No dia seguinte ao recebimento da carta de Hogwarts cheguei à sala e vi minha mãe falando com alguém na lareira e a pessoa dizia que no fim da tarde seria o mais provável e desapareceu, perguntei:

– Quem era?

– Molly Weasley – respondeu minha mãe.

– Quemmm? – levei um susto

–  Molly Weasley – repetiu minha mãe – Ela queria saber se poderiam nos fazer uma visita.

Fiquei sem palavras, os Weasleys que nos sempre atormentamos viriam nos visitar, depois de tudo que fizemos ninguém mais falava conosco, nem mesmo aqueles que se diziam nossos “Amigos”.

– O que eles querem rir da nossa situação? – perguntei exasperado, não por raiva, mas por vergonha.

– Eu não sei, mais os receberei com muito prazer, Molly foi muito amável comigo pela lareira e eu desejo muito concertar as coisas – disse minha mãe esperançosa.

E assim passamos o dia na ansiedade da visita dos Weasleys, chegou a tarde e ouvimos a aldrava da porta, minha mãe foi pessoalmente atender e para minha surpresa estavam juntos também o Potter e a Granger...perdi o ar estava em pânico de tanta vergonha. Eles entraram a Sr.ª Weasley deu abraço em minha mãe que perdeu as forças  e chorou, chorou descontroladamente, pedi a Grove que trouxesse água para ela, a Sr.ª Weasley sentou-a em uma cadeira deu-lhe a água e ela aos poucos se recompôs.

– Perdão – disse minha mãe em uma voz baixa ainda abalada pelo choro.

– Não se preocupe minha querida, isso só prova que você é humana – disse a Srª Weasley

– Mais nos sempre perseguimos vocês – eu disse envergonhado

– Draco nós estamos aqui porque imaginamos que vocês devem estar sofrendo retaliações da sociedade bruxa e devem estar sozinhos, queremos oferecer nossa amizade a você e sua mãe – falou o Sr. Arthur Weasley.

Eu fiquei mais uma vez sem palavras, olhei ao redor e vi Ronald de mãos dadas com a Granger, Ginevra com o Potter e o Jorge com a Angelina Johnson, os últimos dois já não estudavam mais em Hogwarts.

– Lógico que aceitamos a amizade de você e agradecemos de todo coração, precisamos de verdadeiros amigos. – disse minha mãe.

– Então vamos começar de novo, Draco – chamou a Sr.ª Weasley – Eu quero te apresentar minha família, esses são: Rony e sua namorada Hermione– eu estava paralisado e se o Ronald não estendesse a mão para um aperto eu não sei se seria capaz, não por preconceito, mais por me sentir a escória. Ele sustentou a mão estendida diante de mim até que eu acordasse e retribuísse o cumprimento, logo em seguida a Granger me deu um breve abraço e eu parecia ter sido estuporado. Logo o Jorge Weasley veio me deu um aperto de mão  e um tapinha em meu ombro dizendo, –acorda Malfoy, por acaso viu um basílisco, parece que foi petrificado – disse sorrindo e foi a vez da Johnson que me deu um aperto de mão, então a Ginevra veio e me abraçou também , a Sr.ª Weasley me deu um abraço que quase quebrou as minhas costelas e sem querer fiz uma careta de dor ao que todos riram... o Sr. Weasley me apertou a mão e por ultimo o Harry Potter veio até mim e me deu um abraço e disse – espero que finalmente possamos ser amigos.

– Fala alguma coisa menino, você parece paralisado – disse minha mãe.

– Você ficam pro jantar? – foi à única coisa que consegui dizer.

Eles riram e o Sr. Weasley disse que não queriam dar trabalho ao que minha mãe respondeu que seria um prazer ter companhia para jantar.

– Draco leve os meninos para conhecer o jardim – eu assenti e os convidei a me acompanhar

– Animado para voltar a Hogwarts Draco ? – perguntou a Granger

– Eu não voltarei Granger –respondi

– Por favor, me chame de Hermione, afinal seremos amigos né. – disse ela –e por que você não voltará?

– Gran...Her Hermione – gaguejei seu nome – Imagina o que os sonserinos farão comigo, um traídor.

– Se você permitir estaremos com você Draco – disse Gina

– E por que vocês fariam isso? – perguntei

– Por que amigos se protegem – foi o Ronald quem respondeu

– Mas eu os persegui durante sete anos e agora vocês querem ser meus amigos, não consigo entender, eu não mereço amizade de vocês – disse envergonhado

– Draco, você me protegeu no dia em que fui capturado, você não disse que era Eu para Belatrix – Disse o Harry

Eu só abaixei a cabeça e fiquei em silêncio por alguns minutos e de repente uma coisa explodia no meu peito, parecia que estavam apertando meu coração, era um nó na garganta que eu não pude controlar, então eu chorei ali na frente deles, até que consegui pedir perdão e mais uma vez fui surpreendido quando a Hermione disse – me perdoa também por aquele tapa no 3º ano – eu não acreditei... do choro passei ao riso, eu estava me sentindo leve como em toda minha vida nunca senti.

Grove veio nos chamar para o jantar, que foi ótimo conversamos  rimos lembramos dos nossos primeiros anos em Hogwarts e eu confessei que sempre senti inveja da amizade deles, sempre quis fazer parte do grupo e então Gina disse – Eu também, mas eles não abriam pra ninguém.

Fomos convidados para o aniversário de 19 anos do Harry, que seria na Toca e então eu percebi que sempre quis conhecer a Toca, o pior foi que eu pensei isso alto e todos riram de mim.

Aquela noite eu dormi como há tempos eu não conseguia dormir, sem pesadelos e choro, eu voltaria e mostraria que Draco Malfoy não era o mesmo, limparia a honra da família.

Chegou o dia da festa do Harry e eu decidi que não usaria mais aquelas roupas pretas, se eu queria mudar, eu ia mudar tudo...chamei minha mãe e pedi para me acompanhar até uma loja de roupas trouxa, e ela ficou excitadíssima com isso...mulheres...compreis muitas roupas agora o novo Draco iria entrar em cena. Optei por vestir uma calça jeans desbotado e uma camiseta branca com um sapatênis, deixei meu cabelo meio bagunçado como os dos trouxas que vi nas ruas de Londres, quando me olhei no espelho nem parecia eu...minha mãe entrou no quarto e disse – você esta lindo – mas mãe é mãe né, então não levei em conta o elogio.

Aparatamos nos arredores da Toca e andamos até lá, quando chegamos fomos recebidos por uma Sr.ª Weasley sorridente e ela nos levou até a sala onde estava a minha tia Andrômeda com o bebê da Tonks no colo, quando ela viu minha mãe entregou o bebê a mim e se agarrou em abraço repleto de lágrimas  com minha mãe. Eu fiquei sem saber o que fazia com bebê em meu colo e pude reparar que seus cabelos de ruivos passaram para loiro rapidamente e ouvi – ele gosta de você Draco– disse a Gina que estava atrás de mim com Harry só observando a cena.

– Como você pode saber que ele gosta de mim Gina?

– Ele copiou a cor de seus cabelos– ela respondeu– quer ver, pegue ele amor – ela disse ao Harry. Harry o pegou e imediatamente ele sorriu e seus cabelos ficaram pretos e arrepiados.

– Viu, ele é louco pelo padrinho é só o Harry pegar ele, para ele trocar a cor dos cabelos.

– Isso é muito legal, eu também gostei de você bebezinho...

A festa foi legal, nada parecida com as festas com que eu estava acostumado, foi hilário ver a cara do Longbotton quando me viu...mas ele como toda dignidade de um grifinório me perdoou e disse que quer ser meu amigo.

Eu vou conseguir! Com eles eu sei que vou conseguir!