Já faziam uma semana desde o término com Finn, eles já não se olhavam, apenas se evitavam pela casa.

Kurt era quem fazia companhia para Rachel agora, ele tinha se tornado um grande irmão para ela. Quando Kurt a via abatida, ele corria para o shopping e eles iam as compras. Rachel tem que admitir, Kurt é meio maluco e exagerado, mas é um ótimo amigo. Kurt a deixava bem, mesmo quando todos seus pensamentos eram direcionados a uma pessoa que ela não gostaria de se lembrar. Kurt era incrível, era um amigo de verdade, daqueles que se leva na memória e se guarda no coração, um verdadeiro anjo. Claro que Kurt não poderia ficar o dia todo com ela, ele tinha que estudar, ir no Glee Club e se pegar com seu namorado Jesse. Rachel sabe o quanto é importante ter um tempo pro namorado, mesmo não tendo um.

Todos os dias, quando encontrava ou esbarrava com Finn pela casa, eles se olhavam nos olhos, ninguém dizia uma palavra, mas ambos conseguiam sentir o coração pulsar mais forte e a saudade vir à tona. Rachel não poderia falar com ele, pois se falasse com ele, ela teria vontade de voltar para os braços de seu treinador, mas isso era algo que ela não podia. Queria, mas não poderia machuca-lo só por seu desejo pulsando.

As coisas não foram fáceis, mas também não foram impossíveis, aos poucos Rachel ia se recuperando, a falta de Finn seria algo que ela não superaria, mas só de saber que ele estava salvo das maldades do mundo ela ficava bem o suficiente para seguir em frente.

 ______________________

Rachel estava atrasada para sua aula, corria pelos corredores do McKinley, estava parcialmente até levar algo totalmente gelado no rosto.

“O que diabos é isso?”

“Boas vindas Berry!”

O slushie roxo escorria pela sua roupa e seu rosto congelava.

O garoto, que parecia ser do time de futebol, virou as costas e se foi, deixando a pobre Rachel naquele estado depreciativo.

Uma garota vinha correndo na direção dela, mas com todo aquele líquido no rosto, não conseguiu identificar. Ao se aproximar de Rachel, ela pode perceber quem era.

“O que foi Santana? Veio rir da minha cara?”

“Não, Rachel, vim limpar o que Sebastian fez.”

“Por quê Santana? Daqui a pouco sua chefona Quinn, virá te xingar por estar ajudando a ‘inimiga’ dela.”

“Eu não ligo Berry. Não mais. Eu saí das Cheerios. Agora vem comigo no banheiro se limpar”

Santana levou Rachel até o banheiro e a limpou, até pareciam amigas de certo modo.

“Você deve estar achando eu maluca né, Berry?”

“Mais ou menos, Lopez.”

Riram juntas e do nada Rachel percebeu um olhar triste vindo de Santana.

“Já que perdi as primeiras aulas mesmo, pode me contar o que houve Santana.”

Santana se sentou ao lado de Rachel, que estava no pequena cadeira, no chão.

“Tive que sair das Cheerios, pela Brit...”

“Opa! Mas achei que namoravam...”

“E namorávamos, mas acho que confundi o que sentia por ela. Ela é sexy, divertida e tudo mais, mas quando a beijo não sinto fogos de artifícios e acho que gosto de um garoto.”

“Opa, opa, opa. Então você não é lésbica?”

“Não sei, tudo está estranho. Acho que confundi meus sentimentos pela Brit, acho que sempre a considerei mais uma irmã e eu era a irmã protetora. Penso que posso ter confundido as coisas.”

“Mas Santana, porque sair das Cheerios?”

“Por que esse cara, ele está no time de futebol e eu iria ter que ficar vendo ele e Brit perceberia e não a quero mais triste do que já a deixei.”

“Posso saber quem é esse garoto?”

“Qualquer dia te conto, Berry. Agora, vou pra aula e acho melhor você ir também Berry.”

“Ok Santana, quando quiser sair ou precisar conversar, sabe quem chamar, certo?”

“Não ligarei para uma anã me dar conselhos.”

“HÁ-HÁ-HÁ. Muito engraçada LopeZ. Tchau e obrigada mais uma vez por me ajudar ok?”

Rachel foi para a aula e não se concentrou nem um pouco. Rachel achava que Santana era uma garota chata e esnobe, mas pelo o contrário, achava que era uma grande casca. O olhar de Santana ao falar com Rachel, fez Rachel conhecer a verdadeira Santana e ela tinha gostado disso, ela gostava de pessoas que se abriam para ela, do modo como Santana o fez.

_______________ 

Rachel chegou em casa cansada, esgotada, o treino das Cheerios não tinha sido nada fácil.

Rachel pensou que não teria que encontrar Finn assim que chegasse, mas encontrou. E do lado de uma caixa embrulhada.

“É pra mim?”

“Não, é pra mim. Mas acho que você gostaria de ver...”

A caixa tinha um cartão e ao chegar perto não acreditei no que estava vendo. Era ele, ele estava agindo, estava mexendo com Finn para me afetar.

“ Dá para me explicar porque disso?”

“F-F-Finn. EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ RECEBEU ISSO.”

“ Tem um cartãozinho, muito romântico por sinal. LEIA!”

Finn deu a Rachel um envelope.

“ Para você saber o que sua namoradinha adolescente fazia em NYC. Ou melhor, uma parte de muitas. ANONYMOUS.”

Ao ler isso, Rachel não acreditou.

Correu para o quarto chorando, ainda chocada. Não acreditara no que vira na caixa, ele não poderia estar fazendo isso com ela. Trazer o passado era baixo demais, só Rachel soube o quão difícil foi superá-lo e ele não tem direito de trazer isso à tona só para ele se sobressair. Ele não poderia fazer isso por Finn.

__________ 

Finn ainda estava chocado com o que estava na caixa. O que aquilo significava? Será que Rachel usara drogas em NYC?