Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 95
Capítulo 95: Alagamentos e seus Efeitos


Notas iniciais do capítulo

Yoo Pessoal, aqui estou yo(trocadilho infame) trazendo para vocês mais um capítulo atrasado de FTFL, mas esse pelo menos ficou grande, então eu tenho uma desculpa :D
Uma imagem fofa:
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Sem mais, Enjoy



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Com os aquecedores ligados, os magos da Fairy Tail quase conseguiam ignorar a tempestade que caía do lado de fora, interrompida apenas pela chegada de alguns molhados membros da guilda que voltavam de seus passeios em tentativas de locomoção durante aparentes tréguas da chuva.


Entre eles estavam Laxus e Mira, que chegaram durante uma leve insinuação de perca de força da tempestade. Laxus minava mais água que uma caixa-d’água furada, mas Mira estava relativamente seca enrolada no grande e espesso casaco de Laxus.


– Essa chuva foi bem repentina - comentou Mirajane causalmente enquanto pendurava o casaco em um gancho junto a porta. Pendurar o Laxus ali faria igualmente bem para manter o local seco.


– Verdade - comentou Erza - Onde vocês estavam para terem demorado tanto para chegar aqui?


Aquilo fez Mira começar a gaguejar, mas Laxus respondeu de quase forma automática.


– Estávamos assistindo às corridas de coelhos - disse Laxus, com um olhar que dizia claramente”Eu vou eletrocutar o primeiro que tentar aprofundar o assunto” .


Bickslow, que secava seus bonecos usando uma das cortinas, soltou um risinho.


– E você se voluntariou para tomar chuva porque isso aumenta seu poder elétrico, não é, Laxus? - perguntou ele rindo.


Laxus estreitou os olhos e lhe lançou um olhar sombrio.


– Exatamente - disse ele sério, antes de suspirar e dar uma olhada na sala - Onde estão a Ever e o Freed?


– A Ever deve estar ilhada em algum lugar, praguejando com o valente Homem Strauss para ele não deixar suas sacolas de compras molharem, e o Freed... bom, eu não sei, mas ele deve aparecer em breve para secar as suas botas - riu Bickslow, enquanto Laxus revirava os olhos.


Wendy, que observava pela janela ociosamente a chuva cair, se virou subitamente para as pessoas que estavam na sala, com uma gota de suor escorrendo da parte traseira de sua cabeça.


– Pessoal... venham ver isso - disse ela gesticulando para a janela.


O pátio onde eles haviam tomado café da manhã mais cedo havia se transformado em uma lagoa, e vindo por cima da água, vinha o terceiro e sexto mestre da Fairy Tail, Makarov Dreyar, que trajava uma berrante camisa tropical rosa e amarela, vinha navegando por aquelas águas em cima de uma grande tartaruga malhada, remando com uma bandeja plástica.


Uma gota de suor escorreu na parte traseira da cabeça de todos ali, enquanto eles falavam “Velhote” em uníssono.


Quando o homenzinho finalmente chegou a porta, ele teve que abrir um dos ralos de drenagem para poder entrar.


– Ah, maldita seja essa cidade mal-preparada - resmungou ele enquanto saltava das costas da tartaruga - Vá de volta para casa, Crush, para casa! - ele instruiu


Enquanto a criatura marinha se retirava, ele se voltou para os magos de suas guilda, que o encaravam, e deu risada.


– O que foi, vocês nunca exploraram trabalho animal alheio? - perguntou ele enquanto coçava seu bigode - Não é a chuva que que alagou as ruas assim, é que a tempestade rompeu os canos que trazem água de uma represa próxima daqui, e isso trouxe outras criaturas simpáticas também.


– Onde o senhor estava, Vovô? - perguntou Gray curioso - Por que esperar ao ponto de precisar de ajuda da fauna marinha da região para chegar aqui?


– Ah, eu estava em um jogo de poker com o Goldmine e o velho Bob, e já estaria aqui antes dessa tempestade, mas um desses oficiais chatos dos jogos resolveu me atormentar com uma reunião.


– Então, o que o Natsu queimou, demoliu ou destruiu hoje? - perguntou Mira pragmaticamente, mas ainda em seu tom amável.


Natsu soltou um grunhido de indignação.


– Dessa vez eu não fiz nada! - disse ele defensivamente. Happy, que estava pousado na cabeça dele, assentiu.


– Sim, comer igual á uma pessoa no corredor da morte não é nenhum tipo de crime - disse ele.


– De que lado você está mesmo? - resmungou Natsu.


– Eu estava te defendendo - disse Happy confuso.


Enquanto eles debatiam o assunto, o tema da conversa entre os outros já tinha prosseguido.


– Não, dessa vez foi a inércia de vocês que causou problemas - disse Makarov - É estranho, seu sei. A questão é que vocês ficaram passeando por aí em vez de tomar parte em alguma atividade!


– Eles querem que nós trabalhemos? - perguntou Lucy - Acho que a noção de risco de acidentes deles está baixa.


– Sim, a possibilidade de destruir mais do que ajudar sempre existe - concordou o mestre - Mas de alguma maneira, amanhã vocês devem colaborar!



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Ultear entrou no colossal banheiro da nave da Crime Sorcière com um suspiro. As notícias que chegaram para eles de uma Dark Guild migrando em massa a alguns quilômetros, o que prometia ser para eles uma luta longa e cansativa, cansativa porque ela era anexada com uma fuga dos cavaleiros das runas, que sempre faziam o favor de aparecer depois que a luta estava acabada.


Ela encarou por alguns segundos as duchas, e sacudiu a cabeça.


– Não, não serve para tirar tanta indisposição - disse ela pensando alto, se dirigindo para a banheira/ofurô/piscina que ocupava metade do espaço do local.


Para sua surpresa, ela já estava cheia e fumegando de água quente, e com um ocupante dentro. Ele provavelmente estava com os pés em um degrau para que a água só ficasse na altura de sua barriga, protegendo assim o grosso livro que ele estava lendo.


– Ul, acho que você uma vez me perguntou se eu conhecia o significado de uma porta fechada - disse ele, enquanto o livro se desfazia em letras mágicas em suas mãos - Faço minha suas palavras. O que você diria em resposta?


– E aí eu perguntaria se você não tem um lugar melhor para ler? - disse ela enquanto colocava a ponta de um pé para a área.


– Preferia que eu estivesse fazendo outras coisas? - perguntou ele com um sorriso malicioso. Ultear bufou.


– Você é nojento - disse ela revirando os olhos - Vou entrar, não espie - ordenou ela.


– Isso jamais passaria pela minha cabeça - disse ele docilmente, fechando os olhos. Ela esperou alguns segundos para ver se ele não voltaria a abri-los.


– Ul, se eu quisesse ver uma bunda, eu iria a um bordel, entre logo antes que eu adormeça - disse ele entediado.


– Você não tinha dito que é falta de educação ler pensamentos alheios? - perguntou ela, com uma veia pulsando na testa.


– Eu tinha que saber se você não pretendia cortar minha garganta enquanto eu estava com os olhos fechados - disse ele dando os ombros - O precavido morreu de velho.


– Sim, você é a encarnação da cautela - disse ela revirando os olhos. Eles ficaram em silêncio por um tempo.


– Você sabia que a Dark Guild Smiler Coffin está tentando se mudar para uma instalação em Crocus?


– Aqueles fracotes? Eu poderia os derrotar com esse dedo - disse ele, levantando o mindinho.


Ultear resolveu nem comentar sobre a confiança excessiva deles.


– Uma cacatua poderia os derrotar, há um mês eles começaram a recrutar, podem ter reforços - disse ela.


– Ok - disse ele dando os ombros - Usarei dois dedos então.


– Use quantos quiser, saímos em 45 minutos - disse ela de forma, já esperando ele retrucar, mas ele apenas suspirou.


– Às ordens da minha general - disse ele zombeteiramente batendo continência - Eu sei como você deve ter a necessidade de sentir útil as vezes, então não irei retrucar.


– Ah, cale a boca!


– Às suas ordens - disse ele, colocando os braços na borda da piscina e dando um impulso para sair da água. Ultear virou o rosto - Vou mudar a rota da nave.


– Não faça isso pelado.


– Não prometo nada - disse ele. Ultear espiou com o canto dos olhos e ele já estava saindo, mas por sorte usando um roupão.



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Enquanto isso, no alojamento da Fairy Tail...


Por uma janela aberta no segundo andar, uma maga consideravelmente alcoolizada escalava com dificuldade... mas só havia conseguido chegar até ali por estar com os dois pés nos ombros de um mago de runas, que lutava para não escorregar devido à grande quantidade de água que inundava o pátio traseiro do local, que chegava as suas coxas.


– Me dê mais um impulso, Freed-chan!, eu estou quase lá - pediu ela, as mãos agarradas no parapeito.


É de ser dito em defesa que ele se esforçou ao máximo que pode, e conseguiu até mesmo dar um impulso de três centímetros para cima... antes de escorregar e cair com o traseiro no chão.


Cana continuou agarrada por parapeito, e colocando todo seu esforço no braço, conseguiu subir e cair para o lado de dentro.


Ela se colocou de pé rapidamente, repetindo em voz alta o pensamento “foi de propósito, foi de propósito”, e se inclinou sobre a janela, esticando os braços para o mago que ficara para o lado de fora.


Depois de muito esforço e diversas quedas, finalmente ela conseguiu puxar Freed para dentro, e nesse momento o quarto já estava quase tão molhado quanto o ambiente exterior, e o precioso barril que motivara Cana a ir para aquele lugar estava arruinado.


Aquilo deixou Cana desolada, mas Freed tinha preocupações mais mundanas. Depois de muito revirar o local, ele encontrou uma toalha.


– Aqui - disse ele oferecendo a toalha para Cana - É melhor você se secar - disse ele, corando devido à transparência que a água emprestava às roupas dela.


Cana deu um sorriso embriagado.


– Obrigado - disse ela, enquanto se secava - Freed-chan, por que você não vai no seu quarto buscar uma toalha para você também? Você ficará resfriado se ficar com essas coisas molhadas.


– E... creio que não é adequado ficar na presença do Laxus-sama assim... meio alterado por efeitos alcoólicos - admitiu ele, corando.


– Então por que não usa suas runas para criar uma área de coisas secas? Isso é possível, né? - sugeriu ela, concluindo com uma pergunta.


– E... creio que não esteja em condições de me concentrar o suficiente para isso - disse ele encarando os próprios pés.


– Bom, então acho que vamos ter que resolver isso, não é?



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– Estão todos prontos? - perguntou Ultear. Devido ao risco de olhares curiosos, todos usavam mantos com capuz, com exceção de Jereffer, que usava um capacete.


Jellal assentiu, e Meredy assentiu de forma mais tensa. A maga sensorial nunca teve um espírito muito bélico.


Jereffer sorria por detrás do visor vítreo de seu capacete. Ele deu um tapinha do ombro de Meredy enquanto passava por ela e se dirigia à porta.


– Eu nasci pronto - respondeu ele piscando - Vou arrebanhá-los para vocês, vejo vocês lá embaixo.


E dizendo isso, ele saltou.


A chuva impedia uma visão clara, mas ela sabia que depois de alguns metros de queda, uma moto surgira debaixo dele. Ela podia ouvir o rugir do motor.


– E nós estávamos tentando ser discretos - resmungou ela. enquanto apertava o botão de descida. Uma espécie da gaiola se formou em volta deles, que começou a ser baixada em direção ao solo.


Quando a célula de transporte finalmente chegou ao chão, ele descrevia círculos com o veículo, literalmente mantendo agrupado um grupo que não podia ter mais de 60 magos. Alguns agitavam suas armas mágicas em uma ameaça sem palavras, mas nenhum parecia disposto a atacar o motoqueiro.


– Atenção todos vocês, somos a Crime Sorcière, e estamos prendendo vocês -anunciou Jellal alegremente - Larguem suas armas, não tentem usar nenhuma magia, e vocês serão escoltados com gentileza até uma unidade de detenção do conselho...


Um brutamontes que trazia o símbolo da guilda das trevas, um tosco caixão sorridente, cuspiu em sua direção.


– Aqui para a sua gentileza - ele abriu a boca para gritar algo. Atacar, provavelmente, mas o grito morreu em seus lábios quando ele foi brutalmente chutado nas costas.


Jereffer estava entre eles.


– Quem é o próximo? - perguntou ele suavemente. Caos e luta explodiram por todo lado.


Em uma luta não tinha muito o que pensar. Você mirava com a sua magia, e disparava. A mente de Ultear estava de um modo automático, mas ela percebeu vagamente alguém de movimento atrás de si.


Uma lâmina já descia em arco quando seu orbe mágico se multiplicou e bloqueou a lâmina, o golpe resvalando no cristal e desviando. Ela nem teve tempo nem de olhar para sua atacante antes da lâmina estar vindo novamente, por baixo de sua área de defesa.


Subitamente, ela sentiu algo puxando ela, e de repente, ela estava caída de costas no chão.


Jereffer segurava a lâmina da katana com sua mão esquerda. O aço soltando faíscas enquanto a espadachim tentava libertar sua espada. Ultear percebeu ser uma mulher devido à presença de seios fartos sobre o colete da maga, que usava um peço amarrado no rosto e uma espécie de capuz.


– Tente comigo, senhorita- disse ele sorrindo e abrindo a mão, um floreiro com a outra fazendo uma espada larga surgir em sua mão.


– Essa voz... - murmurou a inimiga, antes de voltar a atacar. Jereffer desviou sem dificuldades.


– Porque eles sempre tentam atacar por frente - disse ele entediado, letras brotando no solo na sua frente - Ascenda ao céu! Torre de Dingir!


A torre mágica subitamente emergiu no chão, jogando tanto sua oponente como uma dúzia. O mago analisou com um ar de satisfação sua obra, antes de seus olhos se arregalarem.


Uma escada havia surgido na face externa da torre, feita de um material pedregoso bem semelhante ao solo em que eles pisavam. A mulher desceu saltando os degraus.


Assim que atingiu o chão, estranhos símbolos surgiram em suas mãos, e ela golpeou o chão. Punhos de pedra brotaram do chão e o golpearam. Ele se desvencilhou de alguns e cortou outros com um golpe.


Jereffer prendeu a espada em uma bainha surgida em suas costas, para liberar as mãos. Sua escrita encarnada geralmente era menos efetiva quando escrita com apenas uma mão.


Bastaram alguns acenos para que um monstruoso javali de metal avançasse contra sua oponente. A besta foi empalada em uma lança de pedra.


Por todo lado, a luta terminava com montanhas de magos inconscientes para todos os lados. Meredy ajudou Ultear a se levantar, que só então percebeu ter torcido o joelho.


– Você está bem Ul-sama? - perguntou ela, quando notou que a maga do tempo fez uma careta ao apoiar um pé no chão.


– Não é nada - disse Ultear sacudindo a cabeça - Devemos ajudar ele?


– Não, ele prefere se virar sozinho - disse Meredy, enquanto ambas assistiam o mago trocar golpes velozes com sua oponente.


Meredy não percebeu o que estava acontecendo até ver a atacante rodopiar para escapar de um golpe, se inclinar em uma quase cambalhota e desferir um golpe por baixo.


Jereffer soltou um som estrangulado de dor e levou a mão até o ombro esquerdo, de onde sangue e óleo jorravam.


– Cortar a articulação do meu braço, muito esperto - disse ele entre os dentes - Mas você não prestou atenção onde minha lâmina estava enquanto dava sua finta.


Subitamente, cortes surgiram no colete, lenço e capuz da garota, e tiras de tecido caíram para todos os lados, revelando a pessoa por baixo deles.


– Sensei, eu gostaria de dizer que é um prazer vê-la depois de todos esses anos em um lugar incomum - disse ele inclinando a cabeça. Sua única bochecha feita de carne havia assumido um tom de rosa.


Aquilo fez o maxilar das duas magas de sua guilda caírem.


– Ele corou! - disseram ambas em uníssono. Jellal apenas riu internamente “Isso vai ser engraçado”.



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Notas finais do capítulo

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