Capitulo 12

PDV Nessie

Meu coração acelerou, e por um momento, parecia que nada tinha acontecido.

Coloquei o porta retrato no lugar, mas não quebrei o contato, meus olhos ainda estavam grudados nele.

Por um momento esqueci tudo que eu tinha passado na noite anterior. Nada mais importava naquele momento, só ele. Só existia ele nos meus pensamentos.

Ele nada dizia, mas seu olhar ainda se encontrava em mim, como se estivesse me sondando, me analisando. Tentei segurar minhas pernas no lugar, mas elas não me obedeciam, parecia que haviam criado vida própria, e quando dei por mim, minhas pernas começaram a atravessar aquele quarto, e a cada passo que eu dava meu coração perdia uma batida, já conseguia sentir a textura do seu rosto na minha mão, minha mão já alisava a sua face, o fazendo fechar os olhos imediatamente, pude perceber suas olheiras fundas, iguais as minhas.

Lágrimas caíram do seu rosto, fazendo incontrolavelmente caírem dos meus também.

Percebi o que eu estava fazendo, e recuei um passo, tentei tirar a minha mão do seu rosto, mas a sua mão já segurava a minha, a fazendo permanecer no lugar.

–Senti tanta a sua falta, senti tanto medo de te perder- ele sussurrou ainda de olhos fechados, pude sentir a sinceridade das suas palavras chicotearem meu rosto.

Dei um sorriso de lado, era sempre bom saber disso.

Ele abriu os olhos me fazendo estremecer em baixo do seu olhar, ele soltou a minha mão que estava no seu rosto, e direcionou a sua mão -que agora pouco segurava a minha- na minha direção, colocando no meu queixo e o puxando para a frente.

–Tão linda, tão perfeita- ele continuou sussurrando e continuou puxando o meu queixo.

Se eu poderia me afastar dele?

Sim, eu poderia me afastar sem muito esforço dele, só que eu não queria, não podia, não conseguia me afastar dele. Meus lábios já ansiavam os seus, e só o fato de estar tão perto dos lábios dele, meus lábios já se emudeciam sozinhos.

Forcei palavras saírem da minha boca, mas não levou nenhum resultado, me fazendo ficar intrigada.

Que merda, quando eu tenho que falar, nada sai, mas quando eu não tenho, sai mais que o necessário. ¬¬

Se eu o perdoei?

Acho que era um pouco obvio.

Mesmo ele não sabendo, mas eu já o tinha perdoado faz tempo, só que eu sou muito orgulhosa para admitir isso, eu ainda queria perguntar o que tinha acontecido lá naquela cozinha, mas eu não conseguia dizer nada.

Acho que era pelo medo de saber realmente o que tinha se passado naquele lugar.

–Eu não a beijei- ele falou como se estivesse lendo os meus pensamentos- ela quem me beijou, nada daquilo é importante pra mim, ela não é importante pra mim, diferente de você, você é como se fosse o ar que eu respiro, é o meu sol, e eu não quero te perder por uma coisa que nem aconteceu- eu já ia abrir a minha boca e falar que aconteceu sim, mas ele negou com a cabeça, me fazendo fechar a boca novamente- não aconteceu para mim, e entenda por favor, eu quero você, é você quem eu escolhi, então é você que eu quero, só você- ele sussurrou carinhosamente.

Um bolo de lágrimas já se formavam nos meus olhos, me fazendo fungar, e então elas começaram a cair, mas logo, Jake começou a secá-las uma por uma com selinhos.

–Fala alguma coisa, você esta me deixando nervoso com esse silêncio todo- ele continuou falando- Tudo bem, se você não quiser me perdoar, se não quiser mais olhar na minha cara, mas fala alguma coisa, eu preciso pelo menos ouvir sua voz, eu estou ficando nervoso- ele falou, e era nítido o seu desespero.

–Eu tive tanto medo, o meu maior medo foi você não vir mais atrás de mim- eu sussurrei o fazendo soltar uma leve risadinha. Só esse simples fato, fez a minha respiração falhar.

–Amor, não precisa ficar com medo, eu sempre vou vir atrás de você, enquanto você não me mandar embora- ele falou se aproximando mais de mim.

–Então você vai enjoar da minha cara, por que eu te quero ao meu lado para sempre- sussurrei, o fazendo dar uma bela gargalhada.

Seu rosto já estava a centímetro do meu, já sentia seu hálito de menta sobre o meu rosto, e imediatamente minha boca se abriu.

Então ele ficou roçando a sua boca na minha.

Ele estava esperando eu tomar iniciativa,

E eu?

Bom... eu estava me fazendo de difícil.

Ele grudou sua mão no meu cabelo, fazendo nossos corpos grudarem um no outro. E imediatamente um gemido saiu da minha boca.

Não aguentando mais o puxei mais pra mim e ele entreabriu sua boca. Então nossas línguas se chocaram fazendo o meu corpo todo tremer.

O beijo já estava ficando mais urgente, e ele começou a me puxar para algum lugar do quarto.

Minha mão já se encontrava na barra da sua blusa, e então eu comecei a tira-la. Senti as minhas costa bater em um negocio frio, que eu deduzir ser a parede.

Sua mão já se encontrava na minha toalha, e foi então que eu cai na real.

–Ja...Jak...Jake- falei contra seus lábios, mas não obtive resposta, ele estava muito (até de mais) concentrado.- Jake- falei novamente, mas o empurrei um pouco, mas isso não o impediu de continuar beijando o meu pescoço.

–Hum- ele sussurrou, mas continuou o seu “trabalho”.

–Eu queria conversar primeiro- falei ainda ofegante.

–Mas agente já conversou- ele falou sobre o meu pescoço, e começou a passar as mãos pela a minha coxa, e apertando a.

–Jake...Sempre vai ser a mesma coisa? Agente briga e depois se reconcilia fazendo sexo?- tentei fazer uma afirmação e parecer brava, mas não foi exatamente isso que pareceu. Pois sua mão estava apertando cada vês mais forte a minha coxa, impedindo de eu falar direito

Sua boca que agora pouco tinha começado a mordiscar o meu pescoço, parou na hora. E sua mão que apertava a minha coxa caiu ao lado do seu corpo.

Tentei a todo custo controlar a minha respiração, mas ela ainda continuava ofegante e acelerada, pelo Jacob estar tão perto. Sentia queimando o meu pescoço nos lugares em que ele tinha distribuído beijos.

–Mas quem disse que agente ia fazer sexo?- ele perguntou divertido, me fazendo ficar muito confusa.

–Há- foi só isso que eu consegui falar, mais aposto que ele percebeu a decepção na minha voz.

Era claro que eu estava decepcionada, como assim agente não iria dormir junto? Tudo por que eu tinha feito uma simples pergunta. Ele só tinha que responder (sim ou não) e não parar o que estava fazendo.

Mas era claro que eu não iria falar tudo isso pra ele. Sim eu sei, sou muito orgulhosa.

Olhei ao redor e fui em direção a cama, mas antes de eu sequer chegar lá, senti sua mão me puxando com força, o que fez minhas costas baterem no seu tronco, fazendo nosso corpo se chocarem novamente, e involuntariamente um gemido escapar dos meus lábios, o fazendo roçar o nariz no meu pescoço e dar uma mordida.

–Na onde você pensa que vai?- ele perguntou ainda com o corpo grudado no meu, então ele me virou para mim ficar de frente para ele.

Olhei para ele ainda não entendendo a sua pergunta.

Como assim para onde eu vou, para onde ele acha que eu vou? Depois dele me negar.

–Como assim?- perguntei ainda não entendendo, então ele soltou uma risadinha, me fazendo suspirar alto.

–Eu estou perguntando na onde você pensa que vai, por que você saiu de perto de mim?

–Você disse que agente não iria fazer sexo- falei bufando.

Ele então jogou sua cabeça para trás e deu uma bela gargalhada, me fazendo ficar boiando ainda mais.

Do que você esta rindo, eu queria perguntar, mas esperei ele terminar de dar risada.

–Mas agente não vai fazer sexo mesmo- ele falou, tentei sair de perto dele, mas ele me impediu, me fazendo ficar mais grudada no seu corpo, se agente não iria dormir juntos, por que ele estava me agarrando?- Nós não vamos fazer sexo, você tem que entender que agente não faz sexo, agente faz AMOR.

OMG

Morri, eu não acredito que ele falou isso, OMG, nenhum homem fala isso, mas o MEU fala (Haha) eu estava sem palavras, ele ficou me olhando com uma cara de “você não vai me falar nada?” Mas eu não sabia o que falar. Meus olhos mais uma vês se encontravam cheio de lágrimas, mas agora era inevitável.

Meu coração que antes tinha se acalmado, agora estava batendo muito forte, e um leve arrepio passou pelo o meu corpo.

Olhei mais uma vês para ele e lá estava ele, como se tentasse ler meus pensamentos. O que era impossível.

–E hoje nós vamos fazer amor?- perguntei docemente (uma coisa que eu não era), por que meu corpo já estava em chamas.

–Não sei, você quer fazer amor comigo?- ele sussurrou no meu ouvido, o que fez todo o meu corpo se arrepiar.

Tinha que admitir que sua pergunta era muito, ( MUITO mesmo) tentadora, e mesmo eu não querendo, ele iria me provocar, de mais, o que iria me fazer ceder aos seus encantos.

Mas só se eu FOSSE negar, o que nem passava pelo os meus pensamentos, negar para ele.

E era muito obvio, como eu não iria querer fazer amor com o homem da minha vida??

–Hum... fazer amor com você, é tão difícil de se decidir- sussurrei no seu ouvido, e eu tinha certeza que o vi se arrepiar- Eu adoraria fazer amor com você.

E ele não pensou duas vezes antes de me jogar na cama e puxar a minha toalha, o que fez mostrar o meu corpo nu.

–Você já parou pra pensar que você é minha? só minha, e ninguém toca em você, só eu- ele falou me olhando.

Senti minhas bochechas formigarem, mas o que eu iria fazer? Eu já sabia que eu era dele, só dele.

E isso sempre passava na minha mente.

(...)

Suspirei cansada, (sim ele tinha acabado comigo) e deitei minha cabeça no seu tronco, e ele começou a alisar as minhas costas nuas, que estava coberta por um lençol fino.

–Na onde esta a Annie?- perguntei me lembrando da minha pequena.

–Nossa, agora que você se lembrou dela? nós já estamos dentro desse quarto a mais de uma hora, e você pergunta dela agora?- Jake perguntou rindo, o que me fez esconder a minha cabeça no seu corpo.

Nossa, bela mãe eu era, esquecer da própria filha, mas também, como eu não esqueceria de tudo, com um homem desses na sua cama.

–Você me tirou todos os meus pensamentos- sussurrei e ouvi ele gargalhar.

–Sei que sou irresistível e literalmente gostoso- ele falou rindo.

–E você se esqueceu do convencido- falei rindo também.

SILÊNCIO

SILÊNCIO

E um silêncio se pairou no ar, só conseguia ouvir nossas respirações ofegantes e nossos corações acelerados.

–As vezes fico pensando- ele começou, mas não terminou.

–Fica pensando?- perguntei me aconchegando mais nele.

–Se eu estivesse escolhido a... A Leha, eu seria feliz assim, como sou hoje- ele falou olhando para mim, acho que esperando uma resposta.

Tinha que admitir que suas palavras me pegaram de surpresa.

Como assim ele estava pensando em escolher a Leha? Ele estava cogitando a ideia de que tinha que ter escolhido ela?

Respirei fundo para não ficar nervosa, mas não adiantou nada.

–Como assim se você tivesse escolhido ela? E se você fosse feliz, você preferiria estar com ela? Caramba Jake, acho que você não tem noção. Nós estamos aqui, nos reconciliando e você vem falar da Leha, pra você não ficar com um peso na consciência, na sua reencarnação você escolhe ela, pra você saber se você seria feliz ou não, por que eu não tenho como adivinhar, pois eu não sou cigana- falei com raiva e me levantei.

–Há Nessie, eu não falei para te magoar, e não, eu nunca escolheria ela, sempre vai ser você, só fiquei curioso. Pois é meio difícil para mim acreditar que eu seria feliz com ela do jeito que eu sou com você- ele falou e em duas passadas me alcançou.

–Caramba, mas por que você tinha que falar dela?- perguntei quase chorando.

Sim, de uns dias pra cá eu tenho ficado muito insegura.

–Só foi uma curiosidade- ele falou se aproximando de mim.

–Então esquece isso, esquece ela, e vê se foca em nós- eu sussurrei.

E mais uma vês ele enlaçou a minha cintura, fazendo imediatamente nossas bocas se chocarem em um beijo delicioso.

–Amor, desculpe, eu não queria te magoar- ele falou encostando sua testa na minha.

–Então, para mim perceber que você esta mesmo arrependido, que tal um banho agora?- perguntei inocentemente.

Ele deu aquele sorrisinho (irresistível) de lado e então me puxou pra cima, fazendo minhas pernas envolverem a sua cintura.

Então ele começou a andar e abriu a porta do banheiro. Foi me carregando até o chuveiro (mesmo eu preferindo a banheira) e o ligou em cima da gente.

Então selou nossos lábios, e isso fez com que eu percebesse que aquele momento era nosso, meu e dele.

(...)

PDV Jake

Nessie Desceu para preparar algumas coisinhas para comermos.

Então deitei na cama, afim de dormir um pouco.

Mas não foi exatamente isso que aconteceu;

“TRIM, TRIM”

Ouvi meu celular tocando em cima do criado mudo e estiquei a minha mão para pegar, olhei no visor e vi que era um numero restrito.

Então atendi.

“-Alô- falei.

“-O que você esta fazendo aí?- falou uma voz bem conhecida.

Ai meu Deus, estava bom de mais para ser verdade, eu deveria ter estranhado.

“-Por que você esta me ligando?- perguntei com desprezo.

“-Aí credo Jakezinho, eu te amo tanto e você ainda fala comigo desse jeito?- perguntou Mendy fingindo estar ofendida.

“-Por que você esta me ligando? E quem te deu o meu número?- perguntei já ficando com raiva.

Como assim ela me liga, como se não tivesse acontecido, fala sério, ontem ela ameaçou a minha família, e agora esta se fazendo de boa samaritana.

“-Eu vou repetir mais uma vês Jakezinho, o que você esta fazendo aí?- agora sua voz mudou, parecia estar com raiva.

“-Acho que é um pouco obvio de mais, eu moro aqui, aqui é minha casa, ou você se esqueceu?- perguntei revirando os olhos.

“-Creio eu, que você vai sair daí agora” - ela falou rindo.

“-Você esta errada, por que eu sairia daqui, sendo que eu estou passando o melhor momento da minha vida com a minha esposa.- falei a provocando.

Ouvi sua respiração ficar pesada.

“-Jakezinho meu amor, eu quero que você de meia volta, e fala para a sua esposinha/galinha, que não a quer ver mais, que não a ama mais, e que você descobriu que esta loucamente apaixonado por mim.

Com suas palavras inacreditáveis, não consegui me segurar, e uma bela gargalhada saiu da minha boca.

“-Você deve estar sonhando, e também esta pedindo de mais, você não tem essa autoridade Mendy”.

Nessa hora a Nessie voltou com uma bandeja cheia de comida, mas assim que ela ouviu o nome da Mendy, me olhou com cara feia.

“-Jakezinho, eu vou falar só mais uma vês, e você não vai gostar de me ver com raiva”.

“-Você só pode estar ficando louca, nem sei por que ainda estou te es...

“-Nem ouse desligar esse telefone Jakezinho, se não as consequências vão ser piores”.

“-Você só pode estar ficando louca- falei já com raiva- E nada que você me faça vai me separar da minha mulher, e nem vai me atingir”.

“-Creio então que você vai me pagar muito caro, o que será que te faria ficar triste”? - ela falou parecendo que estava pensando- A já sei, deixando sua adorada vagabundinha triste também, e creio eu que você não vai gostar do meu triste Jakezinho.

“-VOCÊ NEM PENSE EM ENCOSTAR NA MINHA FA MÍLIA.- gritei.

“-Não vem falar que eu não te avisei, e nunca mais grite comigo, por que é uma coisa que eu odeio que façam, e você vai se arrepender por me tratar assim, e me trocar por essa mulherzinha”. - ela falou.

Antes de eu responde-la a altura, ela tinha desligado o telefone.

Me deixando com mais raiva.

–O que aconteceu? - perguntou Nessie deixando a bandeja em cima da cama e vindo na minha direção.

–A Mendy, eu não aguento mais, agora ela deu para ficar me ameaçando, e por incrível que pareça, eu estou ficando com medo- falei a abraçando firme.

–Não precisa ficar com medo dela amor- falou Nessie passando a mão no meu rosto.

–Você não entende, eu não estou com medo dela por mim, e sim por você, eu tenho medo que ela faça alguma coisa com a nossa família.

–Calma, vamos estar todos juntos, e nada vai acontecer- ela falou tentando me passar segurança, mas foi impossível me sentir seguro, com uma louca a solta.

PDV Mendy

Desliguei o celular com raiva, como ele ousa falar comigo daquele jeito?

Sai do meu quarto e fui direto para a sala, e minha mãe se encontrava lá assistindo uma porcaria de um programa de culinária.

–Oi meu amor, bom dia- ela falou sorrindo, o que me fez revirar os olhos.

–Há, oi mãe- falei me jogando no sofá.

–E então, seu pai te ligou, falou que já estava passando a aqui- ela falou sem tirar os olhos da TV.

–E quem disse que eu o quero aqui, se ele não quer me ajudar, eu não o quero ver mais, e não vai ser muito esforço eu ficar sem falar com ele- falei entediada.

–Mas ele é seu pai, e mesmo você querendo que ele faça isso, não é certo, você já pensou nas consequências que isso tudo ira levar?- ela falou me analisando.

O que me fez revirar os olhos mais uma vês.

–Esse pai que você me arranjou não esta com nada, além de ser chato, é fofoqueiro.

–Ei, me respeita mocinha- ele falou bem atrás de mim.

–Era só o que me faltava, a dupla dinâmica, isso não poderia estar sendo melhor- falei irônica.

–Eu vou deixar vocês conversarem, e vou preparar o café- falou minha (adorável) mãe saindo da sala.

–Eu estive pensando sobre o que nós conversamos ontem- ele falou se sentando na poltrona que havia perto.

–E eu não quero saber, não preciso mais de você- falei mentindo, era claro que eu precisava dele.

–Há, então tudo bem, eu tinha decidido que iria fazer, mas como você não precisa mais da minha ajuda- ele falou com um sorriso de lado.

–Não, é claro que eu preciso de você- falei animada indo o abraçar, que logo me recebeu de braços abertos.

–Eu faço tudo isso por você por que eu te amo- ele falou, e mesmo eu sabendo que era verdade, era estranho escutar isso, me dava enjoos. Me embrulhava o estômago.

–Há, er... eu preciso que você arrume um galpão- falei friamente.

O que fez ele me soltar.

–Tudo bem querida, mas pense melhor se é isso que você vai fazer, pois você pode se arrepender de tudo isso, e se ele não quiser ficar com você?- ele perguntou cauteloso, o que me fez soltar uma risada fria.

–Se ele não quiser ficar comigo, ele não fica com mais ninguém- falei lhe lançando um olhar maligno, o que o fez tremer.

–Não sei de quem você puxou tudo isso- ele falou voltando a se sentar na poltrona.

–Até parece que você não sabe, você é igualzinho a mim- falei friamente.

–Eu era, antes de conhecer a mulher da minha vida- ele falou sorrindo.

–E essa mulher, será que eu nunca vou conhecê-la? E ela sabe que você tinha um filha antes de se casar com ela?

–Não, ela não sabe de você, ela só precisa saber no tempo certo- ele falou se levantando.

Então ele veio na minha direção e me deu um beijo na testa, e se foi.

E logo minha mãe entrou na sala com um sorriso enorme, mas quando viu que se encontrava só eu lá, ela fez um muxoxo.

Mesmo ela querendo esconder, eu sabia, na verdade, eu sempre soube, ela ainda não tinha conseguido esquecer ele.

O que será que essa mulher dele tinha de tão especial?

Mas isso não importava agora, peguei o celular do bolço da minha calça. E disquei um numero mais que memorável.

–Manda gata- falou Scoth.

–Então, pode cortar, sem dó e nem piedade- falei friamente.

–Tem certeza Men, isso vai ser uma confusão- ele falou todo preocupado, o que me fez bufar de raiva.

–Faça o que eu estou mandando, e corta logo isso- falei com raiva e desliguei, agora só restava esperar a noticia chegar.

E o Jakezinho, iria me pagar.

...

PDV Desconhecido

Então ele abriu a bolça de lado e tirou uma pasta cheia de papéis, ele abriu a pasta e tirou uma foto.

–Aqui está- falou o detetive Meth me mostrando uma foto, de uma mulher incrivelmente bela, e que não me era estranha.

–Tem certeza que ela esta assim hoje?- perguntei cautelosamente.

Era estranho ver ela assim tão grande, sendo que a única lembrança que eu tinha dela, ela não tinha nem meia hora de nascida.

–Sim, sim, e realmente, tenho que parabeniza-la, ela é muito linda.- ele falou me lançando um sorriso agradável.

Tive que rir, mas sim, ele não estava exagerando, ela era muito linda, o que me custava a acreditar, de quem ela tinha puxado essa beleza toda.

–Meu amor- falou uma voz, que eu reconheceria, até surda.

Tive que rir da minha piadinha interna.

–Rich- falei lhe lançando um sorriso enorme, que foi logo correspondido.

–Você esta linda- ele falou e em duas passadas, ele já estava perto de mim.

Lhe dei um selinho e lhe mostrei a foto.

–Olha só como ela é linda- falei toda boba.

Então ele olhou a foto e deu um grande sorriso.

–Realmente, incrivelmente bela, e é a sua cara- ele falou rindo.

Olhei mais uma vês, e não vi nada, não achei ela parecida comigo.

–Então eu já vou indo, prometo que na próxima sema, trarei o endereço, na onde vocês poderão encontra-la- falou Meth saindo da sala.

–Isso é tão bom, não vejo a hora de tela pertinho da gente- falei suspirando.

–E nós vamos tela, e depois de vinte e dois anos, parece que realmente podemos voltar a ser uma família feliz- falou me abraçando, e eu retribui imediatamente.

Sim, com certeza voltaríamos a ser uma família feliz. E recuperaríamos o tempo perdido.