Help Me! escrita por lexiely


Capítulo 13
Uma tarde de trovoada com Ash.


Notas iniciais do capítulo

Ah e eu tinha esquecido, obrigado pela recomendação, Carolyn :3 s2



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Demorei para achar o quarto dele, o corredor era enorme e por sinal estava escuro. E sabe, do jeito que eu sou desastrada, podia cair e morrer ali mesmo, então fiquei me segurando nas paredes, já que no corredor não tinha corrimão.

Ah é, quem seria o idiota a colocar corrimão no corredor? Acorda, Anne.  Mesmo que ainda não estivesse escurecendo, estava uma escuridão total. Assim que achei o quarto dele, fiz questão de não fazer nenhum barulho. Mentira, deu um barulho enorme de trovão e eu bati a porta com tudo e corri para a cama dele. O imbecil não acordou. Fiquei cutucando ele.

– Ashhhhhhhh, o Ash. - continuei cutucando ele e berrei no seu ouvido. - Ashhhhh, seu lindo, gostoso, acorda! - continuei a cutucar, já estava perdendo a paciência. - Seu gay do caralho, acorda! GAAAAAAAAY! - ele acordou do nada e ele levantou a cabeça rapidamente, e bateu na minha, já que eu estava querendo saber quando ele iria acordar e dar um susto com meus olhos cinzas.

– Que é?

– Eu não quero ficar sozinha.

– Precisava me acordar? - ele bufou. E mexeu no cabelo, que por sinal, tava beem bagunçado.

– Sim! Que parte do eu não quero ficar sozinha você não entendeu?

– Não tinha outra pessoa pra encher?

– Não, só sobrou você.

– Tá com sono?

– Não.

– Mas eu to, dá o fora do meu quarto, agora.

– Ashhhh, por favor, eu não quero ficar sozinha, eu tenho medo de trovoada!

– Não quero nem saber, vaza. - ele bufou, ele estava irritado, e isso era bem visivel.

Saí do quarto dele e fui pro meu.

É, eu deveria saber que ninguém gosta de ser acordado no meio das suas dormidas... Deitei na minha cama e me enfiei debaixo dos cobertores. A droga da trovoada parecia piorar cada vez mais, agora estava ventando. Senti alguém me cutucar, estremeci.

– Ei, pirralha. Tá tentando morrer sufocada é? - ele puxou a minha coberta. - Parabéns, você tirou o meu sono.

– Desculpa.

Ele me empurrou pro lado, deitou na minha cama e me abraçou.

– Ash...

– Que é?

– O que você tá fazendo?

– Te protegendo.

– Porque? - falei, ainda com a cabeça no ombro dele.

– Você tem medo de trovão, um cara fofo faria isso. Então por isso eu to te abraçando...

– Desde quando você é fofo?

– Desde sempre, você que não conhece meu lado fofo!

– Então estou conhecendo seu lado fofo agora? - continuei abraçado com ele.

– Sim.

– Que honra, pra mim. - saí do abraço dele e fui puxada novamente. - Ash, não precisa bancar o protetor fofo comigo, você é um gay e todo mundo sabe disso.

– Não sou gay. - ele bufou.

– E aquela vez com o Jake, ein? - comecei a rir.

– Amooor quando vai ser o nosso casamento? To ansioso pra Lua de mel! - Jake falou, enquanto se apoiava nos ombros de Ash.

É, quando chegamos em casa, depois do parque de diversão, eu definitivamente morta de vergonha, já que eles tiraram o pirulito da frente da minha cara e anunciaram que eu estava morando com eles.

As pessoas que estavam olhando, deveriam pensar que eles realmente iriam se casar e que eu era adotada.

– Não sei, poderia ser amanhã! Ou hoje! Vamos pra Lua de Mel, gatão! - Ash mordeu os lábios.

Não, ELES NÃO PODIAM ESTAR TÃO BÊBADOS ASSIM.

E como acabou? Bom eles subiram pros quartos, e antes que acontecesse algo que os dois se arrependesse pelo resto da vida , eu chamei a vizinha, de uns 50 anos para ficar com Jake, com a desculpa de ele estar passando mal.

É, ele me odiou naquele dia, mas me agradeceu.

– Ahh, como você ainda lembra disso, vaca? - ele tentou esconder os rostos com as suas mãos.

– Tenho uma memória ótima. E vou te zoar pelo resto da minha vida com isso. Aguarde! - ele segurou minha mão, porque provavelmente naquele momento o quarto clareou e um trovão que eu escutei que quase me deixou surda e que eu berrei.

– Sh, calma, to aqui. - ele deu um beijo na minha bochecha.

– Não precisa bancar o romântico Ash, não sou uma vadia que você pega e joga fora. - bufei. -

– É impressão minha ou a trovoada te deixa irritada?

– Não, imagina. Eu só morro de medo de trovões e ainda tem um idiota que não sabe nem me confortar direito!

– Vou te deixar sozinha, também. - ele ameaçou levantar da cama. E eu me encolhi em um canto da mesmo, e quase peguei o cobertor e me enfiei debaixo dele.

– Tchau. - sorri, acenando com a mão.

– Idiota, eu não vou te deixar sozinha, você é uma das poucas pessoas que me aguentam e é minha amiga também. - ele estava mexendo no meu cabelo.

– To me sentindo honrada de novo. Verdade, as vezes eu quero te bater, sabe.

– E você não bate, você é uma fofa, Anne. Mas não chega a ser lind...

– TÁ ASH, EU JÁ SEI. - bufei.

– Ok, desculpa, você é linda sim. - ele sorriu.

– Você não tá tentando me fazer ir pra cama com você, está?

– Claro que não. Eu sei que a sua primeira vez tem que ser num lugar legal, romântico e não numa trovoada. - ele riu. E me puxou para ele.

– Porra, quantas vezes eu tenho que dizer que eu não sou virgem?

Ele sorriu, e ficamos assim, escutando o barulho da chuva, e eu agarrando o Ash quando ouvia o barulho do trovão. Ele deveria estar gostando de me ver assim, tarado do jeito que ele é.

Eu estava quase cochilando quando senti ele me cutucar.

– Ei Anne, você sabe o que eu toco, né?

– Epa... - saí de perto dele e sorri maliciosa. -Seu tarado!

– O que... - ele riu - ai cacete, eu to falando da banda, e não do meu Junior, sabe.

– Junior? - tive ataque de risos. Mas parei quando comecei a chorar de tanto rir - Caralho Ash, podia dizer pênis, e não Junior, que tosco.

– Eu acho pênis uma palavra muito feia, por isso..... Ah, você mudou totalmente o assunto, sabe o que eu toco , de instrumento, na banda?

– Não faço a mínima ideia... Nada?

–Não, eu toco baixo! Caraca, você nunca viu ele no meu quarto?

– Na verdade eu vi, mas achei que era uma guitarra, e eu não reparo muito no seu quarto.

– Desde quando uma pessoa normal confunde baixo com guitarra?

– Acontece que eu não sou uma pessoa normal! Mas que foda, você toca baixo.

– Vem ca! - ele me puxou.

– Para onde estamos indo?

– Para o estúdio.

– Porque?

– Porque tá trovoando, eu não sei te confortar então vamos para uma sala com a prova de som para você não berrar por causa da trovoada.

– Ah entendi.

– O estúdio fica em outro lugar, esse é só um mini. - ele falou, enquanto entrávamos no MINI estúdio.

Mini é o cacete. Aquilo era enorme. Meus olhos provavelmente brilharam quando eu vi um teclado. Eu tocava, mas eu devia ter desaprendido tudo. Na verdade, meus olhos brilharam quando eu vi todos aquele instrumentos. Corri para o teclado, enquanto Ash pegava o baixo na mão.

Comecei a tocar The Final Countdown, a primeira musica me veio na cabeça quando eu pressionei uma tecla no teclado. Assim que eu terminei, recebi aplausos do Ash, então eu não tinha sido tão ruim. Até que eu sabia tocar um pouco de teclado.

– Ah você toca bem. Não gosto de Europe porque, ah sei lá, não acho uma banda assim tão boa...

– E mais uma palavra e eu te mato. - fuzilei ele.

– Calma, calma! Não sabia que tu gostava tanto assim...

– É eu gosto e se tu falar mal de Europe outra vez eu te espanco. - sorri.

– Ok, você não sabe tocar outro instrumento alem de teclado?

– Não.

– Quer que eu te ensine a tocar baixo?

– Não, valeu.

– Vem ca! - fui puxada de novo, peguei o baixo do Ash e o segurei, Ash estava atrás de mim, e colocou suas mãos sobre as minhas para facilitar o meu aprendizado com baixo.

Rá, como se eu fosse aprender a tocar.

– Eu não me responsabilizo se eu arrebentar uma corda.

– Você não vai arrebentar uma corda, panaca.

15 minutos tocando, é eu não tinha arrebentado nenhuma corda, e até que era fácil tocar. Mentira, Ash ficava repetindo qual as notas, qual o nome de sei lá o que e isso tava me irritando. Pedi por descanso e saímos do estúdio. Fui para a cozinha no intuito de fazer um Nescau, mas quase corri de volta para o estúdio quando vi aqueles bêbados chegarem.

– QUERIDUS, AMORES, CHEGUEI!!! ANNE, ASH! EU ME CASEEEEEI!

Adivinha quem era? CC.

Vish, ele tá ferrado.



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