A Escrava escrita por estherly


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Não querem comentar? Tudo bem, não vou obrigá-los.
"A proteção não é amor. O amor é que é a proteção."
Luiselza Pinto



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Ele a apertava. Já havia dormido com muitas mulheres, mas elas ou saiam no meio da noite, ou... Nenhum era igual a Rose. Ele respirou fundo, inalando o cheiro de flores que emanavam dos cabelos dela. Podia ficar o resto da sua vida como estava. Um barulho estridente. Scorpius abriu os olhos, rapidamente seus olhos procuravam em volta, sentia Rose se mexer nos seus braços. Esticou o braço e viu que horas era... 6 horas da manhã. O despertador ainda tremia em sua mão enquanto o irritante barulho chegava aos seus ouvidos e nos de Rose. Sem pensar duas vezes, Scorpius jogou o despertador contra a parede. Tapou o ouvido de Rose para o barulho não ser tão grande e viu ela abrir os olhos assustada.

- O que... – murmurou ela ainda com sono.

- Shíí... – sussurrou ele fazendo carinho nela. – Não foi nada.

- Scorpius... Você jogou o despertador na parede. – comentou ela.

- Eu tenho que ir trabalhar. – disse ele se afastando dela. Rose se aconchegou nos travesseiros e inalou o cheiro dele.

- Preciso sair da sua cama... – disse ela lentamente pegando as cobertas e fazendo menção de jogá-las para o lado.

- A senhorita vai ficar na cama. – disse ele impedindo que ela saísse.

- Mas a cama é sua. – murmurou ela deixando-se levar pelas mãos dele empurrando seu ombro.

- Deixe-me tomar banho e você fica aqui. – disse ele fazendo carinho nela e vendo ela se aconchegar nos travesseiros. Sorriu para a cena e foi tomar banho.

- Scorpius...  – sussurrou Rose abraçando o travesseiro dele. Scorpius sorriu com a cena quando saiu do seu banho. Foi até ela e beijou seu rosto.

- Não sei se vou vir para o almoço. – comentou ele.

- Tudo bem. – resmungou ela. Ele sorriu mais ainda e beijou rapidamente a boca dela.

            Rose havia finalmente acordado, mas seus olhos diziam o contrário, estavam fechados... Ela respirou fundo. Inalou o cheiro de Scorpius, podia senti-lo, podia sentir ele perto do seu corpo, diria que era ele nos braços dela, se ele não fosse tão macio quanto um travesseiro.

- SCORPIUS! – gritou alguém de voz grossa entrando abruptamente no quarto de Scorpius. Rose se virou assustada, segurando o lençol contra seu corpo.

- Matt! – exclamou Rose nervosa.

- Oi morena. – cumprimentou Matthew.

- Oi... – cumprimentou ela gaguejando. – Er... Será que você...

- Estou na sala. – disse ele piscando para ela e fechando a porta. Rose suspirou e rapidamente foi para o seu quarto se arrumar. Viu o vestido e o sutiã jogados. Viu a rosa na cama e calmamente colocou ela na cabeceira.

- Pronto... – disse ela descendo as escadas e encontrando Matthew no sofá.

- Bom dia morena. – disse ele beijando a bochecha dela. Rose corou e sorriu.

- Bom dia Matthew. – disse Rose parada ao lado do sofá.

- Oras, se sente. – disse ele. Rose sorriu de lado e sentou na poltrona ao lado do sofá que ele estava sentado. – E o cabeça de ovo?

- Scorpius?- perguntou Rose.

- Já se tratam pelo primeiro nome... Que avanço. – comentou ele indo para a cozinha.

- Não está aqui para falar dos avanços entre nós, não é mesmo? – perguntou Rose estranhando ele voltar com uma garrafa de whisky e dois copos.

- Depois ficam bravos quando digo que a convivência muda uma pessoa. – disse ele sentando no sofá e servindo os dois copos com whisky. – Está falando igualzinho a ele.

- Deixe de ser bobo. – disse Rose percebendo que havia um tom Scorpius na sua fala anterior. – O que faz aqui?

- O cabeça de ovo está?

- Ele saiu para trabalhar. – disse Rose vendo Matthew encher seu segundo copo. Engoliu em seco. Se aquela garrafa esvaziasse, Scorpius culparia quem?

- Humm... – murmurou Matthew segurando seu copo, agora na metade, enquanto pensava. – Então vai para você.

- Diga. – disse Rose nervosa. Matthew ergueu um copo.

- Ammie aceitou meu pedido de casamento. – disse ele com um sorriso bobo no rosto. Rose engoliu em seco, como contar a ele que Ammie deu em cima de Scorpius? Bom... Isso não é problema seu, certo?

- Parabéns! – exclamou ela sorrindo e brindando o copo dela no dele. – E para quando é a data? – perguntou ela bebendo pouco do seu whisky, nunca foi muito fã dessas bebidas, preferia um vinho mais docinho...

- Não sabemos ainda. Ela quer resolve rumas coisas e... Aproveitar o status “noiva”. – disse ele colocando mais whsiky no seu copo. Rose abriu a boca para perguntar à Matt se ele não estava exagerando, mas resolveu ficar quieta.

- Mas como pediu ela em noivado? – perguntou Rose dobrando os joelhos e colocando os pés na almofada onde sentava. Sentiu os olhos de Matt cravarem nas suas pernas. Engoliu em seco. Viu que ele encarava suas pernas e bebia o whisky do seu copo. Novamente, Matthew encheu o copo. Rose havia perdido as contas.

- Foi... – começou ele vermelho bebendo o whisky de uma vez só. – Como consegue ter pernas assim? – perguntou ele enchendo mais uma vez o copo. – Ammie tem pernas lindas, mas não tanto. – comentou ele bebendo de uma vez só o copo. Rose engoliu em seco nervosa. Matthew estava bebendo de uma vez só muito copos. – Como são suas pernas? – perguntou ele se levantando e alisando as pernas de Rose. – Elas são bem lisas. – disse ele passando a mão por toda a extensão das pernas de Rose.

- Matthew, você está... – disse Rose se levantando, querendo sair dali.

- Adoro morenas. – disse ele puxando Rose pelo braço. Ela engoliu em seco. – São excitantes. – disse ele olhando para ela. Rose sentia o hálito do whisky e engoliu em seco. – Delicia. Ammie não é metade do que você é. – disse ele.

- Ela é sua noiva. – disse ela tentando fugir dali.

            Matthew empurrou Rose até a parede. Ela sentiu as costas latejarem de dor com o baque e olhou para ele.

- Eu quero você. Bem selvagem. – disse ele beijando com fervor a boca dela. Rose tentava não corresponder, mas ele mexia com os lábios de uma forma em que você é obrigada a corresponder.

            Com gestos rápidos, Matthew rasga o vestido que Rose usava, expondo um conjunto de lingerie escuro. A excitação de Matthew aumentou. Ele arrancou as duas peças dela e abaixou sua calça e cueca rapidamente. Lágrimas desciam no rosto de Rose.

- Escrava. – disse ele penetrando ela com rapidez. A boca de Matthew mordia o pescoço dela.

- Pare! – suplicava Rose sentindo-o estocar com mais força. Sentiu a mão dele ser lançada contra seu rosto e um líquido quente sair do seu nariz. Ela engoliu em seco, sentiu o gosto do sangue que escorria levemente misturado com as lágrimas.

- Agora vire. – ordenou ele virando Rose de costas para ele. Segurou o quadril dela, empinando-o e continuou as estocadas. Rose sentiu as dores duplicarem naquela região.

- Pare! Por favor! Está machucando! – pediu ela desesperada. Matthew não ouvia. Tão envolvido na bebida e na luxúria que não ouvia os gritos suplicantes de Rose.

            Ele estocava forte enquanto mordia seu ombro. Queria soltar o tesão que estava sentindo, mas apenas marcou uma mordida com sangue no ombro dela. Os gritos se perderam na casa grande. As lágrimas se misturando com os corpos dos dois. Matthew novamente virou Rose. Abriu as pernas dela e continuou as estocadas selvagens que estava dando antes. Ele mordeu os seios dela.

- Pare! – suplicava ela puxando os cabelos dele.

- Assim só me excita mais. – disse ele mordendo com selvageria o bico do seio dela.

- PARE! – pedia ela desesperada. O membro dele rasgava ela por dentro. Seu nariz, ombro e seio doíam. As lágrimas rolavam pelo rosto marcado pelo desespero dela. Matthew gemia de prazer, estava chegando ao ápice. Apertava a bunda de Rose com força, marcando aquela região. – Pare... – suplicava Rose abaixando o tom de voz...

- SEU IDIOTA! – exclamou alguém afastando abruptamente Matthew de Rose que escorregou pela parede até o chão.

            Ela ergueu o rosto e viu Scorpius em cima de Matthew, soqueando o rosto, o peito, puxando cabelos de Matthew, enquanto o mesmo tentava se defender.

- Seu idiota! – exclamava Scorpius. – Seu monstro! Como ousa fazer isso com ela?! – perguntava ele soqueando o rosto agora vermelho e roxo de Matthew.

- Scorpius... – chamou Rose baixinho. Não tinha força para mais nada.

            O chamado de socorro baixo de Rose chegou rapidamente em Scorpius que se virou e pareceu se lembrar que ela estava ali, naquele estado. Sai de cima de Matthew que estava desacordado e se aproximou dela.

- Está tudo bem. – disse ele abraçando ela que tremeu nos braços dele. – Estou aqui para te proteger. – disse ele acabado por dentro.

- Dói... - sussurrou ela escondendo o rosto no peito dele.

- Está tudo bem. – acalmou ele vendo a posição de Matthew. Jogado inconsciente e ensangüentado no meio da sala. – Quero cuidar de você minha flor.

- Mas e ele? – perguntou Rose nervosa.

- Dormirá por um bom tempo meu bem. – disse ele carinhoso.

- Irá cuidar de mim? – perguntou ela como uma criança temerosa.

- Como deveria ter cuidado da outra vez. – disse ele sério. Ela engoliu em seco e deixou-se ser levada nos braços.

- Certo. – disse ele depositando ela na cama dele. – Deixe-me ver. – pediu ele atencioso. Ela olhou temerosa para ele e mostrou o nariz sangrando, o machucado no pescoço, no ombro e no bico do seio. – Eu vou matar aquele desgraçado. – disse Scorpius vermelho.

- Ele já sofreu de mais. – disse ela calma.

- Defendendo ele? – perguntou Scorpius abismado.

- Não. Mas não mate ele, afinal... Estou viva. – disse Rose, não fazia mínima idéia do que falava, mas rezava para que desse certo.

- Tem razão. – murmurou ele contrariado. – Deixe-me ver... – disse ele colocando a mão na testa e olhando para os lados. Ele estava nervoso. Rose fungou e sentiu graça daquilo.

- Scorp... – chamou ela. Scorpius olhou para ela. – Gelo querido. – disse ela com um sorriso bondoso. – E uma toalha para limpar o sangue. – disse ela carinhosamente.

- Isso! – disse ele feliz dando um selinho estalado nela e correndo pelo corredor para buscar gelo. Em poucos minutos ele voltou com o gelo numa sacola plástica. – Vamos limpar esse sangue. – disse ele indo ao banheiro e pegando uma toalha de rosto. Molhou a ponta e sentou-se ao lado dela. – Se doer você me avisa, que eu paro. – mandou ele. Rose assentiu com a cabeça e viu a toalha se aproximar do seu nariz.

            Ela olhava para ele. Os olhos cinza focados no sangue que deu uma diminuída. A toalha começou a pressionar o machucado, tirando todo o excesso e o que havia secado. A dor invadia Rose. O nariz latejava. Lágrimas escorriam pelos olhos. Rapidamente a toalha foi afastada.

- Eu falei para você me avisar se doesse. – ralhou Scorpius.

- Não estava doendo. – retrucou Rose. Scorpius ergueu uma sobrancelha. – Ta, estava doendo sim. Mas se eu falasse você não ia terminar isso nunca. – disse ela.

- Não quero que sinta dor. – disse ele olhando para ela. Ela sorriu e beijou delicadamente os lábios dele. – Já saiu um pouco o sangue. – disse ele olhando para o nariz. – Pegue. Pressione. – pediu ele entregando o saco com gelo. – Deixe-me ver este daqui. – disse ele erguendo um seio de Rose e passando a toalha fria e úmida no machucado.

- Ai! – exclamou ela curvando o tronco.

- Me desculpa. – pediu ele nervoso. Ela sorriu de lado e voltou a pressionar o saco com gelo no nariz. Ele engoliu em seco e continuou a limpar as feridas que tinha no seio dela. – Aquele idiota... – resmungou ele limpando. – Não está sangrando. – disse ele feliz para ela. Ela sorriu de lado. – Onde mais querida?

- Aqui. – disse ela apontando para o pescoço e para o ombro em seguida.

- Pronto... – disse ele limpando o ombro rapidamente. – Acho que apenas o nariz sangrava. – disse ele olhando o pescoço. – Este pescoço tão bonitinho. – disse ele passando o dedo no pescoço dela que se arrepiou. – Linda. – disse ele rindo com o ato que o corpo dela fizera e beijando o queixo dela. – Pronto. – disse ele limpando o pescoço dela com o pano. – Só um machucadinhos, mas nada sangrento. – disse ele jogando longe a toalha.

- Obrigada. – disse ela tirando o saco de gelo.

- De nada querida. – disse ele beijando delicadamente os lábios dela. – Me diga. – disse ele puxando os cobertores e fazendo ela deitar ali. Scorpius tapou ela e deitou ao seu lado, Rose se aninhou delicadamente no peito dele, fechou os olhos sentindo a mão dele fazer carinho nos seus cabelos.

- Diga... – murmurou ela.

- Ele... Sabe... – começou Scorpius vermelho. Rose ergueu uma sobrancelha, esperando ele terminar a frase. – Ele gozou em você? – perguntou ele. Ela sorriu.

- Não. – disse ela aproximando o rosto do dele. – Só você. – disse ela no ouvido dele. Scorpius virou o rosto e Rose roubou um selinho dele.

- Descanse querida. – pediu ele fazendo carinho nos cabelos castanhos dela.

- O que irá fazer com ele? – perguntou Rose.

- Ainda não sei. – disse Scorpius sério. – Mas não entrará aqui por um bom tempo.

- Eu não quero ser a causa do fim da amizade de vocês. – disse Rose.

- Nenhum amigo faria o que ele fez contigo. – disse Scorpius. – Não se preocupe. Descanse. Irei trazer algo para você comer mais tarde. – disse ele dando um beijo na testa dela. Em passos firmes, Scorpius foi indo para a saída do quarto.

- Scorpius! – chamou Rose. Scorpius se virou e ficou vendo Rose corar. – Uma pergunta.

- Quantas quiser. – brincou ele. Ela sorriu.

- Por que veio mais cedo para casa hoje? – perguntou ela. Scorpius se surpreendeu com a pergunta e com o termo “casa”. Respirou fundo, por que não contar a verdade?

- Queria ficar perto de você. – disse ele piscando e saindo do quarto.

            Rose sorriu e calmamente se aconchegou nos travesseiros de Scorpius, sentindo o cansaço daquela confusão consumir ela e o cheiro de Scorpius nos travesseiros acalmarem-na.


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Notas finais do capítulo

Se alguém ler, comente.