Os Guardiões Do Portal escrita por Kat483


Capítulo 13
Thomas


Notas iniciais do capítulo

Postei rápido, que milagre!
Boa leitura e deixem reviews!



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NARRADO POR THOMAS
– Sr. Mcgrinty - uma voz grossa penetrou meus ouvidos, me tirando do meu estado de relaxamento em que estava - Sr. Mcgrinty - espera um minuto, Mcgrinty é o meu sobrenome.

Abri lentamente os meus olhos, me deparando com uma superfície de madeira. Mas é claro, devo ter dormido na aula novamente.

– Thomas Mcgrinty, está me ouvindo - senti um toque em minha cabeça, então a levantei, sentindo um pouco de incômodo nos olhos assim que senti os raios de sol entrarem em meus olhos.

Passei a mão pelos meus cabelos, que estavam obviamente bagunçados. Voltei a mão para o meu rosto, e senti algo próximo a minha boca. Era baba, que ótimo. Assim que limpei, pude perceber todos presentes na sala olhando para mim e rindo. E é claro, o professor de Física em minha frente, me olhando de uma forma nada agradável.

– Dormiu bem Sr. Mcgrinty?

– Não muito, a banca é um pouco desconfortável - disse e todos riram.

– Talvez se eu trouxesse um travesseiro seria melhor? - ele me perguntou serrando os olhos.

– Talvez - disse e ele se aproximou mais de mim.

– Saia, agora - ele disse apontando para a porta da sala. Me levantei e peguei minha mochila, pondo-a em meu ombro - e é bom estar bem acordado no teste da próxima aula - assim que ele disse isso, eu parei em frente a porta e me virei para encará-lo. Ele bufou e olhou em meus olhos - devia aprender mais com a sua irmã.

Aquilo foi o meu limite. Sai da sala enfurecido, e bati a porta com força.

Eu simplismente não suporto quando me comparam com a minha irmã. Ela é tão perfeita e adorada por todos, inclusive por mim. Eu a amo, mas ficar na sombra dela o tempo todo me irrita. Nunca demonstrei estes sentimentos, mas as vezes me dá uma vontade de explodir com tudo e sair correndo sem olhar para trás.

Caminhei até o gramado em frente a escola, e me sentei escorado em uma árvore, próximo a um homem que juntava as folhas secas espalhadas pelo chão.

Fiquei lá um bom tempo, então decidi ir embora. Não tinha muito mais o que fazer aqui. Fui até a minha casa em passos bem lentos, e parei em frente a ela. Sentei nos degraus em frente a porta, não estava afim de entrar em casa.

Depois de um bom tempo, ouvi passos que se aproximavam cada vez mais. Eu reconhecia aqueles passos, eram da Kimberly e suas botas super caras.

Eu e a Kim somos vizinhos a treze anos, e sempre fomos bons amigos, até que crescemos e seguimos caminhos difrentes.

Não demorou muito para que ela passasse pela minha frente, e é claro, sem olhar para os lados. Mas quando iria entrar, ela parou na porta e recuou dois passos e abaixou a cabeça.

– Você está bem? - gritei, e ela quase caiu para trás com o susto.

– Quer me matar garoto! - ela disse se recuperando - e sim, eu estou bem.

– Não é o que parece - disse e ela ficou apenas me encarando.

– E você, o que faz aí sentado?

– Nada - disse dando de ombros. Ela me olhou novamente, e veio em minha direção, e se sentou ao meu lado.

– Você só faz isso quando está chateado com alguma coisa - ela disse fitando o chão úmido.

– Faço o que? - perguntei confuso.

– Isso, fica sentado na frente da sua casa - disse me encarando, e de repente ela ficou olhando para o nada e começou a rir

– Lembra quando o seu pai te proibiu de jogar video game, ai você disse que nada mais valia a pena, e ficou aqui sentado como você está agora.

– Nossa, isso faz muito tempo - disse rindo com a lembrança - como se lembrou disso?

– Foi no mesmo dia em que você foi para minha casa, então brincamos com aquela boneca de porcelana que eu tinha. Você era o pai e eu a mãe, e ai você disse que nós iriamos nos casar e viver juntos para sempre.

– Nossa, eu me lembro muito desse dia. Foi muito legal.

– É, foi muito legal, até você quebrar a cabeça dela - disse Kim empurrando levente meu ombro.

– Mas seu pai colou, depois do escandalo que você deu - disse retribuindo o empurrão. Depois de algumas risadas, houve um momento de silêncio.

– Então, não vai me contar o que aconteceu? - ela disse quebrando o silêncio.

– Como sempre todos querem que eu seja igual a minha irmã - disse bufando. Kim já sabia meu dilema com a minha irmã, Jenna, a perfeita - E você, por que não entrou em casa?

– Você não é o único que tem problemas com a irmã.

– Não entendi - disse confuso.

– Antes de entrar em casa, ouvi a Emma chorar, então eu me lembrei que depois que a Emma nasceu, eu não sou mais tão importante - arregalei os olhos ao ouvir a Kim dizer isso.

– Não acredito nisso. Kimberly Johnson está com ciúme da sua irmanzinha? - disse rindo levemente, e ela me encarou séria.

– Eu não sei porque eu vim falar com você - ela disse se levantando. Fui rápido e segurei seu pulso, antes que ela fosse - me solta - ela disse tentando se soltar.

– Espera - disse e me levantei e a puxei para mais próximo de mim. Ficamos nos encarando por um bom tempo, e de repente me deu uma vontade louca de beijá-la.

Nunca tinha reparado em sua beleza dessa forma antes. Ela tem belos olhos castanhos, a pele branca e suave, sua face é fina e delicada e perfeitamente emoldurada pelos seus cabelos loiros e lisos.

Eu não podia beijá-la, então a puxei para um abraço bem apertado e repleto de emoção, que transmitia um sentimento de afeto e amizade.

– Desculpa - murmurei.

– Está tudo bem - ouvi ela sussurrar. Ficamos ali abraçados por um bom tempo, apenas confortando um ao outro.




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Notas finais do capítulo

Reviews?