O estilista que pareceu ter levado a sério as ameaças de Laxus lembrava assombrosamente o Element Four Sol, da antiga Phantom Lord, só que em uma versão mais feliz.

– Salut! Magos da Fairy Tail – disse ele alvoroçado – Devo presumir que estão aqui a pedido da Mademoiselle Mirajane?

– Sim – respondeu Juvia curiosa – Com licença, desculpe a curiosidade, mas você conhece um mag...

– Oui! – exclamou o estilista - Monsieur Sol é meu irmão, e se meu conhecimento não é falho, você deve ser Juvia Lockser?!

Natsu resolveu intervir, aquele ambiente hiperdecorado o deixava doente.

– Ela é – disse Natsu – Aquele encomenda que tínhamos que levar...?

O estilista deu um suspiro exagerado.

– Perdon!Perdon!- disse ele – Me sigam, por favor.

Natsu não pode evitar rir ao ver as peças em questão.

Tanto Levy quanto Juvia achavam que aquilo era pornográfico demais para alguém usar, mas a única coisa que ocorria a Natsu é que aquilo parecia ridiculamente fora de época.

– Um pouco exagerado para o inverno, na minha tola opinião – disse ele pescando a parte debaixo de um biquíni, que lembrava vagamente a pele de pantera.

– Non, Non, Non é a nova moda – disse o estilista convicto – É necessário um pouco de sofrimento para a se alcançar a beleza.

– Eu me lembro de alguém já me disse algo parecido – disse Natsu pensando – Devemos dar algum recado, além de levar isso?

– Oui! – exclamou o homem – Estamos mandando em múltiplos tamanhos, avise a Mademoiselle Mirajane que caso alguma de suas companheiras de guilda queiram posar também, basta nos falar – com isso, ele deu uma piscadela para Levy e Juvia, que mudaram para a cor vermelha mais rápido que um sinal de transito.

Natsu riu mais ainda.

– A Mira vai posar usando isso? Eu tenho de me lembrar de assinar essa revista – disse Natsu enquanto pegava a caixa – Já vamos indo, levaremos isso para a Mira em breve.

– Merci! – disse o estilista em um tom de pura animação – Tem certeza que não quer ver nossa linha esportiva? Sempre estamos precisando de magos para garotos-propaganda!

– Absolutamente não – disse Natsu com convicção.

Mesmo depois de eles saírem do luxuoso estúdio, Levy e Juvia ainda estavam em um estado de estupor vermelho e encabulado.

– Natsu – disse Levy – Eu vou colocar alguma roupa mais prática para o treinamento e procurar algum lugar para nos hospedarmos, vejo você mais tarde.

– Bom, eu pretendia ir a Catedral Metsume, então até depois – ao ver o olhar de curiosidade delas, ele ficou pasmo – Vocês realmente não notaram em que cidade estamos?

Mais olhares confusos.

– É aqui que fica o tumulo de Smaug, o Dragão – ao ver olhares confusos, principalmente o de Levy, que tentava se lembrar onde já ouvira aquele nome – Caramba, o maior mago de fogo da história...? - ao ver que elas ainda não pareciam saber de quem ele falava, ele continuou a enumerar – Morreu em combate singular com o Mago Negro Zeref... Podia usar Take Over em dragões...

Levy finalmente conseguiu se lembrar.

– Como eu sou idiota!É claro, essa é uma história famosa – disse Levy – Mas, de acordo a história, seu corpo se incêndiou quando ele morreu, como poderia ter um tumulo?

– É mais um memorial – disse Natsu – É um lugar fantástico, segundo dizem. Quer vir também, Juvia?

Juvia parecia relutante, e Levy riu quando notou o motivo.

– Ele não é um “inimigo do Gray-sama” – disse ela imitando a voz da Juvia enquanto fazia aspas com os dedos – Natsu, leve ela, e lhe de uma de suas aulas sobre os magos de fogo mais idiotas da história. Se ela não tirar essa cara assim, somente será possível através de magia cirúrgica.

Natsu riu.

Meia hora mais tarde, naquele mesmo dia, não muito longe dali....

A Catedral Metsume fazia parecer à catedral de Cardia de Magnólia um casebre de um mendigo, e era uma vista onipresente em toda a cidade.

Isso é só um pouquinho irônico.

Natsu havia acabado de terminar sua história sobre Pigwell, o tolo, quando eles chegaram no majestoso lugar.

– Esse lugar e muito bonito, Natsu-san – disse Juvia, a cabeça movendo-se para todos os lados – Você já tinha vindo aqui?

– Nunca – disse Natsu enquanto farejava – Mas a atração principal é por aqui.

Depois de muito andar pelo local, eles entram em uma área onde uma mesma estátua, de um mago alto de rosto severo, que usava uma roupa que se parecia com escamas, se repetia em ambos os lados das paredes.

– Esse deve ter sido o Smaug – disse Juvia, enquanto Natsu assentiu, parecendo ter pressa.

Quando chegaram ao centro da ala, faltaram palavras a Juvia.

Muito abaixo do nível do piso, através de uma abertura circular com parapeito, podia ver-se um lacrima.

Ele era usada para proteger algo que parecia ser um pilar de fogo ultra brilhante, que ficava ao lado de um esquife esculpida em pedra.

– O que exatamente é aquilo, Natsu-san? – perguntou Juvia protegendo os olhos.

Natsu olhava fascinado, ele parecia ver aquilo com muito mais detalhes.

– Esse é o final da história que a Levy citou - disse ele, ainda encarava o fogo fascinado – Quando Smaug percebeu que iria morrer, usou sua última mágica Fire Soul, isso consumiu o corpo dele, mas usa energia vital assumiu a forma da mulher que ele amava, como uma última homenagem.

Eles ficaram um tempo

– Uma história triste, triste e bonita – disse Juvia depois de um tempo – O que tem dentro da esquife, se o corpo se consumiu? E quem era mulher?

– A esquife está vazia, é representativa – disse Natsu – A mulher ninguém sabe, alguns dizem que foi Mavis Vermillion, a primeira mestra da Fairy Tail, mas é improvável, Zeref viveu a muito tempo, não acho que sejam da mesma época.

Natsu parou por um momento, observando mais precisamente a figura.

– É bonita – seus olhos de Dragon Slayer conseguiam distinguir traços através do brilho do fogo. – E já está queimando a quase 400 anos.

Juvia notou uma grande quantidade de letras brilhantes em volta do lacrima que protegia a estátua de fogo.

– Natsu-san, o que são aquelas coisas?

Natsu olhou pensativo.

– Alguns magos acreditam que se escreverem seus nomes usando sua magia e pronunciarem o nome das pessoas que gostam na frente desse símbolo de amor eterno, ficarão com as respectivas pessoas para sempre – disse Natsu – Mas é só uma superstição boba. Eu fiquei com fome, vou procurar algo para comer, quer....

– Pode ir, Natsu-san, eu te acho mais tarde – disse Juvia olhando para baixo com os olhos brilhantes.

Mal Natsu havia virado um corredor quando um relâmpago passou por ele, e Laxus apareceu ao seu lado.

– Bela história – disse Laxus rindo – Conseguiu a inventar na hora?

Natsu se fez de desentendido.

– Aqueles nomes – disse ele gesticulando – São só de pessoas que visitarem esse lugar e quiseram deixar sua marca, de onde tirou aquilo?

– Só uma pequena mentira para melhorar a confiança dela – disse Natsu dando os ombros – O mestre diz que orações, sorte, pedidos e coisas do tipo são magias que funcionam naqueles que acreditam, então...?

– Vendo por esse ângulo, faz sentido.

– E porque diabos você está me seguindo? – perguntou Natsu – Quer lu...

– Não – disse Laxus – Eu vim aqui pelo mesmo motivo que você, eu só ouvi seu pequeno teatro por acidente.

– A história, que é o principal, é verdade – disse Natsu enquanto farejava, e foi espiar pelo divisa do corredor – E como você acha que nascem esse tipo de lenda?

Laxus olhou na mesma direção e viu que Juvia conversava com uma garota que, na opnião dele, também parecia com uma stalker em potêncial.

O pequeno truque do Salamander estava ganhando combustível próprio.