Crônicas Dos Dois Mundos escrita por TakeruTakashi


Capítulo 1
Amigos de verdade


Notas iniciais do capítulo

Essa é a primeira das várias crônicas que hão de vir...
Estão centrados nessa TK, Kari, Yolei e Ken.
Pequena participação de Davis, Cody, Tai, Armadillomon, Wormmon.



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                                      Amigos de verdade

Era um dia normal na cidade de Odaiba. Porém, desde o dia da derrota de MaloMyotismon apenas 1 ano e meio atrás, muita coisa mudou na vida dos digiescolhidos. Pra começar, um mês depois do dito dia, Kari e TK começaram a namorar. A situação foi meio estranha e ainda mais inusitada, mas aconteceu desse jeito:

Todo o grupo dos novos digiescolhidos estava no Digimundo, junto de seus digimons, com exceção de Patamon e Tailmon, que haviam ficado no mundo humano com Tai que estava passando mal. Era um típico passei pelas montanhas. Isso é, até Yolei ter uma ideia perversa. Ela chama Davis, Ken e Cody à parte, e fala para eles em um tom que TK e Kari, que estavam conversando sobre coisas rotineiras mais a frente, não ouvissem:

-Ei, pessoal, o que vocês acham de pregar uma peça naqueles dois?

-Como assim Yolei? – pergunta Ken.

-Bom, nós podíamos assustar eles e prendê-los numas cavernas que existem aqui por perto, fingir um desmoronamento.

-Mas e se machucar a Kari? – pergunta Davis, mostrando sua preocupação que apenas existia com Kari.

-Não se preocupe, serão apenas algumas pedrinhas pra tamparem a saída – fala Yolei, com pouco caso.

-Certo, então vamos... – fala Davis.

-Ok, vamos lá – fala Cody, estranhando a todos por ter concordado com tal plano.

Eles chamam Wormmon e Armadilomon, e a pegadinha é combinada. Eles retornam para TK e Kari.

-Onde vocês foram? – pergunta a digiescolhida da Luz.

-Ah nenhum lugar, só mostrei pra eles um riacho aqui por perto – fala Yolei – Na verdade, tem uma caverna mais pra frente com um trecho desse riacho muito bonito. Se quiserem, podemos te mostrar.

-Isso é ótimo, estou morrendo de sede – fala Kari, animada.

-Eu também! – concorda o TK. Nem estava mesmo com sede, mas se ele ficasse perto de Kari, bastava.

Yolei leva eles até uma caverna, que dizia ser a caverna com o dito riacho. TK e Kari são os primeiros a entrar e ele pergunta:

-Onde é o riacho?

-É lá no fundo. Podem ir na frente, não estamos com sede!

TK dá de ombros para a resposta de Yolei e vai em frente com Kari. Yolei dá uma piscada para Wormmon e Armadilomon. Ken e Cody sacam seus digivices.

Wormmon digivolve para Stingmon!

Armadilomon hiperdigivolve para Digmon!

-ESSA NÃO, UM DIGIMON INIMIGO! – grita Yolei para dentro da caverna, tentando não rir.

-Spiking Finish! – Stingmon usa seu sabre no topo da entrada.

-Rock Cracking! – Digmon faz um buraco nas laterais da entrada. TK e Kari mal tem tempo para reagir, e a entrada é tampada.

Por alguns minutos, Yolei e os outros imitam barulhos de batalha, se esforçando para não rirem e estragarem a brincadeira. TK e Kari ficam assustados com o desmoronamento e com o “ataque” do digimon.

-Ai TK, será que eles estão bem?

-Não sei Kari, mas que estranho, não cheguei a ouvir outro digimon.

De repente , silêncio. Nenhum dos outros digiescolhidos era ouvido, nem seus parceiros digimons. Do lado de fora, os outros estavam se rachando de rir. Por sorte, a pedra era grande o suficiente para tampar o som das risadas.

Quanto maior o silêncio, maior era a preocupação de Kari e TK. Ela fala:

-Ai TK, estou com medo! – ela vai até os braços do loiro, chorando no peito dele. Ele a abraça, para confortá-la.

-Não se preocupe Kari, eu vou te proteger não importa o que aconteça.

Kari olha para TK, mesmo sem vê-lo naquela escuridão, surpresa com a fala dele. Pensando que poderiam ser seus últimos momentos com ele, ela fala:

-TK, eu... – Kari agradece ao fato de estar na escuridão, pois se conseguisse ver TK, não faria o que estava prestes a fazer - Eu te amo.

TK, mesmo pensando em correr o risco de ser morto em breve, fica muito feliz com a declaração de Kari.

-Eu também te amo Kari...

Os dois, muito corados,  se beijam, quando ouvem a rocha rachar com os possíveis digimons para mata-los. Eles nem mesmo se preocupam em quebrar o beijo, queriam tirar o máximo daquela experiência, que para eles seria a última.

Após quebrarem a rocha para avisar para TK e Kari que aquilo não passava de uma brincadeira, a reações dos brincalhões ao ver a cena, era simplesmente indescritível e impagável.

Para começar, Davis desmaiara. Em segundo, Yolei precisaria de um guindaste para levantar o seu queixo, após ele bater no chão com tudo. Cody se sente no espaço, aquilo era algo que ele não imaginava que acontecesse naquela situação. Ken apenas ri da reação de Yolei. TK e Kari só se tocaram que foram vistos quando ouviram o som de Davis batendo no chão.

Eles se viram para o grupo, muito vermelhos, interrompendo o beijo. Eles estavam lado a lado, e mesmo com a vontade de enterrarem suas cabeças no chão de tanta vergonha, eles não conseguiam deixar de sorrir ou sequer soltar as mãos um dos outros.

Após se recuperar do baque inicial, Yolei cumprimenta Kari pelo acontecido. Então TK se lembra de um pequeno detalhe, para ele qualquer coisa valia para diminuir sua vergonha:

-E o digimon que atacou vocês?

-Bom... ele... já foi embora – disse Cody, suando de nervosismo. Se TK não estive tão distraído pelo beijo que acabara de receber, teria percebido a mentira.

Porém Kari e TK não conseguiram ficar juntos do dia pra noite, pois naquela mesma noite, mesmo com o estomago se revirando mais que um tornado no seu corpo, Tai correu atrás de TK por 3 horas com navalhas e suco de limão, pronto para usar o segundo depois do primeiro na região das gônadas do loiro, para garantir a pureza de Kari.

Após 2 dias recebendo ameaças de morte de Tai, por telefone, e-mail e uma até num bizarro boneco que parecia ser de vodu do loiro com uma faca no peito, TK conseguiu ver Kari novamente, após essa ter rodado a baiana na sua casa ao saber das ameaças de Tai.

O namoro deles começa a se desenrolar. Por uma estranha razão, Ken e Yolei também começam a namorar após uma semana TK e Kari começarem. Algo a ver com o jogo da garrafa...

No tempo presente, os dois casais continuavam juntos. O colégio era contra o namoro de seus alunos, porém, devido a nota dos quatro, o diretor decidiu fazer uma concessão.

Mas, como para tudo existia limite, o colégio decidiu trocar os lugares deles. TK agora sentava do lado de Yolei e Kari sentava do lado de Ken.

O professor deles de história havia tirado sua cartada suprema: um trabalho em duplas sobre pelo menos duas dinastias japonesas que dominaram o Japão antigo. Como TK e Kari, Yolei e Ken estavam proibidos de fazer trabalhos juntos, as duplas foram as de onde sentavam.

Quando o sinal bateu, o quarteto se reuniu e Yolei falou:

-O Ken ofereceu a casa dele para fazermos o trabalho lá! – disse Yolei, porém Ken falou:

-Yolei, eu não... – imediatamente Yolei cala Ken com um grande beijo, então Ken decidiu que valia a pena – Não deixaria de oferecer!

-Pra mim tudo bem, e pra você TK?

-Beleza Kari.

-Certo, hoje a noite, às nove e meia da noite!

...

Yolei e Ken esperavam por Kari e TK, que estavam atrasados, coisa incomum vindo deles. Ken havia ido pra casa de Yolei logo após as aulas, para passar o tempo.

TK e Kari chegam apenas as dez horas. Eles estavam suados, nervosos e ofegantes. Ken e Yolei estranham isso, mas a conversa de Kari e TK foi ainda mais estranha:

-Nossa... Kari... Não acredito... Que você fez isso...

-Também... não... É a primeira vez que... faço isso... E você?

-Não... É... minha primeira vez... também... Nunca pensei... que fosse... tão cansativo...

-Nem... eu... Mas admita... Foi bom... Foi sofrido pra mim... no começo... mas... no final foi bom...

-Não... tenho... tanta... certeza... Você... foi muito... rápida... É difícil... de seguir o... seu ritmo...

Ken e Yolei ficam imediatamente vermelhos com o dialogo dos dois. O que diabos eles tinham feito pra se atrasarem tanto?

-Ãhn... Do que vocês estão falando? – pergunta Yolei, temendo pela resposta.

-A... Kari... que deu... a ideia de... fazermos... isso... – TK disse, apontando para Kari.

-Foi... mal... A culpa... é minha.

Yolei, precipitada que só ela, fala:

-Mas vocês são muito novos pra fazer esse tipo de coisa!

-Yolei... Nós temos 13... anos... – fala TK, sério.

-É verdade... quem sabe... eu e você... fazemos isso juntas um dia! – fala Kari, sorrindo.

-Mas eu não vou fazer isso com você nunca! – fala Yolei, muito vermelha.

Finalmente os dois recuperam o folego e Kari fala:

-Tudo bem, mas um dia eu e você vamos fazer, né Ken? – Ken fica muito vermelho, mas TK interfere.

-Que nada, eu que vou fazer com ele Kari, né amigão? – TK coloca o braço no ombro de Ken.

-Não, não vou fazer!

-Que pena... Você ia gostar!

-Mas Kari, o que o Tai vai fazer quando descobrir? – pergunta Ken.

-Mas o Tai apoiou a ideia – responde a garota – Achei estranho no começo, mas ele disse que ia ser bom pra mim se fosse com o TK que eu tivesse esse tipo de experiência.

Yolei estava prestes a desmaiar e fala:

-Ai, como vocês tiveram a coragem de fazer sexo poucos antes de virem pra cá! Nunca mais vou poder olhar pra vocês sem ter imagens dos dois...

-Do que você tá falando? – Kari fala confusa.

-Como assim? – pergunta Ken.

-Vocês estavam achando... – TK então entende toda a confusão, assim como Kari, e os dois começam a rir da cara dos seus amigos.

-O que é tão engraçado? – pergunta Ken.

-Nós nos atrasamos Yolei – fala Kari, ainda rindo, então TK completa:

-Por que nós viemos até aqui correndo!

Ken e Yolei, se colocassem um pouco de folha na cabeça, virariam perfeitos tomates. Para tentar salvar sua seriedade, Ken fala:

-Mas vocês disseram que foi a primeira vez dos dois!

-E é verdade, nós nunca tínhamos vindo pra cá a pé! – disse Kari, com a mão na boca pra segurar um pouco da risada.

-E sobre você não conseguir seguir o ritmo da Kari? – fala Yolei.

-Isso por que ela é mais rápida que eu e eu não conseguia correr junto dela!

Ken e Yolei acham melhor desistir, falar mais algo só ia ser mais humilhante. Após rirem mais um pouco, TK acha melhor eles fazerem logo o trabalho. Eles já haviam se divertido à custa deles o bastante.

Eles vão para o quarto de Yolei para fazer o dito trabalho. Trabalho chato seria um elogio carinhoso para o que eles estavam fazendo. Mas por sorte, a família de Yolei não estava em casa, eles haviam ido “curtir” uma ópera.

Quando já era meia noite, um barulho alto interrompe a concentração deles. O estomago de TK ronca, e o rapaz fala, vermelho:

-Me desculpa pessoal, é que faz tempo que eu não como...

-Na verdade, eu também estou com um pouco de fome! – fala Kari.

-Se quiserem, tem comida pronta lá na loja! Toma a chave – Yolei pega uma chave com chaveiro do brasão do Amor e outro da Sinceridade, que estava numa cômoda.

Kari e TK saem do quarto de Yolei, deixando Yolei e Ken sozinhos. Yolei então fala:

-Puxa, acabei de lembrar!

-Do que Yolei?

-Eu tenho uma enciclopédia lá no armário! Tá meio velha, mas podemos usá-la!

-Que ótima ideia! Mas por que não usamos o computador?

-Bom, meus pais tiraram minha internet por eu ter deixado a torradeira cair no chão...

Yolei vai até o armário e tenta pegar a enciclopédia, mas ela estava muito alta pra Yolei pegá-la.

-AH, não consigo! Tá muito alta!

-Deixa eu tentar...

Ken tenta pegar, mas também não consegue.

-Droga, e agora?

-Já sei, tenho uma ideia – Ken pega a cadeira do computador de Yolei e coloca ela encostada no armário – Pode subir, eu te seguro!

Yolei aceita meio receosa. Ela sobe na cadeira enquanto Ken segurava. Mesmo com a ajuda da cadeira, ela não consegue pegar a bendita enciclopédia. Então ela fica na ponta do pé e finalmente consegue pegá-la, porém ela era muito pesada e faz Yolei perder o equilíbrio, a fazendo cair para trás. Ela derruba Ken caindo sobre ele.

Por um senso de humor macabro do destino, Kari e TK entram no quarto e a cena era essa: Ken deitado no chão, com sua cabeça entre as pernas de Yolei, que por sua vez estava com a cabeça entre as pernas deles, transformando o acidente em uma bizarra cena, que TK e Kari acabaram presumindo que haviam “interrompido” os dois.

-Podemos voltar mais tarde, se quiserem... – diz Kari, pronta para fechar a porta e deixar os dois sozinhos.

-Ai minha cabeça... – diz Yolei passando a mão em sua cabeça e vê a cena que estava. Mais rápida que um raio ela levanta, mas Ken estava inconsciente – Juro que eu só cai!

-Sei... – diz TK, com uma malícia rara de sua parte.

-Olha a cadeira ali! – ela diz apontando a cadeira ao seu lado, desesperada pra provar sua inocência e aí Kari e TK acreditam.

Eles então colocam Ken na cama. Então Yolei tem uma ideia:

-Pessoal, que tal a gente pregar uma peça nele?

-Mas Yolei, ele é seu namorado! – fala Kari, mas na verdade ela queria concordar.

-Mas ele me deixou cair!

-Certo...

...

Ken finalmente acorda, porém com algo estranho: seu traseiro doía. Imediatamente ele olha para o lado e vê uma garrafa vazia de saquê. Então vê que estava na cama de Yolei. Ele então olha para o outro lado e fica ainda mais aterrorizado: TK estava deitado ao seu lado. Os dois estavam embaixo de lenções

Imediatamente ele pula da cama e começa a agonizar. Para ele, os dois haviam “feito” e quem havia se dado mal havia sido Ken. Ele coloca as mãos na cabeça quando vê outra coisa mais perturbadora: uma camisinha fora do saco jogada no chão.

Ele começa a chorar. Como poderia olha para seus pais, para TK ou mesmo para Yolei depois disso? Se mudar para a Etiópia e viver entre os animais parecia ser a melhor opção.

Ele começa a perder o fôlego e ficar tonto. Ele se apoia na parede e tenta recuperar o estado.

Então Kari e Yolei entram morrendo de rir no quarto, e ele imediatamente corre até Yolei e pergunta gritando e desesperado:

-PELO AMOR DE DEUS YOLEI! ME DIGA O QUE ACONTECEU! PORQUE MEU TRASEIRO ESTÁ DOENDO?

Yolei e Kari começam a rir mais ainda, e então TK começa a rir também. Nem ele se aguentava de tão cômica a cena era. Então ele se levanta e fica do lado de Kari.

-DO QUE VOCÊS ESTÃO RINDO?!

Ninguém responde, apenas mostram para Ken uma câmera ligada. Ele corre até a câmera e vê o que aconteceu.

Yolei havia batido no traseiro de Ken com a enciclopédia, enquanto TK tirava uma camisinha do pacote e Kari jogava o conteúdo  da garrafa de saquê fora.

-Ah, ele vai ficar desesperado quando acordar – diz Yolei.

-Você tem certeza disso? É que agora parece errado... – diz Kari, um pouco arrependida por ter concordado com aquilo.

-Não, ele me fez cair, agora está na hora da vingança.

-Mas de onde você tirou essa camisinha? – pergunta TK.

-A loja dos meus pais, de onde eu tirei aquele saquê.

Yolei e Kari saem do quarto, enquanto TK entrava embaixo das cobertas e falava:

-Ah, ele vai surtar quando acordar!

Quando o vídeo acaba, Ken não parecia irritado, na verdade ele até sorria. Ele se vira para Yolei e os outros, com um sorriso até pacífico:

-Como vocês são meus amigos e a Yolei minha namorada, vou dar 20 segundos de vantagem...

Todos saem correndo e quando Ken termina a contagem, corre atrás deles e grita:

-FILHOS DA...

“Podem ser companheiros, brincalhões, sérios ou tímidos, ele nos ajudam a enfrentar os momentos difíceis de vida, por isso nos devemos agradecer aos nossos amigos, por eles sempre estarem por perto para melhorar nossa vida”                                                     Verus amicus


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Notas finais do capítulo

A próxima história pode ou não ser relacionada com essa.
Histórias perdidas que sairão das trevas.