Eu não estava conseguindo pensar, eu estava ali com os lábios colados no do meu melhor amigo. Como eu era burra, eu poderia perder uma amizade linda, mas também poderia ser feliz pro resto da vida.. Mas eu tinha que pensar em tudo, e bem no fundo eu estava meio receosa. Pelo Draco.

O barulho de alguém batendo na porta nos separou, coitada da moça do quadro. Ela deveria estar espumando de raiva agora. Eu levantei, mas não consegui olhar para o Harry. Assim que estava chegando a passagem se abriu e eu dei de cara com Simas Finnigan que estava segurando um buquê gigantesco de rosas vermelhas.

- Oi Hermione, me pediram pra te entregar isso.

- Uau Simas, quem mandou?

- Não sabemos, estava em cima da mesa da Grifinória no grande salão, com esse bilhete aqui.

Na verdade tinha dois, um cartão lacrado e um outro escrito com uma letra muito bem desenhada : Hermione Granger.

- Bom Simas, muito obrigada por trazer.. Se descobrir quem mandou, você me fala?

- Claro Hermione, e não foi nada.

Ele disse isso com um sorriso, que eu retribui. Depois ele simplesmente virou as costas e foi embora. Entrei na nossa pequena sala e larguei o buquê em cima do sofá, afim de ler o cartão. Harry olhou o buquê de rosas vermelhas enorme, e balançou a cabeça. Ele estava quase da cor das rosas, coitado. Eu me sentei no pequeno sofá e abri o cartão.

“ Hermione, me perdoa. Eu te amo, e esse buquê é uma coisa pequena, comparado ao que eu poderia fazer se você fosse minha namorada. Me perdoe por tudo que eu já te fiz. Eu queria entregar pessoalmente, mas ocorreu um problema e então o deixei na mesa da Grifinória, pois sabia que alguém iria te entregar. Vamos amanhã a sala precisa? Eu realmente preciso conversar com você. Te espero no corredor do sétimo andar as 22:00. Com amor, Draco Malfoy”

Uau, Draco me mandando um buquê de flores.. Isso era muito fofo! Mas que merda, agora eu estava pensando no Harry também. Se ele me beijou, não foi atoa.

Eu estava com medo, de verdade. Eu não queria magoar o Harry, nem queria magoar o Draco. Isso era muito frustrante, querer ajudar mas não poder. Eu estou perdida.

Harry me olhava com certa preocupação. A vermelhidão do seu rosto já tinha diminuído bastante. Então ele veio e se sentou ao meu lado.

- Mione, me perdoe por ter feito aquilo.. Foi mal mesmo.

- Tudo bem Harry, deixa pra lá. Eu vou lá na cozinha, ver se algum elfo coloca isso na água pra mim.

Eu disse apontando pro buquê, e ele fez cara de assustado. Harry sabia que eu detestava pedir coisas a elfos, e eu acho que ele entendeu que eu queria passar um tempo sozinha. Ele apenas concordou e me deu boa noite, subindo pro quarto.

Eu decidi que não iria descer até a cozinha, então conjurei um vaso e coloquei as flores dentro. Depois o feitiço Aguamenti me ajudou na hora de colocar água no vaso. Subi para meu quarto e o deixei em cima da mesa de cabeceira, junto com um porta retrato que tinha a minha foto com o Harry e com o Rony.

Então eu me lembrei dos bilhetes. Agora que eu iria saber se o Draco era o “admirador” que vivia fazendo aquelas coisas... Essa idéia era muito convincente, mas ao mesmo tempo improvável. Como ele iria atacar a si mesmo? Ele pode muito bem ter pedido a algum amigo pra fazer e depois usar a Obliviação nele. Mas qual deles é inteligente o suficiente pra isso? O único talvez seria o Blásio Zabini, mas ninguém tem o visto ultimamente, assim como Córmaco McLaggen.

Saí do meu quarto e decidi fazer a minha ronda mais cedo hoje, já que Harry havia feito ontem a noite. Nossa tarefa de monitores estava muito fácil, pois Hogwarts ainda estava sendo reconstruída então os aurores ainda estão no castelo, ajudando com feitiços e tudo. Então não ficávamos fazendo rondas pelo castelo a procura de alunos fora da cama como antigamente. Apenas de vez em quando que fazíamos isso.

Eu saí do dormitório e desci as escadas. Saí do castelo e fui em direção ao Pátio Pavimentado, e encontrei alguns alunos do primeiro ano da Sonserina, que pareciam estar meio confusos. Eu falei o caminho pra eles, que seguiram com certa pressa. Eu continuei andando por ali, sabendo que o dormitório da Sonserina estava ali embaixo, e Draco provavelmente estaria lá também. Ele não saía de meus pensamentos, e eu não queria que ele saísse. Mas ao mesmo tempo eu pensava em Harry, em como ele tinha me beijado. Foi absolutamente incrível, tinha sido muito bom. E só em pensar naquele simples beijo, meu coração acelera. Harry era maravilhoso, sem dúvida nenhuma. Eu estava completamente dividida.

Continuei pensando e andando, quando percebi já tinha dado a volta praticamente completa no pátio. Até que eu o vi.

Draco estava sentado em um dos bancos, olhando a lua. A noite estava linda hoje, o céu bem estrelado e tudo calmo. Me sentei ao lado dele.

- Noite bonita, não é?

- Sim Draco, muito bonita.

- Mas não tanto quanto você.

E depois dessa frase ele me beijou. Não foi um simples beijinho, foi aquele beijo apaixonado de cinema.. Foi lindo.

Nós nos separamos e ele se levantou, me puxando junto.

Então ele fez a coisa que eu não esperava, me surpreendeu mais que sua declaração, mais que o beijo do Harry... eu só consegui me concentrar nas três palavras que ele falou

- Quer namorar comigo?