Era dia de chuva na Casa dos Assassinatos, Violet corria como uma louca a procura de Tate.

– Oh céus, onde estará Tate? – Violet, atordoada, sussurrava para si. – Tate, apareça!

A garota já estava indo as loucuras sem ele. O que ela poderia fazer? Ela não o via a dias e começara a ver miragens. Chorava frequentemente, e só desejava que estivesse viva para cometer suicídio fora daquela casa.

Violet descia as escadas do porão, a garota sabia que Tate provavelmente estaria lá, sentado na cadeira de balanço, como sempre estava.

– Tate, por favor, apareça... Sou eu, Violet, você ainda se lembra de mim?

– Para que eu apareceria para uma garota que não me ama mais? - Tate apareceu em um piscar de olhos, em frente à Violet, com uma expressão triste e sombria.

– Eu preciso lhe contar algo - Violet dizia essas palavras com seus olhos brilhantes olhando Tate fixamente.

– Então fale, não te impedirei - Tate falava com uma voz fria.

– Tate, eu estou grávida. Você acredita? Eu não sei qual é o meu pensamento sobre isso, talvez eu esteja assustada... eu não sei. Não pretendo contar para os meus pais tão cedo, eles podem ficar mais assustados que eu e o mundo inteiro juntos. Eu só não sei como isso aconteceu. Eu já estava morta quando fizemos, e você também estava. Por que não me contou que fantasmas também poderiam ter filhos? E quando comprarem essa casa, o que pensarão de uma garota de 17 anos gráv...

Violet sentiu o toque dos dedos de Tate em seus lábios – Apenas pare de falar...

Um raio ensurdecedor caiu, e todas luzes da casa se apagaram em um clique. Violet sentiu os lábios de Tate nos dela. Quando abriu os olhos, tudo estava escuro.

– Eu te amo, Violet, e sempre te amei. Eu não sabia que fantasmas poderiam ter filhos. Hayden disse que não iria ter filhos, pois já estava morta. Mas agora que você me contou... Bom, o que irá fazer? Ou melhor, o que nós iremos fazer?

– Eu não sei, Tate... Eu não sei o que nós iremos fazer, porque eu preciso de você. Mesmo depois de tudo aquilo... eu percebi que agora eu não consigo viver sem você, mesmo estando morta. Com esse bebê, talvez possamos ser felizes, ou pelo menos fingir alguma felicidade.

Ambos ficaram se encarando durante alguns minutos. A mente de Violet estava estonteada, mas nada diria, pois não havia nada a ser feito. Agora era só esperar a barriga crescer, mas ela sabia que iria ser duro, como fora com sua mãe.

– Quantos meses o bebê tem? - Disse Tate olhando atentamente para a barriga de Violet. – A sua barriga está muito magra...

– Ele tem menos de um mês. Mas creio que irá crescer rápido. Os de minha mãe já estavam prontos para nascer aos seis meses.

Tate nunca pensara que iria ser pai um dia. Mas, essa era a hora. A mãe de seu filho era a pessoa que mais amava... um amor doloroso e intenso. Ele nunca tinha sentido isso por ninguém, e nunca pensara que sentiria por um fantasma, sem nenhum atrativo em primeira vista.

– Bom, cuidaremos dessa criança, eu e você, juntos, para sempre.

Tate e Violet estavam juntos novamente, talvez pelo bebê, ou talvez porque simplesmente necessitassem um do outro.