A 73 Edição Dos Jogos Vorazes escrita por Sofi
Notas iniciais do capítulo
Ok, eu... to sem inspiração... mas eu to enrolando muito. eu sei que ficou sem graça, masenfim.
Pego uma das facas na minha mala e Faith pegou a que usou para caçar e nós corremos na mesma direção que Spes foi. Encontrei meu machado ensanguentado no meio do caminho e então o corpo moribundo de Kesh, o garoto do Distrito 2 que tentou me matar.
-Bu – disse Spes, saindo de trás de trás de uma árvore – Eu já não aguentava mais ele. - E o canhão de Keith soou.
-Mas ele é tão grande! - disse Faith, animada, mirando o corpo – Como você conseguiu? - e afastou o sangue do nariz com o ante-braço
-É só ter força de vontade, pequena. - respondeu.
O hino de Panem começou a tocar e a insígnia começou à flutuar no ar.
-Vamos ver aqui mesmo? - pergunto
-Acho que sim – disse Spes, me levantando pela cintura para que eu subisse em um Salgueiro alto. Escalei a árvore e ajudei Faith. Spes subiu e nós começamos à assistir o plantão. Primeiro, Keith.
-Olha só! Eu ainda estou vivo! - brincou Spes. Eu e Faith demos um riso abafado e o plantão de mortos diários continuou. A garota do 3. O garoto do 5. E Serena. Insígnia de Panem.
-Bom, suas magrelas, o que acham de acender uma fogueira? - disse Spes, pulando da árvore e caindo deitado em cima de um monte de folhas. Faith pulou em cima dele e disse :
-Pode ser. - ele soltou um grunhido junto com uma risada quando Faith pulou nele – Vem, pula nele também, Meriva!
-Coitado, Faith! - e pulei, rindo. - Posso ir procurar Ery agora?
-Eu acho que não. - disse uma voz atrás de mim. Engoli em seco. Nina.
-Corre. - disse Spes, puxando Faith que me puxou. Me soltei de Faith e comecei à correr ao máximo que eu conseguia
-Pântano! - gritei. Nina estava me alcançando
-O que? - Spes gritou de volta
-Vou para o pântano! - corri em direção ao solo barrento. Dou tapas nos meus bolsos procurando minha faca, mas não acho nada. Ótimo, desarmada, desajeitada e ferida contra uma carreirista gigante, com todo tipo de arma e sedenta pelo meu sangue.
Pego uma pedra – sei que não vai adiantar nada, mas é muito melhor do que ficar de mãos vazias contra “Nina” - e corro o máximo que consigo em meio a lama e a água. Estou na parte da água funda e vejo Nina sendo puxada para a água.
-Bestantes – sussurro para o vazio, olhando as bolhas na água e o sangue começando à surgir – Fuja, Meriva! - grito para mim mesma.
Mergulho na água e nado o mais rápido que consigo. Logo já estou na lama que logo daria no lago.
-Meriva! - ouvi alguém gritar. Ainda não ouvi o tiro de canhão da Nina, se ela morreu. - Cadê você? - Faith, seu nariz sangrento e Spes, carregando nossas coisas.
-Tá tudo bem? - perguntou Spes – E cadê a Ni... - e escorregou de cara no barro.
Não contive a risada e junto com Faith, caí numa gargalhada ritmada. Dava para ver que o nariz dela estava doendo, então levantei a cabecinha dela pelo queixo e olhei.
-Tá feio, hein? - eu disse
-E doendo. - acrescentou.
A luz da lua não iluminava muito, então precisei forçar o olhar para pegar o pouco de faixa que restava.
-Ei, precisa de alguma coisa? - Perguntou Spes
-Preciso, sim. Voltar pro Distrito 7.
-Entendo, Meriva. - suspirou Spes
-Meu nariz está doendo! - resmungou Faith, cutucando a faixa em volta o seu rosto.
Peguei alguns comprimidos para dor e dei um para ela. Ela é pequena, então dois fariam um efeito muito forte, talvez deixando-a com mais dor ou doente. Minhas pálpebras caíam pesadamente enquanto Spes lavava o rosto cheio de lama.
-Meriva, você precisa dormir. - disse Faith, se segurando no meu ombro para não cair no lodo.
-Não, eu to bem. - menti – Vamos para os pinheiros. - E pulei na água – Vem, Faith, eu te ajudo.
Ela entra na água com o rosto levantado para não molhar seu machucado no nariz. Ajudo ela e Spes nos alcança e diz :
-Faith, melhor você vir aqui comigo, daqui a pouco a Meriva acaba te soltando.
Ri ironicamente e só ouvi o grito dele, então o sangue colorindo a água
-O que foi?!? - eu disse, desesperada, apertando Faith, que ficava fitando o céu, para ela não cair
-Eu não sei! - respondeu Spes
-Peixes guiados. - respondeu Faith, olhando para a água sem molhar o nariz.
Mais bestantes. Ótimo. Peixes guiados foram criados pela Capital durante a rebelião para gravarem em baixo da água e atacar com dentes afiados como lâminas.
-Tá, o plano é o seguinte : A gente nada o mais rápido possível e saímos daqui logo. - Disse Spes, fazendo esforço para boiar com a perna perfurada – Meriva, toma a dianteira.
-Ok – concordei e nadei em frente a ele e Faith, que nadava sem molhar o rosto
Cheguei na floresta de pinheiros e puxei meus aliados.
-Tirando a perna ferrada, vocês estão bem?
-Sim – respondeu Faith, se chacoalhando para afastar a água
-Tirando a perna... - respondeu Spes, com a água pingando e se unindo ao sangue que escorria em sua panturrilha.
-Tá, senta aí. - eu disse. Ele obedeceu e eu levantei a barra da sua calça. Faith foi até o lago e encheu uma garrafa com água e trouxe-a para mim. Rasguei um pedaço da minha blusa e molhei para limpar o sangue.
-Você tá bem? - disse Spes, olhando fixamente para mim, enquanto eu não tirava os olhos do machucado. Eu estava suando frio e forçando o olhar para conseguir enxergar com as pálpebras pesadas e a parca luz da noite – Você está toda branca.
-Sim, eu estou bem sim. - joguei uma corrente de água gelada nos buracos causados pelos bestantes, o que fez ele grunhir um pouco. Faith ficou observando em silêncio enquanto eu passava a pomada para cortes e infecções que Mekenzie me mandou. - Não tem mais faixa. - eu disse, retirando a faixa do meu machucado no ombro. Ele estava preto e fundo no meio e começando à cicatrizar nas bordas.
-Argh! Coloca isso de volta, Meriva! - reclamou Spes – Tá horrivel e... Espera... - parou – Foi a minha faca, não foi?
-Pouco importa – dei de ombros.
-Opa, opa, espera aí. - disse Faith – Você atacou a Meriva? - se dirigiu à Spes
-Não! - ele respondeu – Bom, não propositalmente... Eu taquei uma faca no Kesh, mas ele usou a Meriva como escudo.
-Tá tudo bem – eu disse – Vamos dar um jeito na sua perna. - desenrolei a faixa em meu braço onde Serena me atacou e enrolei na perna dele
-Pronto, agora dorme um pouco.
-Não, valeu. Eu to bem. - me sentei e abracei os joelhos
-Não tá não, Meriva. Você não pode ficar acordada para sempre. - disse Faith.
-E dai? - reclamei
-Qual é, para com isso. - disse Spes, tirando um saco de dormir da sua mochila – Deita aí e dorme.
Então desisti e caí num sono que ninguém desejaria cair. Pesadelos. Todos – todos mesmo, até Faith – me encurralando. Eu não tinha nada. A pele de todos estava perfeita e lisa como pele de bebês, enquanto eu estava cheia de machucados. E todos me tacavam facas. “Você falhou, Meriva”. Ecoava na minha cabeça. Eu tentava, mas não conseguia acordar.
E abri os olhos num supetão.
Faith e Spes estavam encostados em uma árvore, jogando conversa fora
-Algo errado? - perguntou Faith, enquanto me olhava preocupada.
-Não. Só... só um pesadelo – coloco uma mão na testa enquanto uso a outra para usar de apoio ao sentar – Preciso andar um pouco.
-Você precisa comer – diz Spes, me estendendo um potinho com, acho eu, ser filé de esquilo. Pequeno e fininho. Mas cheio de nutrientes
Tiro a mão da testa e pouso-a sobre a minha barriga, fazendo uma cara feia e rejeito o esquilo. Tomo um gole de água.
-Não, obrigada. Preciso mesmo andar.
Me levantei e fui em direção ao norte. Estou sem armas, mas estou bem. Se alguém me atacasse agora, eu o atacaria corpo a corpo. E um paraquedas preteado pousa à minha frente.
Abro ele e pego o facão que há dentro. Havia uma mensagem escrita na arma. “Se você sair desarmada de novo, eu te faço engolir veneno. Assinado, Seu mentor que você tanto adora, Mekenzie.” A mensagem me faz rir um pouco, principalmente a parte que diz “seu mentor que você tanto adora”
Continuo andando e não encontro ninguém. Tiro a jaqueta e amarro-a na cintura. Pelo visto, os Idealizadores nos oferecerão um dia bem quente.
Imagino o que terá acontecido com Nina. Ela deveria ter morrido, mas seu rosto não foi projetado e não ouvi seu tiro de canhão. A ideia de que ela pode estar viva me vem à mente. Não. É impossível. Os bestantes atacaram ela, e por mais que seja forte, nunca conseguiria sobreviver a um ataque de bestantes. Ninguém consegue. Me lembro da garota do Distrito 3 sendo estraçalhada.
Tiro o pensamento e continuo andando. Gosto de pinheiros. Me lembram meu Distrito 7. Passo a tarde toda caminhando, sem perceber o tempo.
Nenhum tiro de canhão até agora.
-Meriva? - escuto uma voz de criança chamar, Faith, é claro.
-Estou aqui, Faith.
Ela saiu do meio das árvores e disse, aliviada :
-Finalmente te encontrei. Estou te procurando há uma hora.
-Me desculpe. - sorri – Vamos para o acampamento. Temos mais um facão.
-Quem te mandou?
-Mekenzie. Disse que se eu sair desarmada de novo, ele vai me fazer engolir veneno.
-Você deve ter muitos patrocinadores. - suspirou, decepcionada consigo mesma.
-Você também. - digo, sem mudar o olhar.
-Se eu tenho, quero que provem. - disse, objetiva – Me mandem um fio elétrico se vocês existem, patrocinadores!
E um paraquedas prateado caiu à sua frente. Ela abriu, e lá estava o fio
-Eu tenho patrocinadores – suspirou, animada, encarando o fio com um sorriso.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
That's all. Eu prometo que logo o Ery aparece :*