As Rosas De Hogwarts escrita por everyrose


Capítulo 12
Verdades Reveladoras




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            Eu levei um susto, minhas batidas estavam aceleradas. Em um milésimo de segundo pensei que aquele vulto encapuzado, muito parecido com o de meu sonho, poderia estar ali realmente. Seu rosto era invisível, ele era como uma capa flutuante. Virei-me para trás, aterrorizada, e ele estava lá, no fundo do banheiro. Não era um sonho desta vez. Era realidade. Não era como a imagem de meu tataravô, irreal e almejada.

         Engoli seco, paralisada, sem saber o que fazer. Tremores e vertigem perpassavam pelo meu corpo, fazendo-me suar frio. No que eu havia me metido? Saquei a varinha do bolso sem pensar duas vezes, apontando-a para o vulto. Ele possuía uma grande energia negativa e amedrontadora. Fez um gesto com as mãos, e minha varinha simplesmente caiu longe, no chão, como um Expelliarmus.

         Estava perdida. O vulto se aproximou de mim, enquanto eu estava completamente imóvel. A adrenalina comia vorazmente as minhas entranhas. Meu olhar era unicamente de pânico. Meus músculos enrijeciam, minha pele estava branca, pois o sangue simplesmente não circulava. Enquanto ele se aproximava, segurava uma foice. Não podia me defender, e se vacilasse, seria provavelmente morta, decapitada. Até que o vulto finalmente atirou sua foice de prata em direção ao meu pescoço. Congelei e arregalei os olhos. Era o meu fim, eu iria morrer. Então a foice foi desagradavelmente se aproximando, até encostar a lâmina fina em meu pescoço, e cortá-lo. O vulto sussurrava coisas ininteligíveis, friamente. O ar gelado e vazio de suas palavras contaminou minha mente, e coisas horríveis passaram por ela. A foice foi pressionando meu pescoço cada vez mais, até o sangue escorrer por minha pele.

         Uma luz veio à tona. Não consegui enxergar mais nada, cega pelo brilho, e caí no chão, cambaleando. Quando consegui abrir meus olhos, já estava em uma cama macia, acompanhada de perto por alguém com barba branca e óculos meia-lua. Horas já haviam se passado. Estava amanhecendo.

Madame Pomfrey: Pronto, pronto. Ela não está mais inconsciente, pelo menos. Mas o que é que houve, Alvo?

Imaginei que estivesse preparando algum remédio ou calmante, pois ouvía o barulho de líquido escorrendo. Então consegui enxergar claramente e peguei o copo da mão de Madame Pomfrey, bebendo tudo, desesperada. Ela então pressionou minha ferida e deu dois toques com a varinha, fazendo-a desaparecer.

Madame Pomfrey: Só vai ficar uma pequena cicatriz.

Dumbledore: Ela foi encontrada no banheiro feminino.

Madame Pomfrey: Ah, cortou-se com algo, suponho?

Dumbledore: Se importa, Madame Pomfrey?

Madame Pomfrey: De modo algum.

Ela saiu pela porta nos deixando a sós. Senti-me melhor em poucos minutos.

Lola: Desculpe, professor Dumbledore, desculpe! Eu tentei, eu... Juro para o senhor que não procurei o espelho, ele simplesmente me encurralou completamente e...

Dumbledore: Não se afobe, Lola. (Ele disse calmamente) Deite-se e descanse.

         Eu fiz o que Dumbledore disse, me acalmando gradualmente. Olhei pela janela, os pássaros cantando.

Dumbledore: Lola... Ojesed, o homem que criou esse espelho é seu tataravô.

Lola: O QUÊ? Meu... Não, isso não é possível, meu tataravô se chama Tobias.

Dumbledore: O apelido de Tobias na escola era Ojesed.

Lola: Ojesed? Professor... O que está querendo dizer?

Dumbledore: Quero dizer que, exatamente como seu apelido, Tobias era um sonhador. Desejava muitas coisas, mas não por ambição. Entenda, suas invenções eram engenhosas, inovadoras. É claro que ele nunca pensou nas desvantagens que esse espelho poderia proporcionar, assim como o que acontece com muitos alquimistas de boas intenções. Ás vezes, Lola, artefatos mágicos acabam caindo em mãos erradas. Como as mãos de Lord Voldemort.

         Meu queixo caiu. Lord Voldemort? Voldemort cobiçara o Espelho de Ojesed? Mas por quê? Que utilidade teria para ele? No momento em que ia questionar Dumbledore sobre todas essas dúvidas que vieram à minha cabeça, ele murmurou, com olhos sábios.

Dumbledore: Receio não poder lhe contar tudo ainda, Lola. Até mesmo porque, nem mesmo eu sei toda a história. E não acho que seja uma boa idéia revelar pequenas peças de uma história, quando não se tem ainda todo o seu encaixe. Agora, descanse. Deixarei o zelador Filch de guarda.

         Eu assenti, e o diretor deixou a ala hospitalar.

Hermione: Você sabe, não sabe? Devia ter me chamado. Essa história é muito estranha... Afinal, por que seus pais nunca mencionaram isso?

Lola: Eu não sei. Acho que vou escrever pra eles perguntando alguma coisa sobre meu tataravô.

Eu acabara de contar para Mione sobre o ocorrido e Ron também escutava, estupefato. Nós estávamos chegando até a sala de Poções, para fazer a prova. Eu me sentia exausta. Chegando lá, as mesas estavam organizadas em fileiras simétricas e distanciadas. Cada mesa tinha uma pena branca enfeitiçada por um feitiço anti-cola, e os alunos já se ajustavam em seus lugares, se preparando e memorizando poções em suas cabeças. Felizmente, a prova não era prática. Eu coloquei minhas coisas em uma das mesas, com a cara mais apática do mundo.

Ron: Mesmo assim, é bizarro, cara. Você, nossa... Imagino que imagine quem seja o vulto, não?

         Hermione levantou as sobrancelhas.

Hermione: Seria impossível. Impossível alguém como ele entrar em Hogwarts, que esta repleta de feitiços-escudos contra invasores, de acordo com Hogwarts: Uma História.

         Ron revirou os olhos, irritado com o momento sabe-tudo da garota. Ele se sentou atrás de mim, enquanto trocava um olhar bem eloqüente com Harry. Este último se levantou bruscamente e se aproximou de mim. Snape chegou à sala com sua típica entrada de morcego, abanando a capa para todos os lados e fechando as cortinas com a varinha, provocando estrondos.

Harry: O que houve com você? (Sussurrando) Disseram que foi para a ala hospitalar.

Lola: É, bem, eu estou melhor agora.

Harry: O que aconteceu com o seu pescoço? Tem uma cicatriz.

Ele apontou para a cicatriz imperceptível.

Ron: Ah, mais essa. Agora até você tem uma cicatriz?

Lola: Bem, eu me machuquei, Harry. Se quiser eu conto o que realmente houve depois.

         Ele assentiu, e com o cenho franzido, tocou a cicatriz, como se a examinasse. Malfoy colocou suas coisas na classe ao meu lado e desdobrou-se em um sorriso debochado. Harry sentou-se.

         Fizemos a prova, que estava, como esperado, difícil. O silêncio era completo, e Snape transcorria pelas classes observando-nos, rispidamente. É claro que eu fui muito mal na prova, não conseguia pensar em poções, senão no espelho e no vulto. O choque emocional fora muito, e meu sono não estava em dia. Terminada a prova, saí da sala e me deparei com uma cena: Malfoy e Harry discutiam silenciosamente no corredor. Escondi-me atrás de uma coluna.

Malfoy: É bom, saber, Potter! Insolente! (Ele o empurrou)

Harry: (O empurrou de volta e foi empurrado contra a parede) Você é desprezível, Malfoy, imprestável como o seu pai.

Malfoy: NÃO TOQUE NO NOME DE MEU PAI! (Ele o segurou pela gola) Agora, se você acha tudo uma farsa, POTTER... (Cuspiu o nome dele) Então experimente. Experimente! Pra você ver o que acontece...

Malfoy sacou a varinha e a apertou contra o pescoço de Harry.

Malfoy: Experimente, Potter. Vai valer a pena.

E então fez um sinal de "cortar o pescoço" e saiu. Harry encontrava-se parado, talvez ponderando o que Malfoy acabara de falar. Finalmente, ele então seguiu reto, pressuroso. Eu saí detrás da coluna e corri até ele, acompanhando-o enquanto caminhava.

Lola: Harry, Harry! O que houve? Vi você e Malfoy...

Ele olhava reto. Esperei por uma resposta, mas não a obtive.

Lola: Sério, Harry, se for algo sério... Tem de contar a Dumbledore!

Harry: Não era nada.

Lola: Honestamente, Harry. Eu não contaria pra ninguém. Você sabe disso.

Harry: Não era nada, Lola.

Ele continuou apressado, caminhando com uma expressão agourenta no rosto.

Lola: Harry, ele estava ameaçando você, não estava? Eu vi! Seja o que for, se tiver a ver com...

Harry: NÃO ERA NADA, MAS QUE PORRA! QUE MERDA, VOCÊ!

         Parei de caminhar, em choque, deixando-o seguir em frente. Se fosse uma mulher, diria que estava na TPM. Ele falou aquilo de um jeito severo e irritado, tinha acabado de ser realmente estúpido comigo. E eu não sabia o motivo. Por que estava me evitando?

         Ouvi um ruído de porta bater. Logan acabara de sair da prova. Fui ao encontro do garoto, tentando esquecer aquele último momento.

Logan: E então?

Lola: Eu pensei muito e...

Logan: Como foi a prova?

Lola: A prova? Ah, claro! Er, horrível, eu acho. Odeio poções.

Logan: É minha matéria favorita.

Lola: Claro né, tem caldeirões no meio, Sr. Cook!

Logan: (Ele riu) Se não passar, eu te ajudo.

Lola: Certo. (Sorriu) Olha, eu estava pensando... Sobre o seu, hm, pedido. E digo que aceito. Aceito sair com você.

Logan: É mesmo? (Ele ostentou um sorriso reluzente) Tudo bem, então. Nos encontramos na torre de astronomia hoje à noite, que tal? É proibido para os alunos, mas... Conheço um jeito de entrar lá.

Lola: Ok, então. Nos vemos lá.

A tarde chegou rápido, junto com os correios. Eu acariciava Melly levemente em sua penugem, antes de mandá-la entregar a carta para meus pais.

Hermione: Como pôde?! Como pôde ser tão grosseiro com você? Ele simplesmente explodiu, assim, do nada?

Lola: Sim! Nunca imaginaria que falar sobre aquilo com ele o irritaria. Ele estava tão sereno antes da prova, preocupado comigo...

Hermione: Talvez haja algo aí, hein... Algo que Harry esteja escondendo.

         Luna sentou-se ao nosso lado, com o prato provindo da mesa da Corvinal em suas mãos. Ela olhou para mim, e depois para Hermione de um modo excêntrico, e sorriu.

Luna: Se estão falando sobre o Harry, devo concordar.

Luna olhou para o outro lado da gigante mesa, mirando Harry do lado de Gina, enquanto esta abria a correspondência. Muita gente ficava em volta deles. Eram diversos e diversos presentes, todos por Gina ter sido promovida como monitora da Grifinória. Luna, então, voltou suas atenções para Nick-Sem-Cabeça, fantasma que adorava observar.

Ron: Droga... Mamãe não está dando nem metade desses presentes pra mim, Fred e Jorge. Era sempre Percy que ganhava milhões de elogios, agora Gina. Nunca eu!

Hermione: Isso talvez porque você seja um panaca que não faz nada de útil, Ronald. E sua mãe deve saber disso. (Ela sorriu)

Ron: Ah, cala a boca!

Luna: O Natal está chegando, ai, ai! Acho que vou comprar alguns viscos-de-conde bonitos para o meu pai. O que vocês vão fazer?

 Ela engoliu um pedaço de peito de peru.

Ron: o que são viscos-de-conde?

         Hermione deu um ponta-pé na canela de Ron e ele gemeu. Provavelmente devia ser algo inventado pelo pai maluco de Luna, e não seria bom entrar nesse assunto.

Ron: Er, bom, eu passarei na Toca, é claro. Até tínhamos pensado em viajar para a Oceania, papai está guardando dinheiro aos montes no cofre. Pelo o que Jorge contou, não está deixando mamãe comprar nem roupas direito. Aliás (Ele olhou para Mione) se você e seus pais quiserem ir... Harry é certo que vai conosco. E não sei quanto a você Lola, não sei se seus pais costumam deixar você ir em...

Lola: Passar o Natal juntos? Com amigos? (Fiquei boquiaberta) Nunca fiz isso antes!

Hermione: Mesmo? Ora, então devia vir junto com a gente!

Lola: Bem... Seus pais vão ficar em algum lugar já? Porque se quiserem, todos podem ficar na nossa casa na Austrália. Cabem todos. Meus pais estavam querendo mesmo conhecer vocês, "os primeiros" como dizem eles. (Eu sorri)

Ron: Certo que sim! Eu vejo com mamãe e papai! Tem certeza que cabe? Porque sabe... Somos nove no total... Se bem que Gui e Carlinhos não vão passar esse natal conosco. Ou seja, somos sete.

Lola: Sete mais o Sr. Granger, a Sra. Granger, Mione, eu, papai, mamãe, Harry... Os tios do Harry não...?

Hermione: Não. Dá quatorze no total.

Lola: Uau! Quatorze pessoas dormindo lá em casa!

Nós três ríamos demais, até que percebemos Luna ali do nosso lado. Tínhamos esquecido que ela estava ali, na verdade, fora ela que fizera a pergunta sobre o Natal. Luna raspava a sobremesa com cara de enterro.

Lola: É claro que você está convidada também, Luna. Você e seu pai, o que acha?

Luna: Acho que não vai dar... Meu pai planejou de viajar para a Noruega comigo.

         Eu voltei a comer a sobremesa, calada no silêncio desconcertante.

Saímos do Salão Principal e Ron nos encontrou na aula de História da Magia. Enquanto o professor fantasma falava e tagarelava coisas completamente tediosas, eu e eles conversávamos baixinho. Nem Hermione agüentava aquela aula.

Ron: Sabe, eu não quero ficar "de um lado".

Ele falava sobre eu e Mione versos Harry e Gina.

Ron: Tipo, Harry é meu melhor amigo e Gina é minha irmã. Eu deveria apoiá-los, entendem? E bom, vocês são minhas melhores amigas também. Acho que não viveria sem vocês. Então não quero ter de escolher. Eu não vou contar pro Harry nada do que falarem, só pra deixar bem claro. Assim como não conto o que ele me fala.

Ron parecia bem firme e sensato, pela primeira vez. Ele era realmente um amigo fiel. Ao contrário de muitas meninas, que fofocam e contam para a melhor amiga sobre tudo e todos, Ron era uma pessoa na qual se podia confiar, porque ele não contava tudo nem para o melhor amigo. Eu o admirava.

Hermione: Entendo você, Ron. Não queria que tivesse tido essa cisão. Não quero incitar nada, mas se Harry não estivesse namorando Gina...

Ron: Não tem nada a ver com a Gina, Mione.

Profº Binns: Então, Sr. Weasley, com certeza você sabe nos dizer o que ocorreu no Atentado de Salem, em 1812?

Ron: Er... Um... Atentado?

Todos riram.

Profº Binns: Muito engraçado, Sr. Weasley. O Atentado de Salem...

E ele ficou tagarelando sobre as coisas mais chatas do mundo.

Perto da noite, eu estava me arrumando um pouquinho mais do que de costume. As aulas já haviam cessado. Estava no Salão Comunal com Hermione, esperando o horário marcado, quando Harry entrou pelo quadro da Mulher Gorda. Ele se aproximou de Hermione, praticamente me ignorando.

Harry: E aí? Ron me falou sobre o Natal na Austrália. Mas não tenho certeza se vou ir, Gina não gostou muito da idéia.

Hermione: Vai passar o Natal com Gina?

Harry: Com quem mais? Os Dursley e aquela cria deles?

Eu olhava intensamente para Harry. Encarava-o, pra dizer a verdade. Claro, eu queria testar pra ver se ele me olharia de volta, porque era impossível de não reparar um olhar daqueles. Era certo então que me evitava.

Hermione: O que tem aí nas mãos?

         Ele ficava passando uma caixinha azul-marinho de uma mão para outra.

Harry: O quê? Isso? (Ele mostrou a caixinha) Ah, bem. É um anel... Que vou dar pra... Gina. Vou pedí-la, (Pigarreou) em namoro (Falou hesitante e rouco).

Eu levei um susto com aquelas palavras. COMO É QUE É?

Lola: Mesmo? Que interessante. Espero que sejam felizes como eu e Logan.

Abri meu sorriso estilo Draco Malfoy. Harry tentara não olhar para minha cara, mas não conseguira, pelo jeito. Ele logo desviou o olhar e fingiu não ter escutado.

Lola: Sabem, é melhor eu ir. Logan está me esperando lá na torre de Astronomia e além do mais, estou pensando em convidá-lo para a Austrália.

Eu saí do Salão gargalhando. A cara perplexa de Harry fora ótima. Como era bom lavar a alma! Desci as escadas até o térreo, onde havia combinado de me encontrar com Logan. Ele me guiou até a parte subterrânea do castelo, e comecei a me perguntar que diabos ele estava fazendo. A torre ficava longe até demais dali, então o que ele estava tramando? Como se afastar da torre nos levaria até ela?

Entramos pela porta entreaberta no escritório de Snape. Não fazia a mínima idéia do que estávamos fazendo, quando percebi que Logan havia destapado a porta de um alçapão com um tapete. Era uma passagem secreta.

Lola: Nossa, como foi que descobriu essa?

Logan: Sh. Os sonserinos também têm seus segredos. Isso é o que dá ser puxa-saco do Snape.

         Eu ri.

Lola: E não tem perigo dele nos pegar?

Logan: Não, eu acabei de derramar poções fumegantes em outro corredor para distraí-lo. Vamos.

         Ele me deixou descer primeiro. Dentro do alçapão era completamente escuro. Havia livros velhos e empoeirados, caldeirões e vidrinhos rachados. Logan fez um feitiço, e escadas de cimento apareceram de súbito, que davam para uma porta marrom.

Logan: Ele disfarça o alçapão para parecer que guarda poções e caldeirões aqui.

Passamos pela porta e a fechamos. Estávamos na torre de Astronomia! Como uma passagem lá no fim do mundo poderia dar na torre? Magia era mesmo incrível.

Aquela torre era realmente alta, e de lá eu conseguia ver a paisagem mais linda da minha vida. Montanhas, o lago prateado, árvores, jardins, pássaros; e no céu escuro, estrelas cintilantes e a lua cheia. Não que eu nunca tivesse estado ali, é claro. Afinal, a aula de Astronomia era obrigatória. No entanto, eu nunca havia parado realmente e notado aquela grandeza. Os telescópios da aula ainda por cima deparavam-se ali. Logan foi até o maior de todos.

Logan: Venha ver a lua desse telescópio. É o mais potente. É incrível.

Lola: Deixe-me ver. (Eu coloquei um olho na abertura) NOSSA. É inacreditável, Logan! Por que nunca nos deixaram tocar nesse telescópio? É perfeito.

Logan: Eu não disse?

         Tirei meus olhos do telescópio, finalmente. Digamos que era hipnotizante aquela visão. Até assustadora. Olhei para o céu desta vez no meu ângulo de visão humano completamente ordinário, demarcando a diferença em minha mente. Do mesmo jeito era extraordinariamente bonito. Juntei-me a Logan perto da sacada. Ele sorria torto, de um jeito fofo.

Logan: Sabe o que seria mais perfeito?

         Por alguns segundos, pensei ter sentido repulsa. Porque no fundo eu sabia, definitivamente, não era Logan. Era Harry. Eu conhecia Logan, mas ele ainda era como se fosse um estranho para mim. Não era agradável pensar nisso. Então fechei os olhos e tentei não pensar em nada. Não pensei em Harry, em Hermione, em Ron, em Hogwarts, em magia, em minha família, em meus problemas, nem no vulto e nem no espelho. Eu apenas me aconcheguei nos braços de Logan e em seus lábios, me sentindo finalmente segura e em paz.

         Quando abri os olhos para respirar, vislumbrei um par de olhos azuis envolto por um óculos meia-lua, espreitando no meio do lúgubre silêncio.


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