Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 17
Capítulo 17: Apenas um Jogo


Notas iniciais do capítulo

Não entendo. O último cap foi o maior da fic, mas o com menos comentários.
Em todo caso, aqui está mais um. Tá cheio de erros pq eu to postando rapidão antes de ir a escola, mas a Feh cuida disso,
E antes que eu me esqueça, esse daqui vai para a Lorelaai, que recomendou a fic



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/192957/chapter/17

– Preparem seus nervos - anunciou Taurin em seu tom bem humorado no momento em que eles se aproximavam das instalações que serviam de cenário - Nossa fotógrafa mor, a Jesseline, é um tanto... Irritante.


Alguns sons ásperos foram liberados em meio ao grupo de garotas, que não estavam no melhor humor devido ao fato de terem sido acordadas bruscamente e muito cedo e de terem sido mal-alimentadas durante preparação.


Elas podiam também notar que estavam chegando pela grande quantidade de flash’s que iluminavam as laterais do transporte.


– Quem são todas essas pessoas? - perguntou Lucy, enquanto abaixava um dos vidros escurecidos e via uma verdadeira multidão cercando o local.


– Lixo da civilização - riu Taurin enquanto apertava algo no painel e fechava o vidro novamente - Fotógrafos freelancers, repórteres de fofoca, fan-clubes, stalkers, e coisas do tipo.


– Mas porque tanto alvoroço se as fotos ainda nem foram tiradas? - perguntou Lucy confusa.


– É o trabalho deles - explicou uma das mulheres da equipe de preparação, que ninguém se deu ao trabalho de decorar o nome - O primeiro a conseguir uma foto da nova peça ganha uma fortuna.


– Mas nós nem estamos usando as peças com as quais vamos posar!


– Esses robes que vocês estão usando dizem o contrário - explicou Taurin, parando o carro.


– Por que nós paramos? - perguntou Erza.


– Porque tem uma parede sólida de idiotas na minha frente, eu não posso atropelá-los - disse Taurin aborrecida, abrindo a sua janela - Cowboy, qual é a situação aí de cima?


O tom que ela usava fez Lisanna e Lucy olharem feio para ela.


– São pelo menos cinco metros de espessura de massa humana - disse Natsu, com as asas da armadura sumindo e saltando para o chão - Me deixem entrar, algumas daquelas dali são do meu fã-clube. O Happy foi buscar apoio.


Taurin riu.


– Isso não será necessário - disse ela - Jereffer, se divirta um pouco.


O mago silencioso sorriu antes de sair do carro, o que era algo um tanto macabro.


Ele começou a escrever no ar com velocidade, e a única frase que Lucy, que observava interessada conseguiu reconhecer foi “Cria-te, portal da princesa, Andrômeda” antes que as palavras se transformassem em um círculo mágico cinza.


Devido a motivos óbvios, Lucy esperava que algum tipo de monstro ou demônio saltasse do selo mágico, mas ela não podia estar mais longe da verdade.


Aquela podia ser muito bem a prima pervertida da Virgo: Um ser na forma de uma mulher alta e loira, usando uma túnica branca que mal cobria seu atributos avantajados, terminando na parte superior da coxa, e usava uma espécie de cinto de correntes que envolviam as curvas do corpo, acentuadamente envolta dos seios fartos. Uma espécie de mordaça pendia em seu pescoço.


– Mestre - disse ela com uma reverencia, enquanto todos os repórteres esqueciam subitamente da sua tarefa e ocupavam o corpo na produção de saliva - É hora do meu castigo?


– Não - disse ele suavemente - Abra caminho para o veículo... Com gentileza.


A espírito assentiu, e o mago esquelético voltou para o veículo.


A definição de gentil dela era criar enormes correntes e chicotes flamejantes, que abriam caminho com a mesma facilidade em que uma faca quente corta manteiga.


– Invocação? - disse Taurin em um tom zombeteiro - Nada de bestas metálicas gigantes cuspidoras de ácido?


– Não, nada de roubar a cena - disse ele sem alterar o tom, mas Taurin riu, então aquilo era provavelmente algum tipo de humor interno.


A espírito celestial foi bastante eficiente, e em questão de minutos elas conseguiram chegar ao estúdio sem grandes problemas.


O clarão dos Flashes era cegante, então o único modo de se orientar era os empurrões que os corpos aos lados davam. Atravessar as portas foi como mudar de dimensão, pois as portas eram a prova de som.


Salut!Salut!Magas e Magos da Fairy Tail - disse o estilista chefe, French, antes mesmo que eles estivessem tempo de respirar - Como está o clima lá fora?


– Assustador - respondeu Natsu, enquanto lutava para desenroscar pedaços de tecido da sua armadura - Estão atirando calcinhas!


Gray gargalhou, mas Loke, que havia se materializado em algum momento para assistir o show de comédia que aquilo seria, acabou por estragar seu momento de diversão.


– Tem uma do tamanho de um pára-quedas presa no propulsor na suas costas - Enquanto Gray começou a lutar com a ridícula peça bordada, Natsu farejou o perigo no ar.


Juvia se retirava lentamente, então Natsu usou sua garra expansível para segurá-la pelo ombro.


– Juvia, controle seu desejo de fazer um massacre - sussurrou ele, aproveitando que todos estavam assistindo as tentativas falhas de se livrar da peça de roupa não intencional - Isso não é considerado fofo.


Juvia bufou irritada, mas viu a lógica naquilo.


O estilista, depois de rir um pouco com os magos, pareceu se lembrar de algo.


Perdon!Perdon!Já passa da hora do almoço e aposto que vocês não tiveram tempo de se alimentar de forma decente - disse ele torcendo - Por favor, Mademoiselles queiram me acompanhar em uma refeição. Os jovens Monsieurs talvez queiram dar uma volta pelo estúdio, vocês encontrarão mesas com quitutes e muitas modelos seminuas, além da possibilidade de encontrar alguns de seus colegas da Fairy Tail.


– Aye! - disse Natsu, Gray e Elfman, cada um por um motivo diferente.



Vários minutos depois, Natsu, Gray e Elfman haviam instalado base em um corredor movimentado, e as fontes de entretenimento eram quase infinitas.


Gray estava se ocupando em comer um sorvete e observar as pessoas passando com cômicas roupas caracterizadas, e assistir Natsu devorar cinco faisões assados também tinha seu mérito. Mas sem a menor duvida, o mais divertido era ver as discussões entre modelos e estilistas.


Em algum momento, Alzack passou por ali, com os olhos vagos e brilhantes e o nariz sangrando.


– Esse lugar... É fantástico!


– Um verdadeiro paraíso de homem! - concordou Elfman, enquanto eles assistiam uma briga se formar.


Eles haviam acabado de assistir uma mulher vestida de árvore esbofetear seu preparador, rasgar as roupas e sair nua por aí quando Taurin apareceu, toda serelepe, trazendo Jereffer a reboque.


– Olá rapazes - disse ela animadamente - Estão se divertindo?


Os sangramentos nasais ainda estavam sendo contidos, por isso ninguém respondeu.


– Vou considerar isso um sim - ela disse, seguindo os olhares e parando nas nádegas da modelo - Jee...


– Eu não vou ler a mente dela para você - disse ele respondendo a uma pergunta ainda não realizada - Descubra por você mesma o motivo do nudismo repentino.


– Chato - resmungou ela, enquanto o mago parecia procurar algo em que se focar. Ela se animou novamente ao ter uma ideia - As garotas ainda não devem ter terminado a sua refeição com a marmorta que é o French, querem dar uma olhada nos cenários?


– Têm modelos lá? - perguntou Alzack de forma quase inocente.


– Isso é parte da diversão, meu caro - disse ela rindo, enquanto os magos se apressavam em segui-la.


Natsu, enquanto a acompanhava, teve a estranha sensação de ter dois olhos negros fixos nele, mas podia muito bem ter sido apenas a imaginação dele.



Não muito tempo depois, em uma sala não muito longe dali.


Lucy ocupava sua mente com padrão simples como: espetar com o garfo, colocar na boca, engolir, e repetir esse processo. Esse era o pensamento geral ali.


– O que diabos você está fazendo, French?! - uma voz cortante foi ouvida enquanto a porta era aberta subitamente.


Bastava um olhar na mulher que entrou para se lembrar nas palavras de Taurin.


Jesseline era uma mulher de estatura média, com longos cabelos negros e olhos igualmente negros, contrastando violentamente a pele pálida. Seu vestuário consistia em um top preto de couro e uma mini saia de couro, com uma câmera caindo pendurada do pescoço. Um pino metálico prateado espetava uma de suas sobrancelhas.


– Tentando engordar as modelos, French? - disse ela, a voz era uma mistura de arrogância e divertimento, como se tudo fosse um piada que somente ela era o suficientemente inteligente para entender - Retirem essa merda.


Os garçons se adiantaram para obedecer, mas foram rechaçados por olhares mortais das magas da Fairy.


Uma guerra de proporções épicas foi evitada quando Taurin adentrou no recinto.


– Deixe elas em paz - sugeriu ela - Você não deveria estar polindo as suas lentes ou coisa do tipo, é a sua utilidade, não é?


– “Elas parecem comigo e a Erza na juventude, só que na versão do mundo da moda” pensou Mirajane enquanto as jovens mulheres se encaravam.


O estilista, French, pareceu tomar uma atitude quando ele apanhou um lacrima de comunicação.


– Jereffer-kun, temos uma ocorrência aqui na sala treze - não se passaram nem dez segundos antes que o mago se teletransportasse para a sala.


Ele encarou a cena com tédio, antes de escrever “Injection soporific” no ar, e duas seringas surgissem, acertando ambas as magas rivais.


Ambas apagaram na hora. Ele se retirou como se nada tivesse acontecido, arrastando ambas consigo.


– Nada como evitar um problema antes de ele acontecer - riu French voltando ao seu pudim.


Lucy estava pronta para voltar para o seu próprio prato, quando Loke surgiu ao seu lado.


– Achei que homens não haviam sido convidados para a refeição - disse Lucy.


– Eu não vim comer, eu estava observando aquela maga peitu... - ele percebeu o que estava dizendo e se corrigiu, balançando a cabeça - Olhando o ambiente. Em todo caso, no sentido literal da palavra, eu não sou um homem, mas sim um espírito do sexo masculino.


Ele só percebeu o quanto sua frase podia ser mal interpretada quando o estilista lhe lançou um sorrisinho, ele se corrigiu.


– Eu retiro o que eu disse, eu sou um homem, só não estou comendo - disse ele apressadamente - Mas em todo caso, segundo o manual da Fairy Tail, é completamente saudável quebrar pelo menos uma regra por dia.


Lucy não retrucou, voltando a sua mente para sua salada de batata.


Mas em algum momento, quando seu estômago já gritava em reclamação devido ao excesso, ela se lembrou de algo que ela podia perguntar ao Loke.


– Loke, você sabe se existe uma espírito chamada An...


– Andrômeda, sim, existe - ao ver a sobrancelha da maga espiritual se arquear, ele explicou - Eu estava assistindo a multidão. Mas existe algo perturbador naquela invocação, pois até onde a minha memória alcança, não existe uma chave para a Andrômeda, e ela sempre detestou humanos.


– Isso é bastante estranho - disse Lucy pensando - Ele na verdade escreveu um portal, não abriu um...


– De qualquer forma, esse cara merece meu respeito por conseguir a fidelidade da Andrômeda - enquanto dizia isso, Loke esfregou levemente uma das bochechas, como se estivesse se lembrando de um antigo ferimento.


– Ex-namorada? - adivinhou Lucy rindo.


– Das difíceis...



_________________________________________________________________________



Em algum lugar desconhecido, na Base voadora da Grimoire Heart.


Ultear suspirou entediada.


Todos os outros dos 7 Pilares do Purgatório estavam em trabalhos secretos para o Mestre Hades, inclusive o próprio, enquanto ela foi deixada para trás para cuidar daquela estúpida nave voadora.


Ela ouviu uma explosão no compartimento de entradas, mas não se importou, era muito provável que fosse Caprico voltando mais cedo, que sempre esquecia de dizer a senha secreta e acabava por nocautear os guardas.


Mas ela viu que algo estava errado quando um guarda entrou correndo na sala principal, mas caiu por motivos inexplicáveis antes que a alcançasse.


Uma figura alta e encapuzada em uma capa azul escura com detalhes amarelos adentrou na sala.


Ultear arregalou os olhos, em choque. Não podia ser ele, ele estava apodrecendo na prisão do Conselho...


– Sagaz como sempre, Ul-chan - disse uma voz zombeteira - Mas eu fico lisonjeado que você tenha me confundido com o Jellal. Consciência pesada?


Ultear rosnou enquanto Jereffer puxou o capuz para trás. Ultear se amaldiçoou por sua tolice, um segundo a mais de observação teria trazido à tona as diferenças físicas gigantescas.


– Primeiro, não me chame de Ul, segundo, como diabos você entrou aqui, e terceiro, seu irmão não está - era bom constatar alguns fatos antes de assassinar alguém.


Ele riu despreocupadamente.


– Vamos na ordem: porque tanta mágoa, Ul-chan? Air Body e por último, eu realmente não vim aqui para vê-lo - disse ele coçando a cabeça - Satisfeita?


Uma aura escura envolveu Ultear, mas isso não pareceu incomodar o mago mais jovem.


– O...que..você...quer?! - disse ela se segurando para não lhe dar uma morte lenta. O mago apenas riu levemente e colocou as mãos para trás.


– Apenas que vocês ataquem a base do conselho amanhã - disse ele, movendo os dedos discretamente - Não precisa ser um ataque sério, apenas uma distração.


– E porque colocaríamos o conselho na nossa trilha sem nenhum motivo lógico? - disse ela em tom de escárnio.


– Porque eu li na mente de um idiota qualquer que ele tentará tirar o Jellal da prisão, e eu me sinto inclinado a fazer isso acontecer. - disse Jereffer com simplicidade.


Ultear, bem no seu íntimo, se sentiu surpresa, mas tudo que chegava a sua superfície era hostilidade.


– Eu achei que você não importasse de ninguém - zombou ela.


– Ei! - disse ele fingindo estar ofendido - Eu gosto da minha cacatua, Meldy.


– Eu me referia a seres humanos.


– Isso já e outra história - disse ele dando os ombros - Não, não tenho nenhum motivo pessoal para isso, só estou entediado, e isso dará um ótimo jogo.


– O Mestre Hades nunca arriscará tanto a seu pedido! - disse Ultear resoluta, enquanto tentava não cogitar a ideia.


– A meu, obviamente não, eu não sou um mago escuro, apenas os tolero - disse ele enquanto escrevia uma cadeira para si próprio - Mas a seu, sim. E você fará.


Ultear se preparou para se levantar e estrangular aquele garoto arrogante, mas sentiu algo prender seus pulsos. Correntes.


– Humpht! Acha que seus truques tolos têm alguma utilidade? - zombou ela - Arc of Time: Past.


Nada.


– Qual é o tempo da imaginação humana? - perguntou ele de forma teatral, lembrando de uma forma irritante a seu irmão - Agora vamos nos acalmar e negociar um pouco, Ul-chan.


Ultear rosnou e se debateu, mas sabia que não iria conseguir se soltar. Ela podia ser a líder do Sete Pilares do Purgatório e o garoto era no máximo tão forte quando o irmão, mas ele foi mais rápido e sua mágica era a prova de tempo.


– Que beneficio a Grimoire Heart terá com isso? - perguntou ela meio sufocada, enquanto tentava conter a vontade louca de matar.


– Bom, além de causar desequilíbrio no Conselho? - disse ele friamente - E é claro, isso tirará o peso do seu coração, afinal, o que o Fernandes é além de uma pobre criança que teve a mente grotescamente mudada por você, a ponto de assassinar um de seus amigos?


Ela se atirou para a frente, mas isso só tornou as correntes mais apertadas.


– Desculpe por ofendê-la - disse ele com falsa amabilidade - Minta para qualquer um, mas por sorte eu sei Thief Mind, o que me leva a saber que você ainda se importa com ele. Fará esse pedido a Hades?


A única coisa que lhe passava pela cabeça pedir, era a cabeça de um certo mago em questão, mas ela deixou por adiar essa vingança.


– Sim, mas não por você -disse ela orgulhosamente, mas Jereffer não era tão exigente - É por...


– Eu não preciso saber - disse ele levantando as mãos em sinal de rendição - Em todo caso, obrigado, você acabou de garantir meu entretenimento.


Ultear resfolegou com desprezo.


– E depois eu é que sou a psicopata - disse ela de modo cortante - Brincar com vidas alheias...


– Mas mesmo assim, eu não tenho planos de achar o Zeref e alcançar o Mundo Da Grande Magia - disse ele com simplicidade - Isso não envolve vidas da mesma maneira? No fim, você está irritada por concordar comigo, tudo só é um grande jogo...




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!