Destino Ou Maldição. escrita por grazimontifi


Capítulo 25
This is not the end.


Notas iniciais do capítulo

Leiam a nota final.



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Ali estava ela. Rachel Barbra Berry, com sua roupa alá NYC, sentada na ponta de sua cama, as malas rosas com seus pertences ao seu lado, o coração batendo forte e o estômago embrulhado. Olhava diretamente pro nada, flashes de momentos em seu quarto eram passados em sua mente.

 Ela ainda não tinha percebido, mas seu quarto estava todo decorado. As paredes pintadas de branco e a parede que dava pra cabeceira de sua cama era de um lilás claro. Observando melhor ela viu a parede lilás cheia de palavras espalhadas de coisas que ela gostava, havia o nome de seus artistas e músicas favoritas e em preto escrito bem grande acima da cama se localizava o título de uma de suas músicas favoritas. “Don’t Stop Believin” estava exatamente lindo escrito ali e isso a tocou de uma forma que tudo que ela pode fazer foi correr até Finn e pular em seu colo enroscando as pernas na cintura dele. Finn a abraçou carinhosamente a segurando em seu colo.

“Gostou mesmo Rachel? Queria que você se sentisse em casa, então fiz isso pra você”

“Finn, você é incrível sério. Eu não gostei... EU AMEI ISSO FINN ESTÁ LINDO AI VOCÊ É MARAVILHOSO, INCRÍVEL. NOSSA SÉRIO VOCÊ É INCRÍ...”

Antes de poder terminar o que queria, Finn se aproximou do rosto de Rachel acariciando e isso tirou todas as palavras e a fez perder os pensamentos. Rachel não pode se controlar e se aproximou mais ainda, fazendo os seus lábios selarem um beijo. Um beijo cheio de ternura, carinho e intimidade.

Saiu de seu devaneio e se pegou chorando com um sorriso bobo nos lábios. Ela agradecia do fundo de seu coração, os momentos bonitos que passara com Finn, mas só não queria deixa-lo daquele jeito. Rachel realmente não teve intenção de machuca-lo, muito menos de machucar a si própria.

Levantou-se, pegou suas malas e foi direto pra porta. Antes de fechá-la, olhou uma última vez pra trás e pôde ver ela e Finn aos beijos na cama, em uma das maravilhosas tardes de inverno que tiveram. Fechou a porta, ainda com lágrimas insistindo percorrer seu rosto. Não era uma escolha, era o certo a se fazer.

Passou pelo quarto de Finn, a porta fechada e o som alto. Por um minuto pensou em bater ali, mas em outro já havia desistido. Continuara andando, passando pelas portas fechadas, como se a casa estivesse dizendo adeus.

Estava descendo as escadas, mas teve de parar. Mais um flash surgira em sua cabeça.

FINN? CADÊ VOCÊ FINN?” Ela desceu as escadas correndo e quase caíra, mas algo forte e grande a segurou.

“Você gosta mesmo cair da escada ein Rachel? Fique tranquila, não vou deixar você se suicidar na escada”

Rachel olhou pros lados em busca de Kurt, mas ele definitivamente já tinha ido pra escola.

“Procurando o Kurt?” Ela assentiu com um sorriso sonolento. “Posso saber o motivo de procurar Kurt assim com os olhos mocinha?”

“Claro que pode treinador...” Rachel se aproximou de Finn e o deu um beijo de bom dia e que ótimo forma de começar o dia pra Finn.

Mais lágrimas. ÓTIMO, pensou.

Passou pela cozinha, onde mais uma lembrança surgiu em sua mente. Lembrou de quando Finn a abraçava por trás logo cedo e depositava um leve beijo em sua nuca. O cabelo bagunçado e os olhos cerrados de sono. Ah, como aquele cachorro era bonito.

Havia andando pela casa toda, sentia-se se despedindo de cada parte. Deixou as malas por um instante e se jogou no sofá, esperando Kurt descer. Lembrou-se de quando Finn havia morrido de ciúmes dela com Puck e a cara de bobo que ele fizera quando ela se arrumara pra sair.

Mais lágrimas.

Finn não era tudo ali, Rachel já havia se despedido de Burt e Carole, e claro que um rio formou-se. Quinn tinha mandando sms a noite toda, desejando-a uma boa viagem e que tudo que precisasse era pra ligar e claro que desculpou-se por tudo. Puck também havia dado seu goodbye.

Bem, só faltavam mais dois. Talvez as duas mais importantes: Santana e Finn.  Satã não era o problema, já que ela levaria RyK no aeroporto. E Finn, Rachel já havia se conformado com a mágoa que ela deixara em seu coração. Agora ele a odiava e foda-se se ela iria partir pra sempre ou não.

Ouviu estrondos e logo viu Kurt descer todo pomposo com suas 4 malonas. Parou logo ao lado das malas de Rachel. Olhou pra trás por um momento.

“Eu vou sentir tanta falta disso. Dessa cidade, das pessoas, da calmaria.”

Rachel se levantou e foi até o amigo, pegou suas malas e caminharam para fora.

Ambos pararam na calçada, olharam pra trás e se abraçaram.

“Rach, eu tô com medo. Eu tô deixando o Blaine pra trás, meu irmão, minha família. Eu sei que preciso, mas dói tanto.”

“Oh, Kurt, você não sabe como eu me sinto. Nunca fui tão feliz e amada em outro lugar. Aqui eu fiz amigos, ganhei pais novos e aprendi o que é o amor, mesmo que hoje eu saiba que ele dói demais... Mas tá na hora, Kurt. Tá na hora de deixar tudo pra trás, guardar tudo no coração como uma linda memória. No dia da nossa premiação pro Tony, vamos chegar juntos, vamos andar juntos e vamos lembrar, JUNTOS, tudo que passamos aqui.”

“OH, Drama Queen, como eu amo você.”

“Eu também amo você, Little Gay.”

Um carro chegou buzinando, fazendo uma bagunça total. Parou bem em frente à eles.

“É daqui que chamaram Santanão, a taxista? Destino aeroporto?”

Ambos gargalharam. Colocaram as coisas no porta-malas e entraram no carro.

Quando o carro virou a esquina, ambos olharam pra trás e apertaram a mão um do outro. É, estava tudo chegando ao fim. Mas eles sabiam que um novo começo viria.

O maior problema foi o aeroporto. No momento em que o voo deles fora comunicado, Santana agarrara Rachel e não a deixara sair. Chorou como nunca antes, mas logo Rachel a abraçou e disse que tudo ficaria ok. Ambas prometeram visitas e muitos telefonemas, ou melhor, todos os dias Satã iria ligar pra saber de tudo.

Embarcaram, deixando uma Santana chorosa e totalmente acabada.

Entraram no avião, mas perceberam que havia um erro com suas poltronas, então Kurt fora reclamar com a aeromoça, enquanto Rachel simplesmente foi encarar o problema.

Haviam duas poltronas em cada, mas a do Sr. Hudson estava ocupada por um outro homem. Um homem sentado com um moletom, o capuz tampando seus cabelos e o óculos dificultando mais ainda a vista de seu rosto, já que estava com a cabeça baixa.

“Senhor, desculpa, mas acho que esse lugar é do meu amigo. O Sr.Hudson gostaria mesmo de sentar-se no lugar certo.”

“Mas ele está sentado no lugar certo.”

“Não, você está no lugar dele.”

A raiva já fazia o sangue ferver e a vontade de tirá-lo ali a força era enorme... Até que ele levantou o rosto, tirando o óculos, dando um sorriso de leve pra ela. Aquele sorriso, aquelas covinhas, aquela barba por fazer. O                seu Finny. O seu amor. As pernas bambearam e o ar faltou.

“Eu acho que você está errada, Srta.Berry.”

“Ma-ma-mas que diabos, você está fazendo aqui?”

Ele se levantou, passou por ela, deixando-a mais confusa ainda. Continuou andando e sumiu, mas logo voltou, acompanhado de um Kurt sorridente e uma aeromoça. Pegou o microfone do avião.

“Senhores e senhoras, desculpem-me atrapalhar o começo do voo de vocês, mas é que é realmente importante.” (Pausa pros gritinhos e aplausos do Kurt) “Tem uma garota, pessoal. Ela é mais nova e tudo, mas com certeza a maioria de vocês vai me entender. Então, ela foi mora na minha casa e ela é bem bonita mesmo, quando ela chegou em casa eu pirei mesmo porque vocês não tem noção do quão provocante ela pode ser. Mas enfim, eu me apaixonei por ela. Eu sentia a sensação de que eu deveria protege-la acima de qualquer coisa. Eu descobri erros dela, alguns até fortes demais, mas pra um cara apaixonado, que se dane a razão. Eu a perdoei, mas eu acho que ela nunca se perdoou de verdade, ficava se torturando e isso começou a me incomodar. Eu continuei apoiando-a, tentava ajudar da melhor forma possível, mas parecia que a vida sempre fazia questão de coloca-la contra mim. Ela deixou de me contar que ia pra New York, eu não sei o porque disso, mas eu fiquei bem chateado, gente. Mas foi só na hora mesmo. Eu parei de falar com ela e ela achou que eu não iria me despedir. Eu confesso que acho bem mais romântico pedidos de casamento no avião...”

Todos gritavam “sim”, Kurt pulava feito um louco e Finn estava começando a entrar em desespero. Rachel continuava em pé por perto, com a testa franzida e o olhar vago.

“Rachel Barbra Berry, você aceita se casar comigo em qualquer parte do Central Park ou na Times Square?”

Todos os passageiros em total silêncio. Rachel se atirou sobre Finn e o abraçou, chorando como nunca. Dava-o socos no peito e beijos ao mesmo tempo.

Talvez nem tudo dê certo na nossa vida, talvez os erros cometidos e omitidos hoje, venham à tona amanhã. Talvez o sorriso que você está hoje, torne-se lágrimas amanhã.  Nunca se sabe o dia de amanhã. Não se sabe como a história vai terminar em si, mas com certeza vai ter sofrimento, é preciso sofrer pra poder saber o que é alegria. Nunca se sabe o final da vida, ou como vai ser o percurso até lá, mas pode ter certeza que no fim tudo tem de à dar certo e se não der, não chegou no fim.


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Notas finais do capítulo

Eu queria agradecer a cada um que leu essa história e me deixou reviews mostrando que tava gostando. Me sinto feliz e ao mesmo tempo triste. é muito recompensador acabar uma história e ao mesmo tempo triste. Queria pedir desculpas se em algum momento eu decepcionei vocês com alguma coisa. Foi minha primeira fic e não sei se vou continuar a escrever :/ Enfim, eu espero que tenham gostado do capítulo e principalmente da fic. Fiquem sabendo que provavelmente daqui uns dias postarei o epílogo, contando um pouco do que aconteceu com cada um. Por favor, se você leu, deixa review ♥