Capítulo 5.

Rachel dormiu com a jaqueta de Finn naquela noite, afinal ela precisava de forças pro dia de amanhã. Escola nova, garotos idiotas novos e garotas folgadas novas, tudo parcialmente novo, mas ela ainda teria o treinador Hudson e Kurt.

O despertador infernal de Rachel tocou e assim que abriu os olhos a pouca claridade que havia já era o suficiente pra ela saber que agora a vida nova começara.

Rach levantou, tomou seu banho quente e foi se vestir, colocou um vestido preto até o joelho e prendeu seu cabelo, deixando apenas algumas mechas e sua franja solta. Já estava pra se atrasar, Kurt já havia ido chamá-la, mas nenhum sinal de Finn até agora. [

“FINN? CADÊ VOCÊ FINN?” Ela desceu as escadas correndo e quase caíra, mas algo forte e grande a segurou.

“Você gosta mesmo cair da escada ein Rachel? Fique tranquila, não vou deixar você se suicidar na escada”

Rachel olhou pros lados em busca de Kurt, mas ele definitivamente já tinha ido pra escola.

“Procurando o Kurt?” Ela assentiu com um sorriso sonolento. “Posso saber o motivo de procurar Kurt assim com os olhos mocinha?”

“Claro que pode treinador...” Rachel se aproximou de Finn e o deu um beijo de bom dia e que ótimo forma de começar o dia pra Finn. “ Agora, sou sua aluna e estou indo pra escola de pé mesmo, porque não posso chegar junta com o treinador sabe? Seria muito estranho... Talvez as pessoas pensassem que eu dormi com ele entende?”

Ela se virou de costas, o deixou ali sonhando com a colegial e pensando como ele conseguiria suportar olhar pra essa menina todos os dias na escola sem querer beijá-la, abraça-la, protegê-la e a deixar segura em seus braços e carinhos.

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“Classe, essa é Rachel Berry, nossa nova aluna, então a recebam bem e sem slushies ok? Bem vida Senhorita Berry.” Mr Schuester era o professor de espanhol e quem a havia guiado por toda a escola e mostrado as salas, os professores, os atalhos e as aulas extras.

Rachel jurava ter ouvido o Mr.S. falar algo sobre o Glee club, que com certeza seria algo que a interessava, já que cantar era parcialmente o amor da vida de Rachel.

A aula de espanhol que foi a primeira passou rápido, a segunda aula foi a de história da arte, onde os procedimentos de apresentação de aluna nova prosseguiu, assim como foi nas aulas de inglês e geografia.

O horário de almoço tinha finalmente chegado, a comida era como a de outras escolas, estranha na maior parte do tempo, mas comestível. Como aluna nova, Rachel fora meio que excluída, não sabia em qual mesa sentar, estava perdida no salão, mas então ela avistou Kurt numa mesa com outras pessoas.

“Kurt, posso me sentar com vocês?”

Kurt assentiu e ao se sentar Rachel percebeu os olhares curiosos dos amigos dele. Na mesa havia um casal de asiáticos, que foram apresentando a Rachel como Mike e Tina, havia também uma garota negra chamada Mercedes.

Kurt a explicou tudo sobre a pirâmide social existente no McKinley. Primeiro vinha as Cheerios e os esportistas, principalmente os jogadores de futebol, depois o pessoal dos clubes, a banda e por último o Glee Club que era de onde eles vinham.  Kurt a mostrou as líderes de torcidas e entre elas três que faziam parte do Glee Club. Um casal de garotas, que nem era tão casal assim, chamadas Brittany e Santana, além de Quinn a rainha das Cheerios. Quinn era o tipo de garota perfeita do colegial, loira, olhos claros, cabelos perfeitamente cuidados e penteados, rosto de anjo e corpo de dançarina de strip.

O almoço passou e outras aulas se foram, mas a que Rachel ansiava era a última, era a ginástica e quem seria o professor? Sim. Mr. Hudson. Rachel foi até seu armário e se trocou, colocou seu short preto e uma blusa vermelha do McKinley, prendeu os cabelos em um longo rabo.

“Bem, hoje eu vou dar alguns exercícios básicos e ver se alguns de vocês possivelmente podem fazer algum esporte. Mas... Não significa que se eu disser que você pode fazer natação que você será aceito no time.” Ele fez uma pausa ao encontrar certos olhos grandes o olhando e prestando atenção a cada palavra que ele dizia, sua pequena estava ali e ele não poderia fazer nada. “Então eu só dou o passaporte pra vocês. Certo? Vamos começar.”

Os testes começaram e Mr.H. apenas anotava tudo com atenção o que deixava todos os alunos nervosos e tensos, aquilo decidiria se eles seriam o predador ou a presa do ano.

A aula terminou e Mr.H. iria divulgar a lista dos nomes e em qual das modalidades eles se aplicariam, mas isso depois do banho.

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Uma confusão em torno do mural de recado começou a acontecer, Rachel se aproximou fitando o papel procurando o seu nome, mas ela não o encontrou, ela se sentia um lixo, não poderia entrar nem na pior modalidade, ela era tão inútil assim? As lágrimas escorriam de leve e Rachel olhava pro chão tentando que ninguém percebesse ela ali, mas alguém percebeu puxando-a pro quartinho do zelador.

“O que aconteceu pequena? Alguém te jogou slushie? Alguém te insultou?”

Ela não conseguia dizer, só o abraçou. Naquele momento ele não era o treinador, nem o professor, ele era o Finn, seu Finny.

“Eu não entrei em nada Finn.”

Ela o abraça cada vez mais forte, a cada lágrima que escorria era um novo aperto.

“Ei, minha boba, olhe pra mim.” Rachel levantou a cabeça e Finn percorreu o polegar por todo o rosto molhado numa tentativa de secar as lágrimas. “ Você não está naquela lista boba, porque a treinadora Sue viu a aula e disse que eu poderia colocar você direto nas Cheerios que seu potencial seria enorme e que você nem precisaria de teste...”

Rachel abriu um sorriso tão grande e bonito que Finn sentiu seu corpo estremecer.

“AI FINN, NÃO ACREDITO. VOCÊ SEMPRE FAZENDO ESSAS COISAS COMIGO. DEPOIS SE ACONTECER ALGO COMIGO, A CULPA SERÁ SUA.”

“Agora sai desse armário, vai no escritório da Sue e pega seu uniforme porque mais tarde eu quero minha líder de torcida em casa.”

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Rachel saiu do vestiário feminino em direção ao estacionamento, mas enquanto passava pelo corredor principal todos os olhares iam em uma única direção. Todos olhavam pra ela, olhavam pras suas pernas bronzeadas e seu rosto angelical e sensual. O uniforme de Cheerio tinha caído perfeitamente bem, a saia vermelha deixava suas pernas maravilhosamente lindas e os cabelos pretos presos em um rabo longo deixava seu rosto completamente livre e assim mais fácil de ser reparado. Agora ela era estava no topo da pirâmide, não que isso a faria metida e nojenta como as outras, mas isso a deixava forte sobre si mesma.