Love Isnt Always Fair escrita por giovannapicarelli


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

bom, eu só tive dois reviews por enquanto mas vou postar mesmo assim *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/193532/chapter/3

Já era de manhã e nós havíamos dormido na garagem de Zacky, nada do que você esteja pensando, só dormimos espalhados pelos cantos.

Eu dormi abraçada com a Cath, e os outros jogados por aí.

Fui a primeira a acordar e fiquei observando as caras de idiotas de todos. Por sorte, não acordei com ressaca, até me sentia bem.

Ontem, eu mencionei olhares trocados.

É, eu olhava pra Syn com um certo desejo, meio confusa. E ele me olhava como se tentasse me desvendar.

Quando eu estava indo pra cozinha preparar algo, já que conhecia muito bem a casa de Zee, fui surpreendida por Syn, que me agarrou pela cintura e me girou, fazendo com o que eu o encarasse nos olhos.

– Ahn, bom dia… - Eu disse, meio desconcertada pela situação.

– Bom dia Roxxy. – Ele disse com uma voz de sono que ao mesmo tempo soava sexy.

– Pode me dizer o porquê dessa nossa aproximação? – Perguntei receosa.

– Não sei, você não parava de me olhar e eu também deixei escapar algumas olhadas… - Antes de terminar a frase ele aproximou nossos rostos e selou nossos lábios, eu não o impedi pois estava paralisada. Seus lábios eram suaves e ao mesmo tempo “selvagens”. Ele pediu passagem com a língua e eu concedi.

Suas mãos me acariciavam cuidadosamente sem deixar de ser sensual.

Mas eu recuperei o bom senso e nos afastei. Quando olhei por de trás de seu ombro, vi James observando a cena com uma cara de poucos amigos.

– Interrompi algo? – Perguntou irritado.

– O que você acha seu puto? – Rebateu Brian.

– Não fala assim com ele Brian.

– Iih deu pra defender o Jimmy agora? Não era você que o odiava?

– Não o odeio.

– Não? – Perguntou Jimmy de surpresa.

– Não, mas continuo não indo com a sua cara. – Sorri falsamente e saí.

Fui acordar a dorminhoca da Catherine que já havia mudado de posição e agora estava enroscada em Zacky.

– Catherine! Acorda mulher!

– Ahn… O quê?

– Acorda porra a gente tem que ir pra casa, minha mãe deve tá puta.

– Vish, é verdade… - Ela deu um beijo em Zacky que permanecia dormindo.

Demos tchau aos dois garotos que estavam acordados, o clima estava muito tenso, então ficou só por isso.

Jimmy, (ok vou chamá-lo pelo apelido, foda-se) abriu a portinha da garagem para nós e soltou um:

– Foi um prazer conhecer vocês.

– Igualmente. – Disse Cath. Eu fiquei quieta.

Entramos no carro e logo aconteceu o que eu sabia que estava por vir.

A enchurrada de perguntas que Cath faria.

– Sua vaca, como assim você beijou o Synyster Gates? – Ela abriu a boca, pasma.

– Foi só um beijo, não sei… Foi normal.

– Mentirosa!

– Tá ok, foi ótimo, ele é gostoso pra caralho e beija bem demais. Feliz?

– Totalmente. – Ela rebateu, sorrindo cinicamente.

Devo admitir que comecei a sentir falta do corpo dele colado ao meu, por mais que tivesse sido só um beijo.

Mas eu saberia que isso não ia durar muito pois ele é um tremendo dum pegador, e eu não fico pra trás.

O que ele provocava em mim era só desejo, não acho que seria capaz de me apaixonar por ele.

Chegamos em frente da casa dela, ela estacionou o carro deixando-o lá mesmo e entrou em casa. Dei alguns passos e cheguei na minha.

Minha mãe não estava em casa, na verdade ela quase nunca parava em casa pois ela era uma artista plástica e vivia fazendo exposições e workshops.

Então a casa era toda minha.

Me esbarrei no sofá junto com meu edredom, já havia feito pipoca e pego um copo de coca-cola.

Liguei a TV e procurei algo que prestasse, fiquei mudando de canais e resolvi parar na MTV. Estava passando algum programa de fofocas de famosos, não me recordo o nome.

E então o que eu menos queria que acontecesse, aconteceu.

A repórter anunciou que a banda Escape The Fate faria um show aqui em Huntington Beach.

Merda.

Eu jurei que nunca mais veria aquele desgraçado do Maxwell Green.

Infelizmente não escapei.

Aquele idiota era meu ex-namorado, infelizmente.

Ele me fez feliz nos três primeiros meses, mas depois foi um pesadelo só.

Ele era um drogado e me levava junto aos poucos.

Fomos presos uma vez porque nos pegaram numa festa pós-show com maconha.

O pai dele nos soltou pois ele era rico e sempre protegia o filho para não mancharem sua imagem de magnata, mas ele não dirigia uma palavra sequer a Max. O que eu compreendo e muito bem.

Voltei a prestar atenção na notícia e a mulher de cabelos ruivos dizia algumas coisas sobre o show, como horário, local e tudo isso.

Seria um show de verão gratúito. E adivinhem?

Pra minha “sorte” seria bem na praia que se encontra na frente da minha casa.

Carma.

A banda que abriria era Skillet, ótimo, qual a próxima surpresa?

O presidente dos Estados Unidos vai vir cantar também?

Vocês devem estar meio confusos.

Bom, Jen era minha melhor amiga antes de Cath.

Minha vida se resumia nisso quando eu andava na cola da ETF.

Só festas, bebidas, drogas e pegação.

E ela estava inclusa nisso, mas assim como Max ela só me trazia problemas.

Jen era especial pra mim, porque ela era super gente boa, engraçada, sem mencionar linda.

E o melhor de tudo, ela era baterista também.

Ela me ensinou algumas coisas que eu sei hoje.

Sentia falta dela como amiga, nós brigamos feio pois numa de nossas festas, ela guardou a cocaína dela na minha bolsa e eu fiquei puta e me fodi de brinde.

Eu decidi que no dia do show ficaria em casa e não saíria por nada.

– Cath? – Peguei o telefone e liguei pra ela, precisava conversar.

– Eu mesma, linda como sempre.

– Cala boca.

– O que foi amiga?

– Você viu na MTV?

– Não, o quê?

– Escape The Fate vai fazer um show aqui.

– Merda.

– E Skillet vai abrir.

– Merda dupla.

– É.

– Vai te foder Roxanna Scout. Por quê tem essa tara por pessoas de banda?

– Não tenho tara nenhuma, me erra.

– Ok.

– Será que você pode vir dormir aqui no dia? Não vou suportar o ódio e alguém vai ter que me segurar pra não ir lá matar aquele desgraçado.

– Tudo bem, mas posso levar Zacky?

– Pode, minha mãe viajou. Denovo.

– Beleza, que dia vai ser?

– Depois de amanhã.

– Combinado, tenho que ir.

– Adiós.

Desliguei o telefone e voltei a ver televisão. O programa graças a Deus tinha acabado.

Quando dei por mim, estava dormindo.

Tive um sonho meio maluco.

Eu estava deitada num lugar escuro, e um homem apareceu e me levantou, me puxando pelo braço.

Notei quem era, Brian.

Ele me encarava com uma raiva misturada com desejo. Apertava meu rosto fortemente e penetrava meus olhos com seu olhar.

De repente sua forma tremulou, como se ele fosse uma projeção.

E ele se transformou nele.

É, Jimmy.

Já ele me olhava de uma forma calma e meio confusa, como se estivesse se perguntando o que eu tinha de errado.

Ele se aproximou para me beijar mas eu acordei.

– Meu Deus, eu to ficando maluca. – Disse pra mim mesma.

Vesti uma roupa qualquer e fui caminhar na praia.

Estava andando normalmente, a praia um pouco vazia. Quando eu ia sentar, pro meu dia melhorar só um pouquinho, senti mãos pesadas taparem minha boca e eu tentei gritar desesperada.

Fui levantada e estava sendo carregada nas costas de algum homem.

De repente, apaguei por conta de algum resíduo que haviam colocado no pano.

Se passou o que presumi ter sido uma hora, e eu acordei.

Estava num quarto meio velho, com uns móveis um tanto feios.

– O que… Que porra eu to fazendo aqui?

– Shh calma gostosa, assim você acorda a cidade inteira…

E então eu reconheci o seu rosto, era Max, aquele filho duma puta.

– MAXWELL SEU DESGRAÇADO, O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI?

– Calma gata, como eu to na tua cidade pensei em te visitar, troxe até os “bangs” se é que você me entende.

– Vai te foder idiota me deixa sair daqui. – Percebi que minhas mãos estavam atadas com cordas.

– Por quê meu amor, a festa nem começou ainda e eu sei como você ama uma.

– Eu mudei Maxwell.

– Me chama de Max.

– NÃO QUERO, ME SOLTA!

– Não antes de eu me divertir um pouco. – Ele apertou minhas coxas aproximando suas mãos de minha virilha e começou a beijar meu pescoço.

Eu não podia fazer nada pois estava presa naquela droga de cadeira. Procurei meu celular com os olhares, mas não achei.

A essa hora Cath deveria estar louca, pois ela iria lá em casa deixar suas coisas pra dormir lá no dia seguinte.

– Max me solta ou eu te mato.

– Vai me matar presa assim?

– Dá-se um jeito.

– Ah minha querida Roxanna, sempre teimosa…

– Eu não to mais a fim de você Max me solta.

– Bom, eu te solto, mas como você não fez o que eu quis, vou ter que contar pra sua mamãezinha todas as suas travessuras comigo. Ah pobre Julieta, achando que sua filha é um anjo, que nunca passou de beijos e refrigerante… Acho que quando ela souber que a preciosa filha é uma rodada que já se drogou e bebeu mais do que tudo, não vai ficar nada feliz.

– O que você quer? – Eu disse em meio à lágrimas.

– Você. Toda pra mim.

– Mas… Você quer voltar?

– Isso mesmo. Eu não te contei isso mas vou me mudar pra cá junto com o Monte.

– Mas saiba que eu vou voltar a você pra me proteger, e não porque eu te amo nem nada.

– Foda-se, você sendo minha tá bom.

Ele mordeu meu pescoço e me olhou com aquele olhar de brisado dele.

– Agora você pode me soltar?

– Antes, deixa eu te dar uma coisinha… - Ele tirou um pacotinho de veludo do bolso, e de dentro dele duas alianças.

Porra Maxwell.

Ele puxou meu dedo à força e colocou aquela aliança que devo admitir, era linda.

Vocês devem estar pensando que eu to maluca e tal, mas o negócio é, não se brinca com o Max, ele já se meteu em tantas brigas e já quase matou um cara, quase.

Ele colocou a sua aliança em seu dedo e me soltou.

– Vai lá chorar pra tua amiguinha gostosa vai. Só não esqueçe, eu sei de cada passo seu e você não escapa de mim.

Saí sem dizer uma palavra sequer, eu estava apavorada, mas era pro meu bem.

Passei o resto da noite no meu quarto, ora chorando, ora gritando de raiva.

(…)

Acordei com a porra da campainha tocando, contra a minha vontade fui ver quem era.

– Porra Roxxy que cara de morta é essa? – Nem preciso falar que era Cath falando.

– Oi.

– E aí pentelha. – Dessa vez foi Zacky.

– Puta vocês me amam né?

– Como adivinhou? – Ela bagunçou meus cabelos e entrou seguida por Zee.

Ele se sentou no sofá relaxado como sempre, eu já havia preparado sua cama no quarto de hóspedes, Cath dormiria comigo. Isso se ela não escapasse para dormir com o bolota.

– Amiga, preciso falar com você. – Eu falei, a voz saiu falhada.

Fomos para a cozinha onde Zacky não nos ouviria.

– O que foi?

– Ele me pegou ontem e me levou pra uma van e eu desmaiei e ele me ameaçou e eu chorei e ele mandou eu voltar e me deu isso – Apontei pro meu dedo. – E eu to com medo e não sei o que fazer e… - Atropelei as palavras e ela me parou.

– Wow, wow calma aí. Ele quem?

– Max.

– Mentira! Aquele viado gordo vai ver.

– Para Cath.

– Você voltou com ele? Tem o que na cabeça? Merda?

– É pro meu bem Cath, se não ele ia contar tudo o que ele sabe, ou seja tudo mesmo, pra minha mãe e você sabe que ela odeia que eu minta pra ela e tudo o que eu fiz de errado vai contra as “leis dela”.

– Tem certeza disso?

– Tenho, além do mais, ele não vai se safar por muito tempo.

– Tudo bem amiga, mas qualquer coisa nós vamos à polícia ou sei lá.

– Ok.

Fomos para a sala, peguei uma barra de chocolate pra desfarçar.

Nos sentamos pra ver filme, não prestei atenção pois estava meio atordoada, minutos depois os dois já estavam quase se comendo no sofá-cama então fui pro meu quarto.

Quando cheguei, meu celular tocou e o som de ‘Rocket Queen’ do Guns ecoou pelo cômodo.

Caçei ele e o encontrei embaixo da cama, olhei para a tela e era número desconhecido.

Atendi e a voz rouca de Max saiu do outro lado da linha:

Olha, você deve saber que faremos um show aqui hoje mais tarde, você é minha namorada, vai vir. Queira você ou não.

Eu ia abrir a boca pra falar e ele desligou.

Droga.

Corri pra sala e os dois já tinham parado.

– Cath, eu vou no show. Você sabe porquê, se ainda quiser dormir aqui tudo bem, só não vá engravidar na minha casa. Não deixem ninguém entrar ao menos que eu conheça, eu vou voltar tarde.

– Tudo bem amiga.

– Do que ela tá falando? – Escutei Zacky perguntar da sala.

– Coisas de Roxanna. – Ela completou.

Fui direto pro banheiro, tomei um banho só de água gelada pra me acalmar.

Me vesti toda de preto pois a maioria das minhas roupas era dessa cor, e eu iria num show de rock.

Os olhos pintei todos de preto também, e marquei a boca com um batom vermelho não muito forte.

Eu estava de salto já que ficaria na área VIP.

Fui a pé mesmo, os saltos não encomodaram já que eu estava acostumada.

Fazia um pouco de frio então eu vesti minha jaqueta.

Fui em direção ao camarim para avisar àquele idiota que tinha chegado.

– Wow isso tudo é pra mim?

– Infelizmente. – Abri um sorriso sínico.

Ele me apertou com força aproximando nossos lábios e eu não pude recusar, era tudo um jogo.

Ele foi se maquiar e eu fiquei conversando com o Craig, ele era um amigo distante mas sempre que conversávamos, nos entretíamos.

Horas depois eles entraram no palco.

Fiquei vagando pela área VIP que era atrás do palco, uma vista bem privilegiada. Eu até curtia o som dos caras, mas Max me deixava irritada demais.

Fui me sentar nas poucas cadeiras que haviam lá. Felizmente não encontrei a Jen, pois eu cheguei quando a Skillet já tinha acabado de tocar.

O show durou aproximadamente uma hora e meia, quando acabou fui em direção a minha casa.

Mas Max me parou antes, como sempre.

– Ei gata você é minha namorada agora… Sua mãe está?

– Não.

– Ótimo, vou dormir aí hoje, nossa casa tá em reforma e o Monte vai dormir com alguma puta que ele catou por aí.

– Quem disse que eu deixei?

– Eu.

Fiquei calada e segui meu caminho, ele veio atrás me chamando de nomes vulgares e fúteis.

Entrei em casa com ele atrás gritando e fazendo uma algazarra, claramente já havia fumado o que tinha pra fumar no dia.

– E aí Zackary Baker quanto tempo.

– Max? – Ele perguntou surpreso.

– Olá Maxwell. – Cath disse, fuzilando-o com o olhar.

– Hmm Catherine continua gostosa hein? E você fisgou o Baker? Novidade.

– Vai se foder Maxwell. – Completou a morena.

– Não, prefiro foder a minha namorada. – Repugnante, eu sei.

– Namorada? – Zee praticamente gritou, surpreso.

– Sim, nós voltamos. – Eu disse, tentando fingir felicidade.

– Vem gata vamos pro teu quarto.

Zacky continuava perplexo, rumei ao quarto junto com Max. A noite seria uma merda.

Coloquei meus pijamas rapidamente e fui me deitar, agradeci à Deus e ao mundo por conseguir pegar no sono antes que Max desse por si, e se deitou junto comigo pegando no sono.

Eu não acredito no que me meti.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!