Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 80
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Notas iniciais do capítulo

Yo, Leitoras Maravilhosas!
Postando o cap rapidinho porque estou meio sem tempo.
A tradicional imagem fofa:
http://24.media.tumblr.com/tumblr_m7c56mnDra1rbs5emo1_500.jpg
Sem mais, Enjoy



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Jereffer estava fazendo seu esfolamento mensal quando Ultear entrou em seu quarto. Trazendo Jellal a reboque.


– Hey cara - cumprimentou ele com os olhos fechados e sem se mover. O único sinal de que ele estava vivo era as mãos apertando violentamente o local designado a elas - Não sabia que você estava na nave.


– Eu não estava, a Ultear me contatou - disse ele com impaciência, puxando a cadeira mais próxima e se sentado ao lado da maca. Ultear pretendia fazer o mesmo, até notar que as roupas dele estavam empilhadas em um monte ao lado do chão.


– Não se preocupe Ul-chan, eu estou o suficientemente vestido para que você não seja seduzida- zombou ele - Agora perguntem o que tem que perguntar, eu estou um tanto ocupado aqui.


Bufando, ela se aproximou, mesmo que a visão do sangue que escorria em abundância devido aos golpes da máquina açougueira que ele chamava de “maquiadora”. Ele jogou uma toalha para complementar o “suficientemente vestido” que a boxer lhe proprocionava e se levantou um pouco. O rosto expunha muitas coisas nojentas que deviam ficar debaixo da pele.


Por algum motivo, entre aqueles pedaços de pele cortada e sangue, ele se parecia mais consigo mesmo.


– Não é algum motivo, essa é a minha real cara - disse ele, indicando que os pensamentos de ninguém ali estavam seguros, enquanto secava o sangue com alguns gomos de algodão - Baelfyre está, para o mundo, fazendo a longa viagem de volta do Continente Norte. Isso me dá algum tempo para viver na minha própria pele.


– Ok, podemos voltar ao assunto em pauta?! - pediu Jellal agoniado - Notícias sobre Tenroujima.


Jereffer deu-lhe um largo sorriso irônico.


– A última vez que eu te vi tão agoniado foi quando eu te prendi em um quarto com aquela ruiva, Jelly-chan - ele fez uma pausa com um ar sabedor, para dar tempo de Ultear arquear as sobrancelhas em uma pergunta muda - Mas certamente isso não vem ao caso. Sim, meus dois tolos agoniados, Tenroujima ainda existe.


Ambos assentiram enfaticamente para a noticia.


– E...? - disse Ultear sinalizando para que ele prosseguisse.


– “E” o quê? - perguntou ele fingindo confusão, apenas para irritá-los.


– Onde ela está, por que ela sumiu, o que aconteceu com as pessoas que estavam nela... você pode começar por qualquer uma dessas questões - sugeriu Ultear, parecendo apenas precisar de mais um motivo para esganá-lo.


– Como vocês esperam que eu saiba? Essa magia é muito mais antiga e profunda que a minha, envolve sentimentos– disse ele como se aquilo fosse algo realmente muito ruim - Eu posso levar semanas para compreender o que diabos aconteceu e como reverter.


– Então basicamente... você quase nos matou de expectativa por quase nada? - perguntou Jellal entre os dentes.


– Exatamente - disse ele alegremente - Agora mova seu traseiro daqui, eu preciso ter uma palavrinha com a Ul-chan, depois que ela sair, provavelmente espumando como um cão raivoso, volte.


Jellal achou que não valia a pena perguntar.


Jereffer teve a delicadeza de esperar a porta se fechar para começar a gargalhar.


– Eu realmente gostaria de ouvir você interrogando o Jellal sobre isso - disse ele enquanto parava parar tomar fôlego - Mas pondo de lado o assunto sobre seu instinto mamãe-estressada, você viu o pequeno vídeo que eu deixei para você?


Ela rangeu os dentes com tanta força que Jereffer achou conseguir ouvir.


– Sim, eu vi - disse ela entre os dentes - Eu devo lhe agradecer ou te matar?


– Eu preferia a primeira opção, mas você também pode optar por nenhuma - disse ele, enquanto ia apanhar roupas limpas - Nem mesmo eu fico tão bêbado quando estou na nave, em virtude do quesito mau-exemplo. Eu posso recomendar você encher a cara em outro lugar?


– Não, de você eu não irei ouvir isso - disse ela irritada - E eu nem pretendo que isso se repita, eu só... que cada copo motivou o próximo.


– Eu sei, não foi uma reprimenda - disse ele, enquanto deixava a toalha cair para entrar em suas calças. Ultear mudou o foco de seus olhos para a janela - Eu conheço essa sensação, e geralmente isso acaba com eu acordando ao lado de alguma desconhecida no outro lado do país. Já pode se virar, eu já estou vestido.


Ela bufou e se virou.


– Você me manteve aqui por algum motivo ou foi apenas para fazer suas péssimas piadas?


– Nenhum em especial, só queria te irritar um pouco - disse ele dando os ombros e pegando algo em uma gaveta do criado mudo - Tome isso para essa dor de cabeça, eu fiquei tonto só de ler sua mente.


Ela lhe apanhou a cartela de comprimidos no ar.


– O que é exatamente isso?


– Remédio caseiro para ressaca, uma mistura de curas individuais em uma só - explicou ele - A solução definitiva para pessoas de inteligência duvidosa ou determinação questionável.


– Obrigado... eu acho - disse ela.


– Sem problemas - disse ele abanando a mão - Agora que eu já consegui lhe irritar um tantinho, você poderia chamar o Jellal?


– Qualquer coisa para sair de sua companhia - aquela era sua forma amigável de dizer tchau.



Jellal percebeu que devia ter demorado ao fazer um lanche, pois quando entrou no quarto novamente, Jereffer dedilhava preguiçosamente seu piano.


– Se você demorasse mais um pouquinho eu já teria recomposto a Sétima Sinfonia - disse ele revirando os olhos - Sente-se. Aceita uma bebida?


– Não, obrigado - disse ele abanando a cabeça. Ele ainda estava mais que um pouco ansioso devido a esperanças subitamente inflamadas - O que você queria dizer?


– Eu vou ver o que aconteceu com aquela ilha, mas mesmo eu, por mais que seja impossível de imaginar, falho ocasionalmente - disse ele, enquanto se levantava do piano e ia fazer algumas coisas enquanto falava- E não há nenhuma garantia sobre o que aconteceu com eles por esses... quantos anos fazem?


– Sete, ou tão próximo disso que não faz diferença - disse Jellal, enquanto o outro mago gesticulava para que ele esperasse um momento, enquanto colocava uma lente para encobrir seu olho assustadoramente claro.


– Sim, e você nunca deixou de acreditar que a sua Erza está viva de alguma forma - disse ele enquanto piscava os olhos para ajeitar a lente - Não precisa responder, eu leio mentes.


– Aonde você quer chegar?


– Você já entendeu não é? Será tudo ou nada. Você pode sobreviver ao nada? - perguntou ele sombriamente.


– Ninguém morre de tristeza - disse Jellal encarando o chão.


– Não, mas faz toda sorte de absurdos e loucuras, conheço um ou outro exemplo - ele sorriu - Tente não enlouquecer. Lembre-se que os motivos para viver não mudam, só ficam menos interessantes.


– Obrigado pelo sábio conselho - disse ele revirando os olhos, enquanto via o mago usar um spray de tinta preta no próprio cabelo, para esconder sua mecha branca e área cinza-escura características.


– Eu posso pensar em mais um ou dois - disse ele dando os ombros, enquanto apanhava uma capa - Estou saindo para beber, quer vir?


Jellal arqueou as sobrancelhas para o mago na sua frente, que já não tinha nenhuma semelhança com aquele chato e famoso mago da Raven Tail que estava em todas as revistas.


– Temos bebida aqui - lembrou ele.


– Eu vou passar uma missão inteira com a Meredy, eu preciso de algo um pouco mais forte do que qualquer coisa que tenhamos na cozinha - disse rindo, deixando Jellal confuso.


– Eu achei que você gostasse dela - disse ele sem entender.


– Eu gosto! Eu gosto daquela pirralha mais do que eu seria capaz de expressar - respondeu ele sorrindo - Mas gosto muito pouco de fazer compras, ato que, de alguma maneira, sempre surge nas nossas missões quando ela é quem escolhe.


– Faz bastante sentido - admitiu Jellal concordando.



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Na noite do outro dia...


Meredy soltava um som curiosamente semelhante ao ronronar enquanto dormia apoiada no ombro dele, mas Jereffer não prestava mais atenção nisso do que em tudo ao seu redor. Seus olhos estavam em uma prancheta em seu colo.


Ele tentava encontrar uma ligação entre dois conscientes ali anotados quando a cabeça dela escorreu, provocando seu despertar.


– Uh, eu dormi aqui? - perguntou ela sonolenta, esfregando os olhos.


– Por algumas horas - disse ele sem tirar os olhos do que estava fazendo - Eu tentei te levar para a cama, mas você resmungou e praguejou quando eu fui te levantar. Deve ser a exaustão de perseguir pôneis o dia todo.


Ela sorriu adoravelmente.


– Não vá dizer que você não se divertiu, Je-nii? - disse ela se levantando e esticando o corpo que ficou meio dobrado no estreito sofá;


– Eu pretendia, mas achei que isso te magoaria. Minha parte preferida foi quando aquele equino do inferno resolveu escoicear minha coxa - ele sorriu - Vá para a cama, pequena. Se a Ultear descobrir que eu te deixei se aproximar de criaturas perigosas E ficar acordada até tarde, eu serei esfolado.


– Eu achei que você tivesse pegado gosto pelo ato? - brincou ela, deslizando o polegar pela bochecha dele.


– Por mais que pareça impossível, não - riu ele, dando-lhe um beijinho na testa - Pronto sua criatura sentimental, agora você pode ir dormir.


– Já, Boa Noit... ou boa madrugada, Je-nii - disse ela se retirando - Fecho a porta?


– Sim, depois de muitas horas acordado, o conteúdo da cozinha começa a te tentar - disse ele se levantando e indo anotar mais algo em uma das três colossais lousas que ele posicionara ali.



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Na outra manhã...


Jellal havia jurado para si mesmo que controlaria sua ansiedade, mas tinha algo de perjuro nele, pois naquela manhã, ele mal havia terminado de engolir seu café e já estava se dirigindo até o quarto de Jereffer.


O mago de encarnação estava dormindo, ainda sentado em uma poltrona na mesma posição em que provavelmente ficara ao encarar três quadros-negros(que na verdade eram brancos e escrito com uma espécie de caneta) que estavam preenchidos quase totalmente de frases, símbolos e setas de ligação.


E absolutamente nada fazia sentido para Jellal.


– Acorde - disse ele sacudindo o ombro de Jereffer - Se você for dormir mais um pouco, você já pode emendar o próximo dia.


– Não seria uma má ideia - murmurou ele sonolento - Pode parar de me sacudir, Jelly-chan. Eu já acordei.


“Mesmo dormindo ele consegue zombar dos outros” pensou ele, com uma gota de suor escorrendo da parte traseira da cabeça.


Subitamente, Jereffer abriu os olhos.


– Não se mova - disse ele para Jellal, que estava parado na frente de uma das lousas. Ele espiou algumas informações que estavam escritas perto do braço esquerdo do mago, e depois deu a volta, para verificar a anotação em outra das colossais lousas, que era duas vezes mais altas que ele e pelo menos dez mais largas.


– Já posso me mover?


– Claro - disse Jereffer sacudindo a cabeça com paciência - Sabe ler grifos mágicos?


– Não, por que alguém escreveria usando essas coisas? - aquele era o nome elegante para as runas usadas em várias formas de magia.


– Eu não sei, mas a maioria dos livros antigos está escrita dessa forma - respondeu ele - Eureka! Se minha interpretação estiver correta... você deveria ir abrir uma garrafa de champanhe, eu preciso fazer uma visita antes de dar o veredicto, mas... parece que a tola esperança de vocês tem fundamentos.





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Notas finais do capítulo

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