For Every Ending A New Beginning escrita por A Langdon


Capítulo 3
My blood is working, but my heart is dead...




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– Eu quero saber o sexo do bebê... - Violet olhava entristecida para a barriga, acariciando-a delicadamente - Com cinco meses, já dá para saber.

– A sua barriga continua pequena, para cinco meses... Você não acha? - Tate olhava para os olhos brilhantes de Violet - Ela deveria estar maior.

– Por que muda de assunto? Não quer saber o sexo do bebê?

– Você nunca foi de se importar com as coisas - Tate mudara de assunto novamente.

– O que há com você? Eu terei um filho. Eu tenho que amá-lo, é uma obrigação. Tenho que me importar com ele. Há uma vida dentro de mim. Pode ser pequena, mas ela está lá.

– Eu nunca fui pai na vida, nem na morte, não sei como é a sensação. Me desculpe, Violet. Eu quero saber qual é o sexo dessa criança, mas e essa sua barriga? - Tate parecia o mais preocupado possível - Pesquisei na internet, vi fotos, li o máximo possível, pois eu me importo demais com você e com o nosso bebê. A sua barriga não está normal. Ela está muito pequena...

– Sinceramente? Eu nunca vi você desse jeito. A criança está aqui, eu sinto - Violet pega a mãe de Tate e coloca-a em sua barriga - Você sente?

– Eu... eu sinto. Eu sinto sim! Está se mexendo, parece que o bebê sente que seu pai está perto dele.

– Sim, esse bebê é especial, é diferente...

Violet tinha certeza disso. Esse bebê era precioso, ela sentia dentro de si que algo de diferente esse bebê tinha, com certeza tinha. A garota passava as noites em claro no banheiro, mesmo que não dormisse realmente, tendo dores de todos os tipos. Ela se perguntava "Eu sou um fantasma... como fantasmas podem ter dores tão profundas?". Bom, assim era a vida, ou talvez a morte. Não tinha como mudá-la. Violet sentia dores por alguma razão inexplicável. Talvez por causa do bebê, ou talvez por sua morte ser pior do que sua vida inteira.

– Irei descer para ver Jeffrey. Você irá comigo? - Violet levantou de sua enorme cama e desapareceu, sem esperar uma resposta.

Quando Violet apareceu em frente ao berço, Tate já se encontrava lá, olhando fixamente para o irmão de Violet.

– Ele não é lindo quando dorme? - Violet sussurrava, acariciando a pequena cabeça de Jeffrey.

– Nosso bebê será assim, eu espero. Ele será um anjo.

– Você diz... literalmente? - Violet arregalou levemente os olhos.

– Não, Vi. Ele será um pequeno anjinho, com os olhos brilhantes iguais aos seus, e com o cabelo loiro, igual ao meu.

– Isso é lindo... Eu tenho certeza que ele será desse j-...

– O que os traz aqui? - Nora apareceu de repente. Com um olhar cansado, como o de sempre, depois que aquele bebê tinha se tornado seu filho - Ah, olá Tate.

– Eu vim ver meu irmão.

– Você está gravida, não está, querida? - Nora olhava para barriga de Violet fixamente, como todos sempre faziam.

– Como você sabe disso? Por que olha tanto para a minha barriga?

– Eu sou muito atenta e detalhista. Eu simplesmente percebi que sua barriga tinha algo de diferente. Algo de especial - Nora rapidamente pegou Jeffrey do berço - Não é atoa que vieram ver esse monstrinho.

– Ele se chama Jreffey, caso não tenha percebido. Você ficou presa à essa ideia idiota de ter um bebê de novo. Essa criança é da minha mãe, não seu. Moira é madrinha de Jeffrey, você o descartou como se ele fosse um objeto. Seu bebê está por aí, só não é adorável e angelical como meu irmão - Violet olhou para a escuridão do porão, apontando com os olhos aonde estaria Infantata.

– Sua mãe o deixa sempre aqui, neste berço, para ficar dormindo. Eu aproveito e cuido dele, eu sei que ele sempre será meu - Nora olhou a imensidão escura do porão - Aquele monstro não é meu filho. Charles pegou os membros de meu Thaddeus, simplesmente. Mas não quero falar sobre isso.

Violet pegou um cigarro amassado do bolso de seu vestido, e Tate o ascendeu.

– Devo avisá-la que você não pode fumar na gestação, querida. Faz mal à criança.

– Eu estou morta, não faz diferença - Violet tirou o cigarro de seus lábios e deixou a fumaça se desfazer com a ventania que entrava pela janela.

– Mas o bebê provavelmente nascerá vivo. Você tem que cuidar dele. O primeiro passo é jogar o seu masso de cigarro fora - Nora abanou o ar, sacudindo o braço - Jogue isso fora logo, está fazendo mal a mim e ao monstrinho...

– Todos nós estamos mortos - Violet colocou o cigarro entre os lábios, segurado por dois dedos, e deu uma tragada - Isso não importa.

– Faz mal ao seu filho - Foram as últimas palavras de Nora antes de desaparecer com o bebê de Vivien.

– Nunca apreciei essa mulher - Violet dizia essas palavras olhando para a a imensidão escura daquele grande lugar.

– Violet... foi por ela que meu filho nasceu.

– O quê? - A garota dizia com um tom triste - Você está falando sério?

– Sim, foi por ela, Violet - Uma lágrima de Tate caíra em seu moletom listrado - Foi por gratidão...

– Gratidão a que?

– Quando eu era pequeno, vim nesse porão buscar meu caminhão de brinquedo. Foi quando conheci Infantata, não foi muito bom conhecê-lo... Ele teria me matado se não fosse por Nora. Ela me ensinou o que eu te ensinei... Aquelas palavras que fizeram você me mandar embora.

– Eu não consigo acreditar que foi pela Nora... Justo ela? Uma mulher egoísta, chorona e que só pensa em sí mesma.

– Você não tem que se importar com isso agora. Se importe com pequena vida que tem dentro de você, Vi...

– Eu apenas não... entendo - Violet tinha lágrimas nos olhos.

– Não chore, não gosto de vê-la chorando - Tate chegou bem perto de Violet e limpou suas lágrimas - Isso já é passado, esqueça. Isso não importa mais. Sua mãe está aqui, seu pai... Todos nós estamos. É isso que importa.

– Quando irá contar aos seus pais sobre tudo isso? - Hayden aparecera num piscar de olhos. Ela olhava atentamente para os dois - Não acredito que você a reconquistou novamente. Não deveria ser assim, tão fácil.

– O amor é inesperado, Hayden. Ele poderia fazer você ficar triste, como poderia fazer ficar feliz. Poderia deixá-la louca. Poderia matar por ele. Seu romance com Ben... não foi amor - Violet interrompeu Tate, e começou a olhá-la dos pés a cabeça - Você não sabe amar, Hayden, você só tem ódio e angustia dentro de si. Você é um monstro. Saia, não deveria estar aqui. Eu não gosto de você.

– Não irá responder minha pergunta, queridinha? Se você não contar logo, eu mesma conto. Será um prazer - Hayden deu um sorriso sarcástico - O que acha?

– Não faça isso, Hayden - Tate a olhava com raiva - Eu posso fazer você sofrer.

– Faça, gracinha. Mas eu contarei se vocês não contarem.

Tate pegou a mão de Violet – Vamos logo embora daqui - E então os dois desapareceram. Hayden ficara lá, olhando para a cadeira vazia, sem pensamento algum.

Tate e Violet voltaram para o quarto – Evite-a. Ela não gosta de ninguém. Ela pode falar coisas horríveis pra você. Mande-a ir embora, como fez para mim.

– Oh, o bebê chutou - Ele logo se aproximou da barriga de Violet, e a garota pegou a mão de Tate e o fez sentir - Você o sente? Ele está crescendo!


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Notas finais do capítulo

Espero imensamente que tenham gostado. Escrevi esta fic porque sou uma grande fã de American Horror Story. A primeira temporada acabou com um amor corrompido de Tate e Violet... Decidi continuar tudo isso com os meus pensamentos.



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