Summertime escrita por Primadonna


Capítulo 22
That's what you get


Notas iniciais do capítulo

HEEEEY. Eu sei, perdão pela demora. Eu estava em semana de provas, e então fiquei doente. Fiquei horrível e quase me matei por não ter escrito antes. Eu estou postando sem betagem (sorry Di) então não reparem nos erros, ok? Espero que gostem.
ESSE NÃO É O ÚLTIMO CAPÍTULO OK? Enfim, é isso adohodsuahdas obrigada à quem deixou review no último capítulo, mesmo! Beijos ♥



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POV Annabeth Chase

- Annabeth! Sua vaca – ouvi a voz de Thalia me chamar. Levantei minha cabeça do travesseiro e me sentei na cama do hospital. Cocei os olhos e olhei para a minha amiga punk me encarando feio de braços cruzados.

- O que foi? – perguntei.

- É muito feio você dormir a tarde toda, em plena segunda feira! Quero ver só quando você for uma futura arquiteta. Eu não vou te acordar quando você dormir depois do almoço. – ela disse, bufando. Deitei-me novamente e suspirei.

- Thalia, eu estou no hospital com você e tudo mais, só ainda estou de férias. Por favor, me acorde depois.

- Mas já são seis da tarde! Annabeth, os enfermeiros e toda essa merda vieram aqui durante tarde toda me torturar e você nem se mexeu. Ficaram achando que eu tinha injetado um daqueles remédios podres alucinantes em você – ela reclamou. Me sentei novamente e olhei pra ela, com olhar de culpa. – Você dormiu essa noite?

- Não, desculpe... – murmurei e tirei os lençóis verdes doentios de cima de mim. Amassei minha blusa larga que usava para dormir e prendi meus cabelos embaraçados em um coque mal feito. Eu não havia conseguido dormir bem fazia alguns dias. A preocupação com a faculdade me deixava nervosa, fiquei tensa com o fato de logo ter que voltar para casa e também tinha... Percy.

Por mais orgulhosa que eu fosse, admitir o quanto ele me fazia falta era uma das primeiras coisas quando fazia ao acordar. Fui até o banheiro sombrio do hospital e joguei a água gelada no meu rosto. Minhas olheiras fundas levariam algum tempo para desaparecerem com maquiagem – duvido que aquelas caixinhas com um pó cor de pele cobririam o que mais pareciam marca de murros embaixo de cada olho.

Peguei uma muda de roupa qualquer na minha bolsa no quarto, e a vesti rapidamente quando ouvi meu estômago roncar. Thalia apenas observava cada passo meu sem dizer nada. No fundo, ela sabia que eu estava bem exausta. Joguei o meu pijama improvisado na minha bolsa e olhei para Thalia perguntando de Luke.

- Ele mandou uma mensagem no celular. Está lá embaixo, mas não vão deixá-lo subir enquanto você não descer – ela falou. Peguei minhas coisas, dei um beijo em sua bochecha, baguncei (ainda mais) seus cabelos negros e disse que voltaria mais tarde.

- Hey, Annie – ela me chamou e eu parei na porta. – Você não teve notícias dele?

- Ainda não – falei sorrindo fraco. Ela me olhou com pena, e então saí do quarto. Evitar os olhares de pena de Thalia era uma das coisas que eu havia feito bastante ultimamente. Dei passos rápidos pelo corredor. Quando cheguei à sala de espera, Luke estava brincando com um pacote bonito e sorriu quando me viu.

- Boa tarde... Bom, pra você é quase boa noite já – ele disse e eu ri.

- Desculpe se tive um longo sono pesado essa tarde!

- É, tudo bem, eu posso esperar – ele falou, dando de ombros.

- Thalia está te esperando, e é melhor você subir antes que algum médico chegue e ela tente matá-lo enforcado com o tubo respiratório.

- É claro – ele riu e ri junto. Luke era um cara legal, tinha que admitir. Ele não mencionava nada que poderia acabar com o clima de alegria que tínhamos, e tinha assunto para todo o tempo. É claro que a maioria era entre ele e Thalia, mas eu gostava de ouvir.

- Isso aqui é pra você, uma pessoa me pediu para te entregar. – Ele disse, estendendo o pacote. Olhei o papel azul e fiz uma careta.

- Tem certeza de que... – comecei a falar olhando pra cima, mas Luke já havia sumido da minha frente e estava subindo as escadas. Virei o pacote de um lado para o outro enquanto saía do hospital. O que era aquilo, afinal? Tive vontade de rasgá-lo ali mesmo, mas a fome começou a me dominar e resolvi correr para a casa de Apolo antes que eu começasse a praticar canibalismo.

(...)

Já devia ser quase uma da manhã de terça feira. Eu estava sentada na cama, abraçando minhas pernas e olhando o papel de presente azul rasgado no chão. O livro que havia dentro estava em um canto do quarto e eu apenas havia deixado a carta que havia dentro dele ao meu lado. O livro era o mesmo que tinha sido molhado e estragado quando recebi a bolada de Percy na praia. No mesmo dia em que ele me convidou para o nosso primeiro encontro – a sós. O mesmo livro do dia em que eu fiquei com a camiseta azul dele.

Mil pensamentos voavam por minha mente e eu tinha vontade de afundar minha cabeça no travesseiro o tempo todo, e gritar bem alto. Eu não sabia o que fazer. Peguei novamente o papel dobrado ao meu lado e o abri, cuidadosamente. Meu olhar foi ao encontro da caligrafia desajeitada no papel e as palavras foram absorvidas por mim cada vez mais.

Annabeth,

Eu sei, eu sei. Eu te devo mil explicações. Antes de tudo, espero que esse seja o livro certo. Não pensei duas vezes antes de comprá-lo. E peço desculpas por derrubar o outro e te deixar sem um bom e novo livro durante as tardes tediosas de verão.

Quero te dizer que sinto muito. Eu não sabia o que estava fazendo naquela noite... eu não sabia nem quem eu era direito, estava sem rumo. Eu sei que não é bem uma desculpa, mas é a verdade. Eu dei uma de adolescente carente e retardado e beijei a primeira pessoa que se encarnou em você. Não que você e Calipso sejam pessoas parecidas, muito pelo contrário.

Calipso... Ela faz parte do meu passado. Eu já senti algo forte por ela, um dia. Mas nada se compara ao que sentia... bom, sinto por você. Uma sensação de conforto, proteção e felicidade me domina só de pensar nos seus olhos cinzentos. Eu realmente... acho que ‘gosto’ não é a palavra certa que irá definir o que eu tenho a dizer agora, Sabidinha. É, eu acho que eu realmente te amo. Eu pensava que amor só iria sentir por meus pais ou algo assim, mas como eu estava enganado.

Amor é tudo isso, certo? Quando você sente uma barreira protetora em volta de você feita por uma única pessoa, quando seu coração bate mais forte ao ver alguém, quando sua rotina se baseia em alguém... É o que aconteceu comigo em relação a você. Eu sei que cometi um grande erro, Annabeth. Eu fui egoísta com você, com Calipso, com todos. E eu não tenho muito tempo.

Nessa terça feira, por volta das quatro da manhã, estarei dentro de um voo de volta para Nova York. Vou atravessar o país todo e voltar para casa, se bem que tenho certeza que agora Los Angeles faz parte de mim. Eu provavelmente não irei te encontrar novamente. Então, Annabeth, se você me ama também, se você sente algo por mim ainda, se você pelo menos me perdoa, apareça no aeroporto. Mesmo que eu esteja entrando no avião, me dê um sinal, dizendo que me perdoa.

Eu só preciso disso.

Se cuida, Cabeça de Alga.”

Novamente, senti minha boca tremer. Meus olhos se encharcando de lágrimas pela centésima vez no dia, após ler aquela carta. Andei de um lado para o outro no quarto, sem saber o que fazer. Quis ligar para Thalia, mas ela provavelmente estaria dormindo, assim como Luke. Não havia muita gente de confiança por aqui, e acho que Apolo não estava em casa. Fiquei tão nervosa que nem percebi o tempo passar. Eram três da manhã.

Percy estava certo, ele não tinha muito tempo. Nem eu. Se eu quisesse mesmo mostrar a ele que eu o perdoo, que eu também sinto por ele tudo o que ele sente por mim... eu tenho que ser rápida.

Peguei meu celular e me apressei em digitar os números rapidamente.

- Quem ousa atrapalhar o descanso da minha beleza? – perguntou Nico do outro lado da linha com voz grogue.

- Nico, você está em casa?

- Obrigado por me acordar, Annabeth. Não, não estou em casa. Estou dormindo no meio da rua porque agora sou uma prostituta que não arrecadou clientes durante a noite.

- Idiota – murmurei. – Preciso da sua ajuda.

- Ótimo, me acorda e ainda pede ajuda. O que você quer?

- Preciso que você me leve até o aeroporto – falei e ele resmungou, mas pareceu concordar. 


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Notas finais do capítulo

IOHADSOUASHAODIS NÃO SEI O QUE DIZER, ESPERO QUE TENHAM GOSTADO GENTE KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK TO NERVOSA OI. Não quero que Summertime acabe, mas enfim.
"Muitos autores deixam de escrever pois não recebem comentários em suas histórias." FIQUEM ATIVOS SE NÃO VÃO FICAR SEM FINAL, TO FALANDO SÉRIO U_U DAHSUDASHOIUAS xxx