Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 98
Capítulo 98: Corações


Notas iniciais do capítulo

Yoo, Leitoras maravilhosas, mil desculpas pela demora :( são as malditas provas que me fazem isso!
Umas imagens fofas para vocês me perdoarem:
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Sem mais, Enjoy



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– Bem, para vocês entenderem o que eu vou contar, vocês devem ter em mente que eu só sei eventos relacionados a ele depois que nos conhecemos, a não ser uns quebrados que é possível o fazer resmungar se o encher por tempo o suficiente - disse Akuna antes de começar a falar.


“Eu não lembro exatamente o que levou minha mãe, que quem sabe vocês já tenham compreendido ao bisbilhotar minha conversa com o Rockheart, minha mãe é líder de uma espécie de guilda, apesar de que seita seria uma palavra mais próxima da verdade. É algo hereditário, eu também serei um dia. As idéias que pregamos é de equilíbrio. Criminosos, Corruptos e alguns outro tipos desse parâmetro....”


– Isso soa interessante, mas achei que tivesse um fundo religioso nisso - comentou Meredy.


– E tem, não escolhemos que matar, alguém tem que rezar no templo pela morte dessa pessoa - explicou Akuna com um gesto indolente - Isso o irritava de morte, mas enfim, deixem eu continuar a história.


“Teve um dia em que minha mãe me levou pela primeira vez em algo que ela chamou de missão de reconhecimento. Tínhamos que espiar um alvo em uma base militar pouco importante. Eu ainda uma criança, então tudo aquilo parecia empolgante. Minha opinião só mudou para assustador quando eu vi a fumaça. A base estava em chamas”.


“Sentado confortavelmente assistindo o incêndio, estava um garoto. Pequeno, cabelos longos embaraçados, aparência esfomeada e o olhar mais furioso que alguma vez eu vi, mesmo depois de tantos anos. Um dos guerreiros da nossa escola, o Sacerdote do Trovão, perguntou o que estava acontecendo. Ele puxou um caderninho do bolso do casaco que parecia grande demais para ele e riscou alguma coisa.


“James Conninghton, Erik Stone e Peter Bell, condecorados pelo massacre em Gravel Hill, há um ano. Sem perdas colaterais” disse ele calmamente.


“E então ele e minha mãe tiveram uma conversa filosófica, que eu não entendi absolutamente nada na época, mas me lembro bem de parecer que ele sabia que o que estava fazendo era vingança, mas segundo os parâmetros de vista nosso, era plena justiça. Ela conseguiu o convencer disso, apesar de que eu acho que ele aceitou o convite de ingressar na guilda simplesmente por não ter mais alvos.


O período de treinamento geralmente leva anos, dele levou meses. Ele raramente comia ou bebia, praticamente nunca dormia. Ele apenas treinava e lia.


Naquela época eu comecei a o chamar de Ghiri, em uma tentativa de provocá-lo, pois ele nunca dava atenção a ninguém, e era a pessoa mais interessante ali. O resto que estava fazendo treinamento era em grande parte crianças abandonadas logo depois de nascer no templo, sem nenhuma coisa para se contar para o mundo além daquelas muralhas. Bom, provocá-lo se mostrou tão útil quanto tentar derrubar uma parede a cabeçadas.”


– Você o faz parecer estranhamente... disciplinado - comentou Ultear.


– E ele era, até que foi promovido - disse Akuna, e antes que alguma delas pudesse perguntar, ela gesticulou para que elas esperassem - Promoção são os diversos níveis em que você pode atuar. Depois do treinamento, seu primeiro nível é sabotador. Sabotagem é a maneira mais fácil de se matar alguém.


– Eu não entendi como isso...


– Você não entendeu porque não me deixou terminar - disse Akuna em um tom irritado - Como eu estava tentando dizer, depois do treinamento, todos recebem um tutor de um rank superior. A dele foi Coração-Negro Jane.



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Erza deu uma observada o único salão que ela conseguira alugar de última hora. O lugar era um armazém de peixes, mas depois de muito trabalho duro(de Gray e Natsu, sob a estrita supervisão dela) ele já se parecia quase um ambiente casual.


Erza anotava as coisas precisaria em um bloquinho de papel enquanto seus dois trabalhadores não consensuais estavam esparramados pelos cantos, quase desacordados pelo cansaço, quando a porta industrial metálica foi erguida.


– E aqui estamos - ela ouviu alguém dizer,enquanto Wendy passava pelo ainda incompleto espaço para a entrada. A porta foi subida até em cima, e um homem inclinou a cabeça para dentro - Serviço de entrega de Dragon Slayer mirim completo.


– Wendy?! - disse Erza surpresa. Natsu também levantou um pouco a cabeça para ver se estava enxergando bem e Gray soltou um som de surpresa e voltou a rejeitar a lata de tinta que estava se passando por um travesseiro para ele, mas esse foi o ápice de reação daquelas dupla fisicamente esgotada - O que faz aqui sozinha?


– Eu fui dar uma volta enquanto a Charle ia consolar o Happy sobre aquilo que ele imaginou que era um baile, e eu acabei me perdendo - disse Wendy envergonhada - E aí...


– Eu notei que esta adorável criatura estava perdida de seu alojamento, e resolvi ajudar - disse Baelfyre de forma cortês - Eu tenho um bom olho para encontrar pessoas, e estava ocioso.


Erza estreitou os olhos com desconfiança. Um membro da Raven Tail sendo caridoso era tão raro quanto um urso voador.


– Bem... obrigado por sua... gentileza - disse ela, em um tom que sugeriu pensamentos diferentes.


– Não há de que - disse ele inclinando a cabeça - Agora se me dão licença... E se aceita uma sugestão, coloque cortinas, se não a cor das paredes sugere que isso seja uma festa infantil - disse ele, e fez um aceno com a mão, e cortinas de veludo carmesim surgiram sobre as janelas até então nuas.


E então ele saiu, e fechou a porta.


Do lado de fora, ele se espreguiçou. Geralmente ele estaria acordando naquela hora, mas sua madrugada e dia já incluíam um interrogatório e um salvamento de Dragon Slayer desgarrada. Ele estava pensando nas possibilidades de voltar para o alojamento da Raven Tail para dormir quando sentiu uma presença mágica conhecida. Ele se virou e avistou alguém que não estava ali antes, uma pequena figura vestindo um vestido rosa e com um cabelo exageradamente grande para seu pequeno tamanho.


– Mavis Vermillion - disse ele polidamente inclinando a cabeça - O que traz você para tão longe de Tenroujima?


– O tédio, vir torcer pelas minhas fadinhas nesse festival que vai começar... - ia dizendo ela, quando subitamente franziu a testa - Mas como você está me vendo?


– Eu já te encarnei uma vez, ainda tem partículas da minha magia em você - disse ele dando os ombros.


Aquilo a fez bufar e parecer decepcionada.


– Droga, eu queria te assustar - disse ela, parecendo uma criança a quem fora negado um doce - E... ah... eu não sei seu nome...


Ele olhou para os dois lados, e verificou dentro da lixeira mais próxima para ver se tinha algum paparazzi escondido ali.


– É Jereffer - disse ele.


– Ok, e então, Jereffer-san... Posso te fazer uma pequena pergunta? - pediu ela - O que era aquela criaturinha assustadora que estava seguindo a Wendy-chan antes de você se oferecer s acompanhá-la?


– O Parceiro do Obra - disse Jereffer - Onde quer que aquele demoniozinho esteja farejando, alguém sairá ferido. Não era assunto meu, mas ainda me resta coração o suficiente para evitar que uma garotinha seja atacada.


– Bom, isso foi uma coisa legal de se fazer - disse Mavis sorrindo - Agora que tal você me pagar um sorvete e me contar mais sobre esses seus amiguinhos perseguidores de criancinhas?


Aquilo fez com que o mago encarasse a pequena primeira mestre da Fairy Tail com perplexidade por largos segundos, antes de gargalhar.


– Poucos têm a coragem de tentar me interrogar, e ainda mais fazer isso enquanto abusa de meu dinheiro! - ele riu mais um pouco antes de estender a mão para ela - Por sua ousadia, você venceu, pequena fantasma, vamos lá.


– Ei! Eu não sou um fantasma, eu sou...


– Um corpo etéreo, claro, perdoe-me por tamanho engano - disse ele revirando os olhos e pousando a mão na cabeça dela.


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– Eu não posso narrar para vocês bem o que aconteceu nessa época, ele passou quase um ano longe, lutando por companhias mercenárias para conseguir habilidades de batalha, mas culpo Coração Negro pelas mudanças na forma dele de ver o mundo. Ela era bem mais velha que ele, se bem que idades pouco importavam no templo. Sempre temos por vez pelo menos um especialista na magia Titã Gift, que confere estatura e massa física ao alvo de uma pessoa relativamente adulta. Deve ser por isso que éramos todos tão precoces...


– Sem querer interromper de novo, mas você não está divagando? - disse Ultear delicadamente.


Akuna suspirou e sacudiu a cabeça.


– Ok, voltando ao assunto em pauta. Vocês já devem ter notado que não levamos nomes a sério não é? Aquela coisa sobre uma pessoa sem rosto não precisa de um nome. Enfim... agora ele era Espectro. Com uma armadura de aço claro, uma capa prateada e um elmo sem rosto, com apenas duas obliquias fendas para os olhos... ele realmente se parecia com um, apesar que eu não creio que um beberia tanto ou seria tão sarcástico. Resumindo, mais um bom tempo se passou, mais um ano talvez, enquanto ele era escalado para missões cada vez maiores, eu finalmente terminei meu treinamento, e ele acabou virando meu tutor... - um leve rubor se espalhou pelas bochechas - Apesar de todo o desvio de personalidade e levianidade com que ele trata a vida, ele era na maior parte do tempo... uma companhia agradável. Resumindo mais ainda, enquanto eu conviva com ele, eu descobri que ele estava pesquisando uma das magias perdidas do Livro de Zeref, Stone Heart. Na época ele visava aquilo como forma de poder excluir o treinamento de novos recrutas, não para si, ele não era muito sentimental.... na verdade nem um pouco. E aí chegamos ao evento culminante de tudo que eu sei sobre ele. A Batalha de Sandstorm.


“Eu precisaria dar uma verdadeira aula de história de geografia para vocês entenderem plenamente o motivo daquela batalha e porque participamos delas, mas em poucas palavras: O continente escravagista do leste, Bosco, havia lançado uma esquadra em mar com missão de captura rumo á península de Midi(n/J: eu não estou inventando esses nomes, segundo a FTWikia, são os nomes de continentes de EarthLand). Um exército inteiro apenas para capturar escravos, não existe rei que perdoaria isso, então uma guerra entre ambos os locais era evidente, e guerras são o contrário de equilíbrio, e nelas acontecem barbaridades demais para controlarmos. Então minha mãe enviou o Espectro, Jane, Manopla Dracônica, Caçador Noturno... apenas os mais fortes. Eu quis ir também, mas o Rockheart não me deixou, e ele tinha esse direito, era meu tutor. Ele disse que provavelmente aquilo teria um horror que eu ainda não precisava conhecer.


E agora estamos chegamos ao fim do que eu posso realmente contar. Depois de uma carnificina que durou quase um mês onde tudo que os lacrimas de comunicação mostravam eram explosões, ele mandou me chamar para que eu ocupasse o lugar dele enquanto ele cumpria uma outra missão. Ao que parecia, a princesa de Bosco, que estava prometida ao general que liderou aquela esquadra, estava fugindo com uma hoste de seu finado noivo rumo as montanhas, já que os navios deles haviam sido queimados. Aquela garota podia arruinar tudo pelo qual nós havíamos lutado, afinal, ela valia uma vaga na realeza. Bastava ela laçar algum monarca corrupto de Midi e sangue escorreria pelas ruas devido a uma guerra civil.


Ele tinha que capturá-la e mantê-la em cativeiro até que todas as tropas invasoras tivessem sido rendidas ou destruídas. E assim ele fez, por dois meses. Quando estávamos para ir para casa, Coração-Negro disse que voltaria depois, ela ainda tinha uma missão sigilosa a cumprir, e partiu rumo às montanhas.


E um dia não muito depois, ambos estavam de volta ao templo. O Espectro tinha suas roupas cobertas de sangue, parecia ter perdido todo seu frio, e estava novamente furioso. No dia seguinte, ele resolveu testar a magia Stone Heart... E partiu. E eu só o vi de novo ontem, depois de todos esses anos.”


Aquilo instalou um profundo silêncio entre as ouvintes e a mulher que narrara a história, que logo pigarreou.


– Eu creio que é melhor vocês saírem logo daqui, a essa hora meu interrogador já deve ter colocado qualquer matéria orgânica que estivesse ociosa dentro dele - disse ela se inclinando para trás na cadeira - E eu acho que vocês também tem um interrogatório a fazer, não é?




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Notas finais do capítulo

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