Summertime escrita por Primadonna


Capítulo 19
...sometimes love is not good enough


Notas iniciais do capítulo

GENTE, NÃO ME MATEM. DESCULPA A DEMORA, EU TAVA SEM SEMANA DE PROVAS. Faltam uns 2 ou 3 caps pra fic acabar, rs. Aproveitem. Beijo pra Nnacrara, porque ela que me deu algumas ideias. E pra Di. DI TE AMO ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/191545/chapter/19

POV Luke Castellan

- Ok, preciso dar um tempo – falei respirando fundo. Completamente sóbrio. Esse era meu estado. Mesmo depois de ter bebido algumas aquela coisa de Lótus e aguardente, eu estava completamente sóbrio. E eu queria ficar chapado e esquecer metade da minha vida, como por exemplo, a faculdade, o trabalho e a bagunça que meu apartamento em Nova York deveria estar.

Observei Percy apertar os olhos na mesa de pôker. Ele não iria aguentar muito tempo. Olhei ao meu redor, procurando alguma garçonete ou algo do tipo, mas meu olhar se focou em uma única coisa, a única coisa que eu matinha o foco ultimamente. Thalia. Ela estava no bar mais próximo, usando uma meia arrastão, short jeans, alguma bata preta e seus cabelos estava soltos. Perfeita. Ela pegou dois copos de algo e foi para a saída do Cassino.

- Eu já volto – falei para Percy e afundei em meio à multidão. Não sei como consegui vê-la ali, mas fui atrás. Estava mais do provado que ela estava do lado de fora com as pessoas mais tranquilas – ou os que usavam drogas e não puderam entrar.

Quando passei pelo mar de gente que havia ali, e estava na saída, respirei fundo em busca de ar fresco. Aquelas pessoas deveriam saber que desodorante existe. Bom, de qualquer forma, a rua estava cheia. Alguns carros passavam às vezes e eu consegui avistar Thalia e Annabeth do outro lado, conversando tranquilamente.

Andei em direção a elas e quando Annabeth me viu, ela pareceu nervosa, mas procurou não demonstrar. O que não funcionou, porque Thalia olhou pra trás querendo ver o porque daquela expressão. E quando ela me viu, um sorriso que estava decorando seu rosto desapareceu. Ela se virou e disse algo para Annabeth, que respondia ela tranquilamente.

- Boa noite, bem vindas ao Cassino Lótus – eu disse, imitando a voz aguda das garçonetes do lugar. Annabeth soltou um riso abafado e Thalia apenas deu um gole em seu copo, me encarando mortalmente.

- Obrigada – Annabeth fez uma reverência para mim e sorriu. – Então... você veio sozinho?

O interesse de Annabeth não era saber se eu tinha vindo com alguém, e sim se eu havia vindo com Percy. Dava para ver em seu olhar que ela queria vê-lo – o que não foi possível nos últimos dias, já que Percy ficou trancado dentro de casa.

- Não, vim com Nico, Grover, Percy... Eles estavam em uma mesa de pôker bem no fundo do Cassino. Talvez você ainda os encontre lá – respondi, dando de ombros.

- Bom, acho que vou lá dar um oi, se é que me entende – ela disse, sorrindo. Me agradeceu e foi andando até a porta de entrada, e Thalia acompanhou ela. Com um impulso, consegui pegar Thalia pelo braço, derrubei parte de sua bebida e arranquei vários palavrões dela.

- Qual é o seu problema? – ela disse baixo, mas com raiva.

- Eu preciso falar com você – respondi.

- Ah, conversar? E o que vai dizer amanhã? Que fumou um pouco e não sabia o que estava fazendo? – Ela estreitou os olhos, com a voz num tom diferente. Eram os sintomas do inicio de embriaguez.

- Ao contrário de algumas pessoas, eu ainda estou sóbrio. Se quiser, faço uma equação de segundo ano facilmente. – Encostei-me no muro atrás de nós e ela pareceu se convencer.

- Cinco minutos. Você tem cinco minutos, e espero que isso não seja tempo jogado fora.

- Ok, vamos lá. Quando eu conversei com você na festa de Apolo, eu estava sim, embriagado. Eu não sei muito bem o que fiz, mas fiz. Quando você derrubou sorvete em mim, eu procurei não ficar com raiva, foi até engraçado ver sua cara de assustada quando eu disse que não me importava – eu ri me lembrando da cena, e olhei pra ela, que mordia o interior da bochecha.

- Três minutos – ela soltou.

- As coisas se passaram e eu continuava sendo o mesmo idiota com você, mas então eu percebi, no dia em que te desafiei a pular do penhasco, o que eu sentia por você. Quando falaram que não havia ‘sinal de Thalia’ na água eu estremeci. Eu percebi que o que eu sentia por você era forte, diferente...

- Não continue – ela disse baixinho, me interrompendo.

- ...eu percebi que eu te amava de verdade. – Falei e a encarei, finalmente. Seus olhos estavam confusos, assim como sua expressão.

- Luke, eu não... Eu...

- Olha, não precisar dizer nada, talvez eu compreenda se você não sentir o mesmo. Eu sei que fui um idiota com você em noventa por cento das vezes, mas eu não posso fazer nada.

- Eu não consigo acreditar... – ela tentou, mas fracassou. Tudo bem, eu entendia o porque. Eu fui um babaca com ela o tempo todo. Respirei fundo e fiz algo que eu tinha que ter feito há tempos. Fui para o meio da rua e falei alto o suficiente para que todos ouvissem:

- Você não acredita? Eu me derrubei em você naquela festa, me segurava o tempo todo para não acabar fazendo algo desnecessário com você, ainda pulo de um penhasco atrás de você e ainda ganho uma bela cicatriz na cara por isso! Você quer que eu grite? Eu grito! – E então respirei fundo e gritei – Eu te amo, Thalia Grace! E tudo o que eu preciso saber é se você sente o mesmo!

Ela me encarava com os olhos marejados. As pessoas da rua olhavam para ela, esperando uma resposta. Ouvi o barulho de um carro vindo do final da rua e Thalia correu. Correu e me empurrou do meio da rua e eu tropecei para trás. Os faróis iluminaram o rosto de Thalia e o carro apenas buzinou, mas não parou.

Ela havia me salvado. Havia sido atropelada. No meu lugar.

Meu mundo parou de girar por um momento quando vi seus olhos azuis sem vida olhando pro alto. Caí de joelhos no chão, sem reação alguma, sentindo meus olhos queimarem, assim como todos os meus músculos. As pessoas ao nosso redor corriam e ligavam para ambulâncias ou algo do tipo, eu só conseguia ouvir berros e pedidos de ajuda. Ela estava inconsciente, caída na rua. Aquela foi a forma que ela encontrou de dizer que sentia o mesmo por mim. Que ela também me amava.

POV Percy Jackson

Sentado no banco de um hospital com a impressão de que um martelo batia na minha cabeça o tempo todo. Era esse o meu estado. Luke estava sentado do meu lado, olhando para o nada. Ele não havia falado nada desde que chegamos. Tirá-lo do meio da rua foi um sufoco, a sorte foi que Nico me ajudou – já que nem eu mesmo conseguia me manter de pé sozinho.

Annabeth estava nervosa, juntamente com Zeus, Apolo, meu pai e mais alguns familiares. Trocamos olhares apenas uma vez, mas ela me olhava com muita raiva e ressentimento, então resolvi ficar na minha. Meu pai discutiu algumas coisas com tio Zeus e logo veio para o meu lado.

- Você está péssimo, vou te levar pra casa. E você também vem, Luke. São quase duas da manhã e o médico ainda não deu notícias, Zeus disse que quando soubesse de algo ligaria. Vamos.

- Eu não vou – Luke resmungou.

- Sim, você vai. Está com olheiras tão escuras que parece um panda. Vai ficar tudo bem, vamos receber notícias em breve – meu pai falou, mas Luke não respondeu.

- A culpa é minha – Luke murmurou, e olhou para baixo.

- Não, Luke, não é. Vamos, eu...

- Tio Popô, por favor, nada vai me fazer dormir, nem mil calmantes de uma vez injetados na veia. Eu quero ficar... pelo menos não vou me sentir mais culpado ainda.

Meu pai suspirou, disse algumas coisas e me puxou. Saímos dali e fomos para casa – o que pareceu durar quase um ano. Não prestei atenção em mais nada, eu já estava completamente dormente. Apenas senti um lençol com um desenho da estátua da liberdade caindo sobre mim. E então me lembrei que terça feira eu iria voltar para Nova York.

(...)

Quando acordei, não vi sinal de Luke do lado da minha cama. Martine também não pareceu ter entrado ali – apesar de ser sábado. Me sentei na cama sentindo minha cabeça latejar e olhei o relógio. Eram quase três da tarde e eu ainda estava com as roupas da noite anterior. Fui até o banheiro, tomei uma ducha gelada, pensando em tudo que aconteceu na noite anterior.

Eu havia beijado Calipso na frente de Annabeth. Thalia havia sido atropelada – e eu ainda não sabia bem o porque. Saí do banho e coloquei a primeira roupa que vi. Fui até a cozinha e vi um bilhete colado na geladeira.

Fui receber Nico em minha loja. Tem suco na geladeira e comprimidos pós-ressaca no armário da sala. Ligue para Luke.”

A caligrafia corrida de meu pai me deu mais dor de cabeça ainda. Fui até o armário e consegui achar uma caixa de remédio, e o engoli juntamente com o suco forte de laranja. Fiquei ali, sentado, olhando pro nada pensando no que iria fazer.

Peguei o telefone e disquei o número de Luke. Depois de alguns toques, ele me atendeu com voz de sono. Perguntei sobre Thalia e ele me deu rápidas informações.

- Ela está bem, teve apenas algumas costelas fraturadas e ficou desacordada algum tempo. Eu queria vê-la, mas não deu. O pai dela quer me esfolar a todo custo. Vou esperar Apolo chegar e vou pra casa dormir.

- Ah, então está tudo bem... E quanto à Annabeth?

- Hm, ela não me disse nada. Parecia bem magoada com alguma coisa, e eu tenho certeza que você fez algo.

- Fiz, na verdade. Quero falar com você sobre isso, e também sobre nossa volta para Nova York nessa terça.

- Percy, tem algo que quero conversar com você também... Eu não vou voltar para Nova York.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu não tenho nada à dizer sobre esse cap, mesmo. Apenas espero que tenham gostado e que não queiram me matar. Muita coisa vai ser explicada no próximo capítulo. Sério, obrigada à quem deixou review no último cap, e é isso.
xxx, meg