Summertime escrita por Primadonna


Capítulo 16
The Suburbs


Notas iniciais do capítulo

EAE MANOS. To usando óculos rsrs acho que isso me deixou um pouco animada e eu escrevi o cap em uma semana, sos. Os reviews do último cap de fizeram pular da cadeira (com exceção da grosseria de algumas pessoas, hm). Fora isso, eu dei muito duro nessa cap, muito mesmo, e eu não gostei do que escrevi, mas a mrswatson diz o contrário então eu vou deixar como está ♥ Enfim, aproveitem!



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O sol começava a se por e deixava todo o pub do Sr. D numa textura alaranjada. Tinha um bom movimento e havia muitas crianças brincando do lado de fora. Nós estávamos em uma mesa mais isolada das outras. Annabeth estava sentada e eu fiquei encostado em sua cadeira, já que não havia mais nenhuma para eu poder me sentar. Estávamos esperando Nico terminar sua Diet Coke para começarmos uma futura discussão.

- Bom – ele disse, dando o último gole - como vocês devem ter percebido, as ações de nossos pais não anda muito bem, por conta de problemas e outras coisas. E é claro que iria sobrar para nós.

- Já não aguento meu pai ficar reclamando da vida e dizendo que vou cuidar dos negócios… – murmurou Bianca.

- A questão é: eu sou muito desocupado e tenho alguns contatos. Eu e um amigo vasculhamos os computadores da empresa do meu pai, e todos deram vários registros dos funcionários, exceto por um que apareceu um pouco antes de vocês chegarem aqui em Los Angeles. – Contou Nico, e eu, assim como Thalia e Annabeth olhamos para ele esperando por mais.

- De qualquer modo, – continuou Bianca – papai disse que não contratou ninguém desde o começo do ano, e então teríamos que dar uma checada nos registros do tio Zeus e tio Poseidon. Se eles permitirem, é claro.

- Acho que podemos convencer o meu pai… – eu disse, pensando nas possibilidades.

- Se quiserem falar com meu pai, vão vocês. – Respondeu Thalia, dando de ombros. Annabeth lançou um olhar repreensivo para Thalia, e ela rolou os olhos. – Qual é, Annie, eu não falo com ele há quase um ano, e quando eu fui fazer uma visitinha ele nem estava lá!

- Talvez você devesse tentar de novo – disse Bianca, otimista. – Por favor, Thalia, é só convencê-lo. E já que somos filhos dos… irmãos traidores, ele não vai acreditar em nós. Eu conheço tio Zeus, ele só vai achar que queremos roubá-lo ou algo do tipo. – completou ela e nós apenas ficamos olhando para Thalia de forma esperançosa.

- Tudo bem, eu vou tentar. E é só dessa vez. – Ela concordou, bufando em seguida e nós suspiramos aliviados em seguida. Não sabia que seria tão fácil convencer Thalia.

- Bom, acho que por hoje é só isso que temos que discutir. Avisem-me dando a resposta dos pais de vocês – disse Nico, se levantando. – Agora eu tenho que pagar minha Diet Coke…

- E obrigada por nos ajudarem – completou Bianca com um sorriso.

- Sem problemas – murmurei e os dois foram para o caixa juntos, e pareciam continuar conversando sobre o assunto.

- E então, contem-me como foi o encontro de vocês – pediu Thalia, nos encarando com certa malícia.

(…)

- Quem você acha que pode ser? – indagou Annabeth. Thalia resolveu ir pra casa mais cedo, e estávamos caminhando pela praia sob o alaranjado pôr do sol, eu mantinha meu braço ao redor dos seus ombros e ela me abraçava desajeitadamente – afinal de contas, estávamos andando.

- Quem pode ser o que? – perguntei, sentindo uma sobrancelha erguer.

- Ah, você sabe… essa pessoa que está atrapalhando as ações do seu pai e do seus tios…

- Honestamente? Não sei, e nem quero saber. – Respondi, e ela riu silenciosamente.

- Você sabe que se precisar de alguma coisa, pode contar comigo, certo? - ela disse séria, ficando na minha frente agora.

- É claro, Sabidinha – respondi, sorrindo. Coloquei seu cabelo atrás da orelha e segurei seu rosto entre minhas mãos. Puxei-a para perto e a beijei. Senti tudo desaparecendo ao meu redor. Essa era uma das melhores coisas em estar com Annabeth: você se esquece de tudo por um tempo e se sente invencível.

Separamos nossos rostos em busca de ar. Eu dei um sorriso com o canto do lábio e pude vê-la fazendo o mesmo.

- Acho melhor eu ir antes de escurecer, Cabeça de Alga. – Disse Annabeth, rindo.

- Ainda não escureceu…

- Mas vai escurecer, logo. E eu tenho algumas coisas pra fazer com Thalia, então…

- Ok, Thalia pode aguentar mais alguns minutos. – Respondi, e ela me abraçou novamente. Por uma fração de segundo, eu pude jurar que vi Calipso nos observando da rua. Acontece, que assim como a praia, a rua estava praticamente vazia.

(…)

Cheguei em casa e dei de cara com Luke me olhando com cara de tédio da cozinha, bebendo algum tipo de suco.

- Oi. – Ele disse.

- Oi – respondi. – O que você está bebendo?

- Nada demais – ele respondeu, me encarando seriamente.

- O que foi?

- Nada. Eu vou voltar para Nova York.

- Por quê? – perguntei, quase gritando.

- Porque eu vim pra cá pensando que ia ter um ótimo verão com meu melhor amigo, dai você me troca pela sua nova namorada. Seu inútil – ele argumentou e eu comecei a gargalhar alto. Alto demais.

- Você não presta, Luke – falei, rindo.

- Ah, claro que não. Se não você não teria me trocado pela Annabeth. Prefiro ficar em casa.

- Pode voltar pra Nova York, então – eu disse, rindo ainda mais. – Me mande uma carta quando chegar lá.

- Caso você não saiba, existe uma coisa chamada tecnologia, no qual você pode mandar e-mail. – Ele retrucou, fazendo careta.

- Tanto faz – eu disse, rindo ainda mais e ele não aguentou.

- Cara, isso foi muito gay – Luke disse, começando a rir também. Ficamos rindo que nem dois babacas, e eu contei como tinha sido meu maravilhoso dia pra ele. Ele ouviu com atenção, e disse que meu pai não estava em casa, o que resultou em falar com ele sobre o plano de Nico apenas no dia seguinte.

Depois, subi, tomei um banho e fui comer alguma coisa. Do lado de fora estava escuro, e o dia tinha passado incrivelmente rápido hoje. A fome logo bateu, e eu e Luke acabamos com um pacote de Doritos em questão de minutos. Como meu pai não dava sinal de que chegaria logo e Martine já havia ido embora há horas, resolvemos dormir mais cedo.

Eram duas da manhã quando acordei com meu celular dando sinal de que uma nova mensagem havia chegado. Quem chega a ser tão infeliz de mandar mensagens de madrugada? Luke nem havia se mexido (ainda me pergunto como ele tem um sono tão pesado). E como de costume, os feitiços malignos são feitos por bruxas. E dessa vez minha bruxa era Thalia.

Vou poupar sua vida se você aparecer na esquina da sua casa. – Thalia

Com dificuldade, digitei algo tipo ‘eu não sou uma prostituta, não quero ir pra esquina nenhuma’ e ela começou a me ligar. Me ligou tantas vezes que perdi o sono. É, obrigado Thalia, agora entendo nosso amor fraternal.

Com cuidado, coloquei um moletom qualquer e o primeiro chinelo que vi. Fui lentamente até a porta, desativei o alarme, e saí. Para ser tempo de verão, estava um frio tenso do lado de fora. Eu não sabia para qual lado ir, então fui pelo que dava caminho para casa de Apolo.

Thalia estava sentada no chão e encostada num muro, com os olhos fechados.

- Eu te odeio – falei, fazendo careta.

- Eu sei que você me ama.

- O que é que você tem de tão importante que me arrancou da cama até aqui? – questionei, cruzando os braços.

- Bom… agora que você e Annabeth estão pegando firme, eu quero te dizer que se você magoá-la eu vou te matar. – Ela disse, sorrindo ironicamente. Ok, ela estava adiando alguma coisa.

-Ahn, claro… Mas você não me fez vir aqui só para dizer que vai arrebentar a minha cara se eu magoá-la, certo? – Perguntei, mas não obtive resposta.

- Eu cansei de encher o saco da Annie, pensei que talvez você fosse me ouvir já que tem um coração maior do que o mundo – ela respondeu, e encarou o chão.

É, o negócio ia ser complicado. Me sentei ao seu lado, com dificuldade. Só estávamos sendo iluminados por um poste fraco e o único som além de nossas vozes era o das ondas.

- O que houve? – perguntei, novamente.

- Hoje mesmo eu fui ver o meu pai, aproveitando para falar sobre o que Nico queria que fizéssemos e tudo mais.

- E…?

- E aí que não foi nada bom. Pra começar, ele nem sabia que eu estava aqui. Ele ficou muito surpreso e tudo mais, só que não demonstrou completamente. Ele não disse nada do tipo ‘ah, quando tempo’, ‘como você cresceu!’ ou qualquer clichê que seja. Simplesmente me mandou sentar e perguntou o que eu queria. Como se eu fosse um dos clientes repugnantes dele. – Ela disse, e eu apenas escutei. – Eu gritei com ele, e nós brigamos. E ele me tratou da mesma forma que tratou seu pai e tio Hades quando eles brigaram pelos negócios da família e blá blá.

- Continue.

- Minha mãe já se foi há muito tempo, e o meu pai era o único no qual eu poderia me sentir… protegida, entende? A única pessoa que eu tenho ao meu lado agora é Annabeth, mas ela tem mais com o que se preocupar. – Thalia finalizou, e eu pude jurar que vi uma lágrima escorrendo pelo seu rosto. Thalia não era fraca. Não porque ela não gostava de admitir, mas porque ela passara por muita coisa com a cabeça erguida.

- Olha… isso é realmente complicado, e eu não sei o que dizer. Mas, no final de tudo, você ainda tem que se lembrar que, apesar de todos os cuecões que você me deu, eu ainda estou aqui, certo? E Nico também. Eu sei que nós nos olhamos torto, mas ainda somos como irmãos, se lembra? – falei, tentando buscar algo que deixasse ela confortável. Mas, o que eu disse era realmente verdade. Ela apenas me olhou e deu um leve sorriso. Acho que aquilo significava que meu discurso estava aprovado.

- Então você não me odeia?

- Bom, acho que não odeio tanto assim. Além do mais, você trouxe Annabeth até aqui, e eu gosto muito dela. E nada teria acontecido se você não tivesse vindo e trazido ela – eu disse, sorrindo. E eu era realmente grato à ela por isso.

E então, Thalia fez algo que me surpreendeu. Ela me abraçou. Isso não era ruim, só era… estranho, novo talvez. Abracei-a também, devagar, e logo me acostumei com o fato de que eu me importava com ela.

- Você é um cara legal, Cara de Golfinho.

- Você também, Cara de Pinheiro.

- E, hm… tem mais uma coisa – ela disse, se afastando. – Na rua de trás, tem algumas pessoas fora do normal, se é que me entende. Eu realmente não quero passar por lá de novo, foi um sufoco ficar rejeitando drogas e coisa do tipo a cada passo que eu dava. Será que seu pai se importaria se eu ficasse na sua casa? Só hoje.

- Thalia Grace com medo? Essa é nova – eu disse, rindo.

- Idiota – ela respondeu, dando um soco no meu ombro.

- Bom, acho que meu pai não vai se importar se você ficar lá. Afinal, ele gosta de você – falei, e nós levantamos. Fomos em silêncio até a minha casa, e ela disse que ficaria no sofá mesmo. Arrumei alguns lençóis e um travesseiro que tinha no armário da sala e levei pra ela. Como a garota já estava desmaiada no sofá tive o trabalho de cobri-la.

Quando subi para o meu quarto para poder finalmente voltar a dormir, vi Luke e percebi na idiotice que eu havia feito em trazer Thalia pra cá.

Eu havia praticamente começado uma guerra. Agora, era como se o fogo e gelo estivessem sob o mesmo teto.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo ._. E ai, gostaram? Valeu o esforço? Escutem só, isso foi tudo por Thaluke, FOI PRA FOCAR EM THALUKE PORQUE VOCÊS AMAM THALUKE AF. Enfim, os próximo capítulos da fic vão ter drama: sim.
Não vou dar mais spoilers, tente na minha ask no ipercy ou no q-u-e-e-n, quem sabe eu não fale algo? :3 Espero que tenham gostado, btw.