Rachel foi despertando aos poucos e percebeu que não dormira sozinha. Braços fortes a segurava fortemente, querendo ela ali para sempre. Rachel percebeu Finn olhando para ela, ao que lhe parecia, ele também tinha acabado de acordar e sua cara amaçada de sono era maravilhosa para Rachel.

 "Hey, baby!" 

"BOM" -Rachel deu um beijo estalado em Finn- "DIA!"

"Ótimo dia, minha pequena."

 Quando Finn a chamava assim ela tinha vontade de abraçá-lo e nunca mais soltar.

Como Finn pode ser tão fofo e tão perfeito e tão tudo?

 Rachel viajava em seus pensamentos enquanto seu treinador a enchia de beijos pelo pescoço. 

"Rachel, acho que seu celular tá tocando, amor."

 Rachel se levantou, foi até a bolsa e realmente seu iPhone estava tocando Faithfully, uma de suas músicas favoritas e seu toque. O número era desconhecido e Rachel odiava atender esse tipo de ligação, mas poderia ser seu pai. 

"Alô?"

Rachel reconhecera a voz e realmente não poderia ser seu pai.

 "Por quê diabos está me ligando? Eu já disse pra você me deixar em paz, já disse que nunca mais quero te ver, muito menos falar com você. Some da minha vida, desaparece." 

"Oh baby, desde quando você me trata assim?" 

Finn a olhava de longe e as vezes ouvia Rachel falando rápido de um jeito totalmente estranho. Ele queria saber o que era, queria saber o que deixava sua pequena tão transtornada. 

"Por favor, me deixe em paz... "

 "NÃO. JÁ QUE VOCÊ NÃO VAI FALAR COMIGO POR BEM, FALARÁ POR MAL, RACHEL BERRY."

 Rachel desligou o telefone. Já podia sentir as fortes lágrimas escorrendo de seu rosto, lágrimas de pura dor e ódio. Rachel podia sentir o gosto das lágrimas, seu corpo não a aguentava mais em pé. Rachel foi escorrendo pela parede lentamente, chorando o mais forte possível. 
"Rachel, amor, o que foi?" 

Finn se sentou ao lado dela no chão e a puxou pra perto de si, não poderia deixar nada acontecer a sua pequena. Nunca deixaria alguém fazê-la chorar.

Finn a colocou entre suas pernas e a abraçou, passou os braços por ela e os fechou perto de sua barriga, Rachel jogou o corpo pra trás e continuou chorando, sem dizer sem quer uma palavra. Finn continuava a acariciá-la, estava sim preocupado, mas não queria fazer ela falar o que não queria. Finn a conhecia, quando ela estivesse pronta falaria.

 "Shhhh! Tudo vai ficar bem pequena." 

"Finn, nem tenho o que dizer para você..." 

"Tudo bem pequena!" 

Ele a colocou em seu colo e a beijou ardentemente, as unhas de Rachel lutavam contra a pele da nuca de Finn, enquanto as mãos dele passeava entre seu quadril e suas coxas. Finn a beijava no pescoço, ia descendo os beijos pro seu colo e Rachel ia sufocando os gemidos. Se Finn sabia brincar e provocar ela também sabia. Rachel chegou perto da orelha de Finn e começou a mordiscá-la. Finn não estava mais aguentando o que ela estava fazendo, queria levar esse experimento de gente para sua cama e mostrar quem realmente manda. Rachel continuava a mordiscá-lo e Finn parou a tortura, a fez olhar ele nos olhos. Os olhares se encontraram, se fundiram em um só e os lábios automaticamente se encontraram. O beijo transbordava desejo, vontade, mas também mostrava o carinho que eles tinham um pelo outro. 

Rachel parou o beijo, percebendo o que estava fazendo, lembrou da conversa breve que teve no celular. Aquilo apertava o coração da pequena, mas era o certo a fazer.

 "Finn, não podemos, não mais. Precisamos conversar." 

Aquilo o assustou, sempre que ouvia que alguém precisava conversar com ele dava em merda. Ele tinha medo até de olhar nos olhos de Rachel nesse momento. 

"Olha, você foi incrível comigo desde que cheguei, mas talvez não devêssemos prosseguir o que começamos."

 "O-O-O QUÊ?"

 "Finn, não podemos mais ta bom?" 

Correu até o quarto, se trancou no quarto e se jogou na cama, agarrou o travesseiro ainda com o perfume de Finn e se acabou de tristeza. Rachel chorava, não podia acreditar que a alguns minutos atrás estava se atracando com Finn no chão do corredor. Ela não queria fazer isso, mas era necessário, era preciso fazer isso. Ela estava sim o machucando, mas se não o deixasse o machucaria mais ainda, talvez no real sentido de machucar. Rachel nunca deveria ter aceitado o convite de Kurt pra morar na casa, ela estava magoando outras pessoas com sua histórinha ridícula .Ela deveria ter aprendido que tudo que ela toca desaba, Rachel sabia que seu melhor não era o melhor pros outros, mas isso a perseguia, ela não podia fazer nada em relação a isso. Mas ela de jeito algum, poderia meter outras pessoas no meio desse problema dela. 
Finn ainda estava sentado no chão chorando feito uma criança. Como uma adolescente fez isso com ele? Eles estavam tão bem até poucos minutos atrás, nada muda assim tão rápido e ele sabe muito bem que eles sentiam algo forte um pelo outro. O peito de Finn doía, ardia, ele chorava e só a queria ali do lado dele, o abraçando. Ele precisava dela, precisava dela, não poderia ficar sem ela. Algo fez Rachel mudar de ideia tão rápido, algo a magoou e Finn já dissera que ninguém machucaria sua pequena, NINGUÉM a tiraria dele.