Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 79
Time Skip: Ancient Spells


Notas iniciais do capítulo

Yo, Leitoras maravilhosas! Aqui está o antepenúltimo cap desse mini-arco.
A tradicional imagem fofa:
http://25.media.tumblr.com/tumblr_m77nyh3P301r81qzlo1_500.jpg
Sem mais, Enjoy



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/192957/chapter/79

Um repórter freelancer assistia a negociação entre os dois magos vindos de Fiore, da guilda número um daquele continente.


O regente da cidadela de Fornost não podia usar uma guilda do próprio Continente Norte para defender a cidade, afinal, nenhuma guilda gostaria de atrair o ódio dos invasores contra si. E aqueles magos também sabiam, e o preço que cobrariam não poda ser chamado de menos que extorsão.


E ele também se interrogava de que apenas dois seriam o suficiente. Era um fato popularmente conhecido que soldados armados com armas comuns, exceto por oficiais, que geralmente conheciam alguma forma de magia, eram vulneráveis contra magos de guildas, que ganhavam a vida lutando e aprimorando sua magia, mas apenas dois...


O jovem loiro parecia bastante promissor... mas toda aquela arrogância podia ser vazia, se bem que ele tivesse uma reputação E fosse um Dragon Slayer, uma coisa difícil e uma coisa rara. Sua companheira, uma albina vestida em penas e com um molho de chaves preso a cintura não parecia tão promissora.


– Sim, além do adicional de 50% de qualquer coisa encontrada no acampamento, vocês também terão o título de “salvadores do cidade” - disse o grisalho e entediado homem sentado no alto trono de pedra, que em sua imensidão, fazia o homem parecer mais franzino do que a idade realmente o deixara - Estamos a dois dias barganhando!Se vocês demorarem um pouco, a cidade já terá sido saqueada!


– Com isso você não deve se preocupar, nós da Sabertooth... - começou Sting, quando o barulho das colossais portas sendo abertas.


Uma figura solitária surgiu no vasto corredor, montada em um cavalo que parecia mais um urso de tão largamente constituído. Seu cavaleiro não podia fazer mais contraste, mas ninguém teve muito tempo de pensar nisso enquanto ele esporeava a montaria para se aproximar do trono.


– Foi daqui que um pedido de ajuda de emergência foi enviada a Fiore - perguntou uma voz causal vinda de dentro do elmo, a viseira foi levantada, mostrando um olho negro e um tapa-olho, enquanto o mago deslizava da sela com um movimento fluido. Ele vestia uma camisa com mangas sob um colete tachonado com ferro, apesar do terrivel frio que fazia.


– O pedido já havia sido aceito... mas eu não sou muito exigente - disse o regente com uma pitada de bom humor. O sotaque do cavaleiro remontava um levíssimo toque do norte - Quem é você, meu caro?


Baelfyre tirou seu elmo com as duas mãos e fez uma meia reverência.


– Temos que começar com uma pergunta tão difícil? Quem sabe quem realmente é? - perguntou ele em um tom poético - Mas deixando as frescuras de lado, eu tenho a honra de ser Baelfyre Blindhawk, atualmente a soldo da guilda de magos Raven Tail.


– Isso soa estranhamente mercenário - bufou Sting com escárnio.


– Todo mago É um mercenário, garoto-lagartixa, a diferença é que tem laços fortes com a origem básica do seu dinheiro - disse ele com um sorriso zombeteiro - Mas eu não fiz uma longa viagem desde Poleiro do Corvo até aqui para debatermos a filosofia de magos e guildas. O pedido era muito extenso e florido, mas resumidamente, você quer aquelas patéticas figuras com todas aquelas bandeira flutuantes longe dos seus portões, certo?


– Em poucas palavras, sim. É capaz de fazer isso?


– Não - disse ele com um suspiro, enquanto abria seu alforje e começava a tatear em busca de algo - Como eu seria capaz de fazer algo que já foi feito anteriormente? Nenhum ser humano pode.


Sorrindo, ele atirou uma manopla aos pés do regente.


– Isso é... - perguntou ele se inclinando para pegar o objeto.


– O sinal de submissão do Senhor Comandante das Forças Invasoras do Leste - disse ele tudo em um fôlego só - A única aptidão do homem é ter decorado esse nome inteiro e conseguir falar ele sem pausas. De qualquer maneira, ele está em retirada.


O rebuliço na mesa do conselho, que ficava na parte esquerda do salão, foi instantâneo.


– Como? As hostes... - começou o pequeno e calvo administrador financeiro, mas o mago acenou para que ele esperasse.


– Sim, parecem gigantes, mas um pequeno detalhe lhe escapa, o de que a maior parte daquelas forças são mercenários - disse o mago com um meio sorriso - Os Bravos Lanceiros são comandados por um conhecido meu que me devia um ou dois favores. A comandante Valentes Serpentes... bom, digamos que nos conhecemos... intimamente, assim como também as comandantes das Filhas da Floresta e Esplendor de Fogo. Eu subornei o chefe dos Filhos da Harpia e das Bestas de Bronze. Só sobraram a guarda-pessoal do comandante, uma centena de homens e a Companhia do Tigre.


– Eu diria que ainda assim, seriam pelo menos quinhentos guerreiros - concluiu o mesmo administrador com as sobrancelhas arqueadas em descrença.


– 500 lebres assustadas, eu diria - a sala ficou escura por um momento, e terrivelmente fria. Com um aceno de dedos, o lugar voltou ao normal. Bael deu um sorriso maligno - E por sorte, eu sou bastante bom eu assustar pessoas. Eu disse que a luta terminou? Se dei essa impressão, peço perdão. Alguns daqueles idiotas ainda estão brandindo suas armas cegamente contra os vultos com foices que eu os fiz ver. Alguns são tão covardes que eu cogitei uma ilusão com mulheres vestidas de empregadas, mas seria cruel demais.


– Então, a cidade está livre?


– Como um pássaro saindo do ninho... ou não, alguns pássaros caem ao tentar voar - ele riu - Considere seu patético de desesperado pedi... digo, trabalho oferecido, concluído.


– Um pedido sobre o qual sua guilda não enviou uma notificação aceitando - lembrou rigidamente Sting.


– Sim, e eu suponho que a recompensa precisa ser acertada, não tivemos tempo de elaborar uma proposta adequada - disse o regente em um tom cansado.


Sting olhava para o regente, e depois para o mago recém chegado, tentando assimilar quando ele começou a ser totalmente ignorado.


O mago da Raven Tail, para a surpresa geral, balançou a cabeça em negação.


– Não é necessário. Em uma versão bonita para ser gravada como minha citação é que eu cumpri meu dever patriótico, mas na versão real dos acontecimentos, foi a quantia que eu recebi do apavorado Senhor Comandante para poupar seus nobres soldados é o suficiente para satisfazer até o mais ganancioso dos magos - disse ele de forma divertida - Eu não mataria ninguém realmente, mas é uma coisa ótima que eles não saibam disso. Dê a recompensa que você achar adequada para a Sabertooth.


Aquilo fez um silêncio perplexo cair sobre todos no local.


– Bom, considerando a barganha de peixeiro, eles devem estar desesperados por dinheiro - disse ele, colocando um pé no estribo e saltando com uma surpreendente leveza para a sela do cavalo - Longe de mim tomar moedas de um pedinte. A que horas a Biblioteca abre?


– Sempre está aberta - disse o regente, enquanto suspirava diante das peculiaridades do salvador da cidade - Bata cinco vezes na porta para que alguém venha atendê-lo. Se não funcionar, bata novamente e grite.


Baelfyre, assentiu, e esporeou o cavalo, que se dignou a lançar uma rajada de bosta aos pés dos magos da Sabertooth antes de partir em disparada.



No canto da sala, o repórter freelancer estava quase as lágrimas de riso.


– Cumprir uma missão insamente difícil, escarnecer a força e dignidade da Sabertooth... isso vai causar um senhor rebuliço - murmurou ele enquanto escrevia com velociade todos os detalhes antes que algum fosse perdido.



___________________________________________________________________________



Mesmo por trás das grossas paredes da biblioteca, o frio atacava até os ossos naquele lugar, pensou Jereffer enquanto fechava seu casaco de forma mais apertada.


Apesar de toda aquela pantomima que ele realizara, pouca verdade naquela resistência. Ele realmente havia nascido no norte, mas vivera quase toda sua vida em Fiore, onde mesmo no inverno o clima permanecia humanamente suportável.


Ele tentava virar as páginas com as grossas luvas que usava quando seu mobilacrima começou a vibrar violentamente. Deu trabalho alcançá-lo.


– Desembuche Taurin, eu tive que despir meia dúzia de agasalhos para encontrar meu comunicador - disse ele colocando-o na orelha - Rápido antes que eu congele.


“Você pode me explicar por que um reporter acabou de me enviar uma matéria onde você surge inesperadamente e faz magos da Sabertooth parecerem idiotas?


– Não é culpa minha, eles já são idiotas sem minha ajuda - disse ele com indiferença - Isso deveria me preocupar por algum motivo?


“Eles são..." - começou ela, mas ele interrompeu.


– Perigosos? Fortes - ele gargalhou - No dia em que eu começar a temer essas ridículas caricaturas egocêntricas de magos vai ser no mesmo em que eu vou adotar o celibato e me tornar um eremita.


“Certo, você nunca tem nada a temer... mas e a sua guilda? Cada mago da Raven Tail por aí vai ser desafiado e..."


– Minha guilda ainda tem espírito de Dark Guild, eu sou o único que me pavoneio por aí - lembrou ele - E o bem estar de meus companheiros da Raven está um pouco abaixo de aprender a arrotar o alfabeto na minha lista de prioridades.


“Então...você acha sábio eu publicar isso?” - perguntou ela confusa com aquela forma de pensar.


– Faça e seja bem sensacionalista, ganhe muito dinheiro, estoure as vendas - sugeriu ele - Eu não me finjo de meio louco para agir de forma sábia!


“Eu devo lhe lembrar que você É meio louco?” perguntou ela brincalhona.


– Você fere meus sentimentos - disse ele dramaticamente - Tenho de desligar, estou prestes a fazer uma grande descoberta.


“Ok, até alguma hora então. Amo você”


– Mentira, você é incapaz de amar qualquer coisa que não tenha uma vagina - disse ele em seu habitual tom entediado, e ambos riram juntos.


“Eu havia me esquecido desse detalhe” brincou ela “Faça sua descoberta, não é isso que você sempre faz depois do almoço?”


“Só nas terças-feiras” disse ele, enquanto um trecho daquela volume sobre magias de proteção lhe dava idéias “ E hoje é terça”.



______________________________________________________________________



Meredy comia uma fatia de bolo e asstia a um filme romântico, mas a sua principal fonte de entretenimento era a ressaca mal-escondida de Ultear.


Ela se lembrava de uma ou duas ocasiões semelhantes no passado, mas aquela tinha uma intensidade totalmente diferente.


Tinha que ser dito em defesa de sua mãe adotiva que ela tinha um raciocínio veloz o suficiente para inventar uma desculpa logo depois de acordar para o motivo de sua aparência... mas não para o motivo de estar dormindo no quarto do Jereffer.


E agora ela aguentava a dor de cabeça de forma tão discreta quanto a de uma velha ranzinza.



A cabeça de Ultear doía como se tivesse sendo usada como salão de festa para seus neorônios, e eles estivessem comemorando o ano-novo ou coisa do tipo.


E para contribuir, os alarmes de porta comçearam a soar, irritantemente altos.


– Por que temos mesmo um alarme se ninguém nunca o desativa para entrar? - perguntou ela aborrecida.


– Foi gratuito, incluso no sistema de segurança - lembrou Meredy amigavelmente.


– E não há nada mais divertido que acordar em um cochilo vespertino do que com o som de alarmes de emergência - disse Jereffer atravessando a porta e pendurando o casaco em um objeto que provavelmente estava destinado a pendurar chapéus e era inutilizado.


– Je-nii, você voltou depressa - disse ela surpresa, enquanto ele pousava um pesadíssimo livro em uma mesa de canto. Ela saltitou até ele e lhe deu um abraço que poderia passar facilmente pelo golpe quebra-pescoço.


– Eu não faço o tipo nostálgico, e aquele maldito frio estava congelando meus rins - disse ele, enquanto continuava a tirar outras camadas de roupas de frio. Ele só conseguiu concluir essa tarefa despois de desgrudar ela.


– Já que você está de volta... - começou ela arquando as sobrancelhas, mas ele riu e deu-lhe um tapinha na cabeça.


– Eu não me esqueci, parabéns pela sua sutileza, pequena - disse ele ele sorrindo - Agora permita-me ir tomar um banho, tem mofo crescendo nas minhas costas, eu temo.


Ele caminhou o resto da sala e se inclinou para sussurar para Ultear.


– Você parece terrível, mas tenho uma notícia que quase vai te deixar melhor - disse ele com um ar misterioso.


– Você vai se mudar para o Continente Sul? Se voluntariar para testes de Eutanásia?


– Melhor que isso - disse ele ignorando a piada ácida - Sua bêbada e tola esperança estava correta. Tenroujima não foi aniquilada.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários? Patadas? Golpes congelantes?