Ele se jogou na cama e começou a observar as estrelas no teto. Finn tinha adormecido, mas alguém na casa ainda não conseguira pegar no sono.

Rachel se jogou na cama e enterrou com força o rosto no travesseiro, começou a viajar nos seus pensamentos. Pensou em New York e tudo que acontecera lá, lembrou de quando Kurt a encontrou. As memórias começaram a vir em sua mente com um turbilhão de sensações. Rachel se lembrou da primeira vez que olhara Finn, de primeiro momento ele parecia estranho, mas quando Rachel parou pra observar Finn, ela percebera que ele era alto, seu cabelo era penteado de uma forma completamente juvenil e sua barba rala era completamente sexy. Rachel começou a pensar na manhã daquele dia, a sensação do beijo de Finn em seus lábios fez seu corpo estremecer se manifestando em um arrepio.

Os olhos de Rachel insistiam em embaçar e a vontade de gritar crescia a cada momento que ela lembrava, a cada toque de Finn que ela sentia brevemente em sua pele. Ela estava apaixonada por Finn desde a primeira vez eu o viu, mas ela não poderia mergulhar de cabeça nessa paixão, afinal ela não tinha trocado NYC, sua grande paixão, por Lima sem um bom motivo. Ela de jeito algum poderia se apaixonar ou criar um romance e ter um relacionamento ali.

Rachel sentiu as lágrimas se apossarem de sua face e então se rendeu ao choro entalado na garganta. Rachel chorou, chorou até sua garganta doer, sua cabeça não suportar mais e o sono a pegar.

Rachel dormiu até o instante que um cheiro delicioso de comida adentrou suar narinas a fazendo pular da cama e seu estômago roncar. Rachel resolveu ir tomar banho, pegou suas roupas no armário e foi direto ao banheiro, onde repetiu o procedimento de ontem. Rachel saiu enrolada na toalha, seus cabelos enrolados em outra toalha e o corpo ainda úmido e quente pelo banho.

“ Você gosta de judiar de mim andando pela casa assim né?”

Finn sussurrou no ouvido dela a abraçando por trás e segurando as mãos de Rachel que o acolheu com seus braços.

“ Hey Finny” Rachel se virou de frente pra ele e percebera o quanto ele estava bonito com a cara amassada do sono e os cabelos extremamente bagunçados. “ Acabou de acordar também?”

Finn assentiu e em um instante pegou sua mão e a guiou até seu quarto indicando a cama com a cabeça para ela.

“ Rachel, pode me contar por que você correu daquele jeito? Eu não pude nem me desculpar pelo que tinha feito. Desculpe, mesmo, por favor. Não devia ter te beijado, nem ter ficado enfeitiçado por você assim que te vi. Desculpe por favor.”

“ Finn, eu que deveria me desculpar, eu que te beijei e pulei em cima de você quando vi o quão lindo o quarto tinha ficado.” Ela sorriu lembrando da cena engraçada. “ E obrigada mesmo pelo jeito que você me acolheu na sua casa, uma mera estranha. E os beijos de ontem, me desculpe mesmo, não deveria acontecer, você será meu professor amanhã de certa forma, não é certo.”

“Ai Rachel eu tinha esquecido do lance de ser seu professor, de verdade, me desculpe ok?”

“Finn querido, fique tranquilo. Não vou andar mais de toalha pela casa, nem andar de roupas íntimas por ela também.” Os dois riram e o olhar dos dois se encontraram da mesma forma que sempre resulta em um beijo. “ E-e-e-eu a-cho melhor eu ir né?”

“ Você será minha aluna apenas na segunda não é? Pelo que eu me lembre hoje é domingo... Então se eu te prensar na parede vai ser muito estranho?”

Rachel sorriu e Finn fez o que tinha dito, a colocou contra a parede e a beijou. A beijou com carinho, ternura, vontade, desejo, realmente uma mistura de sensações que fazia Rachel delirar.

“ Acho que sua aluna ainda não está aqui.”

O beijo ficava cada vez mais intenso, Rachel já podia sentir Finn e então ela tomou a atitude e o levou para cama.

Rachel deitou sua cabeça sobre o peito nu de Finn, que pelo contrário do que parecia, era bem definido. Para Finn, Rachel nunca estivera tão bonita quanto agora, ele sentia que ela era uma coisa dele, só dele. Ambos se sentiam completos quando estavam juntos e ainda mais agora, Rachel realmente se sentiu de Finn e nada mais importava, seu passado ela havia esquecido e Finn nem se quer lembrava do que ele dava aula.

“ Agora, você tem uma quase-aluna na sua cama e nua Mr. Treinador.”

Ela fazia círculos com a unha no abdômen de Finn e isso ligeiramente o arrepiava.

“ Você falou bem. Ela ainda não é, ainda tenho algumas horas antes de ela se tornar aluna do Mr. Hudson gostosão.”

“ Sei que nada mais vai poder acontecer entre nós, mas como um amigo, me diga o que você acha de me ver por ai com o uniforme das Cheerios?”

Finn pareceu assustado com o que Rachel acabara de dizer, ele tinha um certo sentimento no olhar que ela não conseguia distinguir.

“ Eu já tive ela em minha cama, agora imaginar ela de shortinho nos ensaios enquanto eu treino os garotos vai ser difícil. Ver ela se apresentar nos jogos? Imagina isso? Meu Deus, eu enlouqueceria com aquele uniforme de líder de torcida, aquela saia curta e aquele cabelo preso. Meu Deus, eu largo meu emprego...”

Ela gargalhou com o que Finn disse e era aquele riso, aquele que ele tanto amava e se encantava.

“ Maravilhoso Finny, será isso que vou fazer. Agora não preciso andar de calcinha e sutiã pela casa, andarei com o uniforme das Cheerios.”

Finn percebeu o olhar brincalhão de Rachel e ele já estava enlouquecendo pelos seus lábios macios.

“ Finn, para de me olhar assim.”

Rachel se aproximou e o beijou calmamente, o beijou com saudade e atenção.

Rachel se levantou e com o olhar de Finn ela percebeu que ele queria saber aonde sua musa iria, ela foi até o guarda roupa dele e vestiu uma de suas jaquetas do time de futebol.

“ Não posso andar nua pela casa não é mesmo? Então... Vou pro meu quarto com sua jaqueta querido, juro que não vou roubá-la. Um último beijo antes de ser sua aluna sexy.”

Finn se levantou, se aproximou e Rachel carinhosamente colocou seus braços em torno do pescoço dele e ele a segurou pela cintura, fazendo com que ela se sentisse protegida e segura. O beijo foi longo, calmo e doce. Rachel se separou de Finn e o deixou logo após dar um último selinho e piscar para ele.

Essa mulher vai mesmo levar o treinador a loucura.