Depois de falar tudo aquilo pro Matheus, eu não estava me sentindo bem eu achei que depois de desabafar pra ele, seria tudo mais fácil, mas foi horrível, eu estava me segurando pra não chorar ali na frente de todos.

Eram sete horas quando  a minha mãe me ligou pra saber como eu estava, fazia algum tempo que eu não falava, com ela, eu entrei na casa pra conseguir ouvir melhor, a conversa foi rápida, disse que estava bem e que sentia saudade.

Quando sai novamente dei de cara o Matheus e a Annabelle, conversando felizes, eu senti uma dor horrível ao ver eles. Não podia agüentar ver os dois conversando felizes, eles realmente combinavam ela tinha o tamanho certo pra, ele e os olhos dele brilhavam quando ela sorria.

Estava indo embora quando encontrei com a Laura, que estava sentada, sozinha. Sentei ao ledo dela, e fiquei em silencio.

-Oi. – ela disse baixinho me fazendo olhar pra ela.

-Oi, porque ta aqui sozinha é o seu aniversario. – ela sorriu.

-Porque você esta sozinha cadê o tapado do meu irmão?

-Ah ele ta por ai...

-Mas o que você tem não parece muito feliz.

-É que eu sou muito burra... – ela disse abaixando a cabeça.

-o que foi meu anjo? – eu perguntei a puxando pros meus braços.

-É que eu gosto de um menino... mas ele nem faz questão de olhar pra mim só fica babando pela vaca, da Sara. – eu vi lagrimas escorrendo pelos olhos dela. Levantei a cabeça dela a fim de que ela me olhasse.

-Hey não choro por ele, boba, ele não merece nenhuma lagrima sua, se le não quer saber de você fazer o que? Você é linda e tenho certeza que tem um tanto de garotos que gostam de você. – eu limpei a lagrima dos olhos dela. – Olha quer um conselho? – ela assentiu com a cabeça. – Vai brincar, normal, e quando você tiver a chance você começa a falar com ele, com amiga, nada de mais, pergunto o que ele esta achando da festa, fala coisas que você fala com seus amigos, tenta se aproximar dele como amiga, ai ele vai conhecer realmente quem você é e eu tenho certeza que vai esquecer dessa Sara... – ela sorriu pra mim, e arrumou o cabelo.

-Agora me conta o que o idiota te fez pra você ta aqui?

-Na verdade ele não fez nada pra mim, eu que fui boba em pensar coisas erradas, eu achei que ele me amasse, mas ele ainda ama ela. – eu disse abaixando a cabeça.

-Você ama ele não é?

-Eu... eu não sei. Acho que sim.

-Ele também te ama só ainda não sabe disso. – ela falou parecendo alguém mis velho, parecia mais madura. – Agora vem aqui que eu vou te apresentar meu primo.

-Desculpa Laura, mas eu quero ir embora...

-Não você não vai não. Vem logo. – ela levantou e me puxou pela mão, é agora tenho certeza que eles são irmãos.

-Tudo bem mais daqui a pouco eu vou. Certo? – eu perguntei parando.

-Certo.

Nós andamos um pouco pela área onde só tinham adultos, ate que ela parou em uma mesa, haviam duas crianças conversado com um cara que estava de costas pra nós. As meninas riam dele.

-Lucas? – chamou a Laura, ele se virou pra nós e estava com um nariz de palhaço. E fazendo uma careta engraçada eu me segurei pra não rir.

Quando ele me viu voltou ao normal, tirou o nariz vermelho e sorriu. Ele era realmente bonito moreno, pela extremamente branca, lábios avermelhados, e que olhos eram aqueles parecia o próprio mar...

Eu sorri por um tempo boba, e depois me dei conta que ele estava sorrindo pra mim daquele modo também, ele não era nem tão alto, mas nem tão baixo o tamanho perfeito pra mim.

Estava eu lá babando pelo cara que eu nem sabia o quem era direito, quando sinto braços me pegarem por trás, nem precisei dizer quem era não é, porque agora ele tinha que aparecer eu realmente não me importaria dele ir se perder no mato com a Annaboba.

-Oi. – disse o garoto apressadamente, encarando o Matheus.

-Oi- ele disse seco. – vejo que já conheceu a minha namorada. – disse ele dando ênfase no namorada.

-É pra falar a verdade eu nem tive tempo de me apresentar ela acabou de chegar. – ele disse um pouco ríspido.

-Então tá. Lucas essa é a Ivy, Ivy esse é o Lucas. – Matheus disse enquanto me apertava mais ainda.

-Prazer.- eu disse sorrindo.

-O prazer é todo meu. – ele deu um sorriso, safado, o que me fez achar um duplo sentido pra aquela frase, garoto rápido.

-Eu estava te procurando. – disse o Matheus no meu ouvido. – você sumiu.

-Na verdade fui atender o telefone, e quando voltei você estava bem entretido com a Anne, então encontrei a Laura e ela me troce pra conhecer o seu primo – disse com um sorriso.

-Na verdade ele não é meu primo. – ele falou serio.

-Não? – eu disse confusa.

-É que a Laura me considera como primo, mas nós não temos nenhum grau de parentesco. – falou o Lucas. – gentilmente.

-Então agora que esta tudo esclarecido, vamos? – perguntou o Matheus, me puxando pela cintura.

-Claro! Eu espero te ver novamente. – Disse sorrindo mais do que o necessário por Lucas.

-Eu também. – depois disso Matheus me virou com força e me puxou ate outra parte do quintal.

-Porque fez isso? – ele perguntou bravo.

-Fiz o que? – falei confusa.

-Vem eu vou te levar pra casa.

-Ah, mas eu quero ficar um pouco mais. – disse fazendo bico.

-Tudo bem, mas não sai de perto de mim outra vez.

-Quem vê acha que manda em mim. – disse andando na frente.

Depois desse nosso mal entendido, eu não estava mais afim de falar com ele e claro que eu fui comer. Ataquei os salgadinhos, e depois os docinhos. Comi muito o Matt ainda estava emburrado no canto.

-Você vai ficar com essa cara de bunda ou eu vou ter que pedir pro Lucas me levar, pra casa? – perguntei o irritando.

-É pode ir lá com ele. – ele disse sem olhar pra mim.

-Meu Deus que coisa... isso é ciúmes, ou idiotice?

-Ai não enche.

-Beleza então. – me levantei e fui em direção a mesa onde o Lucas estava sentado sozinho.

-Hm. Oi. – falei chamado a atenção dele.

-Ah oi. Senta ai! – ele disse apontando pra cadeira, ao lado dele, eu me sentei e olhei por Matheus que estava vermelho, de raiva. Idiota quem manda brincar com fogo.

-Então nós não tivemos chance de conversar, direito...

-É verdade me fala mais sobre você...

-Bom... eu estou fazendo intercambio aqui...

-Ah você não é daqui?

-Não eu morava no Brasil, então vim pra cá, e você é daqui mesmo, nunca vi você com os menino...

-É eu infelizmente sou daqui, é que eu não ando com o Matheus, vamos dizer que não somos muito compatíveis... – ele sorriu desconfortável. – Mas você esta cursando o que?

-Arquitetura, primeiro ano.

-Serio que legal, eu faço engenharia civil, no começo iria fazer arquitetura, mas ai mudei e preferi engenharia.

-Serio eu fiquei muito tempo em duvida entre os dois, mas depois me decidi.

Nós conversamos muita coisa era como se já nos conhecíamos, a muito tempo, o assunto vinha com tanta facilidade, falamos sobre piercings, tatuagens, e muitas besterias.

Ate que o Matheus veio nos interromper, quando dei conta já não tinha quase ninguém lá. Todos já tinham ido, e eu nem tinha visto o tempo passar.

-Amor?  Vamos eu te levo. – falou o Matheus segurando a minha mão.

-Foi muito bom te conhecer Lu espero que nós nos encontremos no campus. – disse dand um beijo no rosto dele.

-Espero mesmo. – ele disse sorrindo.

Eu me despedi dos pais do Matheus e depois da Laura, que sempre que passava por mim e pelo Lucas mandava um sorriso pra nós.

Matheus me levou pra casa, sem falar muito no caminho.

-Entregue! – ele disse quando abriu a porta do carro.

-Você quer entrar? Eu não quero ficar sozinha. – disse fazendo biquinho.

-Tudo bem, mas não posso chegar tarde.

-Qual é hoje é sábado.

-Mesmo assim...

-Ta bom.