Psicose escrita por KaulitzT


Capítulo 8
Ó beleza! Onde está tua verdade?


Notas iniciais do capítulo

Com estou feliz, ontem quando cheguei em casa (depois de saber que o meu sobrinho é menino) entrei no Nyah e dei um berro quando vi as recomendações que recebi, assustei minha mãe e ela me fez ler cada uma em voz alta para que ela também ouvisse. Obrigada lindas, estou muito feliz. Escrevi esse capítulo maior e quero dedica-lo a Stephanie Torres, Deffs Debby, e Jooh_kaulitz. Obrigada, eu amo vocês, e amei cada palavra, obrigada por confiarem no meu potencial, prometo que não vou decepciona-las. Obrigada, obrigada, obrigada, obrigada, mil vezes obrigada, não sei nem como agradecer *-----* Obrigada por me deixarem tão feliz.



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Sim, tudo era muito estranho e assustador, diga-se de passagem. Bill foi apaixonado por minha mãe, meu pai é um crápula e os amaldiçoou, eu provavelmente fui o principal motivo pelo suicídio de Bill e agora o homem que era apaixonado por minha mãe, estava apaixonado por mim, tirando o grande fato de que ele teria idade para ser meu pai e estava aprisionado num corpo mais jovem. É vida, você não cansa de me surpreender. Eu sei que de um jeito ou de outro eu estraguei a vida de Bill e, agora ele ganhou como castigo, ter de cuidar do fruto de um amor que era para ser o seu, pela eternidade, ele me amava, mas não podia e nem queria exigir o meu amor em troca.

Aprendi uma coisa que é definitivamente uma verdade incontestável, saber que o cara mais perfeito se matou e você foi um dos motivos não é nada romântico ou fofinho como descrito nos filmes.

Diana tá na hora, se apronte para a escola. - Meu pai gritava , não sei se a intenção era me acordar ou botar a porta do quarto ao chão.

– Já ouvi, droga. - gritei.

– Então ande logo.

Levantei-me da cama, enchi os pulmões de ar, tentando ganhar forças para começar o dia que provavelmente não seria nada fácil.
Vesti uma roupa qualquer, não quis caprichar afinal, eu estava indo para a escola, lugar onde não queria ter de ir e não para um desfile de moda.

Desci as escadas e me deparei com meu pai a mesa tomado seu café da manhã.

– Posso saber em qual escola você me matriculou? - Perguntei de braços cruzados, encostada na borda da porta.

– Na Sumerfold. - Respondeu seco, com o jornal cobrindo seu rosto.

Ótimo. - Disse irônica indo em direção a saída.

– Não vai tomar seu café da manhã?

– Não. - Abri a porta e segui para fora. Decidi ir caminhando, demoraria mais tempo para chegar na maldita escola, que ficava a algumas quadras dali.

Não consegui pensar em mais nada, a não ser em Bill, alguma coisa dentro de mim - um instinto, um sentido, talvez. - me dizia para me afastar e procurar não me envolver ainda mais, mas ao mesmo tempo em que tudo era assustador, era também atrativo, evolvente e até interessante eu diria, é como se eu precisasse da adrenalina e do medo que o olhar e o toque de Bill injetavam em meu sangue, como se fosse uma parte de mim gritando para se libertar, eu não sei.

Quando dei por mim, me deparei com um prédio em que em faixada podia se ver escrito ''Inferno". Na verdade estava escrito em letras douradas o nome da nova escola ''Escola Segundaria SumerFold'', mas com certeza não teria diferença, ou utilidade diferente de um inferno.

Passei pelo corredor onde todos estavam, era uma típica escola da cidade, todos com seus grupos: Nerds fracotes apanhando de valentões que queriam impressionar as patricinhas que corriam atrás dos jogadores de futebol que se exibiam para as lideres de torcida, que detonavam as garotas normais, que provavelmente vão adquirir problemas psicológicos mais tarde. É pai, muito obrigada por ter me obrigado a vir para um lugar cheio de malucos..

Continuei caminhando, todos olhavam em minha direção, mas uma pessoa chamou minha atenção... Um garoto estranho, isolado olhando fixamente em minha direção, ele vestia preto dos pés a cabeça, literalmente. Usava um sobretudo, botas de cano médio, a calça era quase toda coberta e usava um capuz cobrindo a cabeça. Percebi que ele vinha em minha direção, com a cabeça baixa e os olhos argeados.

– Bom dia, poderia ajudar-me a encontrar minha turma? - Sua voz era rouca, os fios de cabelo que escapavam do capuz era quase brancos, seus olhos extremamente azuis pareciam ter sido pintados, seu rosto definido e sua pele absurdamente branca com certeza eram a tela perfeita para criar nada mais nada menos que aquele rosto perfeito, impecável, cheio de detalhes e nenhum defeito.

– Desculpe, também não sei em que turma estou. - Respondi tentando não ser grosseira, afinal ele não tinha culpa alguma se meu pai era um canalha.

– Claro. - Ele mudou de expressão. Olhou no profundo dos meus olhos por uns três segundos, parecia querer descobrir algo, ou ler a minha alma.

– Vocês precisam de ajuda? - Perguntou uma mulher alta de pernas finas, provavelmente trabalhava na escola.

– Sim, nós não sabemos em qual turma estamos. - Respondi enquanto o cara de capuz olhava para o chão.

– Não os avisaram em qual sala estão no dia em que seus pais vieram fazer a matrícula?

– Na verdade meu pai não me disse. - Respondi.

– Estamos na sala do senhor Scuther. - O estranho respondeu. Com ele sabia se eu estaria nesta turma também?

– Claro é por aqui. - Disse a senhora alta.
Fomos caminhando pelo corredor, a mulher na nossa frente enquanto eu e o esquisito
íamos atrás, um do lado do outro, eu olhava para ele curiosamente e ele simplesmente olhava para seus pés. Caminhamos até a ultima sala do final do corredor 5.

– Pois não. - Um homem alto de óculos nos recebeu abrindo a porta quando a magrela de pernas finas bateu na mesma, ele devia ter por volta de uns 45 anos.

– Senhor Scuther, estes alunos estão na sua turma. - Disse ela toda sorridente, provavelmente ela era uma encalhada apaixonada por nosso provável professor. Senhor Scuther voltou a sala e retornou até nós com uma prancheta azul em mãos.

– Na verdade eu não sei se estou nesta turma. - Disse enquanto o professor olhava para mim por cima de seus óculos.

– Como você se chama? - Perguntou a mim.

– Diana Baker. - Respondi.

– Vamos ver... - Ele percorreu a lista com o dedo indicador. - Damon, Daiana, Damian, Daínam, ah sim, Diana Beker. E você, como se chama? - Voltou-se para o estranho de capuz.

Adrian Smooth. - Respondeu ainda de cabeça baixa.
– Pelo visto tenho dois novos alunos, queiram entrar por favor. - Ele sorriu, estendendo a mão para dentro da sala, convidando-nos a entrar.

Adrian e eu entramos juntos enquanto o professor fechava a porta, logo após ele voltou-se para nós.

– Apresentem-se por gentileza a turma.
Adrian olhou para mim gesticulando com a cabeça um sinal de que eu devia começar, confesso que foi bem difícil me concentrar quando olhei para seus olhos, mais azuis que o céu num dia ensolarado.

– Bom. - Respirei fundo, para que essa idiotice de ter que me apresentar? - Meu nome é Diana, tenho 17 anos e estou aqui por que meu pai me obrigou. - Todos riram.

– Alguém tem alguma pergunta a fazer para a senhorita Diana? - Perguntou o professor;

– Eu! - Um garoto loiro com o casaco do time da escola levantou o braço.

– Diga Romenold. - O professor gesticulou em sinal positivo.

– Você tem namorado? - Mais uma vez todos riram com a pergunta do idiota, uma garota de rosa socou o braço do babaca arrancando de sua garganta um gemido alto.

– Não. - Respondi seca.

– É uma pena. - Ele sorriu.

– Mas fique sabendo que ele tem namorada ok querida? - A menina que havia socado-o disse tentando parecer ameaçadora, mas com aquela roupa cor de rosa só meus olhos se sentiam ameaçados por ter de olhar tamanha cafonice.

– Sinto muita pena dela. - Todos os idiotas presentes na sala riram muito e a patricinha bufou ficando vermelha.

Ótimo, mais alguma pergunta turma? - Senhor Scuther perguntou, recebendo o silêncio em resposta. - Por favor Adrian. - Pediu o professor para que Adrian se apresentasse.

– Já posso me sentar? - Perguntei.

– Claro Diana. - Respondeu o professor.

Sentei-me na ultima cadeira da fileira do meio e fiquei observando a apresentação de Adrian.

– Meu nome é Adrian, prazer. - Foi tudo o que disse.

– Perguntas? - Disse o professor.

– De onde você é? - Perguntou o idiota de casaco do time.

– Escócia. - Respondeu frio.

– E qual é a dessa roupinha ai? Um escocês revoltado? Onde está sua saia?- Todos da turma riram, na verdade aqueles idiotas riam de tudo.

Adrian sorriu de lado, seu sorriso parecia maldoso. Olhou diretamente para o menino que ria descontroladamente, de um jeito frio, mas ainda com aquele sorriso bizarro no rosto. Eu era a única que olhava para Adrian, quando de repente o idiota com casaco do time se levanta e sai correndo da sala, com a calça completamente suja com uma pasta marrom, me deu nojo só de pensar o que poderia ser aquilo.

Adrian sentou-se ao meu lado, não entendi bem o por que, pois haviam outros lugares vazios na sala.

O professor continuou a aula, eu me sentia desconfortável, tanto quanto me sentia quando Bill estava por perto, o seu olhar me causava calafrios.

Levantei-me e fui em direção ao professor.

– Posso ir banheiro? - Perguntei.

Claro. - Respondeu sem olhar para mim enquanto escrevia na lousa.

Eu não fazia ideia de onde era o banheiro dessa escola mas eu precisava sair um pouco daquela maldita sala de aula, eu me sentia claustrofóbica, precisava respirar um pouco. Andei um pouco pelos corredores e avistei um bebedouro prateado, aproximei-me e pude sentir a água fria molhando meus lábios, era uma sensação boa que não sei por que, mas me dava saudades de casa. Prumei o corpo e virei-me dando de cara com ele.

– Por que não está na sala? - Adrian olhava-me sério.

– Qual foi, eu nem te conheço vai ficar tomando conta de mim agora? - Disse passando por ele.

– Espera. - Ele segurou meu braço com força, fazendo-me parar.
– Me solta. - Ordenei e ele o fez.

– Desculpe Diana. - Sua expressão mudou. - Desculpe por favor. - Ele sorriu. - Como nós estamos na mesma turma e somos novatos eu gostaria de saber se. - Interrompi-o

– Eu não vou andar com você. - Disse franzindo o cenho.

– Claro. - ele sorriu. - Vamos? - Convidou-me a ir para a sala.

– Não enche. - Sai caminhando em sua frente.


O que ele quer comigo? Ele é estranho, por que eu andaria com ele, eu não quero fazer amigos aqui, estou nessa droga para estudar e não para fazer amizade com os estranhos carentes.

Quando voltei para sala lá estava ele, sentado no mesmo lugar, mas como assim? Eu tinha acabado de vê-lo no corredor, era para ele ter entrado depois de mim, como assim?

Olhei para ele como se quisesse fuzilá-lo.

– O que você tá fazendo aqui? - Perguntei sussurrando enquanto me sentava.

– O que você está falando Diana. - Ele olhava-me com um sorriso debochado no rosto.

– Como assim? Você sabe muito bem do que estou falando. Eu te vi no corredor, como chegou aqui tão rápido?

Adrian sorriu.

– Eu passei por você, você não deve ter me visto.

– Não é possível. Eu sei bem o que vi e você estava atrás de mim, não tem como você ter passado por mim sem que eu visse. - Gritei em meio a confusão em minha cabeça.

– Baker e Smooth, algum problema ai atrás?

– Problema nenhum professor. - Adrian respondeu, enquanto eu não tirava meus olhos de cima dela.

– Senhorita Baker? Senhorita Baker? Diana? - O professor gritava, mas eu não conseguia tirar os olhos de Adrian. - Diana? - ele gritou?

– O que foi? - Disparei as palavras num tom alto demais.

– Sente-se aqui. - O professor ordenava para que eu mudasse de lugar.

– Eu ainda vou descobrir o que você fez. - Avisei a Adrian enquanto pegava minhas coisas e sentava onde o professor tinha mandado.


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Notas finais do capítulo

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