Entre Pais E Filhos escrita por Carol Bandeira


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa a demora!
Mas infelizmente eu não tenho mesmo como postar com mais frequencia do que isso. Bom esse cap aqui é para os fãs de Catherine Willows
Boa leitura!



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Entre pais e filhos:

Capítulo XV:

Enquanto Mathew voltava para casa seu pai acabava de acordar.E não queria levantar. Era tão bom estar ali com ela novamente,em sua cama por dois dias seguidos. Acordar sentindo o cheiro bom de sua amada poderia até fazer um homem se esquecer de seu acordo  de 2 vezes na semana e acreditar que era para sempre. Ou fazer com que ele reconsiderasse o assunto.Gil só não o fez porque não teve muito tempo para pensar nisso,já que Sara acabara de acordar ao seu lado.

Gil a abraçou por trás e deu um beijo em seu pescoço.

-Bom dia,querida.

Sara se virou em seus braços e encostou a cabeça em seu peito.

-Dia...- sua fala sendo comida por um bocejo- Mmm, tem certeza que eu tenho que acordar?

Não sabendo bem que horas eram, Gil olhou no relógio da mesa de cabeceira. Eram 15:20, significando que seu filho já fora liberado do colégio.O homem deu um beijo na cabeça da amada e respondeu a pergunta.

-Você não precisa realmente se levantar,ainda é cedo. Eu por outro lado...

Gil não queria sair dali realmente,mas sua consciência insistia em lembrar que fazia mais de 24 horas que não via o filho. Ele sabia que se quisesse poderia dizer ao filho que o trabalho o prendera, como já fizera em certas ocasiões. Mas sabia também que não era justo fazer isso com o garoto. Além do mais, tinha certeza de que sua namorada entenderia a situação.

Sara,ao ouvir o fim da frase de Gil, já começara a se espreguiçar para tentar espantar o sono.O que não deu muito resultado,só fazendo com que ela voltasse mais uma vez para seu travesseiro.Gil achou graça da situação.

-Quem diria... a incansável Sara Sidle com dificuldade de se levantar.

A jovem deu um soco em seu namorado e logo respondeu:

-Oras,já era de se esperar...custo tanto para me deitar que quando o faço não quero mais sair.

“Fora que estar aqui com você é um sonho realizado,logo quem gostaria de terminar com isso?”

- Então continue aí. – deu mais um beijo nela antes de se levantar –Vou tomar um banho e partir.

Sara resolveu continuar na cama enquanto Gil terminava o seu banho, o que fez com que ela voltasse a dormir profundamente e não reparar quando ele terminou.Gil ficou com pena de acordá-la e a deixou dormir,saindo silenciosamente da casa.

No caminho de volta começou a pensar em sua situação peculiar. Ele,Gil Grissom, um homem de seus 45 anos de idade. Chefe do laboratório de criminalística, pai solteiro, com uma namorada 15 anos mais nova que ele e que tinha que esconder de Deus e o mundo,por ser chefe dela. Mas só por isso.Então mais uma vez se perguntou se já não era hora de abrir o jogo com Mathew. Vários motivos antes já enumerados diziam que sim, mas também o fato de que ele ainda não discutira isso com Sara já era evidência o suficiente de sua reticência para com o assunto. Só mostrava que ele ainda não se sentia preparado para dividir Sara com Mathew.  

Ao chegar em casa passou pela sala,onde Mathew se encontrava ao telefone.Devia ser uma conversa e tanto,pois assim que o viu seu filho tratou logo de desligar. Não sabendo bem o que fazer disso Gil fingiu que não reparou quando falou com o filho.

-Como passou o dia filho?- Gil perguntou ao se sentar no sofá

-Tranqüilo,pai. Achei que não te veria hoje.

“Hum...isso explica porque ele desligou o telefone tão depressa...provavelmente uma garota...ficou nervoso e não soube nem disfarçar.”

Com esse pensamento Gil resolveu deixar o moleque em paz.Quando ele estivesse mais a vontade contaria a ele.

-Pois é. Mas resolvi que o laboratório poderia se virar sem mim por um tempo.Que tal se a gente saísse pra jantar fora? Dá tempo até de eu te mostrar o fliperama do cassino que você queria conhecer.

Ao mesmo tempo,do outro lado da linha telefônica uma Lindsay desligava o telefone embasbacada. Que garoto doido desligando assim na cara dela sem mais nem menos!

A mãe de Lindsay,Catherine Willows,passava pela sala naquele exato momento e ao ver a filha com aquela cara já tratou de tentar saber do que se tratava.

-Filha,que cara é essa?- perguntou enquanto sentava no sofá ao lado da menina.

-A única que eu tenho,mãe- Lindsay se recuperou logo e deu uma resposta típica de adolescente à mãe.

Catherine olhou para a garota com uma cara de quem não gostou da resposta,mas resolveu passar por cima disso, em vista de sua curiosidade para com o problema da filha.

-Problemas com garotos?

-É...pode-se dizer que sim- e não elaborou mais.

-Você não quer conversar comigo sobre isso?

Lindsay percebeu então que sua mãe tinha entendido a situação errada. Devia estar imaginando que era ela quem tinha problemas com garotos e não um amigo-problema!Tentou logo corrigir a situação

-Não,mãe não sou eu quem...- de repente uma ideia veio de súbito em sua cabeça- mas,sim,você pode me ajudar! 

A cara de Lindsay no momento em que pronunciou essas palavras fez com que Catherine se arrependesse de ter se oferecido para ajudar.

-E o que eu posso fazer por você?- a mãe perguntou com uma voz firme,para mostrar  que estava no controle de tudo que aconteceria por ali.

-Sabe o que é...? É que eu tenho um amigo...

Cath fez uma cara de que diz amigo,sei!

-Não mãe! Eu tenho um amigo o M.. e logo jogou a mão na boca. Não podia ter prometido silencio a ele só para logo em seguida abrir a boca para a melhor amiga do pai do garoto.

-Aham...continue- a loira pensou que logo logo descobriria quem era esse tal de M alguma coisa.Afinal ela era uma CSI  e nada passava despercebido por ela.

-Bom,esse amigo tá apaixonado por uma m...garota.Só que ela é mais velha do que ele...então ele não tem ideia do que fazer para conquistá-la. E você é uma mulher mais velha- Catherine a olhou com uma cara de poucos amigos- então eu tava pensando que poderia nos ajudar?

Catherine nada respondeu.Colocou a mão no queixo e só depois de considerar um pouco respondeu, inclinando co corpo para frente e juntando as mãos no em seu colo.

- Primeiro de tudo: por que você quer ajudar esse garoto? Eu digo, essa coisa de relacionamento tem que ser resolvida entre os dois.Pois se algo desandar esse seu amigo não vai poder jogar a culpa em você.

-O M...eu amigo não é assim mãe. E além do mais ele é muito perdido,não sabe se virar muito bem em relações a garotas.Eu só queria ajudá-lo,pois ele é muito fofo comigo.

Essa fala de Lindsay tocou no fundo do coração de Catherine.Afinal ela também tem um amigo desses ( ah a ironia do destino!). Então Cath continuou.

-Tá certo. Então, não importa a idade filha, toda mulher gosta de se sentir querida. Fale para seu amigo ser atencioso com ela,mas sem ser muito chiclete. Faça-a rir, toda mulher gosta de um homem com senso de humor. Mande uma mensagem para dizer que pensa nela. Descubra as coisas que ela gosta e faça uma surpresa. É simples,mas complicado ao mesmo tempo. Você,no fundo – a mãe apontou para o coração da filha- já sabe de tudo isso.

Lindsay olhava para a mãe encantada. A forma como ela falava,parecia que ela tinha tirado tudo isso de experiência.Falou com sentimentos. E a garota ficou se perguntando se fora o pai que, em algum momento de sua vida , fez sua mãe suspirar.

Como Catherine parecia perdida em seu mundo Lindsay se levantou do sofá e deu um grande abraço na mãe,junto com um beijo estalado.

-Obrigada mãe. Te amo!

E saiu correndo para seu quarto para tentar falar com seu amigo elusivo.

Catherine falou baixinho depois que a filha saiu.

-Mas nada é maior que o amor entre pais e filhos.


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Notas finais do capítulo

Será que Catherine descobrirá quem é o amigo misterioso de Lindsay? E se descobrir isso chegará aos ouvidos de quem? São cenas dos próximos capitulos!
Obrigada por acompanharem