Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 92
Capítulo 92: Festival em Crocus(pt 3)


Notas iniciais do capítulo

Yoo, leitoras maravilhosas! Atrasado como sempre, mas to aqui :D
Uma imagem fofa:
http://24.media.tumblr.com/tumblr_ma77zgrcMZ1r81qzlo2_250.jpg
Sem mais, Enjoy



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Jereffer aceitou aquela função de contra gosto, aquilo o entediava.


Em algum momento durante o advento do sumiço de suas emoções ele devia ter perdido a época onde as pessoas aprendem a gostar daquilo. Era apenas mover alguns músculos e trocar baba.


Mas Baelfyre não podia simplesmente dizer isso, então ele havia anexado um sorriso falso no rosto enquanto fingia puro deleite para cada criatura sem esperança que eram as garotas que compunham aquela fila de garotas que saiam apenas para voltar para o fim e ir de novo.


– Eu achava que eu não gostava de seres humanos por não sentir nada - murmurou ele entre os dentes pensando alto enquanto um encarrilhamento surgia na fila, provavelmente alguém tentando furar fila - Eu estou sentindo, e continuo não gostando.


Finalmente a fila voltou a se mover quanto algumas garotas que saíram no tapa foram apartadas e retiradas dali, e do seu palanque/tenda Jereffer viu algo que o surpreendeu. Ele mudou o tapa-olho de olho para verificar se estava vendo certo, e a visão continuou a mesma.


Levando dois dedo à têmpora, ele usou sua telepatia “Jellal, venha aqui, agora, assunto de seu interesse”. Ninguém notou o curto período em que ele ficou “fora do ar” para usar sua magia, e então ele voltou à sua tarefa.



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Freed entrou correndo no primeiro estabelecimento que ele encontrou aberto e sem uma muralha humana impedindo a entrada.


– Rápido, fechem a porta - disse ele enquanto saltava para trás de uma pilha de barris.


Passados apenas alguns segundos da sua entrada, uma turba de gatos passou pela porta, alguns parando na porta e farejando, fazendo uma fanfarra de miados.


Cana tirou os olhos de seu barril portátil por alguns instantes e franziu a testa.


– Muito barulho, barulhos estridentes fazem minha cabeça doer - ela torceu o nariz e puxou alguns cartões mágicos e os lançou - Caiam fora, suas pestinhas.


Os cartões voaram para fora, criando um selo mágico de onde jorrou erva-do-gato, atraindo a turba para longe dali. Ela sorriu satisfeita e voltou a tomar um longo gole do seu barril, e enquanto inclinava a cabeça para engolir a grande quantidade de líquido, observou com o canto do olho Freed começar a se esgueirar para fora de seu esconderijo.


– Freed-chan! Venha aqui! - convidou ela dando um tapinha no espaço do banco ao lado dela.


O mago deu olhar desconfortável para o ambiente cheio de magos bêbados, mas deu os ombros e foi em direção ao banco. Não era tão diferente da Fairy Tail em uma dia normal a sete anos atrás, tirando pelo risco de ser esfaqueado caso pisasse no pé de alguém.


Ele se sentou ao lado da marga cartomante.


– Cana - disse ele polidamente - Qual é motivo para sua comemoração hoje?


– Nah, não é comemoração, é diversão - disse ela depois de dar um gole em seu barril - E beber acompanhada é mais divertido.


– Err... não, obrigado, eu prefiro... - ele nem havia terminado a frase quando Cana colocou dois dedos na boca para dar um assovio estridente, que cortou o barulho das conversas alcoolizadas alheias.


– Um barril para o meu amigo aqui - pediu ela para o garçom mais próximo, que tinha o andar pendulo de alguém que andou bebendo os pedidos perdidos.


Uma gota de suor escorreu na parte traseira da cabeça de Freed quando um barril, ligeiramente menor que o de Cana, foi depositado na mesa à sua frente.


– Vamos, beba - incentivou Cana.


– Eu prefiro não me embebedar por qualquer motivo - disse Freed, enquanto limpava levemente o topo de sua caneca com a manga de seu sobretudo e enchia a caneca até a metade com um pouco do conteúdo do barril.


Cana revirou aos olhos perante a tamanha insensatez.


– Vamos lá, você tem que ter um motivo, e quem sabe possa até considerar ser perseguido por uma manada de gatos é um bom motivo... mas você estava com medo deles?


Freed corou e apertou os lábios.


– Aquelas são criaturas malignas!


– Sim, mas eles estão com a razão - subitamente, Cana se aproximou muito dele, fazendo com que a vermelhidão dele se alastrasse. Quando estava a três centímetros dele, ela farejou o ar - Você está cheirando a peixe. Quando começou esse seu medo?


– É-É uma longa história - disse Freed sacudindo a cabeça, fazendo Cana soltar um “oun” e puxá-lo contra seu peito em um abraço bastante constrangedor.


– Oun, vamos lá, conte tudo para a tia Cana - disse ela dando um tapinha tranquilizador na cabeça dele.



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Jereffer batia os dedos de forma impaciente no seu braço de metal enquanto esperava a fila avançar. Faltavam apenas algumas garotas e até agora nem sombra do Jellal aparecer.


Alguns dizem que a percepção de tempo de uma pessoa muda de acordo a necessidade da pessoa. Jereffer achou que provavelmente era verdade, pois ele mal teve tempo de piscar e Meredy era a primeira da fila.


– Você não deveria estar cuidando da barraca de ingressos, Melody-san? - perguntou ele casualmente.


Melody estava com o rosto semelhante a um camarão assado demais.


– Cliente receosa... - disse ela acenando com a cabeça.


– Hmm, entendo,a Kagura-san não perde uma oportunidade em mostrar como ela é séria para tudo - ele gesticulou com a mão para que ela se aproximasse - E então, senhoritas, como será demonstrado, essa prática beneficente é rápida e segura...


O com um movimento fluido, ele puxou Melody para a posição “beijo cinematográfico”.


– Tem alguém dentro da barraca atrás de mim? - sussurrou ele enquanto se aproximava intencionalmente devagar.


Meredy deu uma espiada por cima do ombro dele.


– Dá para ver uma silhueta... - sussurrou ela.


Ele colocou os lábios no canto dos do dela por alguns instantes, antes de voltar para a posição vertical, trazendo ela junto com um rodopio. Ele fez uma mensura para as garotas da fila.


– E É assim - disse ele dando os ombros - Saída pela esquerda, é só depositar o ticket na caixa de doação. Próxima!


Algum vapor ainda subia do rosto de Melody enquanto ela saía do mini palanque em direção a saída, e ela precisou de mais de uma tentativa para colocar o bilhete de entrada na urna de doação.


Erza deu um passo hesitante, mas ela nem havia começado realmente a se aproximar quando Baelfyre ergueu uma mão pedindo um segundo.


– Com sua licença, eu preciso ir tomar água primeiro, minha garganta está quase tão seca quando um deserto - dando um aceno com a cabeça, ele entrou na tenda e baixou o pedaço de tecido que se passava por porta.


Ainda metido em suas roupas de Mystogan, Jellal parecia estar impaciente.


– O que você quer? - perguntou ele, a voz abafada pelo lenço em volta da parte inferior do rosto.


– No momento, suas roupas - disse Jereffer, enquanto desprendia seu manto de penas com um movimento fluido.


– Explica?


– Sim, mas temos pouco tempo, então, ás roupas - disse Jereffer enquanto puxava a camisa pela cabeça.


Jellal tirou o capuz e o lenço lentamente.


– Pode começar a explicar - disse ele sarcasticamente.


– Eu estou sendo legal com você, tem uma Erza lá fora que pagou por um beijo, mas meus lábios já estão quebrados demais - disse ele dando um sorriso torto - Não quer fazer uma substituição?


Aquilo trouxe todo o sangue de Jellal para o rosto.


– M-mas como?


– Se meta nas minhas roupas, um truque ou outro e você estará o suficientemente parecido comigo, mas ainda parecido o suficiente com você mesmo para ela te reconhecer...


– M-mas como?


– Você por acaso é uma vitrola quebrada? Magia de ilusão é a minha especialidade, meu caro projeto de aborto - disse ele, enquanto ajeitava as roupas - Eu sou mais alto que você, mas você é mais largo, então alguns ajustes são necessários, mas de qualquer maneira, você só vai ficar alguns minutos lá fora, então...


Com um movimento dos dedos, alguns selos mágicos surgiram. A tatuagem de Jellal sumiu e reapareceu no rosto de Jereffer, os cabelos de Jellal se espetaram para cima como se ele tivesse levado um choque, e se escureceram nos diferentes tons de negro, enquanto os de Jereffer caiam para o lado e se tornavam azuis.


– O encantamento de troca-pele - disse Jereffer amigavelmente enquanto vestia a capa esfarrapada de Mystogan do Jellal e colocava a mini touca que obscurecia tudo menos os olhos - Isso acabou de levar a praticamente zero o meu poder mágico, e só vai durar quinze minutos, e então alguns traços vão voltar a se tornarem evidentes, então vá logo!


– E o que eu faço depois desses quinze minutos? - perguntou Jellal, e os olhos negros e gelo de Jereffer brilharam de divertimento.


– Eu não sei, mas eu recomendaria você correr - disse ele dando os ombros e apanhando os cajados mágicos que Jellal trazia consigo para completar a fantasia e saía pela porta traseira da tenda, sem mais nenhuma palavra.


Jellal trincou os dentes, enquanto prendia a o tapa-olho no lugar.


– Maldito - resmungou ele, enquanto ajeitava o fecho da capa no broche de corvo que a segurava em volta do pescoço. A ponta se arrastou pelo chão, mas ele não tinha como resolver isso.


Dar o primeiro passo foi o mais difícil, as roupas do outro mago não haviam sido feitas para ser usadas justas, mas ficam justas em Jellal. Com um andar semelhante ao de um pinguim, ele saiu da barraca.


Erza estava com uma vermelhidão bem marcada nas maçãs do rosto, e seus olhos se esbugalharam quando seu olhar se encontrou com o dele “Será que ela me reconheceu, ou apenas estranhou um olho castanho onde um olho gelo estava agora pouco”.


Os lábios dela começaram a formar as letras “Je...” e ele a beijou.



De cima de um telhado, o encapuzado mago sorriu “Eu espero que ele tenha o bom senso de ser rápido, ou a pobre garota vai ter muito o que explicar para as amigas”. Quando aquilo se estendeu por um tempo absurdo, Jereffer riu.


– E depois dizem que eu sou o louco da guilda - ele puxou um dos cajados mágicos das costas, e apontou para a fila “Sleep Wave”.




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Notas finais do capítulo

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