Rachel após ver aquela cena horrível correu pro carro chorando e eliminando todo o líquido que possuíra. Apoiou sua cabeça ao volante e chorou, chorou o quanto pode.

Ao chegar em casa tudo que precisava era se trancar no quarto e não sair nem pra jantar, ela não queria se explicar, muito menos ver a cara nojenta de Finn.

Rachel subiu as escadas correndo, se trancou no quarto, se jogou na cama e chorou. Sua garganta doía, sua cabeça explodia e tudo que ela precisara foi de um cochilo.

“RAAAAAAAAAAAAAAAAAAACHEL, ABRE ESSA PORTA!!!! VOCÊ TÁ QUERENDO APODRECER NO QUARTO?”

Rachel só ouvia os gritos finos de Kurt e as batidas na porta, isso a deixava com vontade de se bater. Kurt continuara gritando e Rachel se dirigiu à porta para abri-la.

“Rachel do céu... QUE CARA É ESSA MINHA FILHA? COMEU NACHO PODRE? ESSAS OLHERAS HORRÍVEIS? MEU DEUS, VOCÊ ESTÁ DESTRUÍDA. O QUE ACONTECEU MINHA PEQUENA ESTRELA?”

Rachel foi se lembrando da cena e as lágrimas começaram a embaçar sua vista, tudo que pode fazer foi se agarrar com Kurt o mais forte possível e chorar em seu peito.

“Ô Rachel, fica assim não meu amor... Se você quiser me contar pode contar tá? Juro que te ajudo, mas se não quiser contar, entenderei.”

“Ai Kurt, você não tem noção... Aquela Quinn é uma nojenta, ridícula, só porque entrei nas Cheerios ela já pegou birra e fez uma coisa comigo.”

Rachel não poderia contar o que era e Kurt compreendeu a amiga.

“Rachel, pessoas como Quinn sempre existirão... São pessoas egoístas e invejosas, que não tem o mínimo de amor próprio e autoestima. Não se garantem sabe Rach? E você é uma estrela Rachel, não pode deixar esse povo fazer isso com você. Então me promete uma coisa?”

Os olhos arregalados e inchados acompanhavam Kurt a cada palavra e aquilo realmente a tocara. Rachel assentiu que prometeria.

“Amanhã na escola, eu quero você uma gostosa, quero você a menina mais linda e poderosa que já vi. Quero você transbordando confiança, então vamos, mostre as pernas, coloque um sorriso lindo no rosto e pare de chorar, porque precisamos desse olhar safado e não triste.”

Kurt a fez sorrir, e para ele isso já era de bom tamanho por tudo.

Kurt a levou pro shopping, juntos compraram várias roupas lindas, tomaram lanche, viram um musical e foram pra casa, pois já estava tarde... Quando chegaram em casa, tudo estava quieto, aparentemente Finn estava dormindo e era tudo que Rachel queria.

Depois de uma longa noite de sono, Rachel acordou disposta a mostrar para aquela loira de esquina quem mandava, quem era Rachel Berry.

Rachel desceu as escadas poderosa, o uniforme das Cheerios permitindo uma vista vaga de suas coxas, além do cabelo preto negro e alguns fios escorrendo pelo rosto. Quando chegou na cozinha, percebeu que Kurt já havia ido e Finn ainda estava na casa, ótimo, tudo que ela precisava.

“Ei minha Cheerio, não ganho nem um beijo?”

Rachel sentiu nojo ao ouvir essas palavras vindo daquele cara. Ela resolveu falar o que seu lado mulher disse, virou as costas e foi para a escola, deixando Finn de queixo caído.

As aulas passaram, por onde passava Rachel era olhada, como se um holofote estivesse sobre ela. No almoço todos a deram atenção, mas preferiu ficar na mesa do Glee Club do que na das Cheerios.

As outras aulas prosseguiram, mas Quinn olhava com uma cara tão invejosa para Rachel que ela decidiu ir para casa mais cedo.

(Vestiário masculino McKinley)

Finn, o treinador arrumava suas coisas enquanto seus jogadores se trocavam. Finn estava tranquilo mexendo no seu armário, mas uma certa conversa o tomou a atenção ao ouvir um nome que ele presava.

“Caaaaaaaara, o que você achou da nova Cheerio? Acho que se chama Rachel Berry!  Porr*, achei ela uma gostosa, tem um traseiro que eu e meu amigo Puckmini piramos. Já que Quinn não me dá mais atenção acho que vou tentar pegar essa Rachel, afinal ela é uma Cheerio e eu um jogador.”

O sangue de Finn queimou, mas ele teria de fingir não ouvir nada. Apesar que Rachel esteve estranha naquela amanhã e ontem a noite, ele não teria que se preocupar com Puck, que é um grande mané.

“Vamos treinar garotos!!!”

Naquele treino Finn sentiu falta de uma certa morena dando mortais, Rachel não estava lá, mas alguém o olhava. Quinn o olhava, a mesma garota safada de ontem, o olhava tanto que ele até ficou com medo dela, parecia uma maluca.

Quando o treino acabou e todos foram ao vestiário Finn não pode deixar de ouvir a continuação da conversa de Noah.

“Caaaaara, aquela Berrostosa me mandou um sms. Você tem noção? Ela quer tomar sorvete comigo hoje. Tipo, é hoje que pego a Racheltosa.”

O sangue de Finn ferveu, ele podia sentir as veias do pescoço se alavancarem de raiva, tudo que ele queria era levantar da cadeira e dar um murro em Puck por falar assim de sua pequena.

Tudo que Finn fez foi ir pra casa perguntar o que estava acontecendo, mas quando chegou Rachel já estava pronta pra sair. Estava linda, até demais para Puck.

“Onde você vai? Vai sair com Puck? É mesmo, porque você o convidou? Achei que você fosse a MINHA namorada, não que estivesse livre pra sair por ai com adolescentes como Puck...”

“Quantas colegiais você namora? Aposto que gosta das líderes de torcida né? É fetiche ou o simplesmente safadeza?”

“Tá maluca Rachel?”

“Deveria estar quando fiquei com você, achando que ficar com você seria bom... Agora deixe-me ver o Puck, porque como adolescente preciso dar uns beijos... Até te chamaria, mas acho que você preferiria ir até ao estacionamento com uma colegial não é? Tchau treinador.”

Finn ficou perplexo e entendeu do que ela falara. Finn não poderia perder Rachel, não por aquilo, não para Puck.

Rachel saiu da casa correndo e foi ao encontro de Puck. Ela sabia que não deveria ter se envolvido com Finn, ela já havia errado em NYC, errar em Lima de novo, era um carma ou algo do tipo.