Sempre Existe Um Anjo ! escrita por ItsAllAboutReadingAndWriting


Capítulo 2
Capítulo 2 - Essa é a realidade ?


Notas iniciais do capítulo

Demorou, eu sei. Muitas aulas e testes que acabei por perder um bocado o animo e a criatividade para escrever :c
O que importa é que consegui postar alguma coisa.
(E sim estou muito feliz pelas 2 reviews que recebi)
Encontramo-nos lá em baixo ^^



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 ( Estava petreficada de medo, e só andei porque o meu irmão me agarrou e me levou para o local indicado. Não consegui prestar atenção a todos os pormenores, por momentos nem sabia onde estava sequer. A adrenalina, de sentir uma arma praticamente apontada á cabeça, corria-me nas veias, e eu não estava de todo a conseguir acalmar-me. O homem fez sinal para nos sentarmos perto das outras pessoas, ou neste caso, reféns. Aconcheguei-me o máximo que pude ao meu irmão. Os seus braços protectores queriam me trazer á realidade, mas um ataque de pânico ameaçava chegar a qualquer momento.

–Estou bem aqui do teu lado Érica. Temos que manter a calma.- o sussurrar dele, calmo e ternurento, parecia conseguir trazer-me á Terra.

Do nada aquele apito continuo despertou-me)

...

 Como som de fundo tinha o barulho irritante das máquinas, que digamos de passagem já comemeçavam a irritar-me.

A visão começou a voltar aos poucos, e num acto subito de tentar entender a situação, deparei-me com todo aquele cenário de hospital. Eu era a razão daquele barulho, aquilo era o resultado da pulsação desconcertante, que o meu coração fazia a máquina registar. 

Como reação do medo que me atravessava, tentei arrancar todos os catéteres, que me picavam em diferentes partes do corpo e por sua vez, se ligavam a diferentes aparelhos. Logo, outro som mais estridente que o inicial, fez-se ecoar não só na sala onde me encontrava como também nos corredores, o que desencaminhou uma corrida de vários enfermeiros para onde eu estava (um quarto de hospital pressupunha eu).

Uma senhora, de meia idade e bem aparentada, fez questão de controlar a situação.

-Calma, tudo é para teu bem ! - a sua voz calma e segura quase me faziam obedecer ao seu pedido, isto se a desconfiança deixasse de me invadir.

Não era não querer confiar, porque não era esse o caso, simplesmente não conseguia confiar em ninguém porque tudo na minha cabeça era confuso. Parecia que eu estava a sair de um buraco escuro e fundo e tudo aquilo fosse novo para mim, mas ao mesmo tempo familiar de certo modo.

-Deixem-na ela precisa de espaço para assimilar tudo. - a senhora falava em direção a dois enfermeiros que tinham chegado naquele momento e pareciam querer saltar para cima de mim, como se fosse uma doida que precisa-se de camisa de forças ou algo do genero.

- Assimilar? Assimilar o quê ? Eu não estou doida ... Quero sair daqui ! - mais parecia uma barata a ser barrada pelos enfermeiros.

-Ninguém disse que estavas doida Érica, na realidade esse nem sequer é o motivo por estares aqui, sabes disso não sabes? - a senhora parecia suplicar para eu entender a situação.

A agitação era tanta que eu nem conseguia concentrar-me. Os meus olhos percorriam cada centimetro do quarto. Cada cara, cada expressão, cada sentimento de cada um dos enfermeiros era pressentido pelos meus olhos. Pude ver que alguns foram retirando-se, enquanto que outros demonstravam interesse no desfecho daquele circo. Por algum motivo eu reconhecia aquela situação, assim como o hospital e, por si só, a sensação de me acharem louca, mas a fonte de todo esse conhecimento era-me completamente desconhecida.

Foi com a cabeça perdida em todas estas emoções que me dei conta do facto de não me lembrar de nada. Tinha entendido que os meus instintos me diziam para sair dali mas o  "porquê?" só me era desconhecido porque na verdade eu não sabia nada. ~

Apesar de tudo ser de certa forma familiar, eu estava mesmo a sair da escuridão para uma realidade nova, onde o passado não era nada mais nada menos do que a própria escuridão da qual tinha saido.

-Érica?!

Não tinha dado conta, mas com o choque de toda esta realidade, acabei por me encostar a um dos cantos do quarto e, inesperadamente, um conjunto de lágrimas começou a cair sem preocupação de tudo o que me rodeava. Já não tinha controlo sobre mim. As pernas começaram a tremer e inexplicavelmente o choro aumentava, assim como o estranho sentimento de perda, que me invadia como ninguém.

-Tragam sedativo, ela está a ter outro ataque de pânico! - a senhora gritava com os companheiros, que por esta altura já não conseguia ver onde estavam devido ao facto da minha visão começar a ficar turva.

As pessoas já não passavam de sombras, com excessão da enfermeira que já me segurava pelos braços de modo a tentar deitar-me na cama outra vez.. Não barafustei, também porque não tinha como me aguentar sozinha, eu precisava de tudo aquilo e agora sabia disso. 

Todos os barulhos foram diminuindo até dar lugar a um silêncio constrangedor, que acabou por ser quebrado por uma voz dócil e familiar, que repetia o mesmo :

"-Eu vou cuidar de ti, prometo!"

- Por favor tragam alguma coisa rápido ela já está a delirar. - esta era a voz da senhora eu tinha a certeza disso, só não entendia o que ela queria dizer com aquilo. 

Do nada, algo fino e extremamente pontiagudo perfurou alguma parte do meu corpo, já nem conseguia distinguir qual. O grito que deixei escapar, devido á forte dor causada pelo objecto, dava a entender que me estavam a matar. Senti algo percorrer por todo o meu corpo, o que me fez entender ser o sedativo.

Sem explicação milhares de imagens que não se encaixavam com aquele lugar começaram a passar pelos meus olhos, tal como fotografias que desapareciam tão rápido quanto tinham aparecido. Tudo parecia fazer sentido, desde as feições do meu pai ao sorriso inocente da minha mãe. As recordações iam aparecendo, assim como todos os sentimentos. Vi-me num hospital parecido após o acidente quando era pequena, e a terrivel memória do funeral parecia ser o meu pior pesadelo naquele momento.

Mas antes mesmo da escuridão tomar totalmente conta de mim, pude ver o Daniel no chão envolto de uma poça de sangue. Por instinto tentei chegar-me perto, mesmo tendo a noção que  não era possivel pois não era real. Sem entender, senti-me agarrada por um par de braços fortes que me seguravam, enquanto o seu dono repetia a frase que continuava na minha cabeça desde que a tinha ouvido. E foi ao olhar bem nos olhos dele que eu apaguei por completo sem saber que destino teria.


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Notas finais do capítulo

Ficou pequenino o cap, eu também sei isso kkk (vai ter continuação e mais rápido do que se espera). Não quis colocar o resto neste cap com medo de ficar muito grandalhão e depois ninguem querer ler.
Se quiserem deixar reviews eu conheço alguém que vai ficar muito contente ( eu claro xD )
Beijo grande, e não desanimem pqe no próximo cap vão ficar a saber o que realmente aconteceu com o Daniel e o que deu na Érica para ir parar no hospital.