| Surprises ! |

Após um saboroso e gostoso jantar, Sirius subira para tentar estudar um pouco, ou tentar. Estava ficando apreensivo, a cada quinze minutos consultava o relógio, o que deixou Rose bastante irritada.

– Ô Sirius, isso tá me irritando, sabia? Marcou algum encontro com a Gotfind?

– Engraçadinha. Claro que não... Eu só... Estou consultado as horas mesmo.

– Sei Sirius, você não me engana. - Rose olhou por cima do livro desconfiada.

– Não enche Ros.

– Não liga Potter, a Weasley não consegue segurar essa língua afiada dela, o jeito é aturar.

– De onde você surgiu Whasper?! - Falou Rose com a voz esganiçada, deixando seus livros caírem no chão.

– Pra quê quer saber? Tá interessada em mim Weasley? - Perguntou sarcasticamente.

– Quê? Nem se você fosse o único homem da face da terra, jamais iria querer ficar com um bruxo arrogante como você!

Sem palavras, Whasper saiu ofendido.

– Nossa Ros, pegou um pouco pesado, não acha?

– Qu...? Não... N-ão acho, ele mereceu. - Emburrada, fechou o livro, juntou suas coisas e subiu para o dormitório.

Era quase meia-noite e meia e só haviam três alunos do sétimo ano que estavam estudando, passado algum tempo eles saíram.

Sirius consultou no relógio e já eram uma hora, levantou-se hesitante, imaginou que seu pai aparataria, mas lembrou-se que não pode se aparatar em Hogwarts, até que escutou uma tosse vinda da lareira. Ele olhou curioso, e levou um susto quando o rosto de seu pai apareceu sob as chamas.

– Pai! - Sirius soltou uma exclamação, estava feliz mas estava assustado.

– Shiiu! Podem escutar você. - Harry sorria vacilante para Sirius - Olha, eu só preciso que me escute, está bem? Lembra daquela discussão que eu tive com o pai da sua namorada? Bem, a partir daquele dia Ernie passou à agir estranhamente com todos do departamento, até que convenci Kingsley à investigar... Ernie Bletchley estava sendo dominado pela Maldição Imperius, então, tudo bem entre você e Doera. - Sirius soltara um suspiro de alívio - Mas cuidado, o homem que enfeitiçou é muito perigoso.

– Quem é ele papai?

– Rodolfo Lestranger, é tio de Draco Malfoy, viúvo da assassina Belatriz Lestranger.

– O que?! - Revidou Sirius indignado.

– Cala a boca Sirius, ou vai acabar acordando alguém! - Sussurrou Harry irritado. - Olha, eu não tenho mais muito tempo. Mas eu preciso que tome cuidado, não vá a Hogsmeade, Lestrange quer vingar a morte de sua mulher na sua mãe, mas não se preocupe, ela está protegida. Diga à Alvo, Lilian e Teddy que eu os amo, e aos demais que seus pais estão de certa foma... vivos.

– Pai! - Sirius temia pelo seu pai.

– Sirius não se preocupe, eu estou bem, sei me cuidar. Eu só peço que tome todo cuidado, existem muitos comensais solto por ai. Temo por sua segurança e de seus irmãos.

– Anda Potter, temos que ir! - Ouviu-se um Draco muito irritado reclamar.

– Eu te amo, meu filho. E aconteça o que acontecer, proteja seus irmãos.

– Pai... se cuida.

E assim Harry Potter sumia nas cinzas, deixando Sirius desesperado, preocupado e pela primeira vez... Com medo por seu pai.

Ele não tivera uma noite muito tranquila, os roncos de Whasper não melhoravam muito. Ele estava feliz que poderia voltar com Doera, mas temia por seu pai, não sabia onde ele estava e seus tios, com sorte, só estavam... Vivos!

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– Sr. Potter? Sr. Potter? - Esganiçou a professora de Transfiguração, Emmelina Vance. - Será que dá para o senhor acordar e prestar na minha aula?

– De-desculpe professora. - Respondeu Sirius muito sonolento.

Dormira muito mal esta noite, sua cabeça doía e suas pálpebras estavam pesadas.

–... A transfiguração humana é bastante difícil e complexada... Sim Sr. Potter?

– Posso ir a enfermaria? Não estou bem.

– Vá, vá Potter. - Respondeu a professora irritada.

Sirius saiu da sala e desviou o caminho, foi direto para a Sala Comunal, encontrou-se em um dilema. Procurar Doera ou dormir? Já que as aulas não eram obrigatórias, os alunos escolhiam estudar sozinhos, as aulas ultimamente só estavam servindo para eles receberem deveres e mais deveres. Havia decidido deitar um pouco, sua cabeça latejava muito. 

Já sonhando com sua adorável cama, esbarrou com Doera, que o esperava em frente ao quadro da mulher gorda.

– Doera... O que você faz aqui?

– Me perdoe. - Chorando, ela pulou em seus braços.

Feliz por tê-la de novo, Sirius a abraçou forte e beijou seus cabelos com aroma de lilases, era macios, o hobbie favorito de Sirius era brincar com os cabelos de Doera.

– Está tudo bem, calma, calma. Vai ficar tudo bem.

– O meu pai... - Ela soluçava e escondia o rosto no ombro de Sirius.

– Shiii... Eu sei, eu sei, pequena. Os aurores vão ajudar seu pai, ele vai ficar bem.

– Me desculpe por ter sido uma covarde com você, eu deveria ter percebido que aquele não era meu pai, eu deveria ter lutado por vo...

Sirius odiava quando Doera ficava nervoso e falava sem parar. Então a calou com um beijo doce, lento e suave. Ele sentiu-se novamente em seu mundo, sentia-se novamente seguro agora que tinha sua pequena Doera em seus braços . Ela era toda sua. De novo. 

– Sirius, eu tenho que ir, devia estar estudando. - E deu um leve beijo em Sirius e afastou-se toda felz.

- Tudo bem pequena, eu preciso deitar, não durmi bem esta noite.

Sirius passou pelo quadro da mulher-gorda inteiramente feliz. Poderia dormir tranquilo. Enquanto subia para o dormitório, ouviu Cristian Redwood e Ruben Terghost discutirem.

– Não mecha nisso Cris, não é seu!

– E dai? Eu quero saber o quê, deve ser presente de alguma namoradinha do Potter.

– Você sabe quem mandou isso?

Sirius entrara de repente no quarto e viu Cristian revirando uma caixa escura de veludo em sua cama. Era uma caixa pequena e misteriosa.

– O que pensa que tá fazendo?

– Desculpe Potter, só fiquei curioso.

– Sei, quando eu descobrir lhe digo o que é.

Cristian devolveu a caixinha e esperou Sirius analisar. Ele remexeu e mexeu na pequena caixa, queria abrí-la, mas ele tinha medo de que estivesse enfeitiçado. Até que um bilhete caira. Nele estava escrito:

"Espero que goste Potter. R.L."

– Se eu fosse você, jamais mexeria em algo parecido com isto outra vez.

Sirius guardou cuidadosamente a caixa, precisava falar com seu pai, também tinha que mostrar a caixa para Neville, mas antes disso tudo poderia dormir, não sossegado, mas dormiria, precisava descansar acima de tudo.