Summertime escrita por Primadonna


Capítulo 18
Don't make me cry...


Notas iniciais do capítulo

Olá, hm. Depois de tanto tempo resolvi postar.
Esse cap foi feito sob base de indecisões que eu tive e algumas coisas inúteis. Totalmente dedicado à Dianna (minha esposa rs) e Lana Del Rey (OUÇAM DURANTE O CAP, PRINCIPALMENTE SUMMERTIME E BORN TO DIE!).
Ele vai ser dividido em duas partes, e essa é a primeira. Obrigada à quem deixou review no último cap, apesar de ele ter sido um fracasso.
xx



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Até para uma réplica, o Cassino Lótus era um lugar maravilhoso. Senti uma adrenalina percorrer o meu corpo como se eu quisesse ficar ali por mil noites. Depois de toda a tediosa tarde que eu e Luke tivemos em plena sexta feira, senti que talvez eu realmente pudesse fazer algo prestativo. E eu realmente esperava que Annabeth aparecesse.

Eu havia falado com ela mais cedo ao telefone – eu fiquei com saudades. Ela disse que aconteceram algumas coisas na casa de Apolo mas me prometeu que tentaria aparecer. E eu esperava que ela cumprisse a promessa.

Bom, voltando ao Cassino, reparei nas mesas de pôker – apenas algumas vazias. Eu e Luke trocamos olhares entusiasmados; assim que Nico chegasse, iríamos jogar até ficarmos completamente esgotados.

– Bu! – gritou uma voz atrás de nós. Me virei dando de cara com um rosto sardento usando um vestido verde meio desbotado, assim como seus olhos.

– Ai, que medo do curupira! – Provoquei Rachel e acabei levando um soco leve na boca do estômago.

– Uau, parece que você vai para uma festa daqueles agentes do seu pai, e não para um Cassino recém-aberto. – Disse Luke, em seguida. Rachel corou levemente e deu de ombros.

– Você sumiu – falei, dando-lhe um abraço.

– Andei meio ocupada... E então, com quem vieram?

– Só nós dois por enquanto, mas acho que agora achamos você.

– É, agora vamos ter que achar Luke também... – ela disse, enquanto apontava para ele com a cabeça, que se misturava na multidão. Espera, multidão? Como esse lugar havia ficado lotado em minutos? As pessoas dançavam com a batida e as luzes iluminavam o lugar todo. Eu nem tinha escutado a música começando a tocar.

– E você veio sozinha?

– Hm, não. Eu viu com... com... – ela gaguejou e soltou – Vim com Nico.

Senti uma enorme vontade de rir, e foi o que eu fiz e ela me fuzilou seriamente. Não para zoá-los ou algo do tipo, eu só nunca imaginava algo entre Nico e Rachel. Tudo bem que algo entre eles estava acontecendo desde o dia na praia em que nos encontramos juntamente da pequena Héstia.

– Ele é legal, Percy – Rachel reclamou.

– Mais legal do que eu? – perguntei, fazendo beicinho.

– Não! Você é meu amigo e ele é... – ela ia dizendo, mas parou, e isso arrancou mais risadas de mim.

– Só estou te enchendo, idiota – falei e baguncei seu cabelo e ela pareceu brava, mas não conteve um riso. Ficamos ali observando as pessoas até Luke e Nico chegarem segurando dois copos com algum tipo de bebida e pareciam estar felizes.

– Wooooooow! Essa é definitivamente a melhor bebida do mundo! É coisa dos deuses! – Luke disse, bebendo o liquido rosa.

– Como vocês se encontraram nesse formigueiro? – Rachel perguntou, rindo.

– Sei lá, eu o vi no balcão do bar, acho – Nico deu de ombros, em seguida deu um longo gole em seu copo – Isso é muito bom!

– Deixe-me ver – Rachel tirou o copo da mão de Nico e deu um leve gole. – Flor de Lótus líquida, é a especialidade da casa, não é?

– Isso! – Nico e Luke disseram em coro.

– Quando fui ao verdadeiro Cassino Lótus em Vegas com meu pai, me lembro de ter comido isso... – ela disse, com pose de inteligente. - Não exagerem nisso, é bem forte.

Antes que eu pegasse o copo de Luke, uma garçonete com um vestido azul claro e cintilante passou com uma bandeja com alguns copos equilibrados. Não sei como ela conseguiu equilibrar aquilo com tanta gente esbarrando nela, mas tudo bem. Peguei um copo e antes que ela saísse, perguntei se teria que pagar por aquilo.

– Tudo por conta da casa hoje. – Ela piscou para mim e continuou oferecendo aos outros. Tomei aquela coisa rosa e quase caí no chão.

Era a mistura de todas as coisas boas no mundo. Senti uma energia correr por minhas veias e me vi com vontade de correr ao redor do mundo. As cores se tornavam mais fortes ao meu redor, a música tinha mais força. Será que existia flor de Lótus azul?

– Olha quem chegou – disse Nico, apontando para umas pessoas que vinham na nossa direção. – Agora teremos uma boa partida de pôker.

(...)

A mesa estava empilhada de dinheiro e moedas de plástico. Eu não sabia qual carta jogar. Nico, Connor, Luke, Grover e Travis – que não parava de embaralhar as cartas - me encaravam esperando uma resposta. Olhei para Travis em busca de ajuda, e ele balançou a cabeça negativamente. Implorei para ele, e então dei uma olhada para o dinheiro. Em seguida à ele.

É, eu iria suborná-lo. Ah, tem uma razão. Quem tivesse a menor pontuação na rodada, virava um copo cheio de aguardente de uma vez só. E eu já havia virado dois, minha garganta queimava e minha cabeça rodopiava às vezes. Travis provavelmente ficou com pena ou realmente precisava de dinheiro, então me passou uma carta por baixo da mesa, sem ninguém perceber.

Aquele rei era mais do que necessário. Joguei, finalizando a partida. Todos nós discutimos nossas pontuação e Luke e Nico ficaram por último. Ver os dois bebendo os copos de uma vez foi legal, já que eles haviam me zoado por duas vezes seguidas.

– Ok, preciso dar um tempo – Luke reclamou e se levantou. Ficou em pé e respirou fundo, em seguida olhou para trás e me lançou um olhar como se tivesse visto um fantasma. – Eu já volto.

Algo estava errado. Me levantei e tentei enxergar o que pudesse ter feito ele ter ficado daquele jeito. Não consegui enxergar nada muito longe, minha visão estava completamente embaçada – e devo a culpa à aguardente e a tal da flor de Lótus.

Como as chances eram uma em milhares, então resolvi sair dali para tomar um ar. Passei por entre as pessoas em direção à saída. Era meio complicado, já que as pessoas dançavam e andavam de um lado para o outro sem parar. Consegui evitar que alguns caras derrubassem bebidas em mim, mesmo assim, obtive meu Allstar úmido.

Passei a mão pela lateral tentando tirar o líquido que agora fazia meu pé grudar no chão. Ótimo, agora minha mão estava melada. Encostei-me em uma bancada e qualquer e peguei um dos guardanapinhos que haviam ali. Limpei minha mão e joguei o guardanapo na bancada sem me importar aonde iria cair.

Quando me ergui novamente, as cores ficaram ainda mais fortes e o rosto das pessoas pareciam se mover em câmera lenta. Eu precisava sair dali. Eu estava quase na porta da entrada quando esbarrei em alguém. Uma garota.

Annabeth.

Ou pelo menos era o que meu cérebro me fez enxergar. Apertei os olhos e vi Annabeth parada na minha frente com um vestido florido e simples. Vi ela me dar um leve sorriso. Mas havia algo diferente em seu rosto e eu cabelo parecia mais escuro... Me aproximei dela e ela fez o mesmo. Passei a mão por seus cabelos castanhos, mas claro o suficiente para poder ser uma espécie de loiro.

– O que você fez com seu cabelo? – perguntei.

– Ele... ele sempre foi assim – ela disse. O que havia acontecido com sua voz? Apesar de estar ouvindo tudo meio distorcido, a voz dela... não era a voz que eu conhecia. Às vezes por causa do som.

– Senti sua falta – ela sussurrou em meu ouvido. Quando ela se afastou, puxei-a para um beijo. Um beijo diferente, esquisito, um beijo que me trouxe lembranças ruins. Um beijo que não era o de Annabeth. Um beijo que não me fazia ir às nuvens. Mesmo completamente bêbado, eu podia sentir isso.

Me afastei, e a vi me encarando como se não estivesse entendido. Esfreguei os olhos. Quem eu havia beijado não era Annabeth. Quem eu havia visto não era Annabeth. Mas eu estava tão apaixonado que queria que ela estivesse comigo de toda forma, e acho minha visão criou ela em cima de outra pessoa. E essa pessoa era Calipso.

– Percy, o que... – ela começou, mas eu me afastei mais. Desviei os olhos para a grande entrada e vi a verdadeira Annabeth ali, vestida em um belo vestido preto e solto que cobria até o joelho e os cabelos presos em um rabo-de-cavalo. Ela estava apenas me encarando com os olhos infestados de dor, raiva... eu havia quebrado seu coração. Eu havia beijado uma das pessoas que eu mais evitava em anos em sua frente. Annabeth se virou, provavelmente para ir embora, mas na mesma hora que fez isso, um carro passou à sua frente.

Ouvi o vidro se estilhaçando, os pneus cantando no asfalto. Um grito de horror escapou da boca de Annabeth. Alguém havia sido atropelado.



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Notas finais do capítulo

ENTÃO, não me matem.
AOS 116 LEITORES, VOCÊS MORRERAM? SE NÃO, ME DEIXEM REVIEW obrigada.
AAAAAAH, a fic está acabando, hm. Spoiler: próximo cap tem dois povs. Se vocês não entenderam algo, pergunte no review u_u
xx, até o próximo.
P.S.: eu deixei explicado que 'alguém foi atropelado' e não a Annabeth. xau rsrs