Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 96
Capítulo 96: Velhas e Novas Tramas


Notas iniciais do capítulo

Yoo, Leitoras! Mil desculpas por não postar nenhum cap semana passada, eu tive uns contratempos.
Em compensação, vou ver se consigo postar mais um nessa semana :D
Uma imagem fofa:
http://25.media.tumblr.com/tumblr_mbo38eaXXw1rzs6e7o1_500.jpg
Sem mais, enjoy



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A garota deu um sorriso torto que se assemelhava aos que o próprio Jereffer frequentemente usava para zombar de algo.


– É notório que você ficou meio cego, Ghiri, mas não achei que com os anos tivesse ficado meio lesado - disse ela, enquanto cruzava os braços na frente do peito para encobrir qualquer coisa que os rasgos tivessem mostrando.


Aquilo fez Jereffer engasgar e a vermelhidão se alastrar por seu rosto.


– Akuna-san - disse ele, com a entonação que alguém usaria para praguejar - Eu te confundi...


– Com a minha mãe, é evidente - disse ela piscando - Devo tomar isso como um elogio ou como uma ofensa?


– Bom, isso você decide - disse ele com descaso - Você se deixará ser presa docilmente?


– Você faria isso?


– Não, mas eu sempre fui mais inteligente, ao ponto de raramente ficar batendo papo com meus captores - disse ele, enquanto ela se virava e se colocava a correr.


O mago deu um longo suspiro e se teletransportou para a frente dela.


– Eu não disse, se você fosse esperta, teria me atacado enquanto eu imitava um tomate - disse ele em tom de suave reprimenda - Você pode almejar ser mais rápida do que eu, mas jamais mais forte.


– Quer experimentar se seu ego tem fundamento? - perguntou ela entrando em posição de combate, reequipando uma espada.


– Não, eu uso violência para mantê-lo saudável - disse ele, e sem qualquer avisou, puxou seu inútil da articulação artificial rompida e o usou como porrete para subitamente a acertá-la na cabeça.


A garota caiu no chão, aparentemente desacordada.


– Eu não disse? - disse ele, enquanto encaixava o braço novamente no repugnante encaixe de ombro, que parecia ser parcialmente osso, parcialmente sensor metálico. O braço não voltou a se mover, porém isso pareceu exercer pouca diferença para o mago, que simplesmente apanhou a maga desacordada com o braço bom e a manteve suspensa no ar presa com o braço, como uma pessoa normal faria com uma maleta pesada.


Ele se virou para seus companheiros de guilda.


– Vamos levar esse monte de escória até os limites da cidade, se formos esperar pela chegada dos cavaleiros das runas, eles já estarão recuperados - disse ele, sem se dispor a dar uma palavra sobre o que fora aquilo que aconteceu a pouco.


Uma gota de suor escorreu na parte traseira da cabeça de Jellal.


– Eles são muitos para carregarmos, e não é sábio os colocarmos para dentro da nave - disse Jellal, e olhou Meredy e Ultear em busca de ajuda, mas ambas ainda não tinham se recuperado da surpresa.


– Sempre há outros meios - respondeu Jereffer. Largando a pessoa que ele carregava como se fosse um saco de nabos, e estendeu seu braço para a frente, e o movimentou em arco. Um selo mágico surgiu embaixo de seus pés.


– Criar, A besta primordial, Belcusas da Tormenta! - entoou ele, enquanto suas letras mágicas se formavam no ar. De um círculo mágico, uma enorme fera de metal surgiu.


Ultear observou que aquela era vermelha e negra, diferente das que ela se lembrava de ver Rustyrose treinar em suas memórias dos tempos de treinamento na Grimoire Heart.


Jereffer pareceu notar.


– A mesma criação muda de um mago para outro, os detalhes são subconscientes - disse ele, se virando para a maga do tempo - Acontece da mesma maneira com criação de gelo, certo, Ul?


– Sim - disse ela distraidamente - Mas isso não é uma forma exageradamente... indelicada.... de resolver a situação?


– O Belcusas vai carregá-los de forma mais delicada do que carregaríamos se tivéssemos de arrastar todos eles - disse ele dando o ombro - Jelly-chan, quer usar minha moto? Eu não consigo dirigir com o braço desse jeito.


– Por que você insiste em ser sarcástico até quando está sendo legal? - perguntou Jellal revirando os olhos pegando a chave que o mago lhe oferecia.


– Força do hábito - disse ele piscando - Agora vá brincar de batedor e veja o que nos espera mais a frente.


O mago celestial anuiu com a cabeça e foi mesmo, o motor da moto mágica fazendo um ronco que era surpreendente que não acordasse os mortos.


Depois disso, os três magos da Crime Sorcière se viram caminhando em silêncio. Meredy e Ultear fervilhavam de curiosidade sobre o que fora aquilo que acabara de acontecer, e Jereffer estava imerso em pensamentos sobre coisas passadas. Então o silêncio se prolongou.


Meredy resolveu arriscar.


– Je-nii, isso não vai gastar sua magia muito depressa? - perguntou ela, gesticulando para o massivo robô de metal que andava placidamente atrás deles.


– Magia, dinheiro e fluidos corporais foram feitos para serem usados, pequena - disse ele com simplicidade.


A maga que ele carregava soltou um risinho.


– Ele só está se exibindo, o esforço para ele manter esse robô criado está sendo tanto que o pescoço dele está parecendo uma corda de arco de tão tensa - disse ela, se debatendo um pouco para girar seu corpo e poder olhar para cima - Você costumava ser menos modesto, Ghiri.


– Sim, e costumava ter dois braços, duas pernas e os dois olhos negros - disse ele com causalidade para sua cativa - Já faz muitos anos, Demônia Escarlate. E você não costumava ter peitos iguais aos da Sensei.


– Ponto para você - disse ela divertida. Ela se debateu mais para dar uma olhada nas duas mulheres que caminhavam ao lado - Qual das duas é a namorada dele?


Enquanto ambas gaguejavam negações, Jereffer suspirou.


– A pessoa que se imaginava montando um harém era o Caçador Noturno e o Manopla Dracônica, não eu - lembrou ele revirando os olhos - E essas são minhas companheiras de guilda. A que ficou vermelha é a Meredy, a que ficou roxa, Ultear. Sinta-se apresentado, e agora você poderia fazer o favor de calar a boca?


– Seu desejo é meu comando, meu querido e casto Espectro - disse ela daquela mesma forma zombeteiramente cortês que ele usava quando pretendia irritar alguém.


– Sabe, há alguns minutos atrás eu me perguntava por que eu não gostava de você - disse ele sem sorrir - Por algum motivo eu acabo de lembrar.


– Lembrar? Eu achei que você nunca se esquecesse de nada, Sr QI 580 - disse ela agradavelmente, recebendo um olhar fulminante - Ok, já calei minha boca.


E a caminhada continuou silenciosa, mas Akuna não precisa acreditar no significado de “fazer silêncio”.


– Sabe, eu posso andar com as minhas próprias pernas - sugeriu ela.


– E também pode correr com elas - disse ele revirando os olhos - Eu não nasci essa manhã, espertinha.


– Mas pode morrer essa tarde, se eu me soltar - ameaçou ela, antes de bufar - Por onde você esteve durante todos esses anos?


– Por aí, sentiu saudades? - perguntou ele de forma divertida. Ela bufou e não respondeu.


O próximo som que cortou o silêncio foi o ruído metálico do motor da moto mágica criada por Jereffer. Jellal saltou dela velozmente.


– Cavaleiros das Runas - disse ele ofegante - Todo um regimento, são...


– 200 soldados rasos, 100 operadores de máquinas de guerra e 25 magos peritos - disse Jereffer assentindo - Eles devem estar partindo para uma patrulha de fronteira, mas não faz diferença. Podemos deixar eles aqui que eles serão capturados.


Com um aceno, a enorme besta de metal sumiu em uma rajada de partículas mágicas, e magos das trevas choveram ao ficar subitamente sem nada para segurá-los.


– Suave como um búfalo furioso - disse Akuna em um tom sábio - Antes de você me desacordar para ir embora, você não tem nenhuma pergunta a me fazer?


– Eu deveria?


– Sim, sobre companheiros que você não vê a anos, sua Sensei... nada? Nem sobre Coração-Negro Jane? - Ela viu a mandíbula dele enrijecer, e soube que havia cutucado a ferida.


– Eles me ajudaram a treinar para não sentir nada, então creio que eles me perdoariam - disse ele de forma indiferente, a largando no chão e se agachando ao lado dela. Então ele sussurrou em seu ouvido - Foi bom revê-la, velha amiga.


Ele colocou a mão atrás da nuca dela e apertou um nervo, fazendo ela apagar.


Jellal o observou enquanto ele se levantava, dois pares de olhos postos nele. “Ele vai sofrer um interrogatório pesado por causa disso”.



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Cana acordou em um quarto iluminado, e então ela lembrou-se de que havia esquecido de apagar a luz. Ela rolou na cama e deu uma espiada no chão ao lado, onde Freed havia montado um amontoado de lençóis que em nenhuma cultura podia ser chamado de cama, e isso incluía o em que ele estava enrolado. Suas roupas estavam penduradas em um abajur, com um cartão gerador de calor por baixo para aumentar a velocidade em que secava.


– Sabe, essa cama caberia muito bem nós dois - comentou ela, e ele abriu os olhos. Aparentemente, ele não era abençoado com a habilidade dela de cochilo pós-bebedeira drenador de álcool.


– Eu estou desprovido de roupas - lembrou ele com a voz pesada. Cana se pôs de pé e se espreguiçou, sorrindo.


– Ah, isso podia tornar as coisas tão mais divertidas - ele enrubesceu, e ela se abaixou ao lado dele e lhe deu um apertão na bochecha dele - Ah, Freed-chan, não seja tão tímido, eu só estava brincando. Eu vou pegar algo para nós comermos, certo?


Enquanto o mago de runas gaguejava uma resposta, ela lhe deu um sorriso e apanhou uma blusa para colocar sobre o top que usava, e saiu direção em direção à copa do alojamento.


Ali ela encontrou uma geladeira vazia que só podia ser fruto de um acúmulo de magos ociosos devido à chuva, e também o pequeno Mestre da guilda sentado em cima de um banco exageradamente alto, que combinava com um papel exageradamente longo que ele lia.


Aquilo a deixou curiosa.


– Hey, velhote - disse ela, para chamar atenção do mesmo - O que é isso? A conta devido à destruição do dia?


O velho mago abanou a cabeça.


– Não, por algum milagre inexplicável, os danos de hoje foram pequenos - disse Makarov - Isso é uma lista de especificações. Parece que os organizadores desse evento pré-festival repensaram sobre deixar magos da Fairy Tail livremente contribuindo para as atividades normais, e nos deu uma atividade específica. Não sei de onde ele tirou essa idéia de que isso possa funcionar sem incidente. Eu duvido que ele mesmo saiba de onde veio essa idéia...


Makarov já tinha praticamente entrado em uma discussão consigo mesmo, mas Cana não era muito paciente.


– Mas que atividade é essa, afinal?


– Um baile romântico - explicou Makarov.




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Notas finais do capítulo

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