Os Guardiões Do Portal escrita por Kat483


Capítulo 18
Neve


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, é que estou totalmente enrolada com as provas e to sem tempo. Não sei quando vou postar o próximo capítulo, mas vou tentar ser breve. Boa leitura e me façam feliz e deixem reviews.



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NARRADO POR KIMBERLY


Minha cabeça estava confusa. Não conseguia raciocinar direito. E a maior pergunta era de que forma eu havia chegado neste lugar.

Não era um lugar estranho. Acho que era a área mais afastada da cidade, que não é muito habitada por ser mais fria do que o resto de Gillingham. A maioria das pessoas que habitam esta área é aposentada.

Estava deitada sobre uma grossa camada de neve e com uma parte do corpo encostada em um muro gelado de uma construção que deveria ser uma casa. Senti meu corpo todo doer ao tentar me mexer. Estava escuro, somente presente a iluminação natural noturna. O ar estava frio e carregado de umidade, e havia uma névoa que oscilava diante de mim, dificultando ainda mais a minha visão.

Levantei-me devagar e fui aos poucos tentando andar. Além de estar com o corpo dolorido, sem saber o porquê, minhas botas ficavam afundando na neve, o que me atrapalhava mais na minha tentativa de sair do lugar.

Soprou um vento extremamente frio, então esfreguei meus braços para tentar aquece-los.

De repente, começo a escutar um choro. Acho que é um choro masculino. Segui-o até virar na esquina do prédio, e foi aí que eu caí na realidade. Era um sonho, mas não qualquer tipo de sonho, era uma visão. E há somente um tipo de visão que eu tenho, que é sobre a localização do lugar de onde o portal vai se abrir.

A cena a qual estava presenciando era um tanto curiosa. Acho que todos os guardiões estavam lá, inclusive eu. Mas havia mais pessoas, e tinha alguém de joelhos.

Tentei chegar mais perto, mas começo a escutar novamente um choro, mas desta vez o choro não pertencia à visão. Era um choro de bebê, mais especificamente da Emma. De repente a imagem que estava vendo de desmanchou diante de mim, e subitamente abri meus olhos acordando em meu quarto.

Mexi meu corpo preguiçosamente e esfreguei meus olhos. Notei que estava mais frio que o normal. Lentamente saí da minha cama e fui até a janela. Abri a cortina branca, e me deparei com o inesperado... neve. Havia sobre alguns galhos de árvores, ruas e carros, uma fina camada de neve.

Aquilo era bem estranho. Estava um pouco sedo para começar a nevar. Ou deve ser só impressão minha.

O choro da Emma voltou mais estridente. Bufei irritada e fui para o banheiro me arrumar.


NARRADO POR ALICE


Acordei com o ruído irritante do meu despertador. Levantei da cama e fui me arrumar.

Depois de pronta, fui verificar se minha bolsa estava arrumada.

– Alice?! - ouvi meu pai me chamar.

– Sim?

– Já está pronta? É melhor colocar um agasalho mais quente. Nevou ontem e está mais frio - eu ouvi bem? Nevou?

– Ok! Obrigada pai.

Bom, se já está nevando provavelmente irá ter uma reunião do grupo.

É acho que acabei de dar uma de vidente. Acabei de receber uma mensagem da Kimberly.

"Reunião hoje depois da aula"

Troquei meu casaco básico por um mais grosso, peguei minha bolsa, me despedi po meu pai e fui para a escola.

A camada de neve era fina e uma parte já estavam derretendo.

Cheguei à escola e fui para a classe de biologia, que era minha primeira aula. A sala é dividida em bancadas para dois alunos se sentarem. Olhei para a bancada a qual eu e Juliana costumamos nos sentar, e a vi sentada com outra garota, acho que seu nome é Zoey.

De repente, nossos olhares se encontraram, e ela automaticamente desviou o olhar. Suspirei, e fui me sentar na última bancada, junto a Sara, uma garota baixinha, loira, que usa óculos, que é um pouco excluída. Sorri e me sentei sem falar nada.

Quando as aulas acabaram, saí da escola e fui para o local de reuniões.

– Dia difícil? - ouvi uma voz masculina conhecida logo atrás de mim. E pelo fato de estar andando rápido e de eu não ser uma pessoa muito coordenada para andar em chão úmido, tropecei em minhas próprias pernas e quase caí, se ele não tivesse me segurado - cuidado Alice.

– Obrigada - disse me ajeitando - mas foi você que chega de fininho por trás das pessoas e quase me mata de susto.

– Desculpa.

– Tá tudo bem Mark. Está indo para a reunião?

– Sim. Quer companhia até lá? - fiz que sim com a cabeça - Soube que brigou com a Juliana.

– É.

– É por isso que eu me afasto.

– Como assim?

– É que quando vai se aproximando do dia em que, você sabe, o portal vai se abrir, temos que nos esconder, guardar segredos e essas coisas, e isso não são coisas muito boas para uma amizade. Principalmente quando se é garota que tem todas aquelas frescuras de sair uma com a outra o tempo todo - ele suspirou pensativo - Se eu fosse você, ficaria brigada com ela até isso tudo acabar, e depois pediria desculpas. Eu conheço a Juliana, e vai por mim, ela vai aceitar - assenti - Mas o melhor a fazer agora é se concentrar no que vem pela frente, até por que é sua primeira vez.

– É, dá um pouco de medo.

– Eu sei que dá, e é normal. Mas acredite você está se saindo melhor do que muita gente, inclusive eu.

– Sério?

– É, o fogo não é lá uma coisa muito fácil de ser controlada.

– E a batalha, como é?

– Bom Megan vai tentar de tudo para entrar no portal, para isso, seus irmãos e outras pessoas que são manipuladas são usadas para nos distrair.

– E como nós fechamos o portal?

– Esse é o trabalho da líder guardiã e da profetiza, no caso a Kimberly e a Nicole. Nós somos guerreiros, somos nós que lutamos.

– Entendi - disse - Por que eu só fico sabendo das coisas por último?

– Sei lá, acho que você chegou muito em cima da hora.

– Mark! - ouvimos alguém o chamar. Viramo-nos e vimos Vince se aproximar.

– Fala Vince - disse Mark o cumprimentando. Vince se virou para mim e sorriu timidamente.

– Oi Alice.

– Oi - retribui o sorriso.

– vocês vão entrar? - olhamos para o lado e vimos que já havíamos chegado na casa.

– Vamos - disse Mark.




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