Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 97
Capítulo 97: Preparativos e Interrogatórios


Notas iniciais do capítulo

Yooo Leitoras Maravilhosas! Em cima da hora como sempre, mas eis aqui mais um cap!
Sem imagem fofa por agora que o tumb não tá abrindo aqui para eu pegar uma :(
Sem mais, Enjoy



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Jereffer sorriu enquanto desligou seu lacrima de comunicação que estava na mesa a sua frente.


Ele ainda estava remoendo a satisfação por ter tido aquela idéia quando a porta da biblioteca foi aberta, e Ultear e Meredy entraram. “E que o interrogatório comece” pensou ele com um largo suspiro.


Mas como a pessoa que desfere o primeiro golpe frequentemente vence o duelo, ele resolveu iniciar rapidamente uma conversa com um tema diferente, na esperança que aquilo as fizessem esquecer. Meredy era simplesmente interessada na vida dele, Ultear, coloquialmente curiosa. Nada daquilo indicava perseverança, então existia a mínima possibilidade de esquecimento.


– Pequena, boas noticias para você - disse ele amigavelmente - Consegui usar minha gentil... influência, e consegui mudar a tarefa da Fairy Tail nesse festival. Um baile, então caso você queira brincar de empurrar nosso querido e gelatinoso companheiro de guilda para os braços da Titânia, a hora é essa.


– Legal, Boa Je-nii! - disse Meredy animadamente, antes de recolocar a sua expressão de interrogadora - Mas agora comece a falar!


– Err... como é? - disse ele fingindo inocente confusão.


– Desculpe, vamos mudar a abordagem - disse Meredy adoravelmente, antes de voltar para o ar de interrogadora - Você poderia me informar por obséquio quem diabos era aquela moça, como e de onde vocês se conhecem?


– Ah, por que você não perguntou logo? - disse ele dando os ombros - Nome real: Akuna Takagi, porém no tempo em que eu convivi com ela, ela era chamado apenas de Demônia, ou Escarlate. Tipo de Magia: Bio Transform, uma forma simplificada de criação baseada no ambiente em que ela esteja. É filha da minha antiga sensei, líder de uma espécie de... guilda religiosa que pensa ser um centro de equilíbrio necessário para a civilização. Eu a conheci quando tinha uns sete ou oito anos. É tão irritante que faz você, Ultear, parecer um anjo. Querem as medidas de busto-cintura-e-pernas ou já está bom?


– Parcialmente - disse Meredy estreitando os olhos - Ela te chamou de duas coisas... Espectro, e...


– Ghiri? - ele franziu a testa, mas moveu os lábios minimamente em um sorriso, como alguém que se lembra de algo constrangedor - Significa “Calado” no idioma do Leste, uma alcunha que ela colocou em mim durante o treinamento. Eu não era muito falante na época.


– E ela achava isso algo ruim? - disse Ultear horrorizada.


– Existem muitas pessoas estranhas soltas por aí - disse ele dando os ombros, enquanto olhava as horas no relógio da parede - Eu adoraria continuar esse momento biografia, mas tenho que ir jantar com o resto da Raven Tail. É aceitável que eu passe grande parte do tempo ausente, mas excessos são bem perigosos.


– Ei! Você poderia fazer isso qualquer dia! - disse Meredy, percebendo a desculpa do mago.


– Sim, e escolhi hoje - disse ele piscando, enquanto ajeitava seu tapa-olho sobre seu olho esquerdo - Não se esqueça de anotar suas idéias de maneiras cruéis de encurralar o Jelly. Meu talento para irritar pessoas não tem uma área de atuação tão grande assim.


– Sim, sim, isso vai ser hilário - disse ela, antes de recolocar sua expressão de interrogadora - Mas não pense que eu me esquecerei de pedir detalhes.


– Isso jamais passou pela minha cabeça - disse ele dando um tapinha na cabeça dela - Eu te estraguei demais para que isso fosse possível.



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– Um baile romântico?! - exclamou Happy quando Makarov informou aquilo aos magos que ainda estavam acordados na naquela noite chuvosa - Isso não é um daqueles lugares onde os garçons se vestem de peixe e servem bebidas dentro de abacaxis e peixes assados em bandejas?


Aquilo fez com que uma gota de suor escorresse coletivamente na parte traseira da cabeça de todos. Mira, de sua forma maternal, tentou explicar aquilo sem destruir todas as expectativas do todo animado felino.


– Acho que você está pensando em uma festa tropical, Happy... ou no aniversário para o seu gato de uma madame rica - explicou ela - Mas ter comida é um item presente em um baile também, se isso te faz sentir melhor.


Aquilo fez o queixo de Happy cair, e ele entrar em um humor depressivo.


– A-aye - disse o gato cabisbaixo. Charle deu alguns tapinhas consoladores com sua pata na cabeça do outro gato.


– Doces, geralmente, o alimento adequada para babões apaixonados - disse Gray de forma indolente, não percebendo quão irônico isso parecia, quando ele estava sentado junto com Juvia no sofá, com ela aninhada nele enquanto dividiam um saco de jujubas.


Gajeel revirou os olhos.


– Isso não é tarefa para nós! Por que eles não escolheram aqueles caras afeminados da Blue Pegasus?


– Bom, talvez eles queiram nos dar uma chance de provarmos que não somos apenas um bando de brutamontes - opinou Levy. Lily, que estava entre os dois, suspirou “e lá vão eles começarem tudo de novo”.


Enquanto eles entravam em um debate sem sentido, o assunto na sala continuou em movimento.


– Um baile... - disse Erza, os olhos substituídos por estrelinhas - Isso é ainda melhor que um picnic!


Uma gota de suor escorreu na parte traseira da cabeça de Laxus.


– Qual é a fascinação dela por esse tipo de situação? - perguntou ele em um sussurro para Mirajane.


– Trauma de infância, ela ficava apenas indo em missões em vez ir de nesse tipo de coisa - sugeriu ela, antes de pigarrear e se dirigir a Erza - Erza, então você quer se responsabilizar pelos preparativos?


Erza assentiu com tamanha empolgação que Mira temeu que a cabeça da maga se desprendesse dos ombros.


– Sim, claro! - disse ela alegremente, enquanto puxava Natsu e o jogava por cima de um ombro, e fazia o mesmo o Gray - Venham eu posso precisar da ajuda de vocês!


– E não poderíamos ir andando? - sugeriu Gray, se sentindo meio sequestrado. Juvia soltou uma fraco protesto para que Erza devolvesse seu Gray.


– Vocês tentariam arranjar desculpas para evitar me ajudar com coisas que vocês podem, por algum motivo, considerarem chatas - disse Erza, fazendo com que o queixo de ambos caíssem.


– Ela está se tornando desconfiada! - sussurrou Gray para Natsu, que estava pendurado no outro ombro de Erza.


– Não vamos sobreviver a isso - disse Natsu dramaticamente, concordando, enquanto Erza saía dali com os dois a tiracolo.


Enquanto aquele estranho trio se retirava sob olhares divertidos de todos. Assim que era possível se notar que Erza estava a uma distância segura, eles explodiram em gargalhadas.


Em meio todo aquele riso, dois olhares se encontraram e faiscaram em competitividade.“É hora do ataque final” pensaram em perfeita sincronia, Lucy e Lisanna.



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Akuna bocejou, enquanto esperava que seu interrogador voltasse do banheiro. Sua língua afiada lhe garantira as suspeitas dela ser a líder daquela guildazinha que ela usara como meio para ter apoio naquela cidade. E seu interrogar era tão prolixo que obviamente ela seria uma velha que tropeçara nas próprias tetas antes que tudo aquilo terminasse.


Ela ouviu o som da maçaneta sendo girada e recolocou sua expressão de confusão inocente, que podia ser útil depois de muitas horas de interrogatório.


– Você tem um ímã para problemas singular poderoso para atrair problemas - disse Jereffer fechando a porta atrás de si. Ele trajava um conjunto de vestes de cavaleiro das runas, e magia de ilusão tremulava na frente de seu rosto.


– Eu estou ouvindo o manco zombar do coxo? - perguntou ela sorrindo divertida - Veio aqui me soltar?


– Não, vim aqui fazer-lhe umas perguntas - disse ele, enquanto retirava a mesa de interrogar do lugar, abria a janela e colocava sua cadeira de frente para a dela.


– Só isso? O comandante pomposo já estava fazendo o mesmo.


– Bom, minhas perguntas são um pouco diferentes, e é exatamente por esse motivo que tinha laxante naquela jarra de água de que ele estava bebendo - disse ele piscando, enquanto soltava as algemas dela.


– Espectro, você sempre foi cruel, e pelo o tempo que ele está no banheiro...


– Posso ter exagerado um pouco - riu ele, enquanto ela esfregava as marcas deixadas em seu pulso pelas algemas - Como está sua mãe?


– Melhor que alguns, pior que outros - disse ela dando os ombros - Ainda vive de acordo seus ideais. E você?


– Bom, você conhece meus ideais, e brincar de celebridade é uma maldita necessidade para cumpri-lo - disse ele com um suspiro.


Ela enrolou a mexa de cabelo branco dele em um dedo de forma distraída.


– Bom, eu não preciso perguntar se você já não tentou isso de uma forma mais brusca - disse ela, franzindo a testa - Deixe-me arrumar essa gambiarra que você deve ter feito no seu braço, e enquanto isso você me conta o que quiser contar.


Jereffer a encarou com descrença, e assentiu. Se ela quisesse tentar algo, não seria tentar eletrocutá-lo com os fios do braço dele.


Ele puxou sua camisa pela cabeça e desativou o sistema de camuflagem de pele no local, revelando a articulação, com fios precariamente unidos a um eixo de metal.


Ela soltou um grunhido de descrença ao ver aquilo.


– Como você já foi mesmo considerado um perito em explosões? - perguntou ela, enquanto cuidadosamente desembaraçava aqueles fios.


– Bombas nunca precisam ser consertadas, se elas dão problema, elas explodem - disse ele, enquanto ela murmurava “chave de fenda” e ele criava a mesma com a outra mão - E o Manopla Dracônica era realmente um perito, eu só criava coisas que explodiam.


– A diferença é pequena - disse ela. E então pediu “alicate” antes de continuar - Mas acho que nos desviamos um pouco do assunto em pauta.


– O que se há de dizer? Tentei acabar com a raiz primária de um problema, e me ganhei a valiosa lição de jamais enfrentar um dragão, essa lição sendo paga por um braço e uma perna. Depois tente cortar o ramo que conecta essa raiz com tudo que há de errado no mundo, e um olho e alguns anos dormindo no gelo foram minha punição. E agora...


– Você está golpeando as folhas - disse ela - Bela parábola botânica, mas minha pergunta é: por quê?


Ele suspirou.


– Pela satisfação - ao ver ela piscar, ele sorriu - O mundo nunca ficará equilibrado ou qualquer besteira que eles falavam na Ordem, a montanha que cadáveres que eu criei na batalha em Sandstorm não trouxe nem um tantinho, e não me trouxe metade da satisfação do que eu tenho ao engaiolar uns tipos igual aos seus novos amigos.


– Que profundo - disse ela com um risinho - Eu também estive em Sandstorm, lembra? Foi aquilo que quebrou sua vontade de lutar daquela maneira?


– Não, foi algo que aconteceu depois - disse ele de forma triste colocando a mão no bolso e tirando uma elegante cantil de whisky - Aceita um gole?


–Sim - disse ela pegando o cantil e soprando o bocal antes de tomar um gole. Ela fez uma careta e lhe devolveu o recipiente - Blerg, esse tem um gosto ruim.


– Melhora se você beber o suficiente - disse ele tomando um gole - Não seria mais prático fazermos isso com eu de pé?


– Não, não há nenhum banquinho por aqui - brincou ela, antes de dizer em um tom de reclamação - Por que só você ficou tão alto? Eu também usava o Titan Gift!


– Eu não sei, devo ter absorvido a magia devido à minha magia de captura de partículas mágicas - disse ele, enquanto sentia um espasmo pelo braço - Vejo que você terminou. Agora eu posso te perguntar o que você estava fazendo em meio àquele restolho de guilda?


Ela sorriu, e disse suavemente.


– Sabe, uma vez eu sonhei que podia voar - disse ela, se reclinando na cadeira - Quando eu acordei, minha mãe disse que eu não podia, que foi apenas um sonho. Mas e se ela mentiu? E se todos nos possamos voar? Ninguém pode ter certeza, até se atirar de uma torre.


– Estamos no quinto andar, a janela está aberta, fique a vontade em pular - disse ele ironicamente.


Ela bufou de forma irritada, mas antes que ela pudesse falar qualquer coisa, ele riu contidamente.


– Sim, eu entendi, ainda me resta inteligência o suficiente para entender sua metáfora - disse ele de forma apaziguadora - E como você pretende encontrar essas asas?


– Você sabe, apenas pense bem - disse ela de forma séria - Já conseguiu entender o porquê eu estou aqui?


Uma lâmpada se ascendeu sobre sua cabeça.


– Zeref - afirmou ele - Então você é mais tola do que eu pensava, velha amiga. Magia profunda é uma espada sem cabo, é impossível pegá-la de forma segura.


– Uma espada sem cabo é melhor que nenhuma espada, dependendo da situação - disse ela dando os ombros - Não encha o saco, Espectro, eu me lembro de já ter ouvido você dizer isso!


– Eu me lembro, foi para o Caçador Noturno, enquanto ele reclamava do treino com armas de emergência - disse ele, e suspirou - Eu vou encher a cara em algum lugar por aí, pense em uma desculpa filosófica melhor, e talvez eu te solte quando eu voltar.


– Ou eu posso fugir - sugeriu ela desafiadoramente, mas ele apenas lhe deu um olhar de descrença e, com um mínimo aceno com a mão, as algemas voltaram a surgir em seus pulsos.


– Eu duvido - disse ele, enquanto recolocava a mesa no lugar e deixava a sala da maneira que estava antes de ele entrar- Até mais tarde - disse ele antes de fechar a porta ao sair.


Aquilo lançou o ambiente no silêncio, mas que durou poucos segundos. Usando os pés para arrastar sua cadeira, Akuna se virou em direção a janela, e abriu um sorriso matreiro.


– Vocês têm a noção que ele sabia que vocês estavam aí o tempo todo, não é? - disse aparentemente para ninguém, mas segundos depois, o som de um praguejar surpreso foi ouvido e logo duas magas perderam o equilíbrio que tinha sobre o andaime posicionado um pouco acima da janela e caíram para dentro.


Akuna riu enquanto observava o andaime balançar e bater contra a parede. Ultear se levantou, espanando a poeira das roupas.


– O que você disse?


– Aquela coisa irritante mental da magia dele o torna quase onipresente, e por que mais ele abriria a janela, com essa maldita umidade pegajosa?


– Mas porque o Je-nii faria isso? - perguntou Meredy confusa.


Akuna gargalhou ao ouvir aquilo.


– Je-nii, é assim que você o chama? - ela tomou fôlego e riu mais um pouco antes de continuar a falar - Ele amoleceu mais do que eu imaginava, ao permitir ser referido por esse termo. E não, eu não sei como funciona aquela caixa confusa que ele tem entre os ombros, mas eu creio que ele não gosta de falar muito sobre si próprio, por isso ele saiu, para dar a chance de vocês descobrirem de outra maneira, se supormos que ele sabia que vocês o seguiriam. Qual é o motivo disso mesmo?


– Curiosidade cientifica - respondeu Ultear imediato.


– Bom, então talvez queiram se sentar, quem sabe tomar uma água? É uma história longa, é não é bonita...



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Notas finais do capítulo

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