Wolf - Licantropa escrita por Lorelaai


Capítulo 2
I - A garota Montgomery


Notas iniciais do capítulo

Tá aí o capitulo que eu tô devendo pra vocês já que recebi 3 reviews no prólogo. Aproveitem.
Antes, me digam, eu devia mudar a capa ou essa tá boa? Deixem opiniões, obrigada.
GENTE, EU MUDEI UM POUCO OK? ACRESCENTEI COISAS QUE NÃO HAVIA ANTES E SERIA O CAPITULO 2.



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O mesmo sonho, de novo. Mesmas cenas repetidas vezes, eu pensava enquanto corria. Algo... Algo parecia diferente dos outros. Eu não corria para me salvar, corria em busca de... “Respostas”. Uma voz surgiu em minha mente e imediatamente parei de correr. Respostas? Como assim? Que tipo de respostas? Pensei ter escutado algo e me virei. Os olhos vermelhos avançavam em minha direção.

Acordei suando segundos antes de o despertador tocar. Sentei-me a beirada da cama e abaixei a cabeça. Levantei-me e segui para o banheiro. Despi-me de costas para o espelho e entrei embaixo do chuveiro, demorei um pouco no banho e quando o fechei minha mãe gritou:

– Shelby, café na mesa.

– Já vai. – devolvi rapidamente. Escolhi usar um short jeans e uma blusa xadrez preta e branco. Pus meu all star preto e cadarço rosa e minha pulseira. Desci as escadas no momento em que a mãe da Estelar buzinava na porta. Peguei uma rosquinha e sai.

– Tchau mãe.

– Tchau filha, se cuida.

Não discutimos nada a caminho da escola.


Eu simplesmente não entendia o que havia acontecido ontem. Eu e a Estelar ficamos na quadra da escola em uma apresentação. Junto a nós só havia um garoto. Ele tinha olhos e cabelos negros e um bronzeado incrível. Depois de três longas horas fomos dispensados. Eu e a Est caminhávamos pelos corredores da escola Yuke enquanto os alunos estavam em aula. A Yuke era extremamente grande. Andávamos e sempre havia um corredor extra. O sinal tinha acabado de bater e os alunos saiam de suas salas. Enquanto andávamos todos os olhares nos seguiam, pra onde quer que fossemos havia alguém nos observando, como se fossemos nos transformar em monstros a qualquer momento. Não nos sentíamos bem vindas naquele lugar, então achamos melhor ir embora.

Hoje o dia ia ser diferente, não iríamos participar de nenhuma outra apresentação na quadra de esportes. A diretora da Yuke, Sra. Inui, nos levou até nossa respectiva sala, 1º ano sala C. Ao entrarmos todos pararam o que estavam fazendo e se voltaram para nós.

– Bom dia classe, gostaria de apresentar duas novas alunas. - disse a Sra. Inui. - Por favor, meninas, se apresentem.

– Eu sou Estelar. Estelar Marquês. - disse a Est rapidamente.

– Eu me chamo Shelby. Shelby Montgomery. - eu falei logo após a Estelar. Houve muitos murmurinhos na sala após a minha apresentação.

– Olá meninas, sou a professora de Inglês, Lola. - disse uma mulher alta de cabelos encaracolados e olhos cinzentos. - Por favor, sentem-se naquelas cadeiras vagas.

Fomos até as cadeiras resignadas e nos sentamos, enquanto íamos até lá as pessoas apontavam e murmuravam.

A aula de inglês passou incrivelmente rápida. Logo depois tínhamos aula de Artes e Ciências Biológicas, as quais passaram voando. O intervalo durava meia hora, o que dava tempo de comermos algo e por a conversa em dia. Fomos até o refeitório e pegamos um cupcake cada. Sentamos-se à mesa mais afastada de todas. Enquanto andávamos dava pra perceber que todos ali já sabiam os nossos nomes, pois aconteceu a mesma coisa da sala de aula, murmúrios.

Sentamos e começamos a conversar:

– O que está acontecendo com essa escola? - perguntou a Estelar olhando em volta. - Parece até que somos monstros.

– Verdade, mas vai saber né. Quem sabe eu seja considerada um monstro mesmo, talvez eles saibam o que aconteceu, e você é a companheira do monstro. - eu disse rindo o que a fez rir também. Depois de um tempo ela tornou a falar.

– Sério Shel, todos olham e apontam para nós depois começam a murmurar. - ela disse preocupada.

– Você ta preocupada Est? Com o quê? - eu perguntei claramente preocupada com minha amiga. Eu era assim, odiava vê-la triste de qualquer forma que fosse.

– E se... E se eles não nos aceitarem?

– Sério? Você ta preocupada com isso? Nossa, nem parece você.

– Sério Shel. Na Neiume nós éramos populares. - ela disse lembrando do passado.

– Ah, entendo. Perder aquela popularidade te afeta demais né? Você se preocupa demais com essas coisas. - eu disse dando uma mordida na borda do meu cupcake.

Um grupo de garotos passou ao nosso lado e conseguimos ouvir um pouco da conversa deles.

– Aquela é a garota Montgomery? - perguntou o da esquerda apontando pra mim.

– Sim, e para de apontar idiota. - disse o do meio.

– Foi ela que o Erick...

– Cala boca Leonardo, elas podem ouvir.

– Tudo bem, tudo bem, desculpa. - e se foram.

– O que eles quiseram dizer? - perguntou a Estelar.

– Você ouviu? Enfim, eu sei lá, estavam falando de mim.

– Sim, mas quem é Erick? Você conhece algum Erick?

– Não. Eu também quero saber sobre o que eles quiseram dizer com aquilo, mas não vou sair por aí perguntando.

– Eu faço isso por você. - disse ela rindo um pouco e depois terminando de comer seu cupcake.

– Enfim, quer fazer algo hoje à tarde? - perguntei pegando ela de surpresa.

– Tipo o que?

– Ah, sei lá. Vai lá pra casa, a gente fica conversando.

– Tudo bem, só falar com minha mãe.

– Ok. - eu disse segundos antes de o sinal tocar. - Vamos.

Levantamos-nos e fomos pra nossa sala. Chegamos um pouco tarde porque a Est parou pra tomar água. Quando entramos o professor estava na porta esperando os outros alunos. Os olhos dele nos seguiram, assim como os olhos de todos os alunos. Sentamos e ele disse ser professor de História e que se chamava Diogo Fitz.

– Feitas as devidas apresentações vamos começar a aula. – ele disse e, percebendo que nenhum aluno reclamou, continuou. – Vocês conhecem as histórias gregas, estou certo. Mas sabem da história dos licantropos?

– Lobisomens? – perguntou um garoto do fundo.

– Sim, lobisomens Leonardo. – repreendeu o professor.

– Ah. – ele respondeu baixinho. Os outros alunos deram uma risada abafada.

– Licantropos são pessoas transformadas em metade lobos. – ele disse olhando pra mim. – Suas transformações acontecem sempre na primeira sexta-feira de lua cheia do mês, mas é claro, há aquela raça que pode se transformar quando quisesse.

– Como assim? – eu me peguei perguntando.

– Certa família tinha essa maldição e dom. Eram licantropos e podia se transformar se quisessem, dizem que a família vaga por aí até os dias de hoje.

– Que família era? – perguntou uma garota ruiva com sardinhas no rosto sentada ao meu lado.

– Ah, eu não posso revelar Rachel. Dizem que eles são licantropos até hoje. – houve murmúrios intensos por toda sala.

– Continuando... – o Sr. Fitz foi interrompido por um homem vestido de preto. Ele adentrou a sala sem bater e foi logo falando.

– Srta. Montgomery, poderia me acompanhar por favor?

Olhava freneticamente para o professor e o cara de preto na porta assim como todos me olhavam.

- Ahn, Srta. Montgomery, pode ir. – disse o Sr. Fitz. Eu me levantei e segui o homem de preto. Andamos pelo longo corredor do segundo piso e paramos em frente a uma porta a qual tinha escrito “Escritório do Pedagogo”. Ele abriu a porta e entrou, eu o segui. A sala era um pouco grande pra ser somente um escritório. Havia duas enormes janelas na parede do outro lado, uma mesa de madeira com papéis encima e duas cadeiras a frente dela, o restante da sala era decorada com plantas ornamentais. Um garoto de cabelos negros lisos estava em uma das cadeiras. Ele olhava o chão fixamente, como se não quisesse nos encarar.

- Srta. Montgomery, creio que conhece o Sr. Lopes. – disse o homem de preto.

- Ahn, sinto muito. – disse eu.

- Eu disse Jhon, ela não me conhece. – falou o menino. Ele levantou a cabeça e eu pude olhar os seus olhos. Eram levemente arroxeados. Quando percebeu que eu o olhava fixamente, virou o rosto, deixando apenas um olho a mostra, e daquele ângulo, ele parecia vermelho. Vermelho. Olhos Vermelhos.


- O que acha de uma bebida gata? – disse o menino mais feio da minha turma, embora seja gente boa, ele fica insuportável quando bebe demais.

- Ah Geo, sai pra lá. – eu disse num tom de irritada forçado.

- Nossa Shel, você fica uma gracinha assim sabia?

- Eu mandei cair fora Geo.

- Ok ok florzinha, mas depois não diga que eu não quis. – falou e foi embora.

- Hey Shel.

- Estelar. – disse acenando com a mão.

- Como você ta?

- Bêbada. – eu disse e nós rimos. Avistei um garoto, provavelmente minha idade, 15, 16 anos. Cabelos negros e lisos e olhos...


- Srta. Montgomery? Aconteceu algo? – perguntou Jhon.

- Ah, não, nada. Sinto muito.

- Eu disse, ela não me conhece.

- E você me conhece? – perguntei pegando ele de surpresa.

- Ahn... Eu... Conheço. – ele confessou.

- Como? Quer dizer, de onde?

- Uma festa.

- Você... – eu consegui lembrar dele. Aqueles olhos, pelos quais eu fiquei atraída... Eram dele. Senti-me um pouco tonta e quase imediatamente desmaiei. 



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Notas finais do capítulo

Gente, desculpa por esse capitulo ser pequeno, é que não dava pra terminar ele do jeito que tá aqui e eu não tô conseguindo escrever mais hoje. Enfim, o que acharam? Mereço reviews? Mereço recomendações? Deixem criticas, elogios, qualquer coisa, aceitarei numa boa, mas peguem leve ok? Mantenho a promessa, próximo capitulo após duas reviews no minimo ok? Bom, até lá.