– Pare de chorar, por favor... - Tate não aguentava mais balançar a sua filha.

– Não é assim que faz uma criança dormir, Tate - Violet chegara e sentara na poltrona do quarto do bebê.

Já era uma hora da manhã e o bebê não dormia. Tate olhava para o relógio a cada minuto, mas parecia que o tempo não passava. A criança não parava de chorar, talvez pela falta de experiência do pai. Violet ficara observando um bom tempo Tate com sua filha – Ele realmente não sabe como fazer uma criança parar de chorar... - Violet levantara e pegara a sua filha.

– Tate, você não pode ser tão brusco, tente balançá-la com mais calma. Desse jeito ela nunca irá se acalmar.

– Olhe no relógio, já é muito tarde para ela estar acordada, ela já deveria estar dormindo.

– Você não tem que se preocupar com isso. Nós não dormimos e ela não tem nem três meses de vida - A garota acariciava a menina - Olhe só, ela parou de chorar.

– Eu desisto disso. Nunca serei um bom pai.

– Você é, e você sempre será, Tate - Vivien estava na frente da porta do quarto da criança - Eu já te falei que ninguém nasce sabendo nada. Talvez Violet tenha um dom, ou eu não sei.

– Minha mãe nunca foi assim comigo, ela me deixava chorando, nunca foi protetora, e não se importava comigo, talvez seja por isso que eu não sei lidar com a minha própria filha.

– Ela já dormiu - Violet colocara sua em seu berço de vime - Não é difícil, Tate.

Violet colocara uma música de ninar para sua filha e fora para seu quarto, junto com seu marido.

Moira aparecera em frente à porta – Já decidiram qual será o nome da menina? - Ela perguntara para a mãe e o pai do bebê.

– Ainda não... - Tate olhara para Violet, que estava com um cigarro entre os dedos.

– Vocês deveriam escolher logo, a menina precisa aprender seu nome.

Vivien e Ben chegaram perto da criança, e Vivien olhava atentamente para sua neta – Tenho certeza que eles ainda não escolheram o nome dela.

O dia amanhecera. Violet sentara em sua cama, e Tate também – Eu não tenho ideias de nomes para nossa filha - Tate segurava a mão de Violet.

– Eu também não tenho... Eu só lembro o nome que minha mãe iria me dar se não fosse "Violet".

– E qual era? - Tate dera um leve sorriso para a garota.

– Era "Sunshine" - Violet dera um sorriso sarcástico - O que acha?

Antes que Tate pudesse respondê-la, Vivien aparecera ao lado da cama de Violet.

– Eu acho um lindo nome.

– Eu também acho, Vi - Tate pegou o cigarro da mão de Violet e o amassou - Combina com ela...

De repente, Violet virou sua cabeça para trás e ouviu um som agudo. Ela sentia que era sua filha chorando. A garota aparecera e logo pegou sua filha em seu colo e começou a cantarolar:

– Você é o meu raio de sol, o meu único raio de sol... Você me faz feliz quando o céu está cinza... Você nunca saberá, querida, o quanto eu te amo. Por favor, não leve embora o meu raio de sol...

A garotinha balbuciava para a mãe. Era um lindo dia ensolarado. Violet levara Sunshine perto da janela para ela ver a luz do sol. Era uma luz forte e quente, como sua filha.

"Pena que não podemos sair dessa casa..." Violet pensava, olhando com um enorme sorriso para a filha.

– Você está ansiosa para o Halloween, não está? - Constance fechava a porta da casa - Eu também estou, querida. Para ver Addie. Eu preciso dela para ter forças.

– Sim, eu estou. Quero passear com minha filha, como uma pessoa normal. Imagine? Sunshine no balanço, brincando com o pai... - Uma lágrima caíra na bochecha de Sunshine - Eu espero muito por esse dia.

– Michael precisa conhecer sua sobrinha, não acha?

– Mas ele tem apenas um ano, não tem? - Violet limpara delicadamente a lágrima que deixou em sua filha - Ele talvez não entenda muito bem que é tio dela.

– Ele não precisa saber disso tão cedo. Ele só irá pensar que é uma nova amiga, quando ela crescer, poderá brincar no parquinho com Michael, isso se ela sobreviver.

– E ela irá, e terá uma vida brilhante, diferente da de todos nós.

– Posso segurá-la? - Constance chegara bem perto da menina.

Violet passara Sunshine para o colo de sua avó. Constance ficara observando a garotinha, como todos que a seguravam.

Sunshine tinha o cabelo loiro, muito loiro, igual a cor de seu pai. Seus olhos eram cor de mel, iguais aos da mãe. Ela tinha a pele muito branca, e suas bochechas eram vermelhas como rosas.

Sua avó tinha comprado várias roupas, e trazia todas para a casa.

– Como será quando comprarem a casa?

– Simples, assunte-os como fizeram com os Ramos - Constance passara a menina para o colo da mãe - Percebi que eles não agradaram você e a sua família.

– Apenas não queríamos mais sofrimento, sabe? Seriam mais vidas perdidas dentro dessa casa... O problema é que Sunshine não é um fantasma, ela pode ser vista por qualquer um que entrar aqui.

– Esconda-a, não é tão difícil. Ela é muito pequenininha...

Violet subira para deixar sua filha em seu berço. Ela dormia como um anjo.

– Daqui a pouco ela irá acordar, tenho certeza disso - Violet sussurrava para não acordar sua filha.

Sunshine sempre acordava com qualquer ruído. Isso sempre acontecia, já que na casa, uma hora ou outra algum fantasma pelo quarto da menina.

– Bom querida, tenho que ir. Preciso cuidar de Michael. Irei contratar uma babá o mais rápido possível.

Violet saíra do quarto de sua filha e fora para o seu. Tate estava lá, deitado na cama.

– Sua filha dormiu - Violet dizia essas palavras com um tom frio - Deveria estar ao meu lado quando a segurava. Por que não estava lá?

– Porque eu sou um pai totalmente inseguro. Não sei cuidar dela. Você mudou, Violet. Você mudou depois dessa criança, eu percebo isso.

– Sim, eu mudei, Tate. Para melhor, eu suponho, pois eu tenho que dar amor à minha filha, estar sempre ao seu lado, coisa que meus pais não faziam quando eu era apenas uma menininha.

– Mas eu não sou um bom pai, mal sei segurar a minha própria, e você, Violet... você - Tate olhava fixamente aos seus olhos - Já é uma mãe, sem precisar de nenhuma ajuda.

Sunshine acordara. Ela tinha gritos altos e fortes. "Eu não falei? Ela já acordou..." Violet pensara.

– Agora você irá ao quarto dela para tentar acalmá-la.

– Eu não vou conseguir.

– Você vai - Violet empurrava Tate para fora de sua cama - Levante, vá até o quarto de sua filha.

E Tate foi. Minutos depois, Sunshine parara de chorar.

– Bom, já é um começo... - A garota ria.