Wolf - Licantropa escrita por Lorelaai


Capítulo 3
II - Segredos revelados


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora >< Mas tá aí. Vou aproveitar e divulgar as outras fics. Acabei de escrever um one shot de Naruto, tô escrevendo outra fanfic, Zoe e a árvore da vida, e aproveito e divulgo a outra fic, mais antiga, Estrela da noite. Bom, aproveitem. Ah, e quem tá lendo, peço que leia o capitulo anterior pois acrescentei coisinhas.



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Acordei na enfermaria do colégio. A Estelar e o Lopes estavam ao meu lado. O que ele estava fazendo ali eu não tinha a mínima idéia.

- Shel? Shel, você está bem? – perguntou uma Estelar preocupada.

- Ahn, sim... – eu disse levantando-me.

- Oi, não nos apresentamos. Sou o Erick. Erick Lopes. – disse o garoto.

- Ah, prazer. Shelby. Shelby Montgomery.

-M-montgomery? – ele perguntou surpreso e acrescentou baixinho. – Droga.

- O que foi? – perguntei sentando-me a beirada da maca.

- O que? Ah, nada, não foi nada. – disse olhando para o relógio pendurado na parede ao sul, o qual marcava 11h. – Desculpe, tenho que ir. – e levantou apressado.

- Nossa o que deu nele?

- Não sei Est, mas eu acho que o conheço.

- Conhece? De onde?

- Lembra daquela festa? A... Em que eu fui mordida?

- Sim, por quê?

- Então, ele estava lá. - eu disse lembrando-me daquela terrível noite. - E também acho que as pessoas desse colégio estão escondendo algo de nós.

- Bom, eu não posso dizer nada sobre isso. Vamos?

- Aonde?

- Hora do almoço querida. Temos aula a tarde lembra?

- Ah, sim. Hei espera. - chamei quando ela já ia se levantando. - Quanto tempo eu apaguei?

- Umas 2h.

- Tudo isso? E porque você não me acordou?

- Você queria que eu fizesse o que? Batesse no seu rosto?

- Sim. Era o mínimo que poderia né.

- Eu fiz. - depois disso eu a olhei e comecei a rir. Saímos da enfermaria e andamos até o refeitório. Como sempre, os alunos nos encaravam.

Após o almoço nos dirigimos a sala de Filosofia. Tivemos ao menos 50m de aula e depois 1h e 30m de aula de história. O Sr. Fitz entrou na sala e foi logo falando.

- Continuaremos de onde paramos nessa manhã turma. Abram seus livros na pagina 273, por favor.

Abri meu livro e comecei a ler. Por incrível que pareça, estava curiosa para saber qual era a família que podia virar licantropos. Havia um trecho do livro a qual se referia ela. Família M. M... Por que M? Isso...

- Srta. Montgomery? Pode ler, por favor?

- Ahn... Onde está Sr. Fitz?

- No que estava pensando?

- Eu... Estava fazendo uma leitura silenciosa Sr. Fitz.

- Bom, vamos pedir pra sua colega, Srta. Marquês, continuar. Pode fazer esse favor?

- Sim.

Eu não prestava atenção no que a Estelar estava lendo. Tentava decifrar porque família M. M de quê? M... Montgome...

- Srta. Montgomery? Está bem? – perguntou o Sr. Fitz.

- Ah... Eu tenho uma pergunta Sr. Fitz.

- Sim? – o sinal tocou. Ele olhou-me e completou. – Se for urgente, fique um pouco mais. Quando todos saírem nós conversamos.

- Ah, tudo bem.

Os alunos levantaram-se e saíram. A Estelar veio falar comigo.

- Você ta bem Shel?

- O que? O que houve contigo? – o Erick apareceu do nada e perguntou-me.

- Ah, nada. Eu estou bem, não se preocupem. Ahn, Erick, você mora em que parte da cidade?

- Sou seu vizinho.

- Nossa sério? Então será que poderia me acompanhar até em casa hoje? Andando?

- Você não vai comigo Shel?

- Ah, eu... Eu preciso pensar um pouco Est. Ele conhece a cidade, pode me mostrar.

- Então tudo bem.

- Hei, eu não disse que te acompanharia.

- Por favor? – eu supliquei. Ele olhou-me penetrante e suspirou.

-Tudo bem.

- Obrigada Erick.

- Srta. Montgomery? A Srta. não queria falar comigo? – perguntou o Sr. Fitz de surpresa.

- Ah, sim. Erick pode me esperar lá fora?

- Claro, sem problemas. – e saiu.

- Est, pode ir. Diga a sua mãe que eu vou ficar até mais tarde na escola fazendo um trabalho extra e já tenho carona.

- Tudo bem né. Eu posso te impedir?

- Não.

- Então ta. Tchau Shel.

Levantei-me e fui falar com o Sr. Fitz.

- Sim? – perguntou ele levantando uma sobrancelha.

- Eu queria saber sobre a família licantropa.

- Pode falar.

- Eu quero saber o sobrenome deles.

- Sinto muito, mas não posso falar.

- Se eu lhe disser, o senhor diz se é ou não?

- Claro.

- Eles seriam os... Montgomery? – ele levantou o rosto e olhou-me fixamente.

- O que?

- O senhor disse que responderia.

- Bom... Tudo bem. – e fez uma longa pausa como se esperasse que eu desistisse de ouvir a resposta. - Sim, são os Montgomery.

“Não...” eu pensei.

- Shelby? – olhei em direção a porta e o Erick estava parado, parecia ter ouvido tudo. – Você está bem?

- Eu... Não sei. – sai correndo da sala em direção ao pátio onde ficava a saída. Conseguia ouvir o Erick atrás de mim, chamando-me, mas não lhe dava atenção. Parei repentinamente quando cheguei ao portão principal. Não sabia o que fazer nem o que pensar.

- Shelby. – gritou o Erick. Olhei para trás e percebi que ele se aproximava. Olhei para o céu e percebi que uma chuva se aproximava.

- Hei o que houve? – perguntou o Erick quando me alcançou.

- Você não ouviu nada?

- Na verdade, ouvi sim. Sinto muito.

- Por quê? Porque eu? – eu perguntei olhando-o fixamente enquanto a chuva começava a cair e escorria pelos meus cabelos e rosto.

- Não é você Shel, é a sua fami...

- Não. – eu gritei. – Não, não pode ser.

- Shelby – disse ele docemente se aproximando de mim e tentando colocar sua mão em meus ombros. Eu me afastei.

- O que você é?

- O que?

- Responde Erick. O que você é? – eu perguntei quase gritando novamente.

- Eu... Você sabe o que eu sou Shel.

- O que todos que estão aqui são?

- Eu... Eu não saberia lhe dizer.

- Idiota. Por quê? Porque você me mordeu? Já não basta eu ter a chance de me transformar?

- Eu sinto muito, mesmo.

- Droga. – eu murmurei baixinho e me virei para ficar de costas para ele. Foi então que ele me surpreendeu. Abraçou-me por trás.

- Você vai ficar bem Shelby.

- Eu... Sinto muito. – soltei-me de suas mãos e sai correndo, fui para casa.

Entrei pela porta da frente e subi as escadas sem dar atenção aos gritos da minha mãe da cozinha. Tranquei a porta do meu quarto e comecei a chorar encostada nela. Sentei-me e tentei digerir tudo que havia descoberto hoje.

Eu fui mordida por um lobo, disso eu tinha certeza. Mas ele não era um lobo, e sim um licantropo. Um lobisomem. Eu fazia parte da família que vinha até hoje com sua geração de licantropos, mas era uma família especial. Montgomery. O que fazia de nós tão especial?

Levantei-me e fui ao banheiro, tomei um banho rapido, coloquei uma roupa fresca e deitei-me na cama com esperança de que aquilo não passara de um sonho, ou um pesadelo.

Fui acordada pela minha mãe batendo e praticamente gritando na porta.

- Peraê. - eu disse de volta. Fui até o espelho do banheiro, escovei os dentes rapidamente e passei uma escova no cabelo. Abri a porta e minha mãe entrou rapidamente em meu quarto.

- Tem um menino lindo aí querendo falar com você. - disse ela com um sorrisinho maroto em seu rosto. Eu conhecia bem aquela cara.

- Ah não, não, não, não. Eu não tô namorando ele mãe. Espera, que menino é?

- Oi. - virei-me para a porta de deparei-me com o Erick. Ele tinha escutado tudo, droga.

- Ahn, oi. - eu disse vermelha. - O que você quer?

- Será que podemos conversar Shel?

- Claro, claro. - respondeu minha mãe, saindo apressada do quarto. - Nada de namoro, entenderam? - e fechou a porta.

- Nossa. - eu murmurei baixinho. - Desculpa por isso.

- Não tem problema.

- Pode se sentar. - eu disse apontando para uma cadeira em um canto do quarto. Fui sentar na cama enquanto ele puxava a cadeira e colocava de frente pra mim. - O que quer falar?

- Sobre você.

- Sobre mim? O que eu tenho de tão importante? - eu disse fazendo sarcasmo.

- Ah, qual é. Você é uma Montgomery. Lembra das aulas de história?

- Na verdade, não. Nunca prestei atenção.

- Bom, os Montgomery vivem desde 1745. Eles são a primeira geração de licantropos que existem.

- E?

- E que você não vai se transformar na primeira sexta feira de lua cheia do mês Shelby.

- Não?

- Não. Você só se transforma se quiser, e se estiver com muita raiva, fúria.

- Nossa. - murmurei baixinho.

- Eu... Sinto muito Shel, mesmo.

- Não sinta. Eu poderia virar licantropa a qualquer momento não é?

- Com o passar do tempo, sua familia foi esquecendo da maldição. Apenas alguns, desde 1828, conseguem se transformar, conseguem desencadear ela.

- Como assim?

- Os Montgomery não queriam mais ser uma familia de licantropos. Eles proibiram todos de falar qualquer coisa sobre lobos para as crianças. Elas não ficariam mais fascinadas e não iriam querer se transformar em licantropos.

- O que houve depois?

- Nunca mais se ouviu falar dos licantropos Montgomery.

- Mas você não é um Montgomery, e é um.

- Sim, alguns Montgomery tiveram um "caso" com outras familias, e a minha é uma delas. Lopes.

- Ah, entendi.

- Sua amiga, a Estelar, a familia dela era a protetora de sua familia. Por isso vocês são amigas, os laços não se perderam.

- Protetora?

- Sim, cada familia de licantropos tem um protetor, que chamamos de familiar. A familia Marquês era a protetora da familia Montgomery. Eles também tem poderes sobrenaturais.

- Poderes... Sobrenaturais?

- Sim. Cada pessoa tem um, as vezes os poderes se repetem, mas isso é raro de acontecer. Eu ainda não sei qual é o poder da Estelar, e aposto que ela também não.

- Eu... é possivel ter mais de um familiar?

- É. São raras as vezes que isso pode acontecer. Mas acontecem. Tipo com você.

- Comigo?

- Sim, quando uma pessoa é mordida por um licantropo em estado de lobo, ele passa a ser familiar dessa pessoa.

- Ah, então você também é meu familiar?

- Sim. - houve silêncio total no quarto. Ficamos nos encarando durante um tempo até ouvirmos um barulho. Um barulho vindo do corredor. A porta do quarto se abriu imediatamente. Uma garota de cabelos loiros entrou.

- Desculpa, eu ouvi tudo.

- Estelar?


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Mereço reviews? Bom, leiam minhas outras fics também e digam o que acham delas, por favor. Beijinhos.