Always, Dearling escrita por karoliveira


Capítulo 2
Foreboding




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- Foreboding -


Sirius comera muito pouco no café da manhã, precisava vê-la.

– Você está bem?

– Estou sim, obrigada Alvo.

– Se eu não te conhecesse, aceitaria essa resposta. Você pode ser um bom mentiroso, mas não me engana.

Sirius olhou de um lado para o outro, vendo se não vinha alguém.

– É Dorea, tivemos uma conversa ruim ontem, tem algo que ela tá querendo me contar, mas acho que não tem coragem. Estava muito triste ontem. Estou preocupado Alvo. Meus pressentimentos quanto a isto, não são bons.

– Olha, não quero te preocupar ainda mais, só que ouvi Victorie comentando com Dominique que Dorea passara a noite inteira chorando e ela está com uma cara péssima.

– Onde você a viu?

Alvo apontou por cima do ombro de Sirius, que virou para olhá-la. Dorea não estava nada bem. Rosto vermelho, olhos inchados.

– Eu preciso falar com ela.

Alvo segurara seu braço.

– Acho que não pode ser uma boa ideia.

– Dane-se, eu preciso saber o que está havendo.

E puxando o braço com força, atravessou o Salão e sentou-se cuidadosamente ao lado de Dorea.

– Ei, você está bem?

– É claro que não estou.

– Olha Dorea, me desculpa se eu fiz alguma, se eu falei algo que...

Ela sorriu gentilmente.

– Você não fez nada Sirius, a culpa não é sua, é só que...

– Vamos conversar lá fora? Existem muitos curiosos aqui. – Sirius olhava furioso para um sextanista que olhava curioso para eles.

– Tudo bem.

Eles saíram juntos atraindo vários olhares, saíram do castelo e foram para a beira do lago negro, lá poderia ficar sozinhos e a vontade. Sirius encostou-se em uma árvore e Dorea deitou a cabeça em seu colo.

– Sirius... É que... Aconteceu uma coisa... No Ministério.

– Você se refere aquela briga entre o Sr. Bletchley e o meu pai?

– Sim... Olha... Antes de mais nada... Saiba que eu jamais quis isso.

– O que Dorea? Tá me assustando.

– Sirius... É que... Nós... Nós não podemos m-mais ficar juntos.

Ela começou a soluçar louca e desesperadamente no colo de Sirius que a abraçou rapidamente.

– Ei, calma... Calma. Respira, me conta isso direito.

– Meu pai Sirius, ele não quer mais que eu fique com você, ele odeia o seu pai e quer me ver longe dos Potters.

– Mas nós não temos nada a ver com essa briga idiota deles!

– Eu sei, eu sei... – Dorea falou um pouco desesperada, com medo de Sirius surtar de raiva – Mas é o meu pai, eu não posso contrariá-lo. Ele pode prejudicar o seu pai no trabalho e eu não quero causar problemas para ele.

– Mas estamos em Hogwarts, ele não vai sab...

– Vai sim. Ele colocou o nojento do Nigel Flint na minha cola.

– Eu não acredito.

– Me desculpa Sirius, me desculpa mesmo.

– Dorea...

Eles se abraçaram, Sirius escondeu os olhos cheios de lágrimas nos cabelos dourados e cacheados dela. Ele ficou embalando-a como um bebê por longos minutos.

– Eu vou lutar por você.

– Sirius, por favor, não procura encrenca com meu pai.

– Eu não posso deixar que ele acabe com o que construímos. É lindo demais para que teu pai acabe com isso.

– Eu sei disso, mas espera a poeira abaixar, por favor.

– Eu não posso, Dorea...

– Eu tenho que ir.

E saiu correndo, deixando Sirius sozinho.

No almoço Sirius procurou Dorea, mas fora barrado por Flint.

– Saia da frente Nigel.

– Não chegue perto dela se não quiser que seu papaizinho seja demitido do Ministério.

– E o que você vai fazer? Chamar feito uma menininha o Sr. Bletchley?

– Vou te ensinar a não se meter comigo!

Antes que seu punho alcançasse o rosto de Sirius, um punho pequeno e delicado atacou seu rosto.

– Au! Deixa ele em paz Nigel! Au! Fica longe dele! Ai...

– Anda, vem comigo, eu vou te levar na Madame Pomfrey.

– Tudo bem.

Juntos saíram do Salão e foram para a Ala Hospitalar.

– Você está bem?

– Estou sim, só está... Doendo um pouco. O que foi? Do que você está rindo?

Sirius mordia os lábios para não rir.

– Achou engraçado é?

– Ah não, claro que não... Impressão sua...

Mas Sirius não aguentou ao olhar para o rosto de menina traquina de Dorea, juntos caíram na gargalhada.

Logo Sirius parou e olhou tenso para ela.

– Porque temos que nos afastar? Nigel é só um babaca, ele não vai ficar no nosso caminho.

– Você sabe que não é só o Nigel, eu mesma poderia transformar ele uma bomba de bosta, mas é o meu pai. Ele pode acabar prejudicando o seu e eu não quero que seu pai fique zangado com você.

– Olha, você não conhece meu pai. Ele preza o amor acima de todas as coisas, ele me entende. Ele nos entenderia.

– Sirius... Eu tenho que ir, eu posso ir na Madame Pomfrey sozinha, obrigada. Vai logo, não quero que se atrase.

– Promete que nós iremos nos ver de novo?

– É... Talvez.

E ela saiu de novo, sem um beijo, sem despedida. Sirius sentia que seu ano estava começando tão ruim quanto poderia ser. Faltava um raio cair em cima de sua cabeça.

Ele precisava conversar com o Sr. Bletchley e antes disso precisava falar com seu pai, ele sabia que ele o entenderia acima de tudo. E o ajudaria.



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