For Every Ending A New Beginning escrita por A Langdon


Capítulo 2
I'd rather feel pain than nothing at all...




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O bebê se mexia muito dentro da barriga da mãe, mesmo não estando nem com onze semanas. Violet sofria... sofria muito. Tinha náuseas e vômitos diariamente. E o pior: Ela tinha que esconder esse sofrimento maternal todo santo dia para os pais. Tate observava o sofrimento de sua amada, sem ter como fazer nada.

– Tate, não aguento mais... - Violet dizia com uma voz rouca e baixa, limpando sua boca - Esse bebê está me devorando. Está me ferindo...

– Eu também não, Vi. Eu não gosto de ver você chorando, de ver você sofrendo... Mas sentir náuseas é normal para uma grávida de 10 semanas - Tate abaixou e a beijou - Tudo irá ficar bem, ok? Tudo irá ficar bem...

– Eu queria falar pra minha mãe sobre tudo isso, sobre nós estarmos juntos novamente. Talvez ela possa me ajudar.

– Essa não é uma boa ideia. Ela pode ficar paranoica - Tate dizia com um olhar sério e severo - Você sabe como ela é, não sabe?

Violet não suportava todo aquele sofrimento. Não podia manter em segredo tudo aquilo.

– Eu vou ligar para Constance, ela irá me ajudar - Violet estava certa de que precisava de alguém além do pai da criança.

– Irá ligar para aquela vadia da minha mãe? Tudo bem, você é quem sabe.

– Melhor ela do que ninguém. Ela já teve quatro filhos, e um deles foi você. Ela é experiente nessa coisa toda de engravidar.

– E de se prostituir ela também é. Espero que nunca ligue para ela pedindo ajuda sobre esse assunto.

– Você enlouqueceu? - Violet deu um pequeno tapa na bochecha de Tate.

– Aqui, pegue o telefone, você sabe o número...

Violet pegou o telefone e discou o número rapidamente.

– Alô? Constance, você poderia vir aqui? Preciso falar com você. É importante.

– O que houve? - Constance falava com um tom preocupante.

– Eu só preciso conversar com você.

Ding dong... Constance chegara. Violet abriu a porta e as duas foram para a cozinha. Sentaram-se uma de frente para a outra. Violet pegou um cigarro do cinzeiro que se encontrava no meio da mesa, e deu uma tragada.

– O que você precisa, querida? - Constance deu um leve sorriso - O que foi desta vez?

– Eu estou grávida, Constance. E o pai é Tate.

– Eu senti quando entrei nessa casa. Não estou surpresa, definitivamente. Já sabia que fantasmas poderiam ter filhos... Não contei para ele porque desse jeito iria... querer ter filhos com uma menina inocente como você.

– Acredite, eu não sou inocente - Violet levantou as sobrancelhas - Mas... eu só precisava contar para alguém, e eu não quero contar para os meus pais agora. Eles vão surtar. Vão querer me matar novamente.

– Tudo bem, não conte à eles - Constance levantou e apoiou uma das mãos segurando um cigarro na mesa - Era só isso que queria me falar?

– Acho que sim... - Violet deu uma leve batida na mesa - Ah sim! Eu tenho tido muitas dores, náuseas, enjoos... Eu sei que isso é completamente normal na gravidez, mas eu sou um fantasma, talvez há algo de diferente com esse bebê. Ele me faz sofrer, ele me machuca.

– É óbvio que sim. Você não lembra o que aqueles monstrinhos faziam dentro da barriga de sua mãe? Talvez a sua criança seja bem pior, Violet. Tome chá de erva doce, ele irá te acalmar, querida. Eu sei do que estou falando.

– Obrigada Constance. Você irá me ajudar a cuidar da criança? Você já tem o meu irmão, não é?

– Sim, mas vou ajudá-la, querida... Michael será tio com um ano, engraçado, não?

– Ah Constance... Eu temo por este bebê. E se ele morrer aqui, como aconteceu com Jeffrey? Eu quero que meu filho cresça, tenha uma vida longe daqui. Eu quero que ele viva em paz, ao contrário de todos nós.

– Então não irá criar seu filho? - Constance sentou-se novamente e colocou o cigarro entre os lábios e o acendeu rapidamente com um isqueiro que tinha em seu bolso, tirou-o da boca e soltou a fumaça - Não irá querer vê-lo crescendo?

– Sim, eu quero, e vou. Imagine uma mãe de dezessete anos com um filho de vinte? Não é normal. Ele não pode saber que eu e Tate estamos mortos.

– Violet, de um jeito ou de outro ele irá descobrir. Não é normal ter um ano com uma mãe de dezessete, e ter onze e continuar tendo uma mãe de dezessete. Ele irá perceber.

– Ah meu Deus... Eu ainda não pensei nisso direito. Eu não tenho tempo para pensar nesse bebê ultimamente. Eu fiquei em depressão depois que eu e Tate não nos víamos mais...

– Mas agora vejo que vocês dois estão juntos novamente pelo bebê - Constance amassou o cigarro e olhou para barriga esbelta de Violet.

– Ainda não tenho certeza. Sinto que precisava de Tate mais que tudo naqueles dias sombrios - Violet olhou para o cinzeiro e ficou o observando durante alguns segundos - Bom, obrigada Constance, me ajudou muito. Agora você tem que ir, minha mãe e meu pai devem estar lá em cima e já irão descer.

– É melhor eu ir mesmo. Deixei Michael naquela sala dos espelhos sozinho - Constance levantou-se e foi embora pela porta dos fundos.

Agora Violet já estava mais tranquila. Ela nem se quer se lembrava como era estar daquela forma, mais aliviada com a vida.

– Tate, eu preciso falar com você... - Violet sentou nas escadas e o esperou sobrevir.

– Estou aqui, Vi - Tate olhava fixamente para a barriga de Violet.

– Eu falei com a sua mãe. Ela sabe o que fala... Ela me deu vários conselhos. Ela é muito experiente... Mas temo pelo nosso bebê mais que tudo.

Tate sentou-se do lado de Violet, no mesmo degrau, e a abraçou forte.

– Eu já lhe disse que tudo ficará bem. Você verá, Violet. Não há razão para ter medo.

– Eu só não quero que essa criança tenha uma vida igual a nossa... sombria, escura. Eu quero que ela viva em paz. Como eu e minha família vivíamos antes de nos mudarmos para cá.

– Então você preferia nunca ter vindo para cá? Nunca ter me conhecido?

– Tate, você tem que entender que o que você fez foi errado, você causou muita dor a mim e à minha família. Você não entende? Se meu pai nunca tivesse traído minha mãe, não viríamos morar aqui. E eu não estaria morta, muito menos meu pai e minha mãe. Nós três poderíamos ter uma vida. Eu poderia ser uma adulta com sucesso. Poderia ir para Harvard... é, isso nunca aconteceria, mas eu poderia ter uma vida muito melhor do que eu tive aqui enquanto eu não estava morta. Por outro lado, eu não voltaria atrás, porque eu te conheci. E foi uma das coisas mais importantes da minha vida.



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Notas finais do capítulo

Espero imensamente que tenham gostado. Escrevi esta fic porque sou uma grande fã de American Horror Story. A primeira temporada acabou com um amor corrompido de Tate e Violet... Decidi continuar tudo isso com os meus pensamentos.



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