão bonita e cheirosa. Em todo caminho de volta para casa eu estava louco para voltar até o condomínio dela, pedir para entrar e tê-la só pra mim.

Não era só desejo de um homem por uma mulher, eu também queria mostrar a Isabella o quanto ela era bonita, o quanto eu poderia fazê-la feliz. Poderia ser loucura da minha parte, mas eu a queria ao meu lado, ela era tão perfeita.

Eu não entendia muito bem por que o ex-namorado dela fez toda aquela palhaçada, ele não era homem o suficiente. Quando Isabella me contou o que ele fez eu fiquei horrorizado e com muita raiva, mas a faria esquecer tudo isso, sim eu estava decidido não queria Isabella apenas como amiga eu a queria para mim inteiramente, ela seria minha.

Pov. Bella

-Estamos quase lá- falei com as mãos sujas de sangue.

Eu tinha chegado cedo ao trabalho, fazer parto era meio complicado ainda mais uma cesariana. A mulher era uma jovem simpática tinha vinte e nove anos e era o primeiro filho, o marido dela presenciava tudo as mãos não paravam de acariciar o rosto da esposa e uma hora ou outra ele sussurrava que a amava. Sorri enquanto retirava cuidadosamente o bebê pelo corte que havíamos feito.

Os enfermeiros me auxiliavam, logo ouvimos o choro da criança inundar o local.

-Senhor e Senhora Fox parabéns pelo menino- falei mostrando o menino que berrava em meu colo.

-Obrigada Deus- o Senhor Fox falou emocionado.

As enfermeiras trouxeram uma manta para o bebê e logo depois o levaram para ser limpo e fazer alguns exames. Tratei de começar a fazer o curativo da Senhora Fox apenas uma enfermeira me ajudava no momento, assim que terminei sai da sala deixando a enfermeira terminar de arrumá-la.

Retirei as luvas ensangüentadas e o meu avental azul que também estava sujo de sangue.

-Preciso de um banho- murmurei para mim mesma. Peguei meu jaleco na anti-sala e segui para meu consultório se Edward viesse mesmo me buscar eu ainda tinha muito tempo, a senhora Fox chegou meia hora atrasada eu demorei uns quarenta e cinco minutos na cirúrgica, não tinha mais nada para fazer agora.

Tomei um banho demorado no meu consultório, arrumei minha bolsa e coloquei um vestido branco soltinho, amarrei os cabelos e sai do meu consultório o trancando.

Eu precisava ligar para Edward talvez ele pudesse me buscar mais cedo eu não queria ficar uma hora aqui no hospital.

-Oi Edward- falei quando me atendeu.

-Bom Dia Isabella- ele parecia feliz.

-Bom dia- sorri, sentei em uma poltrona na recepção- Está ocupado?

-Não, estava apenas assistindo TV.

-Então, eu terminei o parto há alguns minutos e estava pensando se você não poderia vir me buscar mais cedo- falei corando.

-Claro que posso, quer que eu vá agora?

-Se puder, eu já estou pronta para ir- me levantei.

-Me espere no estacionamento- pediu- Até daqui a pouco.

-Ok- desliguei e andei até o estacionamento.

O sol não estava forte, cantarolei uma musica enquanto andava de um lado para o outro, se passou dez minutos até eu ouvi a porta de um carro batendo me virei com um sorriso, mas meu sorriso morreu ao ver Jacob saindo de um carro vermelho.

-Droga- falei, minha respiração estava começando a ficar descompassada, o que ele estaria fazendo aqui? E aquele carro não era da Lauren?

Jacob se aproximava, eu queria poder sair correndo, mas eu estava nervosa demais.

-Olá Bells- ele falou quando estava próximo o suficiente.

-Oi Jacob- falei sem encará-lo.

-Está muito bonita- suspirei e finalmente o olhei.

Jacob continuava o mesmo, alto forte e com aquele sorrisinho cínico no rosto.

-O que veio fazer aqui Jacob?- perguntei.

-Bom eu fui ao condomínio ontem e o porteiro disse que tinha saído com um cara- tremi, droga aquele porteiro fofoqueiro, o que eu diria agora?

-E...?- tentei ganhar tempo.

-Fiquei curioso e estive lá hoje novamente pra saber se ele estava mentindo, daí ele disse que você veio trabalhar- falei sorrindo.

-Até parece que ele é pago para fofocar sobre a vida das pessoas que moram no prédio- bufei.

-Eu só queria saber se é verdade Bella, você anda saindo com um cara?- ele me perguntou e o encarei. Bom, eu estava saindo com um cara, mas Edward era apenas meu amigo.

-Vá embora Jacob eu não te devo satisfação da minha vida- eu me mexi pronta para passar por ele, mas Jacob segurou meu braço com força e me recolocou onde eu estava.

-Não gosto quando você da uma de bravinha, já não te expliquei isso?- perguntou de forma ameaçadora. A parte covarde de mim queria correr para dentro do hospital novamente, mas a parte corajosa queria dar-lhe uma bofetada e mandá-lo ir pro inferno.

Antes mesmo que eu pudesse agir vi a Mercedes de Edward estacionar perto do carro em que Jacob havia chegado.

-Como eu disse antes, vá embora- voltei a olhar para ele.

-Temos que conversar sobre nosso apartamento.

-É o meu apartamento, eu te devolverei o dinheiro que você investiu nele- falei. Edward tinha acabado de sair do carro e já caminhava até nós.

-Não quero seu dinheiro- me olhou com um meio sorriso.

-Não sei o que pode querer além disso- falei baixo- Quer dizer eu sei, quer infernizar a minha vida.

Ele riu, no mesmo momento Edward nos alcançou passando por ele e vindo direito para mim.

-Olá Doutora Swan- sorriu e me surpreendeu quando segurou minha mão e me puxou para um abraço, logo depois beijou minha testa e se virou lentamente para ver Jacob- Olá- falou secamente.

Jacob o encarou e logo depois desceu os olhos para a mão dele que segurava firmemente a minha cintura.

-Oi- respondeu de má vontade- Bells quando poderemos conversar melhor?

-Eu não sei- falei rouca, eu não sabia mais o que fazer, certamente Edward não sabia que aquele bem ali na frente era Jacob Black o que me fazia pensar o porquê ele teve aquela reação a me ver- Eu apenas preciso ir- olhei para cima alcançando os olhos de Edward ele assentiu.

Edward segurou minha mão fazendo menção de sair de lá.

-Bells, não acredito que vai sair assim e me deixar aqui, poxa eu vim aqui só para ver você- Comecei a suar, Edward olhou para mim e depois para ele, com certeza desconfiando de quem seria ele.

-Jacob- respirei fundo e evitei olhar para Edward- Vá embora ok? Não temos que conversar sobre mais nada.

-Isso é o que você está dizendo, nós...

-Não existe mais “nós”- falei e puxei meu pulso que ele tinha segurando.

-Bells...

-Jacob Black- Edward riu chamando nossa atenção- Ouvi falar sobre você, cara.

-Já eu não ouvi falar nada sobre você- o comentário de Jacob não pareceu afetar Edward.

-Isso é por que Isabella não quer conversar nada com você- ele falou dando um passo a frente e me colocando um pouco para trás.

-E você fala por ela agora? Na verdade eu nem sei quem é você- Jacob também deu um passo a frente, enxuguei o suor que saia da testa o que eu faria se os dois começassem a brigar ali?

-Me chamo Edward Cullen e acho melhor você ficar longe da Isabella e isso não foi um pedido- Edward falou cada palavra de forma dura.

-Não irei acatar sua ordem- Jacob sorriu sinicamente- Bells e eu temos algo...

-Pelo contrario você mesmo desperdiçou todos os sentimentos que ela tinha por você- Edward segurou minha mãe firmemente- Agora se me der licença eu vou embora e vou levá-la junto comigo antes que perca a paciência e tire esse sorrisinho sínico da sua cara no soco- Jacob ficou meio sem fala e Edward aproveitou para me tirar de lá.

Abriu a porta para mim e a fechou com força logo depois assumiu o lugar do motorista antes de sair ainda vi Jacob entrando no carro dele. Edward arrancou de lá e dirigiu rapidamente pela cidade. Não consegui falar nada enquanto ele dirigia, ele parecia nervoso eu nunca tinha visto ele assim.

-Para onde estamos indo?- perguntei quando ele entrou em um bairro desconhecido para mim.

-Minha casa- ele respondeu apenas. Não discuti, não tinha por que falar.

Edward parou em frente a uma casa de dois andares, era muito bonita e não era nada extravagante, ele abriu o portão com um controle na chave e entrou com o carro o estacionando na garagem ao lado de outros dois, deveriam ser os carros dele eram lindos tinha um grafite e outro azul.

-São lindos- falei ao sair do carro.

-Obrigado- sorriu gentilmente para mim, mas os olhos ainda estavam duros.

Demos a volta e paramos no funda da casa onde tinha uma grande piscina quadrada, Edward foi até uma das portas de vidro que davam visualização para uma cozinha e a destravou, me deu passagem e entrou logo atrás de mim.

-Pode sentar em qualquer desses bancos- apontou para uns baços perto do balcão.

Sentei enquanto ele fuçava a geladeira.

-Quer beber alguma coisa?- perguntou servindo-se de água.

Neguei com a cabeça.

-Edward eu não sabia- falei corando.

-Do que?- perguntou sem me olhar.

-Que Jacob estaria lá, ele apareceu de surpresa- expliquei- Foi no meu prédio ontem e o porteiro disse que eu tinha saído com um cara ele ficou curioso e quis me perguntar.

-O que ele tem haver com isso?- perguntou seco.

-Nada- respondi baixinho.

-Você me responderia uma coisa, Isabella?- perguntou levantando a cabeça e encontrando meus olhos.

-Sim.

-Com toda a sinceridade?- andou até mim parando na minha frente, eu levantei do banco e assenti.

-Com certeza.

-Você ainda gosta dele?- perguntou.

Eu me assustei com a pergunta e com a forma que ela foi feita, Edward parecia estar angustiado ou muito procurado com isso, eu queria tranqüilizá-lo e dizer que odiava Jacob por tudo que ele me fez, mas eu não conseguia falar. Respirei fundo.

-Eu...- comecei, mas não consegui terminar. Jacob foi meu primeiro namorado, querendo ou não eu ainda sofria pelo fato dele ter ido embora, mas será que eu ainda gostava dele?

-Responda, por favor- pediu, os olhos dele estavam suplicantes. Edward era uma boa pessoa, eu precisava ser sincera com ele.

-Eu não sei- consegui falar.

-Como assim não sabe?

-Jacob foi meu primeiro namorado Edward- baixei os olhos- se eu não estivesse sofrendo pelo o que aconteceu nem tentaria suicídio.

-Isabella- sussurrou meu nome de uma forma gentil e doce, meu corpo inteiro reagiu aquilo de uma forma estranha, tudo ficou pior quando ele levantou a mão tocando em meu pescoço para logo depois enfiá-la nos meus cabelos, o polegar dele afagou minha bochecha- Você é tão linda, tão perfeita- falou beijando meu cabelo- Não deveria sofrer por ele- assenti levantando a cabeça e me arrependendo logo após, Edward me encarava de uma forma intensa.

-Edward...- Falei sem forças.

-Você merece ser amada- falou se aproximando ainda mais de mim, senti seu corpo quente junto ao meu e as mesmas sensações de ontem a noite me inundaram só que de uma forma mais forte, agora não estávamos na rua em frente ao meu condomínio, estávamos dentro da casa dele sozinhos.

-Eu sei- falei colocando a mão sobre o pulso dele.

-Deixe-me...- ele parou e mordeu os lábios. “Deixe-me o que, Edward?”- Perguntei mentalmente, pois não conseguia falar nada, estávamos tão próximos eu queria tanto que ele encurtasse mais a distancia entre nós.

Mordi os lábio e Edward os encarou por um tempo, minha mente estava nublada a única coisa que eu conseguia pensar era em Edward e no cheiro maravilhoso que ele tinha.

-Tão linda- murmurou abaixado a cabeça devagar, eu poderia impedir que ele fizesse aquilo, mas eu queria aquele beijo, queria muito.

Edward finalmente colou nossos lábios, dando um selinho e se afastando apenas um centímetro para dar outro e mordicar meu lábio inferior a mão dele soltou meus cabelos e desceram até minha cintura puxando-me de encontro a ele e beijando-me novamente dessa vez mais forte. A língua dele pediu passagem por meus lábios e eu concedi enfiando as mãos nos cabelos dele.

Edward me beijava com força de uma forma apaixonada, o hálito dele era tão gostoso, eu não conseguia fazer mais nada a não ser corresponder da mesma forma. Nós separamos buscando ar, mas ele não parou, segurou minha cintura com força e me colocou sentada no balcão se enfiando entre minhas pernas.

-Bem melhor- murmurou beijando meu ombro, sorri fechando meus olhos enquanto saboreava o prazer que era sentir os lábios de Edward passeando pelo meu ombro, pescoço e orelha, para novamente voltar aos meu lábios e nos entregarmos novamente em um beijo feroz, cruzei minhas pernas ao redor dele e ignorei a parte racional da minha mente que me mandava parar.

Assustei-me quando um barulho ecoou pela casa. Edward quebrou nosso beijo olhando em outra direção.

-Fique aqui- falou me dando um selinho.

De qualquer jeito eu não conseguiria me mexer mesmo, eu estava em choque, não sabia o que fazer como agir, como encarar Edward depois daquilo que aconteceu.

-Isabella você é louca- falei mordendo os lábios. Ele me pergunta se eu ainda gosto do Jacob eu respondo que não sei e logo depois fico me esfregando com ele na cozinha, eu estava confusa, não queria entrar em um relacionamento agora.

Pov. Edward

Ouvi o som característico da porta da sala sendo batida com força, parei de beijar Isabella e olhei em direção a sala.

-Fique aqui- pedi já desconfiando de quem seria, dei mais um selinho nela e sai da cozinha andando apressado para a sala.

-Você está ai- Victoria se jogou no sofá.

-Victoria você é surda?- perguntei zangado. Além de atrapalhar meu momento com Isabella poderia complicar muito mais as coisas.

-Eu só vim devolver o Volvo- me mostrou a chave.

-Certo- peguei a chave- Mas bem que poderia apertar o botãozinho do interfone lá fora.

-Por que se eu tenho a chave- sorriu divertida.

-Por que não me devolvi logo à merda da minha chave?- perguntei passando a mão pelo cabelo ajeitando um pouco- acho que vou trocar as fechaduras.

Ela riu alto.

-Shii- fiz sinal para ela fazer silêncio e no exato momento um barulho soou na cozinha.

-Tem alguém ai?- ela perguntou apontando para a cozinha.

-Tem sim- fui sincero- e você precisa ir embora.

Victoria me olhou por alguns segundos e depois levantou indo em direção a cozinha, adiantei-me e segurei seu braço.

-Não- falei de forma dura.

-É uma mulher?- perguntou chocada.

-Sim- fui verdadeiro novamente.

-Edward e nós?- perguntou.

-Vic não existe “nós” há muito tempo- a soltei- por favor, saia- pedi.

-Vai perceber que está cometendo um grande erro, Edward- passou por mim- eu sou a mãe de seu filho deveria...

-O fato de estar grávida de um filho meu não me prendi a você, sabe disso- falei preocupado com Isabella na cozinha- agora, por favor, vá e não me faça ter que mudar as fechaduras.

-Eu não vou te devolver a porcaria da chave- fez birra- até mais.

Pegou a bolsa e saiu da minha casa, suspirei. Victoria só poderia estar louca.

-Quem era?- ouvi a voz de Isabella atrás de mim.

-Victoria- respondi me virando para encará-la e foi só visualizar os lábios vermelhos dela que eu tive vontade de terminar o que comecei na cozinha, mas ela deveria estar confusa pelo que aconteceu deixaria ela pensar um pouco.

-O que ela queria?- perguntou mordendo os lábios.

-Nada de importe- falei hipnotizado.

-Edward- ela me advertiu.

-O carro- falei- ela veio devolver o carro.

Isabella bufou, não pareceu ficar feliz com aquilo, seriam ciúmes?

-Então estava com ela, você não me disse isso- Droga Edward por que você disse a verdade mesmo?

-Você não me perguntou para quem eu emprestei- torci para que essa colasse.

-Tudo bem- deu de ombros- Podemos sair para almoçar agora? Estou com fome.

Eu queria que ela almoçasse aqui na minha casa até cozinharia para ela, não que eu soubesse fazer muita coisa.

-Claro- não expus meu plano original.

-Sua casa é muito bonita- falou quando segurei a mão dela saindo pela porta da frente.

-Obrigado- agradeci- Quem sabe outro dia você não queria me visitar e eu te mostre a casa inteira, ela corou e eu sorri.

-Em qual vamos?- perguntou apontando para os carros incluindo agora o volvo também.

-Quer escolher?- perguntei.

-Aquele- apontou para meu Aston Martin 15 conversível.

-Bom escolha- falei sorrindo enquanto pegava a chave- gosto dele.

-Também gostei, quanto custa um desses, talvez já esteja na hora de trocar meu carro- falou pensativa.

-Vemos isso depois, você poderia passar na concessionária temos muitos carros bonitos- dei de ombros- e onde está o seu? Está com algum defeito?

-Não- ela entrou no carro- Você prometeu que iria me buscar, então eu o deixei na garagem e peguei um taxi- falou naturalmente.

Sorri e dei a partida.

Fomos a um restaurante próximo, Isabella estava falando muito mais do que o normal, desconfiei que fosse para evitar falar sobre nosso beijo, mas teríamos que tocar naquele assunto mais cedo ou mais tarde.

...

-Hoje é sábado o que vai fazer a noite?- perguntei quando saímos do restaurante.

-Sei lá é geralmente nos sábados que fico mais sozinha, ás vezes até trabalho o dia todo- comentou.

-Que tal passarmos o resto dia saindo comendo bobagens e depois eu te deixo em casa- sugeri.

-Seria legal- ela sorriu lindamente.

Fomos primeiro a um shopping, eu queria distraí-la. Andamos bastante olhando lojas, descobri que Isabella tinha um certo fascínio por sapatos tentei comprar alguns para ela, mas ela não aceitava e depois de provar uns vinte sapatos comprou apenas um, se ela deixasse eu compraria todos os vinte, porém ela dizia que não queria abusar.

Visitamos também uma loja de roupas, ela também provou algumas roupas, umas por que gostava e outras por que achávamos tão bizarras que queria ver como ficava no corpo de alguém.

-Olha isso- falou saindo do provador com uma calça estilo cowboy, ri dela.

-Ficou perfeita...- a analisei mais alguns minutos- para uma festa de rodeio. Ela deu uma voltinha e fez uma dançinha estranha que me fez cair na gargalhada.

Ela comprou um vestido preto, duas blusas e uma saia preta também. Ela também não me deixou comprar nada para ela.

-Você sabe que não vai me matar comprar uma coisinha pra você, não é?- falei a cutucando.

-Pode comprar uma coisa pra mim agora?- perguntou olhando distraída para o outro lado.

-O que?- perguntei curioso.

-Uma casquinha- deu de ombros.

-Isso não custa mais do que dois dólares- reclamei.

-Estará comprando algo para mim e deixará de reclamar como um velho- o encarei chocado.

-Velho?- repeti enquanto pegava minha careteira- Vai ter troco- ela riu e fomos comprar a tal casquinha dele.

Aproveitei e peguei uma para mim também após terminamos fomos a uma joalheria, acabei descobrindo que ela também gostava de jóias de todos os tipos.

-Olha que linda- apontou para um colar de diamantes- ficaria perfeita com aquele vestido preto que comprei.

-Está enganada Isabella- balancei a cabeça e ela me olhou assustada- Deixa eu ver aquele colar- pedi para a atendente, ela me deu e eu peguei com todo cuidado me indo ficar atrás de Isabella e colocando a jóia com delicadeza em seu pescoço, ela se arrepiou enquanto eu fechava a peça- Como eu disse esta enganada, não ficará perfeito com o vestido, ficará perfeito em você- sorri a mostrando para o espelho.

-Você tem razão- ela tocou a peça- acho que vou levar.

-Não, não vai- discuti- eu vou levar- falei retirando o colar dela.

-Edward...- ela iria protestar.

-Debito- entreguei o cartão a funcionaria que sorriu.

-Não posso aceitar- Isabella falou a minha frente.

-E por que não?- pergutnei- Não seja absurda, não me deixou comprar sapatos ou roupas para você deixe-me comprar o colar.

-Quanto custa o colar?- Isabella perguntou a mulher baixinha que passava o meu cartão.

-O colar custa RS 1790,00 dólares- A mulher falou naturalmente, eu digitei minha senha.

-Não- ela reclamou.

-Tarde demais- ri e a atendente me acompanhou.

Isabella nos olhou zangada e saiu da loja carregando as sacolas dela, revirei os olhos.

-São namorados há muito tempo?- a mulher perguntou.

-Bem que eu queria- murmurei baixo- Não, somos apenas amigos- falei e ela me encarou surpresa- está difícil- brinquei.

-Boa sorte- me entregou a sacola que continha o colar e eu sai da loja a procurando com os olhos, visualizei ela sentando em um banco com os braços cruzados, parecia zangada.

Caminhei até ela.

-Advinha só?- coloquei a sacola nas cotas- trouxe um presente pra você.

-Não tem graça Edward, não gosto de receber presentes- virou o rosto.

Sentei ao lado dela e suspirei.

-Eu queria muito que você aceitasse sabe eu gastei mais de mil dólares nisso- fiz cara de pena.

-Porque quis- serio, ela estava muito difícil hoje.

-Isabella Swan eu exijo que você aceite meu presente- ofereci a sacola para ela.

-Não- balançou a cabeça.

-Isabella- falei ameaçadoramente.

Negou novamente

-Se aceitar eu deixo você dirigir meu Aston- tentei, eu sabia que ela havia adorado o carro.

-Serio?- deixou transparecer a empolgação.

-Serio- confirmei.

-Olha eu não quero que você me ache uma interesseira ou algo do tipo, a idéia não era sair pra você gastar dinheiro comigo- falou pegando a sacola.

-Isso não é nada Isabella- dei de ombros.

-Onde eu vou usar isso?- perguntou.

-Eu e Emmett estamos pensando em fechar alguns contratos se acontecer vai rolar uma festa, quem sabe você não pode me acompanhar usando essa roupa nova e esse colar- sugeri.

Eu pensei em conversar isso com ela, mas estava temeroso pela reação, eu iria viajar em breve, Emmett falou sobre a viagem para conhecer a concessionária do nosso mais novo sócio, tinha falado sobre isso ontem na reunião, mas o caso é que o novo sócio é de Springfield e abrirá uma concessionária lá. Quando ele falou sobre tudo isso eu ainda não sabia nada sobre Isabella e a história dela e disse que poderia sim ir no lugar dele, chamaria Isabella e pagaria até um quarto de hotel separado para ela, mas será que ela iria querer ir comigo?

-Ei- ela estalou o dedo na minha frente- No que ta pensando?

-Em te fazer uma proposta, mas podemos deixar isso para depois- ela corou um pouco.

-Aham- concordou mesmo sem saber do que se tratava.

Vê-la corada me lembrou de um assunto que deveríamos falar.

-Isabella eu sei que não quer tocar no assunto, mas uma hora ou outra teremos que falar do que rolou na minha casa- comecei e ela atingiu um vermelho mais forte.

-Não sei o que deu em mim- falou sem me olhar.

-Você queria aquilo tanto quanto eu- suspirei- o que faremos?- deixei que ela tomasse a decisão.

Se ela afirmasse que poderíamos passar por cima daquilo e continuarmos amigos eu aceitaria mesmo que eu não a quisesse apenas como amiga.

-Eu não estou pronta para um relacionamento Edward- falou baixo- Desculpa por aquilo, não sei o que deu em mim, eu juro- ela apertou as mãos visivelmente nervosa- podemos ser amigos, não podemos?- ela não me olhou.

-Tudo bem- não estava tudo bem, mas se ela não queria um relacionamento eu não iria forçá-la.

-Vamos esquecer por agora, foi algo bom e natural, mas talvez tenha sido precipitado, nos conhecemos há pouco tempo- concluiu, adorei saber que ela achou aquilo bom.

-Foi realmente bom?- perguntei para provocá-la.

-Muito- falou corada.

-Muito mesmo?- ri.

-Edward para- ela pediu e levantou.

-Tudo bem vamos andar mais um pouco, me deixa terminar com suas energias- a puxei, ainda tinha algumas lojas que não havíamos entrado.

Passeamos mais um pouco, brincamos, rimos e terminamos comendo uma pizza, como já estava tarde eu não convidaria ela para jantar.

-Estou tão cansada- falou na garagem- nem acredito que passei uma tarde de sábado inteira dentro do shopping.

-Da próxima vez iremos a outro lugar- entreguei a chave para ela.

-Eu gostei- ela segurou a chave e destravou o carro.

Isabella me olhou e mordeu o lábio inferior.

-Pode deixar para cumprir sua promessa outro dia?- pergunou- Estou tão cansada que poderia dormir ao volante.

-Tudo bem pra mim- peguei a chave de volta.

-Mas não se esqueça de que prometeu que eu poderia dirigi- falou entrando no carro.

Sorri.

Sai da garagem.

-Então Bells...- a chamei do apelido que Jacob a chamou hoje e revirei os olhos.

Jacob era um nojento tão desprezível quanto imaginei, confesso que quando vi Isabella conversando com ele no estacionamento não cheguei a pensar que era ele, ainda a abracei e beijei carinhosamente por pensar que era apenas um colega de trabalho, eu fiquei meio enciumado. Senti uma súbita fúria quando descobri, o imbecil tinha a cara de pau para ir ao trabalho da Isabella e querer saber sobre a vida dela eu deveria mesmo ter arrancado aquele sorriso dele no soco.

-Meu pai me chama assim, Jacob apenas o plagiou- ela interrompeu meus pensamentos- Mas também é por que odeio que me chamem pelo meu nome- Estranhei-a nunca reclamou nada pra mim.

-Você nunca reclamou do modo como a chamo- parei no sinal.

-É adoro quando você fala Isabella- sorri- É diferente, mas se quiser pode me chamar de Bella, eu até gosto assim.

-É legal, Bella- comentei e ela riu.

Isabella ficou calada ao meu lado, eu queria levá-la para minha casa novamente, pensei em perguntar só que ela estava muito calada só poderia estar dormindo.

-Bella- testei chamá-la pelo apelido, ela não respondeu deveria estar cansada mesmo.

Dirigi até minha casa, talvez ela não ficasse zangada comigo por causa disso.

Pov. Bella

Eu apaguei no carro do Edward, tinha acordado cedo e estava morta de cansaço, acordei em algum lugar escuro, pisquei algumas vez não estava lembrada de chegar em casa, meus olhos acabaram se acostumando com o escuro e percebi que estava em um quarto totalmente desconhecido para mim.

Ouvi um barulho vindo de algum lugar e caminhei para o que seria a porta de saída do quarto onde eu estava.

-Edward- chamei alto.

-Aqui em baixo- ele gritou de volta.

Seguei a voz dele e desci as escadas. Edward estava sentando no sofá, estávamos na casa dele, a televisão estava ligada.

-Isso é um seqüestro, você tem o numero dos meus pais?- perguntei e ele riu.

-Não se preocupe, deixo você ir amanhã- falou e deu um tapinha no sofá- vem assistir comigo.

Mordi o lábio.

-Tudo bem- sentei ao lado dele, tava passando uma comedia parecia legal.

-Se divertiu hoje?- perguntou.

-Com certeza.

-Prometo que não vou deixar você se sentir infeliz novamente- suspirei sentindo calor novamente, Edward era tão intenso.

-Obrigada Edward.

-Descobri coisas legais sobre você hoje- riu.

-Tipo o que?- perguntei me virando minimamente para olhá-lo.

-Você tem um certo fascínio por sapatos e jóias, não gosta de presentes, suas cores favoritas são branco e preto, você não gosta de soverte de chocolate, prefere morango, é totalmente absurda, dormi feito uma pedra e ronca- ri.

-A ultima coisa está errada, eu não ronco- reclamei.

-Como pode saber se está dormindo?- perguntou bagunçando os meus cabelos.

-Apenas sei- cruzei os braços.

-Não fique zangada o som é até bonitinhos- rimos juntos- Tenho mais um motivo pra você- comentou ainda sorrindo.

-Pode mandar- pedi.

-Motivo três você não precisa dele- falou.

-Dele?- perguntei meio que já sabendo do que se tratava.

-Você cometeria suicídio por que estava sofrendo por aquele cafajeste- emendou- Mas você não precisa dele.

-É eu não preciso- sorri “Eu tenho você”- acrescentei mentalmente.

-Já temos três motivos só faltam sete- sorriu.

Encostei minha cabeça no ombro dele.

-Eu adorei o terceiro motivo- ele riu e passou o braço em volta de mim.

-É a verdade.

Ficamos em silêncio vendo o filme na televisão, mas eu acabei apagando novamente.