A new sense escrita por Joy


Capítulo 8
Senta que lá vem historia...


Notas iniciais do capítulo

Oi meus anjos!



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Eu estava terminado de passar maquiagem quando Lucy abriu a porta, eu me assustei e borrei o olho.

-Droga, Lucy sabe bater?

-Sorry. – ela falou com cara de santa. – vai sair como Rick?

-Não! –eu senti um sorriso brotar nos meus lábios involuntariamente.

-Então porque ta se arrumando tanto?

-Eu não estou se arrumando TANTO, só passando uma massa corrida na cara. – disse com um sorriso.

-Aonde você vai?

-Sair!

-Com quem?

-Um amigo!

-Eu conheço?

-Sim!

-Fala logo, peste o nome dele! – ela disse pulando na minha cama.

-É o Matheus! – eu disse inocentemente.

-Ai meu Deus você ta com o Rick e vai sair com o Matheus? – ela perguntou incrédula.

-Não é desse jeito.

-Claro que é, e alem do mais o Mike me disse que o Rick falou pra todos os caras, que nem era pra chegar perto de você porque ele estava afim de você, ai por isso que o Matheus não estava falando com você, e agora você vai e sai com o Matheus, meu Deus você é uma idiota mesmo, os dois são melhores amigos. –ela disse tudo aquilo em um único fôlego, eu estava perplexa, por tudo que ela tinha falado, então era por isso que ele estava me tratando daquele jeito, o Rick pediu pra ele se afastar, eu estava de boca aberta.

-Eu terminei com o Rick, domingo.

-Como assim você terminou com ele? Você passaram a tarde toda juntos, e... Meu Deus.

-O que?

-O Matheus ele gosta de você!

-Não, nós somos só amigos! – eu disse tentando me convencer.

-Claro que não ele uma única vez pegou, uma ex dos meninos, e ele realmente gostava dela, e agora... ta acontecendo tudo de novo. – ela falava incrédula. – ele que foi te procura?

-Não quer dizer, ele veio aqui ontem, mas foi porque ele tinha me atropelado e veio ver como eu estava, ele me trouxe o celular, mas nó ainda brigamos, e depois que eu passei mal, tudo voltou ao normal, ai hoje eu meio, que... ai eu não sei ele me chamou pra sair... mas não  foi nada e nem vai ser nada, ele só ta tentando se desculpar, por ter me atropelado. E como assim tudo de novo? – nessa mesma hora a campainha tocou. – desce e manda ele esperar que eu já to indo. – eu disse arrumando a minha maquiagem.

-Na hora que você chegar você vai me explicar tudo direitinho. – ela disse e saiu.

Eu terminei de me arrumar o mais rápido possível, eu estava com medo do que a Lucy iria falar, pra ele.

-Pronto vamos. – eu disse chamando a atenção dos dois, que assistiam Loney Tunes.

-Vamos! – ele disse se levantando.

-Não voltem tarde crianças. – gritou a Lucy. – E não façam nada que eu não faria.

-Ela acha que é a minha mãe. – eu cochichei pra ele, fazendo-o rir.

-Tchau. – ele gritou pra Lucy da porta.

Quando nós entramos, no carro ele olhou pra mim, e me deu um sorriso aprovador, eu sorri e pisquei, pra ele virando imediatamente, pra que ele não pudesse me ver corar.

-Você esta linda! – ele disse arrancando. [n/a: palavra estranha né]

-Obrigada, você não esta de jogar fora.

-Então eu estou lindo!

-Eu não disse isso.

-Mas você pensou!

-Ah agora alem de lindo também é convencido?

-Então eu sou lindo? – droga e nem tinha percebido que tinha deixado escapar.

-Que filme nós vamos ver? – eu disse mudando de assunto.

-Então eu resolvi mudar, o nosso destino.

-Então pra onde nós vamos? – será que ele acha que eu vou abrir as minhas pernas? Ah mas ele esta muito enganado... Se bem que com essa carinha, ai Deus...

-É uma surpresa.

-Eu não gosto de surpresas!

-Acredite ninguém gosta. Mas me fala aê, porque veio pra cá.

-Depois de encher o saco do meu pai, deixou eu vir pra estudar...

-E a sua mãe, não ligou?

-Foi mais fácil de convencer do que o meu pai, sabe pra ele é difícil a filha dele linda e maravilhosa, sair de casa. – eu disse rindo.

-Você é filha única?

-Não tenho dois irmãos.

-Eles são mais velhos?

-Não são mais novos.

-Você não tem cara de ser a mais velha, tem cara de filha única.

-E porque eu tenho cara de filha única? – e perguntei levantando a sobrancelha.

-Ah sei lá pelo que a Lucy fala, você tem tudo que você quer...

-Eu não tenho tudo o que eu quero. - respondi fria, e encarei a janela.

-Hey foi mal, eu só achei que...

-Que eu era uma garota mimada? Que tinha tudo na mão?

-Desculpa.

Eu respirei fundo, nós nem tínhamos chegado e eu já estava brigando com ele, eu tentei me acalmar, e depois de um tempo em silencio. Eu resolvi me desculpar.

-Eu que tenho que pedir desculpas, eu sou muito explosiva eu sei.

-Eu espero que você não seja violenta. – ele disse brincando.

-Mas acredite eu fiz quatro anos, de muai thai, eu sei muito bem me defender.

-Ta legal eu vou ficar bem longe de encrencas com você.

-É bom mesmo.- eu disse brincando.

-Chegamos!

Ele parou o carro perto da praia eu olhei confusa pra ele, mas ele simplesmente ignorou eu pulei pra fora do carro, ele pegou na minha mão e foi me puxando pra praia.

-Hey eu não to afim de nadar hoje não. – eu disse rindo pra ele.

-E quem falo que você vai nadar?

-Então nós vamos fazer o que exatamente.

-Eu te disse é surpresa.

-Seu chato.

Eu disse e sai rebolando na frente dele, de salto era mais fácil , eu me sentia mais confiante, mas o problemas surgiu quando eu pisei na grama meu salto começou a afundar, e eu tive que tira-los.

-Hey, da me ajudar aqui? – eu perguntei pra ele enquanto eu via ele rir da minha cara por ter afundado. – Do que você esta rindo? – eu perguntei seria.

-Nada eu só tava lembrando de uma piada. – ele disse vindo na minha direção. Eu segurei nele, enquanto tirava as sandálias.

-É bom mesmo.

-Como você é mandona.

-Eu não sou mandona.

-É sim.

-Ah não enche...

-Chata...

-Você me chamou de chata? – eu perguntei fingindo estar brava.

-Chamei o que você vai fazer? – ele disse me virando pra encarar ele.

-Eu...eu vou...- ele não deixou eu terminar...

Ele colocou os lábios, nos meus, me deixando mole, sua mão foi pra minha cintura enquanto a outra para a minha nuca eu gemi baixinho quando ele me puxou pra mais perto, sua língua invadiu minha boca, vasculhando cada canto, ele estava matando a saudade, sua mão passava por toda a extensão, das minhas costas, nossas línguas se entrelaçavam de uma maneira perfeita, minhas mãos voaram para o cabelo dele, o puxando pra mais perto, nossos corpos estavam colados, ele brincava com o meu cabelo e me deixava cada vez mais arrepiada. Ate que nós precisamos de ar, ele roçou os lábios, nos meus, e um arrepio passou pela minha espinha a sua respiração estava fazendo cócega, contra a minha pele.

Eu queria que nós ficássemos assim pelo resto da noite, mas nós tínhamos que nos separar, uma hora, aquele foi com certeza o melhor beijo da minha vida, mas eu sabia que era só pra pagar uma promessa, que eu tinha feito, ele não podia estar gostando de mim, no fundo eu queria que ele tivesse me beijado por estar gostando de mim, mas eu não poderia me iludir, eu não poderia acreditar naquelas palavras, eu acho que realmente, eu sou só mais uma na sua lista, só mais um numero. Eu tive vontade de chorar, mas segurei as lagrimas e me afastei dele, ele sorria como um bobo, devia estar pensando “ótimo consegui mais uma”, mesmo nós já termos ficado, acho que o que ele queria era só me iludir mesmo, ou ser que não eu estava confusa de mais.

-Eu...eu preciso ir. – eu disse indo em direção a rua, senti que ele vinha atrás de mim.

-Espera, nós acabamos de chegar!

-Desculpa eu realmente preciso ir!

-Deixa que eu te levo então.- ele parecia estar triste.

-Não precisa eu chamo um taxi.

-Eu te levo. – ele disse me puxando em direção ao carro dele.

O caminho todo ficamos em silencio, as vezes eu pegava ele me olhando, mas logo ele desviava.

Quando ele parou em casa, eu apenas murmurei um “boa noite” e desci eu não ouvi ele falar nada. Logo depois que eu entrei senti as lagrimas quentes escorrerem pelo meu rosto.

-Hey voltou cedo. – eu rapidamente limpei as lagrimas, e abri o meu melhor sorriso falso, pra ela.- Agora você vai me contar todo. Senta ai.

Eu pulei no sofá com ela, e me deparei com um pote de sorvete na minha frente, quando ela viu que eu o encarava, ela o abraçou.

-Eu comprei um pra você ta na geladeira.

-Vou lá pegar- eu me levantei e fui em direção a cozinha tirando meu sapato e deixando a carteira na mesa, era o meu preferido, chocolate com calda de chocolate e morango com ovomaltine, eu peguei uma colher e, um guardanapo e voltei pra sala, me sentei ao lado da Lucy e comecei a comer.

-Conta.

-A contar o que, foi normal.Simples.

-Vocês não iam ao cinema?

-Hm... é mas nós resolvemos ir só a um restaurante. – menti. Eu odiava mentir, mas não podia contar pra ela, não podia contar pra ninguém.

-Ele te beijou?

-Não. – menti novamente. – foi só um encontro de amigos Lucy, meu Deus como você é chata. – tentei abrir um sorriso, mas acho que o maximo que consegui foi uma amostra de dentes, já que ela fez uma careta.

-Ta bom, foi chato mesmo.

-Mas agora me conta essa historia que você falou que ta acontecendo mais uma vez.

-A minha filha senta que lá vem historia. Eu não morava aqui quando tudo começou, quando eu cheguei aqui tudo a poeira já estava baixa, e a única coisa que eu vi foi o fim do namorinho deles. – Ela olhou pra mim e eu dei mais uma colherada no sorvete. –Tudo começou quando uma garota francesa que se eu não me engano chamava-se Annabelle, mudou pra cá, ela começou a namorar o Mike, eles já eram maiores pegadores naquela época, e então um belo dia, Mike e Annabelle terminaram, Matt já melhor amigo do Mike, chamou essa garota pra sair, e aconteceu que eles ficaram, dias depois começaram a namorar, e então Mike,descobriu mesmo não estando mais com a garota Mike ainda gostava dela, e isso afastou os dois, e acredita que no final a vadia meteu o pé no Matt, e deixou os dois chorando.

-Tá mais, você acha que Matt ta gostando de mim, só porque ele gostou de uma ex do amigo dele? – eu perguntei rindo.

-Mas é ai que você se engana. – ela disse fazendo aquela voz de moral do dia. – Depois do ocorrido Mike, Matt e Rick juraram nunca mais ficar com uma ex do outro, e esse juramento só poderia ser quebrado por um deles, se eles tivessem realmente gostando da garota.

Eu estava passada, amassada, e gelada [n/a: acho que nunca vou ser poeta, olha que merda] eu não podia estar acreditando naquilo eu fiz a minha melhor cara de que não ligava pra aquela historia toda, e fingi se concentrar no meu sorvete.

-Ai Lucy não exagera.

-Ai as meninas tem que saber disso.

-NÃO, você ta loca não vai contar pra ninguém!

-Mas só pra gêmeas.

-Por favor Lucy, me promete que não vai contar.

-Mas...

-Por favor, se você contar eu vou morrer, melhor eu volto pro Brasil!

-Ta bom. – ela disse de mal humor.

-Promete?

-Prometo.

-Jura, juradinho, pela nossas mães mortas atrás da porta? – perguntei estendendo o dedinho pra ela.

-Ai Ivy... juro! – ela disse apertando meu dedinho com o dedinho dela.


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Notas finais do capítulo

reviews?!



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