As Rosas De Hogwarts escrita por everyrose


Capítulo 18
Malleus Maleficarum




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Quando acordei, diante de mais outro pesadelo que envolvia um espelho, um vulto e uma imagem de Harry morrendo, olhei para a janela. Era mais uma manhã nevada, cujos flocos de gelo e de neve pendiam sobre o chão. A brisa cortante esvoaçava pelo terreno de Hogwarts, que agora tinha aspecto distinto; o lago negro, não mais tão negro, se encontrava congelado.

Vesti-me com trezentas roupas quentes e macias que minha mãe tinha comprado para mim nas férias, especialmente para a época da neve. Para falar a verdade, nunca tinha visto neve na vida, até ontem. Na Austrália não costumava nevar, o frio em Swortex era muito mais ameno que em Hogwarts.

Saí com um casaco, luvas e cachecol. Ao passar pelo dormitório masculino, entretanto, parei de súbito. Apenas Harry deparava-se ali; ele e mais uns dois garotos. Harry me viu e fez um sinal com a mão para que eu me aproximasse. Entrei no dormitório.

O lugar era tão grande quanto o dormitório feminino. A diferença? A bagunça. Sim, o quarto era uma bagunça só! Meias, cuecas, peças de roupas jogadas no chão e nas camas; livros socados nas gavetas parcialmente abertas, travesseiros e penas de travesseiros no chão e em todos os cantos (até mesmo na janela!). Sem falar, é claro, nos artigos de Quadribol.

Lola: Harry... Nós não devemos ser vistos juntos, lembra?

Harry: Não tem problema. Só Ron e Neville estão aqui.

Olhei para o lado. Ron roncava profundamente e por vezes ouvi-o murmurar o nome de Hermione entre um ronco e outro. Neville babava no travesseiro.

Eu fui me aproximando devagar da cama de Harry, para não acordá-los. Pisei em cuecas e livros no meio do caminho.

Lola: Eca, esse lugar tá um nojo só! Que bagunça horrível.

Harry: Haha, eu sei. (Guardava suas coisas na mochila) É que ontem particularmente tivemos uma festinha, guerra de travesseiros, essas coisas.

Lola: Ah é? Poxa, porque não nos chamaram?

Ele sorriu. Eu fitei Ron que continuava a murmurar o nome da Mione.

Lola: Soube o que aconteceu ontem à noite?

Harry: Hmm... Hã, você foi à masmorra e...

Lola: Ah, sim, isso também! Mas quero dizer... Mais tarde.

Harry: Hm, suponho que não?

Lola: (Eu sorri me lembrando da cena) Tanto faz, ele vai te contar mesmo.

Harry: (Ele franziu o cenho) Ok. E quanto à masmorra, Malfoy e tal?

Lola: Ah, deu certo, eu acho. Digo, pelo menos acho que convenci Malfoy. Fiz Logan parecer um obsessivo mentiroso na frente deles.

Harry riu.

Lola: E ainda arranquei algumas informações dele.

Harry: Informações? Que informações?

Lola: Sobre essas tais ameaças ué, que você não queria me contar.

Harry: AF, Lola! Você quer morrer, é?

Lola: Não! Olha, ok, descobri que ele quer...

Harry: Entregar-nos para os Comensais da Morte, é.

Lola: Ele não disse isso. Bem, ele disse que teria de roubar sua chave de ouro. Provavelmente quer entregar isso a eles.

Harry: Chave de ouro?

Lola: É. E aí perguntei por que ele não fazia isso agora, quero dizer, porque tinha que esperar que eu e você estivéssemos juntos. E ele disse por que aí "não seria recompensado".

Harry: Mas... Isso não faz sentido algum, faz? Pra que os comensais iam querer a chave de ouro? Pra namorar ali dentro?

Lola: Não sei, Harry... Mas fiquei pensando que vai ver Malfoy tem que ter certeza absoluta de que estávamos juntos, quando entregar a chave. Vai ver... Só não sei por que eles querem a chave se ficarmos juntos. Que coisa...

Harry: Sem noção. Pode ter certeza de que Malfoy vai ser recompensado bem, ah ele vai. Por isso o idiotinha tá fazendo isso. Afe, que ótimo. Bom, vamos logo pro café, estamos atrasados.

Eu fui andando na frente, enquanto Harry acordava Ron aos berros, porque este tinha um sono de pedra.

Chegando ao Salão Principal, a decoração estava sendo recém montada. Todo ele era ornamentado natalinamente, com sinos de ouro flutuando e guirlandas de folhagens verdes. Sentei-me ao lado de Mione. Alguns minutos depois chegaram Harry e Ron que sentaram na nossa frente e começaram a comer freneticamente.

Dumbledore: Alunos de Hogwarts! Por favor, preciso mais uma vez da sua atenção.

O Salão ficou em silêncio.

Dumbledore: O feriado de natal já começou desde ontem, como todos sabem. Hogwarts está sendo ornamentada e preparada para o dia 25. Neste natal, temos a felicíssima companhia de todos os alunos. Muito bem, muito bem. Porém, Hogwarts... Preparou uma pequena surpresinha para vocês hoje. A chegada de suas FAMÍLIAS!

Os portões do Salão se abriram e um amontoado de pais, mães, irmãos e avós caminhavam desembestados pelo lugar, olhando atônitos para seus pergaminhos. O Salão rugiu em gritos de excitação, e logo que os pais achavam seus respectivos filhos, abraçavam-se e sentavam-se nas próprias mesas. Aliás, só agora eu notara o quão maiores elas estavam...

Me levantei, tentando achar, com os olhos, meus pais.

Will: Não, não, querida! Aqui diz: mesa 2, Grifinória; mas da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda?

Lola: MÃE, PAI! AQUI!

Os dois finalmente me viram. Eles sorriram e caminharam afobados em minha direção; no entanto, eu corri até eles.

Tina: AH, QUE SAUDADES!

Nós nos abraçamos.

Lola: Venham, minha mesa é aquela lá!

Esquivei-me do aglomerado de pessoas pelo Salão, chegando à mesa da Grifinória. Harry, Ron e Hermione olharam para meus pais.

Lola: Galera... Quero apresentar meus pais, Tina e William. Pai, mãe... Esses são Hermione, Ron e Harry, meu amigos.

Ambos sorriram de ponta a ponta quando disse "meus amigos". Eles estenderam as mãos cumprimentando cada um.

Will: Muito prazer, Hermione. Ah, sim, você é muito bem falada nas cartas da Lola, muito estudiosa e "a melhor pessoa que eu já poderia ter conhecido", hein?

Hermione sorriu.

Tina: Ah, você é o ruivo! Se não me engano é Ron Weasley, não é? Lola também fala de você, fala que é muito engraçado.

Ron corou ligeiramente.

Will: E você... Harry, não é?

Harry: Sim, senhor. Harry Potter.

Ele estendeu a mão para cumprimentá-lo.

Will: Muito prazer! Harry Potter, hm... Não é um garoto que aparecia o tempo todo no tal Professor Diário?

Lola: É Profeta, pai. E sim, provavelmente. É aquele, eu já lhe disse, que Lord Voldemort...

Hermione e Ron estremeceram.

Will: Ah sim, lembrei! Claro, claro que Lola fala de você, fala que é um ótimo jogador de Quadribol e que ensinou a ela, né? Não foi aí que ela teve um pequeno acidente? (Ele se virou para mim)

Lola: Sim, pai, mas não foi nada demais. Coisas passadas, não é, Harry?

Harry: Claro. (Ele sorriu) Sua filha é extremamente talentosa, Sr. Haunsen. Quero dizer, a voz dela... É simplesmente fantástica! Deviam ter visto o show que ela deu aqui...

Ron: Verdade, e ainda ganhou o prêmio! A melhor voz de Hogwarts, óbvio. Você devia gravar uma fita pra mim, pra eu escutar no meu rádio de bruxo!

Lola: Parem! Sério, não é nada demais.

Hermione: Oh, não, imagina! Só ganhou o prêmio de ouro mais cobiçado de Hogwarts, tirando a Taça Tribruxo.

Lola: Ah, calem a boca!

Will: Bem, é claro que temos muito orgulho da Lola. Ela costumava fazer aula de canto, de piano, de violão quando era menor.

Harry: Ah é? Ah, é daí que vem o talento então. Desde criança uma estrelinha! Haha.

Hermione: AH, ELES ESTÃO ALI!

Hermione quase derrubou o cálice com suco de uva ao se levantar da mesa, e correu até os pais fazendo sinalização. Os três se abraçaram.

Fred: EI, RON, CABEÇA DE TOMATE! MAMÃE E PAPAI CHEGARAM!

Ron: Onde?!

Ron também se levantou da mesa bruscamente; ele, Fred, Jorge e Gina abanaram as mãos e gritaram o nome dos pais. Estes então, se aproximaram da mesa. Como eu supunha, os Weasley eram realmente todos ruivos. A Sra. Weasley, atarracada, vestindo roupas de segunda mão, foi em direção aos filhos, abraçando-os. Ela tinha jeito de ser muito caridosa e preocupada; porém, pelo jeito que gritou com eles depois de abraçá-los, pareceu também o tipo de mãe que ralhava bastante. Já o Sr. Weasley, vinha com seus óculos tartaruga, também abraçando os filhos, mas sem ralhar.

Molly: Ah, como sinto falta desse lugar! Nem acredito que estamos aqui, não é, Arthur? E VOCÊ FRED, QUASE ME DEIXOU A BEIRA DE UM PENHASCO COM AS SUAS CARTAS MALUCAS!

Fred: Mas mãe, eu e Jorge precisávamos testar as nossas novas cartas para as Gemialidades Weasley! Cartas enganosas com pegadinhas, ué!

Molly: ORA, SE NÃO... Ah, Olá, Harry, querido! Como vai? (Ela abraçou-o com força) Finalmente você parece um tanto mais saudável do que quando chegava da casa dos seus tios! Hermione, como vai, querida? Senhor e Senhora Granger! Bom encontrá-los outra vez!

O Sr. e a Sra. Granger pareciam um tanto deslumbrados demais. Olhavam com curiosidade todo o salão, os alunos, os ornamentos, as velas flutuantes e os professores. Impressionavam-se com as poucas coisas que viam: aviõezinhos de papéis esvoaçando por todos os lugares, a comida sendo re-servida instantaneamente logo que acabava e é claro, o mais mágico de tudo: o teto de Hogwarts que estava lindo como sempre, representando um dia frio nublado, com flocos de gelo caindo.

Meus pais cumprimentaram os pais dos vizinhos.

Arthur: Ah! Então essa é a Lola, a nova integrante do grupo? Claro, Ron me contou sobre você.

Molly: Muito prazer, querida! Ron chegou até a nos falar que iria convidar você para passar o natal conosco, mas diante dessas circunstâncias...

Will: Sim, e que circunstâncias! Não pude acreditar quando saiu no noticiário que declararam guerra. A coisa está piorando cada vez mais, veja bem. Os atentados são terríveis, ninguém mais sai de casa a não ser para trabalhar.

Lola: Pai... E a vó e o vô?

Will: Estão na Austrália, para a sorte deles.

Sra. Granger: Ah, vocês também não são bruxos? (Ela se desligou por um momento da magia de Hogwarts)

Tina: Não, claro! Vocês também?

Sr. Granger: Sim, que coincidência! De fato, muita coincidência, já que Mione também é filha única. Vocês são da Austrália, não são?

Tina: Somos. Nós morávamos lá, Lola nasceu lá, nossa família está lá. Mas decidimos nos mudar para cá, porque meu marido foi transferido.

Sra. Granger: Ah é? No que vocês trabalham?

Tina: Meu marido é advogado, e eu sou veterinária.

Arthur: Vete, vetenirára? Que tipo de emprego é este? (Ele parecia levemente exacerbado e curioso)

Tina: É quem cuida dos animais, os trata... Tipo uma médica para animais.

Arthur: É? Que interessante... Interessantíssimo! É um tipo de Trato das Criaturas Mágicas!

Molly: Desculpe o Arthur! Ele trabalha no Departamento de Mau uso dos Artefatos Trouxas, sempre foi muito interessado nisso.

E enquanto minha mãe e o Sr. e a Sra. Granger falavam sobre suas vidas, trabalho e sobre a guerra da Inglaterra com a Arábia, o Sr. Weasley e meu pai discutiam sobre Quadribol e Futebol.

Hermione: Isso está sendo engraçado, haha!

Ron: Nem me fale... Cara, seus pais são bacanas!

Lola: Brigada, hehe.

No mesmo momento, Nick-Sem-Cabeça surgiu com metade do corpo dentro da mesa e com a outra metade fora.

Nick: OLÁ, JOVENS SENHORES! BEM VINDOS A MESA DA GRIFINÓRIA! Tenho muito orgulho dos filhos de vocês. (Em uma reverência, ele deslocou a cabeça para um lado, mostrando o pescoço cortado)

Meus pais e os pais de Hermione gritaram apavorados, de susto.

Lola: Calma... É o fantasma mais legal de Hogwarts e é inofensivo.

Molly: Hahahaha! Me lembro muito bem do Nick-Sem-Cabeça.

Arthur: Bons tempos aqueles!

Dumbledore: Atenção! Agora que todos estamos fraternalmente reunidos, desfrutando o café da manhã... Antes de mais nada, preciso lhes dar um aviso. Recebemos com imenso prazer e gratidão os familiares dos alunos de Hogwarts. Posso garantir-lhes que este natal não será nada menos reconfortante do que o natal em suas casas. Hogwarts está sendo preparada, como vêem, para receber seus gentis hóspedes. Peço, é claro, que não tentem entrar em lugares, quartos e cômodos que estejam trancados, pois para melhor conforto e segurança, estaremos inutilizando esses lugares, como o banheiro feminino do segundo andar, a biblioteca restrita, e outros diversos locais.

"As salas dos professores foram transformadas em quartos quentes e aconchegantes, para que as famílias durmam com privacidade. Todos estão convidados para assistir ao teatro de História da Magia, hoje à tarde, do qual seus filhos participam. E com muita honra, lhes convido para que passem este maravilhoso natal conosco, no dia 25 de dezembro, no Salão Principal a partir da manhã. Peço também, para que ninguém saía dos limites de Hogwarts. O portão da frente da escola estará trancado e apenas o exterior da escola, com exceção da Floresta Proibida, estará disponível, incluindo Hogsmeade.

Se os senhores tiverem mais alguma dúvida... Podem procurar pelos professores (Ele indicou estes sentados em uma mesa) ou por mim. Estarei na minha sala. Obrigado a todos e tenham um ótimo feriado!"

O Salão bateu palmas e deu vivas.

Ron: Tananan! O teatro vai começar! Hoje.

Harry: É... Vamos ver que grupo vai se sair melhor! O meu... ou o daqueles sonserinos imprestáveis. (Ele olhou pra mim sorrindo maldosamente)

Lola: Só quero lembrar a você, Harry, que... "Ela é extremamente talentosa, quero dizer, a voz dela é fantástica" (Eu imitei-o num falsete)

Ron&Mione: Hahahahahahahahahaha

Harry: Ora, eu! A música é só UMA parte do teatro!

Mione: Tenho certeza que vamos todos nos sair bem, não é? (Ela se virou pra mim) Lola... "A melhor pessoa que eu já poderia ter conhecido"? Você falou isso mesmo?

Lola: Sim, por quê?

         Mione soltou um rugido estranho de meiguice e me abraçou, toda sorrisos.

Ron: A Hermione decidiu ficar sensível e meiga de repente, estranho, não? Antes ela só xingava e ralhava.

Hermione: Ah, já que você está reclamando, então vou continuar a ralhar, Ronald.

Ele colocou a língua pra ela, Hermione também. Ron mordeu o ar de propósito, sinalizando que morderia a língua dela.

Harry: Será que vai ter bebida alcoólica nessa festa de natal?

Ron: Olha esse Harry querendo ficar bebum! Como é que é mesmo, Harry? MEU PATRONUM É UM VIADO!!

Começamos a gargalhar um da cara do outro, continuando a tomar nosso café da manhã.

O tempo passou rápido, porque depois que tomamos o café da manhã, a maioria dos alunos foi mostrar para a família o mágico castelo de Hogwarts, os quartos onde dormiriam e como encontrar os professores. Depois disso, fomos todos almoçar, nos reunindo novamente. Nossos pais conversavam cada vez mais, tive a impressão de que se gostaram bastante. Durante o banquete, todos se refestelaram de muita comida e sobremesa, porém o nervosismo e a ansiedade atingiram os numerosos alunos, pois o grande espetáculo de História da Magia estava para começar.

Ainda às 3 horas os estudantes já se recolhiam para seus respectivos Salões Comunais. Todos foram tomar uma ducha, se arrumar e retomar as falas e o roteiro. No dormitório feminino, eu colocava meu vestido roto e antiquado, da cor de pêssego. Tinha um aspecto de sujeira e desgaste, sendo meio rasgado em alguns pontos. Era basicamente feito de um tecido de pano muito chinfrim.

Hermione estava enrolada na toalha enquanto secava os cabelos com um leve ventilador mágico muito potente e flutuante que não fazia ruído algum.

Lola: Ai, vamos nos apresentar na frente de um mega público...

Hermione: Lola, preciso de um conselho seu. (Ela disse séria)

Lola: Um... Um conselho? M-meu? (Olhei-a perplexa)

Hermione: Sim... Bom, você deve saber, não é? Já que você e o Harry já tiveram alguma coisa e...

Lola: É, é, blah blah. (Eu falei sem querer ouvir o resto) Fale o problema.

Hermione: Bem, é o Ron. Quero dizer, eu não sei o que faço! Ontem a noite...

Lola: Eu sei, eu vi ontem a noite. (Eu disse enquanto fechava o zíper)

Hermione: QUÊ? Você viu?! Como? Mas eu não te vi!

Lola: É, Mione, você estava bastante ocupada para ter percebido algo, não é? (Sorriso zombeteiro)

Hermione: Ai... Bem, então, eu não sei como devo agir com o Ron depois daquilo. Digo, não sei se devo fingir que nada aconteceu ou se devo tratá-lo diferente... Mas tenho medo, muito medo que isso destrua a nossa amizade. Sabe, somos amigos há tanto tempo, não quero mesmo que isso acabe com o que temos.

Lola: Escuta bem. (Eu calcei os sapatos de pano e peguei um xale marrom mofado) Você tem que ter um meio termo. Não precisa tratar ele diferentemente... Ron é compreensivo. É óbvio que vocês dois devem estar morrendo de vergonha, mas tipo, se você fingir que nada aconteceu, vai dar a impressão de que não quer nada com ele. Tem que dar umas olhadas discretas pra ele, entende? Sinalizar algum interesse.

Hermione: Hm. É só que tenho medo que tudo fique diferente. Não me imagino, tipo, com ele... (Ela hesitou) Enquanto ele conta piadas, enquanto nós rimos. Ou sei lá. Descontração ou eu sei lá.

Lola: Sei. Não, isso não vai interferir. Só seja você mesma. Você tava indo bem lá no café da manhã, depois no almoço que deu uma de "vou ficar calada e não vou olhar pro Ron". Não pode fazer isso. Se você for você, ele vai ser ele.

Hermione: Certo (Ela sorriu e sacudiu a varinha, desligando o ventilador)

Neville: Ei, gente, alguém viu meu... (Ele repara Hermione enrolada na toalha e arregala os olhos) AH! (Ele tapa os olhos) DESCULPEM, DESCULPEM! EU NÃO SABIA QUE VOCÊS...

Neville sai correndo pro lado oposto do dormitório, escorregando e tropeçando em uma cabeceira, provocando um estrondo que ribombeou alto.

Ron: Mas que merda é essa, Neville...? Será que você não consegue ficar um segundo...?

Ron corre para dentro do nosso dormitório que estava mais próximo, provavelmente querendo pegar alguma coisa para ajudar Neville, que tinha o nariz sangrando. Eu tentei correr até a porta antes que ele conseguisse entrar, para fechá-la, mas não deu tempo. Ron entrou e se deparou com Hermione ainda enrolada, de fato, estavam a poucos centímetros de distância.

Lola: NÃO, RONALD!

Ron: CADÊ A MERDA DO PANO DESINFETANTE DE...

Ele arregalou os olhos exatamente como fizera Neville, porém demorou-se mais para voltar à realidade e se tocar o quão constrangedora era aquela cena. Cobri minha boca com a mão, Ron continuava parado que nem uma estátua babaca, olhando para Hermione. Só faltava ele babar. E Hermione continuava parada, com uma expressão de espanto e horror, sem conseguir se mexer.

Lola: RONAAAAAAAAAAAAALD!

Obviamente, minha teoria não se concretizara: Ron não sairia correndo como fez Neville, tapando os olhos. Os dois pareciam petrificados. Eu saí correndo até o Ron, puxando-lhe pelos cabelos, e quando olhei para trás vi um flash de câmera: Rita Skeeter tinha obtido a senha do Salão da Grifinória.

Lola: SAI DAQUI, SEU PASPALHÃO! SEU TARADO, VOCÊ TÁ PENSANDO O QUÊ?

Eu o arrastei com tanta força que fiz ele despertar do seu devaneio e estado de choque. Ron chacoalhou a cabeça e correu para fora do dormitório. Eu fechei a porta com um estrondo, trancando-a.

Lola: QUEM FOI O FILHO DE UMA PUTA QUE DEU A SENHA PRA ESSA SKEETER ATREVIDA ENTRAR?

Mas aparentemente eu estava falando com as paredes, porque Hermione já tinha disparado há tempos.

Hermione: Idiota, estúpida, ridícula...

Ela murmurava sozinha em um canto.

Lola: Não, Mione, não fica assim... Tenho certeza que se contarmos ao Dumbledore...

Mione: NÃO! NÃO VAI SER FÁCIL ASSIM! POR QUE VOCÊ DEIXOU A PORTA ABERTA?

Lola: Me desculpa! Eu juro que não tive a intenção, eu nem vi que estava aberta!

Ela se debateu, desatando a correr apressada até o banheiro dentro do dormitório.

Saí do Salão Comunal ansiosa. Meu estômago começava a afundar devagar, conforme o tempo passava, e eu sentia minha respiração ofegante. Não podíamos ser vistos pela platéia, que seria os familiares, os professores e os alunos do 1º, 2º,3º e 7º ano. Gina estava parada perto da Mulher Gorda, indicando com as mãos alguma coisa que ela gritava.

Gina: ATENÇÃO, CAMARINS PARA LÁ, CAMARINS LADO DIREITO, ANDANDO EM FILAS, POR FAVOR! ALUNOS, CAMARINS LADO DIREITO, ANDEM EM FILAS, CUIDADO! ORDEM! EI VOCÊ AÍ, NÃO CORRA NOS CORREDORES!

Lola: Oi, Gina (Passei por ela)

Gina: Oi, Lolinha! Pronta para o seu teatro?

Lola: Ah, claro. E você?

Gina: Mais do que pronta. (O distintivo de monitora dela brilhava sobre o vestido de cetim) Ah, escute aqui. Eu estou de olho em você, está bem? Estou de OLHO. Harry é meu namorado. Se eu ver alguma coisa suspeita, Haunsen... Acho que seu namoradinho também não vai gostar nada, não é?

Lola: Como é? Logan... Logan não é meu namoradinho.

Gina: Tanto faz, seja LÁ o que ele for. Ele não vai gostar nadinha de saber que você anda por aí com o Harry. Então se cuida, Haunsen!

Eu abri a boca para retrucar, mas Gina continuou a gritar ordens e sinalizar para que lado estavam os camarins. Então, continuei andando, para o lado direito. Desci as escadas que tinham posto do outro lado e cheguei direto lá. O camarim era enorme, atrás do grande palco de apresentações. Olhando para os lados, muitas pessoas se arrumavam, se maquiavam, corriam para todos os lados procurando suas coisas, reliam suas falas, etc. Cada um tinha vestes diferentes. A maioria vestia vestes teatrais e antigas. Muitos simplesmente usavam suas vestes de bruxos, outros vestiam vestidos como o de Gina, de cetim, deslumbrantes. Ainda havia alguns que usavam roupas modernas, e outros que não se sabia que tipo de roupa era aquela.

Sentei-me em uma cadeira, de frente para o espelho. A bagunça e o bulício se intensificavam a cada minuto. Peguei a varinha e a agitei, fazendo um estojo de maquiagem trabalhar meu rosto, sozinho. Enquanto isso eu arrumava meus cabelos, fazendo um penteado descabelado. Ron apareceu atrás de mim, o vi pelo espelho.

Ron: E aí? (Ele parecia ainda meio corado)

Lola: Oi (Eu falei com ele pelo espelho) O que deu em você?

Ron: Não sei... Eu... Simplesmente... Não consegui pensar.

Lola: Ela ficou furiosa. Aliás, como a Skeeter conseguiu entrar no Salão Comunal?

Ron: Conseguindo a senha, é claro. Não duvido nada de que Neville tenha dado com a língua nos dentes sem querer.

Lola: (Suspirei) Ela realmente está furiosa. Mas acho que está comigo, não com você.

Ron: É? (Ele entortou o lábio, chateado) Bem, a culpa não foi sua. Aliás, fiquei me perguntando por que a escada para o dormitório de vocês não estava enfeitiçada... Porque não se transformou em escorregador quando eu subi.

Lola: É, né? Nossa, que coisa estranha. Aliás, sabe a Gina? Ela andou me ameaçando.

Eu fechei os olhos para que o pincel flutuante conseguisse pintar meus olhos.

Ron: Ah... Ela realmente tá muito ambiciosa com essa peça. Ela ficou chata com isso, começou a mandar no negócio, queria perfeição o tempo todo porque quer porque quer ganhar.

Lola: Hmm

Harry: E aí, Ron pegador?

Eu abri os olhos e enxerguei Harry pelo espelho, ele e Ron se cumprimentavam com a mão.

Lola: Ele te contou?

Harry: Sim (Sorriso ponta a ponta)

Ron: É.. Bem, as coisas não estão tão boas quanto deveriam estar, mas..

Eu me virei para os dois, com a maquiagem e o cabelo pronto.

Pansy: HAUNSEN, É BOM VOCÊ ESTAR PRONTA JÁ!

Harry: (Ele engoliu em seco) É melhor eu me mandar ou... Bem, merda pra vocês! (Ele se foi)

Ron: Merda, Lola

Lola: Merda e quebre a perna (Eu pisquei para ele)

Ana Bolena: O próximo teatro a ser apresentado é do grupo 13, os componentes: Draco Malfoy, Vicente Crabbe, Gregório Goyle, Pansy Parkinson, Logan Hoffman, Carrie Woodston, Camila Bulstrode, Helen Heodora e Lola Haunsen. COM VOCÊS, O TEATRO:

MALLEUS MALEFICARUM

O Manual de Caça às Bruxas

Teatro História da Magia

Ano: 5

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts

Grupo: 13 Sonserina + Grifinória

Alunos: Draco Malfoy, Logan Hoffman, Vicente Crabbe, Gregório Goyle, Pansy Parkinson, Carrie Woodston, Mila Bulstrode, Helen Heodora, Lola Haunsen.

Assunto: Caça às Bruxas de 1500 a 1700, Idade Média – Moderna, Europa, Inglaterra.

Professor: Cuthbert Binns

Título: Malleus Maleficarum – O Manual de Caça às Bruxas –

As cortinas se abrem e um homem loiro (Draco) vestido de cinza elegantemente se aproxima, carregando no seu colo uma mulher morena (Pansy), de vestido preto com rendas verde-musgo.

Sir. Detroit: Sei que um dia, meu amor, teremos a viagem, o romance que merecemos.

Ele a gira. A mulher, chamada de Madame Ayne, carregava um pequeno guarda chuva escuro e vestia luvas pretas.

Mad. Ayne: Ah sim, meu cavaleiro! Meu cavaleiro de armadura cinza! Você me levará no seu unicórnio branco para cavalgarmos pela noite, pela estrada a fora, assim acharemos a vida digna que merecemos?

Detroit: Mas é claro!

O homem a larga de pé no chão, ambos olham seus reflexos em um lago.

Detroit: A vida é injusta, Ayne. Tão injusta quanto meu chefe é.

Ayne: Já lhe disse, Detroit. Esse seu chefe porcalhão é uma escória. Peça um aumento logo. Você se mata trabalhando, chega em casa tão tarde... Não conseguimos dinheiro nem para pagar nosso casamento.

Detroit olha triste e vagamente para a mulher e enrosca seu braço por trás dela.

Detroit: Se esses trouxas ricos... Esses trouxas riquíssimos, imprestáveis, mais burros que um asno! Como conseguem tanto dinheiro e tanto luxo? Não possuem nem magia, nem um pingo de bruxaria nas suas veias e vivem em um castelo tão suntuoso que deveria ser a casa dos bruxos como nós.

Ayne: Nós é que merecemos o dinheiro deles. Somos superiores, não é, coração?

Detroit: Exato.

O homem sorri e a beija.

Detroit: Ande, Ayne, ou vai se atrasar, tem de cuidar da magia de roupas!

Ayne: Já vou, meu cavalheiro!

A mulher sai correndo lhe dando tchau elegantemente balançando um paninho. Draco sai de cena.

O palco é povoado por pessoas da cidade. Nobres e camponeses conversando, sentando, jogando cartas e trabalhando nas ruas. De repente, um bispo aparece (Crabbe). Ele sopra a corneta e chama a atenção de todos. Então, pega um pergaminho e o desenrola. No momento em que faz isso, o rei Robert (Logan) se apresenta com mais bispos ao seu lado, lhe protegendo. O rei vestia trajes luxuosos e dourados, além de uma coroa e tinha um ar pomposo.

Bispo: ATENÇÃO, ATENÇÃO! Povo de Dom. Ville... O rei e sua corte, hoje, tem o prazer de anunciar que uma NOVA rainha está sendo procurada! Infelizmente, como sabem, a rainha Leona foi executada esta manhã e queimada na fogueira, condenada por bruxaria e feitiçaria. Assim, o REI ROBERT está a procura de uma nova esposa que lhe possa fornecer herdeiros saudáveis e não bruxos. Aquelas que quiserem se candidatar para uma avaliação pessoal com o REI ROBERT, por favor, inscrevam-se no mural real.

O bispo apontou para um mural pendurado em uma parede e fechou o pergaminho. Saiu da frente do rei para que este falasse.

Rei: É isso mesmo. Eu, sua majestade, declaro aberta a inscrição para a nova rainha. Ainda assim, peço para que o povo tome cuidado: Estamos cada vez mais infestados de bruxos e bruxas ao nosso redor. Qualquer suspeita, por favor, avisem a corte real que tomaremos as providências. NÃO TOLERAREMOS a existência de feiticeiros que são uma ameaça para a raça humana! NÃO teremos piedade daqueles que executam bruxarias, o que é um absurdo, uma deficiência, uma ABERRAÇÃO! APOIO A CAÇA ÀS BRUXAS!

Povo: CAÇA ÀS BRUXAS! CAÇA ÀS BRUXAS! CAÇA ÀS BRUXAS!

O povo levantava plaquinhas apoiando o rei e suas idéias. Então, este e seus bispos saem de cena. Os cidadãos voltam a conversar e fazer suas coisas normalmente, quando Detroit entra em cena e se dirige a Jonathan (Goyle), que guardava suas coisas.

Detroit: E então companheiro? Parece mesmo que esse negócio de caça às bruxas vai continuar, hahahaha.

John: Realmente. Ridículo, não? Esses trouxas burros acham mesmo que vão nos pegar? Eles são tão estúpidos que condenam e queimam eles mesmos!

Detroit: Exatamente, meu caro. Mas você não tem medo que te fisguem?

John: PFFF, não, Sir. Detroit. Se desconfiarem e tentarem me pegar... Eu mudo minha aparência na hora, coloco uma cópia minha na fogueira e bem na hora aparato. Simples assim!

Detroit: Hahaha! É por isso que são burros demais em achar que um dia pegarão um bruxo de verdade!

Belém (Carrie) e Ayne entram em cena, andando com seus vestidos e sombrinhas elegantemente.

Belém: E então? Já ouviram falar no que o rei acabou de anunciar? Pobre de sua esposa! A rainha nunca foi uma bruxa...

Ayne: Não é mesmo? Foi só verem a empregada morrer depois que tomou vinho que colocaram a culpa na coitada acusando-a de feiticeira! Hahaha!

John: Os trouxas estão realmente ficando cada vez mais inferiores, são uma vergonha para a Europa! Deviam é ser ESCRAVOS.

Ayne: Concordo plenamente! Hahaha! Aliás, Detroit, sabe que... Eu andei pensando. Poderia me inscrever para virar rainha desse rei Robert.

Detroit: O QUÊ?

Ayne: Acalme-se... Assim, eu herdarei toda a sua fortuna! E aí então, me livro logo do velho, dou um jeito de me livrar dele... E... Hahaha! Então arranjo um novo rei para mim! VOCÊ!

Detroit: Espere... Esse plano é perfeito!

Belém: Ayne, querida! Não sabia que eras tão criativa. É tão óbvio! Mas como matarás o tal do rei?

Ayne: Isso não é problema agora... Assim teremos um país governado por reis bruxos de verdade! E finalmente esta história de Caça às Bruxas acabará! Os trouxas vão ver o que será deles.

Detroit: Ótimo, Ayne, mas certifique-se de que você acabará realmente com ele.

Ayne: OK!

Todos saem de cena. Logo, o rei entra com sua corte e fica falando em um canto com seus bispos e conselheiros.

Rei: Não, não, nunca pensei que minha mulher fosse uma bruxa... Um tremendo desastre, uma aberração! Lançando feitiçarias e pestes para a minha família! Agora sei por que minha mãe está doente...

Bispo: Não se preocupe, Majestade... Nada temerás agora que iremos nos certificar de que sua esposa será uma não bruxa.

Diversas mulheres formosas fazem fila para serem avaliadas pelo rei. Todas usavam elegantes e riquíssimos vestidos armados com espartilho. Muitas conversavam ansiosamente e apenas uma simples camponesa (Lola) lavava suas roupas em um barril, um pouco longe da fila. Ela cantava e assobiava enquanto lavava. Se chamava Katie.

Sir. Detroit aparece mais elegante do que nunca. Ele se coloca do lado da camponesa.

Detroit: Ora, mas o que uma dama tão linda como esta está fazendo aqui? Fora da fila? Não se inscreveu para o rei?

Katie: Oh, cavaleiro... (Ela se curva brevemente) A que honras me procura?

Detroit: Honras imensas, digo eu. Uma moça tão bela, aqui sozinha...

Katie: És muito cavalheiro. Sir. Detroit, não é?

Detroit: Chame-me apenas de Detroit. Meu cavalo branco me espera aqui fora. Se pudesse...

Katie: Receio, Sir... Digo, Detroit, que o rei não escolheria uma simplória e miserável camponesa como eu para ser sua esposa.

Detroit: Pois se o rei visse o quão linda és tu... E de fato o que fazes? Lavando roupa neste frio?

Katie: Sim, tenho que lavar e organizar toda a casa.

Detroit: Se pudesse lhe dava uma mãozinha, em um passe de mágica... Como um beijo.

O cavaleiro se aproximou e roubou um beijo delicado da camponesa. Esta corou e disse:

Katie: Como em um passe de mágica?

Detroit: Falarias para alguém se eu lhe contasse... Que sou um bruxo?

A camponesa fica surpresa.

Katie: Meu Deus! O senhor cavaleiro é um bruxo? Fazes feitiçarias? É claro que não contaria a ninguém.

Detroit: A senhorita é muito amável... Sim, sou. Posso levá-la a lugares fantásticos se quisesse. Posso fazê-la minha dama. Não seria maravilhoso?

Katie: É claro que seria! Mas acho que o se... que você, Detroit, não iria querer me escolher. Sou apenas uma camponesa sem dinheiro, sem comida. Uma simples humana.

Detroit: Se um dia quiseres, mostro a magia que sei fazer. São coisas maravilhosas.

Katie: É claro...

Detroit: Mas é o que eu digo, camponesa... És tão linda e merecias ficar com o rei...

O rei sai de sua sala com seu bispo e chega na rua aonde a camponesa e Detroit estão. Ele fala bradando irritado para o bispo.

Rei: Pois não agüento mais essa porca miséria! Não quero essas mulheres, não me agradam! Me lembram todas, minha esposa antiga! Quero uma mulher diferente.

O rei olha para a camponesa lavando roupa no molhado barril.

Rei: Quem sabe... Uma mulher mais simples! Olá, jovem camponesa!

Katie: Majestade... (Ela faz uma reverência)

Detroit: Majestade, já escolheste sua nova esposa?

Rei: Não ainda, Sir. Detroit. Mas então, minha jovem... Como é o seu nome?

Katie: Me chamo Katie, Majestade.

Rei: Pois é muito linda, jovem Katie! Me agrada você, poderia ser minha esposa. Sem esforço algum.

Katie: Está falando sério?

Rei: É claro! Você é perfeita! Vejo que é trabalhadora... Daria uma ótima esposa e uma ótima mãe!

A camponesa sorri radiante.

Katie: Você estava certo, Detroit!

Porém Detroit olhava para ambos com raiva nos olhos. Não gostara nada da idéia, não imaginara que o rei realmente escolheria Katie. Katie ficou de costas para Detroit e para o barril, se aproximando do rei.

Rei: O que me dizes, Katie? Aceitas?

Bispo: OH MEU DEUS!

De repente o rei olha para o Bispo, que olhava para o barril de água com roupas. O barril estava em chamas, porém eram chamas verdes que soltavam fumaça e faíscas. Havia tido uma explosão no barril. A água começou então a borbulhar.

Bispo: OH MEU DEUS! BRUXARIA! BRUXARIA!

Katie se apavorou. Arregalou os olhos e olhou para o barril, sem entender nada.

Rei: O QUÊ? ELA É UMA BRUXA! ABOMINÁVEL! PEGUEM-NA!

O povo todo ao redor e a corte do rei cercaram Katie, pegando-a pelas pernas e braços. Ela se debatia e gritava, tentando pedir socorro para Detroit. O povo gritava: FORA, BRUXA! QUEIMA A BRUXA! FORA, BRUXA! QUEIMA BRUXA!

Katie: AH, POR FAVOR, NÃO! EU JURO POR DEUS QUE NÃO SOU BRUXA! NÃO FIZ NADA! POR FAVOR! POR FAVOR, DETROIT, FALE PARA ELES! FALE PARA ELES QUE NÃO SOU BRUXA!

Mas Detroit não moveu um músculo. Continuava a olhar com uma expressão impassível, o povo que carregava Katie até a fogueira sem piedade. Eles a levaram de lá.

Rei: Que pena... Outra aberração... Bem, veremos.

O rei se dirigiu até as madames, mas foi especificamente até uma de cabelos morenos. Era Ayne.

Rei: Você é definitivamente minha escolhida, Madame Ayne. De agora em diante, depois da nossa cerimônia de casamento, será oficialmente minha esposa e rainha da Inglaterra.

O povo deu urras e o rei passou o braço por Ayne, sorrindo para esta. Ayne então olhou para o lado, para Detroit. Detroit sorriu levemente para ela, um sorriso maligno. Sua varinha se encontrava apontada para o barril borbulhante. Ayne sorriu maldosamente de volta para Detroit, piscando um olho e se foi para as montanhas, com o rei Robert.

As cortinas se fecharam e fomos aplaudidos.


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