For Every Ending A New Beginning escrita por A Langdon
– Tire, tire tudo isso, Violet. Tire esse vestido, agora! - Constance tentava gritar mais alto do que Violet.
Violet estava deitada em uma grande poltrona. Charles iria fazer o parto, como fizera o da mãe da garota. "Há muito sangue", o cirurgião dizia. Todos os fantasmas estavam lá, todos queriam assistir o parto. Não havia nada a fazer, eles assistiriam.
– Está doendo, está doendo! - Violet gritava o mais alto possível - Eu não irei aguentar!
Vivien chegara perto da filha – Tudo ocorrerá bem, ok? Você é um fantasma. Todos nós somos, mas o bebê não, então você tem que respirar. Lembre-se de fazer força para a criança sair.
Tate estava ao lado de sua esposa, segurando sua mão com força. – Ouça sua mãe, Vi! Respire o mais fundo possível!
– Esse bebê está me matando, está me matando! - Violet berrava - Parece que irei morrer novamente!
– Ela está sofrendo, dê algo a ela - Vivien falava com o cirurgião.
– Sim! Éter, para aliviar a dor - Charles falava com Maria, sem ao menos olhar para ela.
– Tudo ficará bem, Violet - dizia Ben, acariciando a cabeça da filha.
Violet olhava para um lado e para o outro, e só enxergava a escuridão – Eu estou aqui, Violet. Isso tudo acabará... - Tate sussurrava em seu ouvido.
– Eu não irei conseguir, Tate. Não irei conseguir!
– Você irá conseguir, Vi - Tate apertava a mão de Violet - Eu prometo, irá conseguir!
– O fim está próximo querida, apenas empurre com todas as suas forças. Eu consigo ver sua pequena cabecinha! - Constance abrira um enorme sorriso para Violet - Empurre, querida. Empurre!
Violet respirava, e sentia menos dor.
– Está nascendo, está nascendo! - Nora olhava atentamente para o bebê.
– Ele está me rasgando! - Violet falava com um tom um pouco mais baixo que o de antes.
– Ele não, querida! É uma menina, uma linda menininha...
Charles cortara o cordão umbilical. O choro do bebê ecoava por toda a casa. A criança tinha nascido.
– Você conseguiu, Violet. Você conseguiu... - Tate beijava sua testa, com um sorriso no rosto. Violet estava cansada, mas sorria mesmo assim.
A criança soluçava de tanto chorar - Vivien pegara a garotinha em seu colo, para limpá-la com uma toalha molhada. – Você é uma linda menina... Qual será o seu nome? Mamãe irá escolher, não se preocupe... - Vivien passava a toalha em todo o seu corpo, até finalmente ficar totalmente limpa.
– Preciso parar todo esse sangramento. Preciso de pressão aqui. Não consigo estancar a hemorragia.
– Eu estou morta, não faz diferença! - Violet olhava para a grande quantidade de sangue escorrendo em suas pernas.
– Não faria diferença se você estivesse prestes a morrer. Mas se eu não vedar a hemorragia, escorrerá sangue até a eternidade.
– Então faça-o logo! - Constance gritava com Charles - Ela está sofrendo!
Charles mexia com seus instrumentos cirúrgicos rapidamente. – Eu.. eu estou conseguindo - Só espere mais um pouco, Srta. Violet.
– Rápido... - Violet falava lentamente. A garota estava extremamente cansada - Me sinto estranha, como se estivesse a perdendo.
– Charles já está terminando, querida... - Nora mexia no cabelo de Violet - Aguente firme...
– Srta. Violet, você pode levantar agora. Nenhum sangue escorrerá.
– Eu estou casada agora, não me chame de Srta - Violet olhava seus olhos praticamente fechados para Tate - Eu e ele... somos um casal agora.
Quando Violet olhou para os lados, não havia ninguém, só ela e Tate, sozinhos.
– Nós conseguimos, Vi. – Tate beijava sua boca - Nós conseguimos...
Em outro cômodo da casa, Vivien e Ben apreciavam a sua neta. – Ela tem um lindo rostinho, não acha? - Vivien olhava Ben segurar a pequena menina.
– Ela é linda...
Tate e Violet chegaram de mãos dadas para ver sua filha. A garota estava bem, como se nada tivesse acontecido. A barriga não estava mais lá, muito menos todo aquele sangue.
– Deixe-me segurá-la, pai - Ben passara o bebê para os braços da mãe - Oh meu Deus, ela é a mais perfeita menina que eu já vi.
– Ela é... - Tate, ao lado de Violet, apreciava a garotinha.
– Qual será o seu nome? - Vivien não parava de olhar para a menina.
– Eu ainda não decidi isso, mãe. Digo, eu e Tate. Eu tive muitas dores durante a minha gestação, então eu não tive tempo para pensar em nada disso.
– Esse bebê não pode ficar sem nome. Vocês dois tem que decidir logo - Alertava Ben, querendo pegar o bebê de volta para o seu colo.
– Não, agora é a minha vez de segurá-la. Ela é a minha filha... - Violet passara a menina para o colo de Tate - Sinta a sua cabecinha... é muito mole.
– Sim, Tate. Isso se chama "moleira", caso não saiba... - Vivien mostrava ao garoto aonde as chamadas moleiras se encontravam.
– Oh, eu preciso de aulas para cuidar desse bebê... - Tate devolvia a criança à mãe - Talvez eu não seja um bom pai.
– Não se preocupe Tate, assim como um bebê, nenhum pai nasce sabendo.
Violet precisava dar leite ao bebê, mas o problema é que um fantasma não fabrica leite nenhum. – Terei que dar mamadeira a ela. Não tenho leite algum.
– É claro que não tem, querida. Você está morta - Vivien sentara em sua cama - Eu não consegui alimentar Michael com o meu próprio leite. Quando morri, o leite todo se foi. Jeffrey é um pequeno fantasma, não precisa de comida.
– Olhe como as coisas são... Mesmo eu sendo um fantasma, engravidei. Eu e Tate estamos mortos, mas minha filha nasce viva, e não fabrico leite. Há algo errado nisso. É totalmente estranho...
– Às vezes as coisas não acontecem como nós desejamos.
Violet iria à cozinha, junto com a criança, para alimentá-la.
Constance, subindo as escadas, encontrara Violet. Ela sabia que a garota iria alimentar a menina.
– Dê leite puro a ela... - Constance olhava o bebê - É o melhor.
– Como sabe que estou indo dar leite a ela?
– Extinto materno, talvez... Ou por ser a única coisa que pode fazer com essa criança agora.
Violet pegara a mamadeira, esquentara, e dera para a filha.
"Preciso escolher o nome dela", Violet mantinha a frase em seu pensamento. "Ela precisa de um nome...".
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero imensamente que tenham gostado. Escrevi esta fic porque sou uma grande fã de American Horror Story. A primeira temporada acabou com um amor corrompido de Tate e Violet... Decidi continuar tudo isso com os meus pensamentos.