Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 78
Time Skip: Promises


Notas iniciais do capítulo

Yoo! Mesmo com o fantástico número de 1 comentário, eu não desanimo tão fácil, e aqui está mais um cap.
A tradicional imagem:
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Sem mais, Enjoy



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Algumas semanas depois.


Naquela noite, Jereffer voltou para a nave sozinho.


Meredy passaria mais alguns dias como a adorável Melody da Mermaid Heel, para compensar algumas semanas em que ela havia passado sem ir lá nenhuma vez.


Assim que ele entrou no hall depois do túnel de entrada, viu uma nota rabiscada do Jellal dizendo para não tirar a nave do curso, que ela estava programada para seguir para a cidade onde ele pretendia investigar as atividades de uma Dark Guild.


Ele já estava pensando na ótima oportunidade que ele tinha de beber até cair e chamar alguma... companhia feminina, quando notou que aquela mensagem não fazia menção de Ultear acompanhá-lo.


Orando silenciosamente para encontrar a nave vazia, ele foi averiguar os outros andares, e para a sua infelicidade, ela estava na cozinha. Para sua diversão, ela estava adormecida com a cabeça caída por cima da mesa, uma mão ainda agarrada a uma garrafa de vinho.


– Ultear, você está bem? - perguntou ele dando uma sacudida no ombro dela. Ele não se lembrava de já ter a visto bêbada - Acorde!


Ela resmungou alguma coisa e voltou a dormir, ao se aproximar mais, ele notou o cheiro de diferentes tipos de bebida, Ao que parece, ele havia esmagado a resistência, mas não fora o único soldado em campo.


– Certo, hora de eu fingir ser uma pessoa responsável - disse ele, arrancando a garrafa dos dedos sem força dela, e passando o braço pela barriga dela, antes de levantá-la.


– Me solte - resmungou ela, enquanto era carregada.


– Não me tente - disse ele divertido, enquanto resfolegava ao carregá-la escada acima. Ele se viu em um impasse ao chegar na frente da porta do quarto dela.


Jogando a sobre o ombro como se fosse um saco de nabos, ele usou as duas mãos para forçar as portas. Ele não conhecia a senha de acesso dela, e nem achou que ela estivesse em condições de se lembrar.


Mas o sistema e segurança se mostrou superior a sua forma física, ele se sentiu doente só pensar que subir aquelas escadas foram em vão.


Penosamente, ele se dirigiu ao próprio quarto, a cabeça de Ultear colidindo com as suas costas a cada passo que ele dava. De alguma maneira, aquilo não a acordou.


Ele não precisou de muito esforço para se abrir a porta do seu quarto, as senhas eram sempre coisas fáceis, como nomes de livros. Ele a depositou pesadamente na cama, puxando o lençol um pouco antes.


– Se precisar vomitar, faça isso no lençol e não no meu tapete - pediu ele, enquanto ia em busca do seu kit para a sobrevivência bêbada. Ele nunca precisara, altas doses de álcool o limitavam a o deixar mais calmo, mas era prudente sempre saber onde havia um daqueles.


Quando ele retornou, ela estava quase acordada.


– Beba - disse ele estendendo uma garrafinha plástica. A cada gota que ela bebeu, duas outras escoriam pelos lábios mal-abertos, mas depois de algum tempo bebendo, ela tossiu, afastando a garrafa de si.


– Amargo - grunhiu ela, enquanto esfregava os olhos.


– Sim, é xarope de açúcar concentrado, isso reverte o efeito afinante do álcool no sangue, trazendo alguma lucidez a cabeça - Por que diabos você bebeu tanto? É algo que eu faria, o Jellal faria... eu faria novamente, mas você?


Ela esfregou os olhos novamente, o rosto totalmente vermelho, mas devido à bebida.


– Quem é você? - perguntou ela apontando, com a voz grogue devido ao álcool - Oh, é só você Jeref. O que você está fazendo aqui?


Ele abriu a boca, tendo em mente responder que aquele era o seu quarto, mas ela se respondeu, como é comum em pessoas pouco lúcidas.


– Ah, já sei, você veio olhar a parte íntima do meu guarda-roupa, não foi? - disse ela com um gesto de cumplicidade - Seu grande pervertido! - aquilo veio acompanhado do que deveria ser um tapa de brincadeira no rosto, mas bebadamente calculado, quase o derrubou da cadeira.


Ele esfregou a bochecha vermelha, mas que ainda não competia com a vermelhidão alcoólica de Ultear, que ria sem motivo explicável.


– Ul, o quanto exatamente você bebeu? - perguntou ele calmamente.


– Você está indo rápido demais! Como você presume... - ele aproveitou o discurso sem sentido e se aproximou da boca dela, dando uma inalada. Ele se afastou com os olhos lacrimantes, era duas vezes pior que o cheiro da mesa.


– Absinto, vodka, whisky... você pretendia entrar em coma alcoólico?


– Eu estava pensativa, e agora eu estou feliz! - disse ela alegremente, fazendo ele rir. Ele estava se afastando quando a mão dela pousou na cabeça dele.


– Oooh, é incrivelmente macio - disse ela, a voz tão engraçada que ele quase caiu na gargalhada novamente. Ela ficou deslizando a mão pelo cabelo dele.


– Eu pensei que era espetado... - disse ela, os dedos se torcendo entre os fios. Ela começou a dar tapinhas na cabeça dele - Que divertido!


– Certo, Ul, largue o meu cabelo um tantinho - pediu ele, e a bêbada atendeu com um olhar curioso. Ele deslizou com a cadeira para o lado até alcançar sua mesa de cabeceira. Lá dentro, ele apanhou seu mobilacrima, um comunicador que tinha diversas funções, incluindo filmagem. Estavam se tornando a moda, mas isso não era relevante no momento.


Ele ativou a função filmagem.


– Olá, está na hora da entrevista com a maga do tempo - disse ele, fazendo um falsete de voz de narrador - Você está se sentindo bem?


– Aye! - disse ela animadamente, levantando uma mão, como segundo indicador.


– Você está feliz?


– Aye!


– Você está incomensuravelmente bêbada?


– Ay... incomensouquê?


– Significa “pra caramba” - explicou ele.


– Aye!


– Ultear, não fique muito irritada ao ver isso, foi apenas uma pequena coleta de provas - disse ele, virando a câmera para a própria cara.


– Com que você está falando? - perguntou ela inclinando a cabeça, uma interrogação flutuando sobre a cabeça.


– A Ultear do futuro que verá isso - explicou ele, fechando o aparelho, dando fim a filmagem - Agora durma, é a única maneira de... E MANTENHA SE VESTIDA!


A maga do tempo largou o zíper da sua blusa e bufou.


– Está calor - reclamou ela com a voz grogue e infantil.


– Você irá sobreviver, enquanto eu não, caso eu deixe você fazer isso - brincou ele - Seria mais inteligente pedir autorização a um peixinho, mas eu vou fazer: posso descobrir a origem filosófica dos pensamentos que deram origem a essa tsunami destilada?


– Quê?


– Deixa pra lá - disse ele encostando dois dedos na têmpora dela. Seus pensamentos estavam tão bêbados que procurar algo era como tentar fazer um amontoado de folhas perto de um redemoinho.


– Suas mãos estão frias - reclamou ela, se afastando.


– Elas sempre são assim - disse ele afastando as mãos e dando-lhe um sorriso de solidariedade. Ela estava tão encharcada de álcool que não se lembraria de nada, de qualquer forma - Eu não sabia que Tenroujima ainda lhe perturbava.


– É que... - disse ela parecendo profundamente perturbada.


– Se eu não souber seu motivo idiota, eu não zombarei dele mais tarde - interrompeu ele com um suspiro - Ultear, eu não gostaria menos que você que aquilo não tivesse acontecido, mas da mesma maneira em que eu não tento acreditar que meu braço perdido está por aí, você não deveria se agarrar a esperanças tão... tênues, consegui encontrar uma palavra erudita que deixe isso mais suave.


– Se...


– Eu já pesquisei, eu já procurei, antes que você sugira - disse ele, mas ela continuou com aqueles olhos úmidos de bêbado emotivo - Ok, certo, pelo inferno. Eu prometo procurar, pesquisar e rastrear maneiras dele estar vivo mais uma vez, se faz tanta diferença para você.


– Prometa - disse ela, estreitando os olhos devido a suspeita de estar sendo ludibriada.


– Eu prometo - disse ele com um suspiro.


– Obrigado - disse ela animadamente, se levantando na cama. Ao que se podia supor, ela partiria para um abraço bêbado, mas se enroscou e caiu antes disso.


– Certo, certo, dá próxima vez que você for encher a cara, arranje uma desculpa mais carnal - disse ele a colocando novamente na cama - Eu vou até a biblioteca, não saia desse quarto, não vomite no meu tapete e NÃO TOQUE NO PIANO - concluiu ele, dando bastante ênfase no final da frase.



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Meredy achou a nave estranhamente silenciosa quando chegou naquela manhã. O primeiro lugar onde foi procurar sinais de vida foi a cozinha. Encontrou algumas garrafas vazias em cima da mesa, um sinal bastante preciso.


“O Jer voltou” pensou ela. Caso ele não estivesse dormindo, e sabendo que ele não estava na cozinha, ela foi procurá-lo em seu segundo habitat.


A biblioteca ficava no porão onde ele havia se alojado em seus primeiros meses com eles, um lugar de teto baixo e paredes lotadas, que passava uma estranha sensação de confinamento, mas ainda sim parecia ser para ele uma espécie de SPA de relaxamento.


Ela o encontrou sentado em uma das poltronas, totalmente absorto em um pesado e amarelado livro que estava em seu colo.


A forma como ele apertava os olhos para se focar nas letras denunciava a quantidade de tempo em que ele estava dedicado àquilo.


– Passou a noite toda lendo novamente, Jer-nii? - perguntou ela debruçando-se sobre o encosto da poltrona para espiar sobre o ombro dele. O livro não tinha nenhuma figura.


– Depende, já é de manhã? - perguntou ele rindo - Eu acho que eu deveria dizer algo como “bem vinda de volta”?


– Não, etiqueta social nunca foi a sua cara - riu ela enquanto se sentava junto dele na poltrona - O que você está lendo?


– Nada de interessante, apenas uma pesquisa - disse ele fechando o pesado livro - Mas essa é uma versão incompleta, então até agora minhas descobertas foram vagas.


– Se isso é algum tipo de livro antigo, você deveria procurar uma outra cópia na Grande Biblioteca, em Fornost - sugeriu ela pensando - Se bem que Fornost está sitiada a semanas, é provável que tenha caído perante a invasores, o que pode tornar isso perigoso.


– Espera, sitiada? - mesmo agora tendo uma personalidade pública, Jereffer não fazia o tipo que assistia noticiários inteiros.


– Sim, significa cercada. Eu suponho que um pedido de ajuda também tenha chegado a Raven Tail - disse ela, surpresa por ele não saber.


– Eu nunca presto atenção nos pedidos internacionais, viajar dá bastante trabalho por meios comuns - disse ele dando os ombros.


– Bom, se a Sorcerer não estava fazendo alarde vazio, a Sabertooth enviou magos para tratar disso - disse ela. Ela estreitou os olhos ao notar a expressão dele - Mas você vai lá mesmo assim.


Ele sorriu enquanto se levantava, ela o conhecia bem.


– Invasores tem o desagradável habito de queimar símbolos culturais, e não existe atrocidade maior do que queimar livros - disse ele enquanto enchia sua bolsa de cinto com algumas coisas que poderiam ser necessárias - E eu não vou confiar a segurança desses pobres livros na mão de algum idiota nariz-empinado com um gato dentuço tatuado no corpo.


– Posso ir com você? - perguntou ela, mesmo já sabendo a resposta. E fez sua melhor cara digna de piedade.


– Não, mas eu prometo que quando eu voltar, nós destruímos uma guilda juntos - ao ver que isso não apaziguara a expressão magoada - E também vamos a alguma missão, qualquer uma que você quiser.


– Promete?


– Estão falando muito isso ultimamente - disse ele revirando os olhos - Eu prometo.




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Notas finais do capítulo

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