Summertime escrita por Primadonna


Capítulo 20
Goodnight, travel well


Notas iniciais do capítulo

Sup, negads. Eu estava me matando pra escrever, só precisei de tempo (e algum remédio anti-preguiça). Eu não sei o que dizer sobre o cap. Esse é o penúltimo cap, acho (não, isso não conta com o Epílogo rsrs). Eu realmente espero que não queiram me matar, o capítulo está horrivelmente chato e tals rsrs. BEIJOS PRA NNACRARA QUE VOLTOU A LER A FIC, EBA. E pra mrswatson. Você é tão inocente quanto Taylor, rs. Aproveitem!
UM BEIJO PRA LINDA DA MrsDaddario QUE RECOMENDOU *-* OBRIGADA!
P.S.: escrevi esse cap ouvindo 'Goodnight, travel well' de The Killers... Pra quem quiser ler e tentar sentir o mesmo que eu... DEIXEM NO REVIEW COMO FOI ESSA EXPERIÊNCIA, GRATA.



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– Você beijou Calipso na frente de Annabeth – disse Luke, balançando a cabeça negativamente e dando um gole em seu copo de café. – Você deveria estar mal mesmo.

Já era de noite, ele havia ido para casa dormir um pouco. Como era sábado de noite, basicamente toda a Los Angeles estava aberta, então resolvemos sair para tomar um café no primeiro Starbucks que vimos para nos manter mais ativos. O cansaço ainda dominava minha mente, mas eu não podia fraquejar agora.

Eu havia contado a ele tudo o que havia acontecido comigo na festa e ele me ouviu silenciosamente. E ele tinha razão: eu estava mesmo muito mal. Eu gostava de Annabeth o suficiente para não fazer aquilo. Bom, não éramos namorados ainda, mas eu sentia algo inédito e extremamente forte em relação a ela. Acontece que eu sentia tanto sua falta naquela noite, que meu cérebro fez uma versão imaginária dela e eu estava com tanto desejo de senti-la que beijei a única pessoa que se materializou em Annabeth.

De toda forma, eu só queria desabafar isso. Tive sorte por Luke ter me ouvido.

– Bom, agora falemos de você – falei, girando o meu copo – Quero saber sobre o que exatamente houve com Thalia e sobre aquela coisa que você disse no telefone de não voltar para Nova York.

E então ele começou a tagarelar. Contou sobre sua paixão por Thalia (que não era novidade), que ele estava se declarando e ela o empurrou antes que um carro lhe acertasse em cheio. E depois falou sobre como tio Zeus o desprezou no hospital, e que de alguma forma aquilo havia sido bom para ele. Fiquei calado por um tempo, eu realmente não sabia o que dizer.

– Bom, agora não há nada que posso fazer. O que aconteceu já aconteceu, o resto irei saber com o tempo... – ele disse, dando um gole prolongado em seu copo.

– É, e eu irei saber com o tempo o motivo de você dizer que não vai para Nova York ou você vai me dizer agora? – Mudei de assunto encarando-o seriamente. Luke era atrapalhado por si próprio, mas aquilo havia me deixando completamente confuso.

– Bom... – ele suspirou e me olhou com a testa franzida – eu quero ficar aqui, com Thalia. Até ela se recuperar.

– Espera... – pedi, engolindo as palavras. – Você vai deixar a faculdade e o trabalho pra ficar aqui?

– Olha Percy, quando uma pessoa praticamente se joga na frente de um carro por você, você não sente nada além de gratidão. Eu quero retribuir isso, ela fez por mim algo que ninguém faria. Eu vou dar um jeito de trancar minha matrícula e vou ligar no trabalho depois... Bom, é um estágio na verdade então eu não vou ter muitas conseq...

– Luke, cale a boca – interrompi. – Não precisa explicar nada, ok? Eu não vou ficar chorando sangue no seu pé pra você voltar comigo, nem vou tentar, já que você ama Thalia, pelo que vejo. Mas, quando tudo se resolver... volte pra casa, sério. Mesmo que tenha que levar a abominável com você.

Ele me olhou aliviado e agradecido. Balancei a cabeça pra baixo uma vez mostrando o meu apoio. Pelo menos, Luke estava conseguindo colocar seu mundo no eixo – coisa que eu não estava conseguindo. Terminamos nosso café e pagamos. Depois, fomos ao hospital. A única pessoa que vimos no lá era Apolo, como de costume. Não sei se é porque ele meio que trabalhava por lá ou se ele estava ali por Thalia.

Ele nos disse que tio Zeus saiu apressado e que podíamos ver Thalia sem correr risco de morte, então subimos até seu quarto. A garota punk estava com olheiras, claras, mas eram olheiras. Seu cabelo curto estava bagunçado e ela estava olhando com a maior cara de tédio do mundo para a televisão que mostrava um prédio pegando fogo. Consegui ver a faixa que envolvia parte de seu abdômen e havia algumas agulhas grudadas em seu braço.

– Ah, até que enfim apareceu uma alma viva que não queira injetar mil antibióticos em mim – ela disse quando nos viu e percebi uma troca de olhares entre ela e Luke. Sua voz estava um pouco rouca, mas mantinha a ironia de sempre. Dei um meio sorriso enquanto chegava mais perto, e ouvi Luke fechando a porta e se sentando no sofá atrás de si.

– Você está horrível – falei, me sentando na cadeira ao seu lado. O que era verdade, ela ficava muito estranha sem toda a maquiagem pesada.

– Obrigada, primo. Isso é tudo que eu queria ouvir agora. – Ela disse e ouvi Luke dando uma risada abafada atrás de nós.

– E então, como você está? – perguntei, esfregando as mãos.

– Horrível – ela disse, revirando os olhos. Arqueei minha sobrancelha, mostrando a ela que agora eu falava sério. – Bom, eu estou toda dolorida e não sinto meus ossos. Sei que vou ter que fazer algumas trezentas mil cirurgias e vou virar a mulher-gesso.

– É, acho que você dá conta de aguentar tudo isso – sorri.

– É, pelo menos eu estou conseguindo dar a volta por cima – ela falou e aquela indireta me atingiu em cheio. Olhei para Luke por cima do ombro, torcendo para que ele estivesse distraído. Por sorte, ele mantinha sua atenção na televisão, que agora passava um desenho qualquer. Ou estava fingindo.

– Como ela está? – perguntei para Thalia.

– Annabeth? Morrendo de raiva e teve seu coração frágil quebrado em mil pedaços. Ela realmente gostava de você, Percy. Na verdade ainda deve gostar, caso contrário ela não ela não ficaria falando sobre você e suas idiotices o dia todo. – Thalia deu de ombros e olhou para a televisão também. – Se eu não estivesse completamente fraca e inútil, eu te dava um soco no meio da cara pra você aprender uma lição.

Eu fiquei calado. Baixei a cabeça involuntariamente e não tive vontade de dizer mais nada. Thalia percebeu isso, mas também não falou nada. Eu sabia que estava errado, e Thalia ainda faz questão de jogar algumas coisas na minha cara. Bem, talvez não tenha sido essa a intenção dela, mas pra mim foi. Ela foi abrir a boca para dizer algo, mas uma enfermeira chegou segurando alguns potes – provavelmente remédios – e os colocou em um criado mudo do lado de Thalia.

– Boa noite – ela disse, acenando com a cabeça para mim e Luke, e eu retribuí com um murmúrio. – Como você está hoje, Thalia?

– Eu estava bem – ela respondeu, cruzando os braços, mal humorada. – Será que você não pode jogar essas coisas alucinantes na privada e fingir que me deu?

– Todos os dias você me pergunta isso. E todos os dias a resposta é não, esse é o meu trabalho. – A enfermeira disse gentilmente. Pegou algumas seringas e absorveu o conteúdo dos remédios. Colocou em um dos filtros grudados com agulha no braço de Thalia.

– Vai começar tudo de novo – Thalia reclamou, fechando os olhos e deitou em seu travesseiro. – Vou ver unicórnios, arco-íris por todos os lados e vou dormir por algumas horas...

– Pensei que você fosse louca naturalmente – falou Luke, atrás de nós. Thalia lhe mostrou o dedo médio discretamente e ele riu. É, talvez os dois se merecessem mesmo.

Senti meu celular tocar no bolso e o peguei rapidamente. Havia uma mensagem de Nico dizendo que queria minha presença na casa dele, imediatamente. Me levantei e me despedi de Thalia, Luke – que pediu explicações mais tarde – e até mesmo da enfermeira.

– Hey, Percy... – Thalia chamou com a voz meio grogue e eu me aproximei dela novamente. – Não me decepcione. Você sabe o que tem que fazer em relação à... duendes!

E então ela começou a dizer coisas sem sentido e a enfermeira disse que era normal. Ah, claro, ficar falando sobre duendes e ciclopes lutando com cupcakes era a coisa mais normal do mundo. Do mesmo modo, saí correndo do quarto, saí do hospital e segui caminho até a casa de Nico, pensando no que ele queria. E também, me perguntando se a palavra correta que Thalia queria usar era ‘Annabeth’ e não ‘duendes’.



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Notas finais do capítulo

YAAAAAAAY parabéns se você leu até aqui. Gente, obrigada à quem deixou review no último cap, mesmo, vocês são uns amores, espero que os deuses abençoem vocês. Vou tentar escrever o próximo cap nesse feriado, não garanto nada, maaaaaas... Espero que tenham gostado, mesmo. Mereço reviews, recomendações? :3