- Hummm... – murmurou Rose aparecendo na cozinha.

- Ei! – exclamou Scorpius indo até ela e rapidamente tapando seus olhos. – Não devia ter descido. Devia estar descansando. – disse ele virando ela de costas para si e conduzindo-a para a sala, mas com os olhos ainda tapados.

- Eu estava sozinha lá em cima. E este cheiro maravilhoso... – disse ela esticando os braços. – Para onde está me levando Malfoy? – perguntou ela divertida.

- Confia em mim? – perguntou ele roucamente no ouvido dela.

- Confio... – murmurou ela sentindo um arrepio passar por ela quando os lábios frios dele encostaram no pescoço dela.

- Então. – disse ele. – Pronto. – disse ele soltando as mãos dos olhos dela. – Você ficou muito linda nesse robe. – disse ele apertando a cintura dela.

- Você acha? – perguntou ela se virando e enlaçando o pescoço dele.

- Muito sexy. – disse ele.

- Você ficou um gato com apenas essa calça. – disse ela provocando-o e passando a unha no peitoral dele, Rose ouviu um grunhido dele.

- Não provoque Rosa. – disse ele segurando os pulsos dela. Rose sorriu e beijou os lábios dele.

- O que estava fazendo lá? – perguntou ela.

- Não posso dizer. – disse ele sentando no sofá e puxando para ela sentar no seu colo.

- Por que não? – perguntou ela arrumando o robe que se abria na frente do corpo.

- Eu quero fazer uma surpresa. – disse ele olhando para ela.

- Mas eu sei o que você está fazendo. – disse ela tentando enrolar ele e conseguir o que queria.

- Venha sua chatinha. – disse ele puxando ela para a cozinha.

- Está conseguindo fazer o que queria? – perguntou ela vendo folhas de alface cortadas de uma maneira engraçada.

- Na verdade... – murmurou ele olhando para o livro que estava aberto para ele. – Não.

- O que diz aqui? – perguntou ela. - Uma alface americana lavada, higienizada e picada grosseiramente...

- Já está lavada. – disse ele. Rose olhou para as folhas... Sujas.

- Não estão não. – disse ela indo lavar na pia. – Agora sim. – disse ela sacudindo delicadamente as folhas.

- Ei. – murmurou ele limpando as gotas que haviam molhado ele. Ela riu e beijou a bochecha dele.

- Vamos fazer uma salada Caesar? – perguntou ela olhando na receita.

- Vamos. – disse ele apertando a cintura dela e colocando o queixo no ombro dela e olhando a receita também. – E depois camarão. O que acha? – perguntou ele.

- Amo camarão. – sussurrou ela no ouvido dele.

- Melhor ainda. – disse ele beijando o pescoço dela. Rose se segurou no balcão enquanto Scorpius beijava toda a extensão do pescoço dela.

- Scorp... – murmurou ela.

- Hum... – resmungou ele ainda beijando o pescoço dela e passando as mãos na barriga dela.

- O almoço. – disse ela.

- Ah sim. – disse ele se afastando dela. – É que uma beleza me desconcentrou.

- Bobo. – disse ela rindo dele. – Ei, eu cuido da salada e você do camarão, o que você acha? – perguntou ela vendo ele travar uma luta com o frango.

- Perfeito. – disse ele indo pegar o camarão enquanto ela cortava a alface.

- Pega o ovo para mim? – pediu ele voltando para o balcão com um quilo de camarão nas mãos.

- Aqui. – disse ela entregando o ovo para ele. Scorpius esticou os dedos, mas o ovo escorregou e se espatifou no chão. – Ai, me perdoe. – pediu ela procurando um pano.

- Está tudo bem. – disse ele segurando as mãos dela.

- Eu que devia estar fazendo esse almoço... – murmurou ela olhando para os lados nervosa.

- Rose...

- Eu não devia ter implorado para ele parar.

- Rose...  – sussurrou ele novamente.

- Eu sou uma escrava. Sou uma estúpida. Tenho que ser abusada e aguentar tudo calada e eu...

- CALA BOCA! – vociferou ele segurou o queixo dela com uma mão. – Por favor, cale a sua boca! – exigiu ele. Ela engoliu em seco. – Pare de se chamar de escrava.

- Mas eu sou. – disse ela conseguindo falar com os dedos apertando o queixo dela.

- Não aqui nessa casa. E não para mim. – disse ele sério. Ela abaixou o olhar. – Não quero mais que você se culpe assim ouviu? – perguntou ele. Ela assentiu com a cabeça. Ele respirou fundo. – Eu quero passar momentos românticos com você. Eu quero fazer almoços para você. Quero te acordar na minha cama. Fazer uma surpresa para você. E isso sem lembrarmos que você é uma escrava.

- Mas...

- Você não é mais uma escrava. – disse ele como se ensinasse para uma criança o seu nome. – Você é Rose Weasley, minha companheira. – disse ele. Ela assentiu e ele soltou a mão do queixo dela. A campainha havia tocado.

- Te adoro. – disse ela beijando a boca dele e se afastando.

            Scorpius ficou paralisado enquanto sentia a boca dela na dele e as palavras “te adoro” ecoava na cabeça dele.

- Scorpius! – ouviu Rose chamar por ele.

- Diga. – respondeu Scorpius indo para a sala e parando ao lado de Rose. – O que fazem aqui? – perguntou Scorpius olhando Ammie e Matthew meio caído ao lado dela.

- Eu... Eu preciso de ajuda! – exclamou ela nervosa. Scorpius olhou para Rose que deu ombros.

- Não queremos vocês aqui. – disse Scorpius raivoso, institivamente ficando na frente de Rose.

- Eu preciso da ajuda de vocês. Não conheço Londres direito e... Conheço apenas vocês, por favor. – pediu ela tentando segurar Matthew. Scorpius olhou para Rose que apenas o puxou para a cozinha.

- Não vou ajudar... – começou Scorpius indignado.

- Por favor. – pediu ela. – Ele é seu melhor amigo.

- Melhores amigos não fazem...

- O que ele fez com você. – completou ela. – Eu sei. Mas... Eu sinto que deve fazer isso.

- Mas Rose...

- Por favor. – pediu ela segurando as mãos dele. – Eu sinto que deve fazer. – pediu ela novamente. Ele engoliu em seco e olhou para a sala em dúvida ainda.

- Tudo bem. – disse ele por fim. – Mas é bom que esteja certa. – disse ele olhando para ela. Rose segurou o rosto dele e o olhou fixamente.

- Não deixe ela te agarrar. – pediu Rose.

- Você vai junto. – disse ele.

- Não... – disse ela se afastando. – Eu fico aqui e você vai. – disse ela. Scorpius engoliu em seco. – Só não deixe ela te agarrar. – pediu Rose vermelha. Scorpius riu e se aproximou de Rose.

- A única que pode me agarrar é você. – disse ele beijando o pescoço dela e saindo dali.