Love Isnt Always Fair escrita por giovannapicarelli


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

bom por mais que eu duvide que alguém tenha lido o primeiro, vou postar esse aqui só pra adiantar (:



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Voltei pra casa de ônibus porque Cath iria passar em outro lugar antes de ir para casa de Zee.

Assim que embarquei no tal, senti olhares em mim. Não sou paranóica nem nada, mas eu podia sentir alguém me queimando com os olhos.

Virei pra trás subitamente e só vi um vulto.

Alguém devia estar de palhaçada, só pode. Resolvi ignorar.

Alguns segundos senti aqueles olhos denovo, e amaldiçoeei o idiota que fez a escola longe da minha casa e amaldiçoeei mais ainda Catherine.

E como se não bastasse, o sujeito ainda resolve me assustar passando as mãos pela minha cintura.

De reflexo virei para trás e dei um belo dum tapa no rosto, só então o reconheci.

James.

Puta merda que menino mais petulante.

– Vai te foder idiota.

– Nossa gata, qual é.

– Qual é? Você fica me espionando, tenta me assediar e ainda pergunta?

– Não to te espionando.

– Aah é, e agora você decidiu pegar o mesmo ônibus que eu?

– Bom, esse ônibus para perto da casa de um amigo meu.

– Que bom. Agora sai de perto de mim.

Felizmente ele saiu sem protestar. Voltou para seu lugar e resolveu me deixar em paz.

Quando percebi, o ônibus já havia parado em frente a minha casa, agradeci aos deuses e desci, notei que ele estava me olhando novamente então levantei o meu dedo do meio e fui em direção a minha casa.

– Oi mãe!

– Oi filha! Quer almoçar?

– Não, já comi na escola, obrigada.

Deixei que ela terminasse sua refeição e rumei ao meu quarto.

Olhei no relógio e ele marcava três horas, o ensaio seria às quatro e meia, então decidi me arrumar.

Tomei meu banho e corri pro armário, não sabia o que vestir mas logo dei um jeito.

Coloquei uma blusa branca com algumas caveiras, minha fiel jaqueta de couro, um short jeans rasgado e meu par de tênis pretos.

No rosto passei apenas um gloss transparente, não tava com paciência pra algo mais “elaborado”.

Me despedi de minha mãe que agora estava vendo TV.

Fui me sentar na calçada a espera de Cath e alguns minutos depois a mesma aparece gritando e cantando como uma louca. (Novidade)

– E aí gata! – Sempre assim…

– Falaí.

– Vamos?

– Claro.

Entrei no carro e ela pisou fundo no acelerador.

Demoramos um pouco pra chegar pois ela quis parar pra comprar algumas cervejas, ela tinha dezessete, mas por ser alta e um tanto “sexy” pra idade, ela sempre conseguia. Aqui eles não pedem muito a identidade.

Paramos em frente àquela grande casa branca, e a garagem estava aberta e lá se encontrava a tal banda.

Típico.

Fomos pra lá e Cath, como sempre, já entrou gritando feito louca.

– Amor!

– E aí meninas! – Zee disse beijando Catherine e me dando um abraço em seguida. – Bom gente, deixa eu apresentar a banda pra vocês.

Ele nos puxou mais pra dentro e fechou o portão.

– Esses são Johnny, Brian mas pode chamá-lo de Syn, Matt e… - Ele apontou para cada um deles e então fez uma pausa, como se estivesse faltando algo.

– Uai cara cadê o Rev? – Disse o mais forte, Matt.

– Aquele puto sempre sumindo… - Continuou o mais baixinho, Johnny.

– Bom, de qualquer forma quando ele aparecer vocês vão saber quem é. Bora aquecer?

– Pra já! – O tal do Syn disse. Ele era realmente atraente, tinha cabelos pretos arrepiados e lisos, um sorriso tentador e olhos misteriosos.

– Hmmm… Zee… - Eu disse, meio acanhada enquanto os outros se dirigiam aos seus postos.

– Falaí Roxxy.

– Posso? – Só pela minha cara de pidona, ele entendeu o que eu queria. Sabia que eu não resistia a uma boa bateria.

– Bom, o Rev não tá então acho que pode!

– Ok, to perdido. – Johnny disse.

– Ah é que a Roxxy é uma puta duma baterista caso vocês não saibam.

– Ih acho melhor o Rev se cuidar… - Brincou Matt. Ele sorriu e pude notar seus dentes perfeitamente alinhados e suas covinhas. Sorri de volta e me sentei no banquinho em frente a batera.

Por sorte, eu tinha as minhas baquetas na bolsa. Nunca saía sem elas.

Tirei-as, depositei um beijo em cada uma delas e parti pra música.

Comecei a tocar ‘Smells Like Teen Spirit’ do Nirvana, uma banda que eu amo, e a bateria dessa música é perfeita.

Logo que perceberam que eu estava animada, juntaram-se a mim. Cath dançava animada perto do sofá com sua cerveja na mão.

O único que não se juntou a nós foi Matt, o vocalista, pois disse que não cantava como o “deus do grunge”. (Leia-se Kurt Cobain)

Nós estavamos todos curtindo como crianças. Até que chegou o tal do Rev.

O que eu não esperava, é que ele fosse aquele imbecíl do James.

Parei a música irritada, peguei minhas baquetas e saí.

Todos me encararam surpresos enquanto eu ia para o banheiro da garagem.

Tranquei a porta e lavei o rosto, porra, esse idiota tava me seguindo?

Peguei minha bolsa pronta pra sair dali, mas Cath me impediu.

– Amiga o que foi?

– Nada.

– Como nada? Você sai puta e diz que não é nada?

– Ah Cath, lembra aquele idiota que eu falei ontem no msn? Então, é ele.

– Oh shit…

– É.

– Bom, ignora ele! Você tava curtindo!

– Vou tentar não socar ele. – Disse com um sorriso sínico.

Quando eu saí, ele me encarava com um sorriso malicioso e começou a bater palmas.

– Porra Roxxy, você arrazou.

– Foda-se.

– Ok o que está havendo aqui? – Syn perguntou, confuso.

– Nada, é que a Roxxy tava curtindo meu som esses dias e teve uma má impressão de mim.

– Tive e ainda tenho.

– Já chega vocês dois! Vamos ensaiar. – Cortou Zacky.

Voltaram a seus postos, agora com James na bateria. Sentei-me no sofá enquanto Cath ainda dançava.

Tomei três latinhas de cerveja ao longo do ensaio e já estava num estado feliz.

Resolvi ignorar minha raiva e me juntei a Cath.

Dançávamos igual idiotas, nos esbarrando em tudo que víamos pela frente enquanto curtíamos o som.

Que por sinal era ótimo.

– EI EI EI PARA TUDO! – Gritei rindo.

– Hã? – Zee coçou a cabeça dando a entender que estava perdido.

– Vocês não tem um nome idiotas!

– É verdade… Alguma sugestão Roxxy?

– Bom, vocês gostam de vingança?

– Ahn… Quem não gosta?

– Quantas vezes já quiseram se vingar?

– Bom, eu fui traído duas vezes. – Zee disse, não se referia a Cath, claro.

– Eu uma. – Foi a vez de Syn.

– Uma vez meu pai escondeu meu baixo. – Johnny disse indignado.

– Minha namorada vendeu meu video-game uma vez… - Matt continuou. Wow, namorada? Que pena…

– Bom, eu não sou da banda mas to ajudando. Já quis me vingar da Cath que sujou meus coturnos de lama.

– E eu em resposta quis me vingar porque a dona aí pegou meu dinheiro sem pedir.

– Bom, sete vezes então… Deixa eu pensar… - Pudia sentir as engrenagens queimando em minha cabeça.

– JÁ SEI! – Gritei.

– Diga então… - Zee me apressou.

– Avenged Sevenfold!

– Porra, é perfeito! – Syn disse vindo me abraçar, confesso que fiquei sem reação pois ele me pegou pela cintura. E suas mãos eram grandes e macias, fiquei o encarando por alguns segundos e ele sorriu de lado.

– Ahn, é então vai ser isso? – Disse meio desconcertada, me afastando dele, que também ficou meio sem-graça.

– Claro! Obrigada Roxxy! – Agora foi a vez de Zacky me abraçar. James só me observava de longe...

– Bom, então um brinde a Avenged Sevenfold!

Todos estendemos nossas latinhas ao alto e brindamos. O resto da noite foi assim, risadas, gritos, alguns tropeços e olhares trocados.

Entre mim e Syn, é…



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